Miranda do Douro: Peça de teatro “Lugares Legados” no largo do Castelo

Miranda do Douro: Peça de teatro “Lugares Legados” no largo do Castelo

No serão do próximo sábado, dia 17 de setembro, às 21h30, o Largo do Castelo, em Miranda do Douro, vai ser o cenário da peça de teatro “Lugares Legados”, uma iniciativa artística que pretende dar a conhecer as memórias da zona histórica da cidade de Miranda do Douro e das suas gentes.

De acordo com Bruno Lopes, da produtora “A Saga”, o espetáculo em Miranda do Douro vai ser dedicado às memórias da cidade, em particular à zona histórica e ao castelo.

“O espetáculo é inspirado em entrevistas realizadas a várias pessoas naturais de Miranda do Douro, que viveram histórias e experiências na zona histórica da cidade. Para além do património edificado como é o castelo, vamos falar das pessoas e das memórias que não constam nos livros de história e que correm o risco do esquecimento”, adiantou.

O produtor adiantou que no espetáculo vão ser abordados temas como a densidade populacional da cidade, que mudou muito ao longo das últimas décadas e hoje regista um acentuado declínio.

“Ouvimos vários testemunhos de que antigamente havia várias aldeias ou comunidades dentro da cidade de Miranda do Douro”, disse.

O local do espetáculo em Miranda do Douro é o largo do castelo, um monumento histórico, muito visitado por turistas e que antes funcionava também como o local de recreio das crianças, dada a proximidade da escola.

O espetáculo “Lugares Legados” vai ser protagonizado por dois atores e tem uma duração de 45 minutos, ao longo dos quais se incluem vários momentos de interação com o público.

O projeto “Lugares Legados” pretende dar a conhecer 15 monumentos históricos da raia portuguesa, entre os quais o castelo de Miranda do Douro (17 de setembro).

Esta iniciativa é uma criação da Saga Storica CRL e é financiado pelo programa “Garantir Cultura”, contando com o apoio do município de Miranda do Douro.

A produtora A SAGA, tem espetáculos agendados no castelo de Mogadouro (30 de setembro) e na Igreja Matriz de Algosinho (1 de outubro).

Sendo um projeto financiado pelo Fundo de Fomento Cultural, conta com o apoio do Municípios de Celorico da Beira, Chaves, Idanha-a-Nova, Mêda, Miranda do Douro, Mogadouro, Montalegre, Penamacor, Ponte da Barca, Sabugal e Vimioso e das Juntas de Freguesia de Alfaiates, Algoso, Almeida e Vila do Touro.

HA

Miranda do Douro: Município reforça apoio às escolas

Miranda do Douro: Município reforça apoio às escolas

Como é tradição no início de cada ano letivo, os professores que vão lecionar nas escolas do concelho de Miranda do Douro, foram recebidos na tarde do dia 15 de setembro, pela presidente, Helena Barril, e pelo vice-presidente, Nuno Rodrigues, no salão nobre da Câmara Municipal, onde foram apresentadas várias medidas de apoios às escolas.

A presidente do município deu as boas vindas aos docentes, felicitou-os pela “nobre” profissão que exercem no acompanhemento e ensino dos jovens e expressou-lhes votos de um feliz ano letivo.

Por sua vez, o vice-presidente do município, Nuno Rodrigues, responsável pelo pelouro da educação informou que neste novo ano letivo, as escolas do concelho (Miranda do Douro, Sendim e Palaçoulo) contam com um total de 575 alunos, distribuídos pelos vários ciclos de escolaridade: pré-escola, 1º ciclo, 2º ciclo, 3º ciclo e secundário.

Sobre o facto da escola em Palaçoulo lecionar apenas com dois alunos, o autarca justifica a decisão com a previsão de que o número de alunos poderá aumentar já no próximo ano letivo.

Relativamente à cooperação que existe entre o município de Miranda do Douro e o Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro (AEMD), o vice-presidente do município começou por inidicar a transferência de competências na área da educação.

De acordo com Nuno Rodrigues, a parceria entre o município e o AEMD inclui ainda o transporte escolar, a manutenção dos edifícios do parque escolar e neste novo ano letivo foram apresentadas outras medidas de colaboração.

“Neste novo ano letivo, o município de Miranda do Douro vai oferecer a todos os alunos do 1º ciclo, o livro de fichas escolares. As crianças do pré-escolar e do 1º ciclo vão ter aulas de inglês, música, atividade física e desportiva. Também vai ser implementado o serviço de refeições e prolongamento de horário nos estabelecimentos de ensino. E no transporte escolar, todos os alunos, da pré até ao 12º ano, têm passe totalmente gratuito”, indicou.

Segundo o autarca, neste novo ano letivo, o município de Miranda do Douro vai também oferecer o acesso à Escola Virtual, podendo assim todos os alunos (da pré até ao 12º ano) e professores do AEMD, aceder com facilidade aos materiais escolares.

No começo deste novo ano letivo 2022/2023, Nuno Rodrigues, que é pai de três filhos e professor de formação, endereçou votos de um bom ano letivo para os alunos, pais e professores.

Por sua vez, o diretor do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro (AEMD), António Santos, informou que neste novo ano letivo, a normalidade está de volta às escolas e já não há restrições por causa do covid-19.

HA

Miranda do Douro: 17 de setembro é Dia da Língua Mirandesa

Miranda do Douro: 17 de setembro é Dia da Língua Mirandesa

No próximo sábado, dia 17 de setembro, vai assinalar-se o Dia da Língua Mirandesa, no salão nobre da câmara municipal de Miranda do Douro, e o programa das comemorações inclui intervenções sobre o presente e o futuro da língua, bem como a atribuição de galardões a personalidades que se têm distinguido na defesa e promoção do mirandês.

De acordo com Alcides, secretário da direção da Associação da Língua e Cultura Mirandesa, o programa das comemorações do Dia da Língua Mirandesa inclui intervenções dos docentes da Universidade de Vigo, Xosé Henrique Costas, Marinha Paradelo e Julieta Insagaray, que vão falar sobre o tema: “Presente e futuro da língua mirandesa – Estudo dos usos, atitudes e competências linguísticas da população mirandesa”.

Os convidados galegos vão falar sobre as conclusões dos 315 inquéritos sócio-linguísticos que realizaram junto das pessoas, no concelho de Miranda do Douro, sobre o estado da língua mirandesa, no início de 2020. Este estudo vai ser publicado pela Universidade de Vigo, em galego e em mirandês.

Outra personalidade convidada para o Dia da Língua Mirandesa é o deputado do partido Livre, Rui Tavares, que vai falar sobre os “140 anos do dialeto mirandês”.

«O Dr. Rui Tavares sendo um admirador de José Leite de Vasconcelos, vai falar-nos sobre a historiografia da língua mirandesa. Recordo que, em 1882, o linguista e etnógrafo, José Leite de Vasconcelos, referindo-se ao mirandês disse: “Aquilo é outra língua!”» explicou.

A comemoração do Dia da Língua Mirandesa vai contar ainda com a participação do secretário de estado da presidência do conselho de ministros, André Moz Caldas, através de uma mensagem em vídeo.

No decorrer da cerimónia e por sugestão da presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Helena Barril e da ALCM vão ser entregues galardões a personalidades que se têm distinguido na defesa e promoção do mirandês.

O ensino do mirandês nas escolas de Miranda do Douro. é uma disciplina opcional, que começou a ser lecionada no ano letivo de 1986/87 e que regista um crescente interesse e adesão dos alunos.

A par das escolas, também a Associação da Língua e Cultura Mirandesa (ALCM) desempenha um papel fundamental da preservação e promoção do mirandês, através da realização de sucessivas atividades.

“A ALCM tem a missão de organizar anualmente do Dia da Língua Mirandesa, assim como ministrar os cursos online de mirandês, promover a publicação e a tradução de livros, a recolha de testemunhos junto da população sobre o uso do mirandês, entre outras atividades”, indicou.

Sobre a recolha de testemunhos da língua mirandesa junto da população, Alcides Meirinhos indicou a ALCM se interessa, por exemplo, por temas como a toponímia das localidades.

“Curiosamente, este trabalho de pesquisa dos nomes em mirandês das terras, está a ser muito útil para identificar as propriedades no Balcão Único do Prédio (BUPI)”, informou.

No próximo sábado, as comemorações do Dia da Língua Mirandesa vão iniciar-se às 14h30, no salão nobre da Câmara Muncipal de Miranda do Douro.

HA

Cultura: Final do campeonato de Jogos Tradicionais

Cultura: Final do campeonato de Jogos Tradicionais

Cerca de 500 pessoas são esperadas, no próximo domingo, dia 18 de setembro, em Bragança, para disputar a final do campeonato de jogos tradicionais, um evento organizado pela Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TT) e que é apresentado como “único no país”.

A CIM-TT desafiou as comunidades dos nove municípios que representa, com o intuito de “recuperar e valorizar” jogos como o fito, raiola, relha, corrida de sacos, tração à corda, jogo do burro e dança das cadeiras, que noutros tempos eram motivo de lazer, convívio e festa.

Depois de realizados vários encontros concelhios, está marcada para domingo, dia 18 de setembro, na cidade de Bragança, a final deste Campeonato de Jogos Tradicionais “com perto de 500 participantes” dos concelhos de Bragança, Alfândega da Fé, Mirandela, Miranda do Douro, Mogadouro, Vimioso, Vinhais, Vila Flor e Macedo de Cavaleiros.

“Pelo que conseguimos apurar junto da Federação Portuguesa de Jogos Tradicionais, este é o único campeonato intermunicipal do país”, segundo Rui Caseiro, primeiro secretário da CIM Terras de Trás-os-Montes.

O responsável destaca a “enorme satisfação” por esta iniciativa ter assegurado “a aproximação e o convívio entre pessoas, pelo simples prazer de jogar, revitalizar tradições e ter uma participação ativa, numa iniciativa inclusiva, num ambiente de festa e alegria”.

Na fase final participam “dezenas de equipas”, e a organização acredita que esta “competição intermunicipal tem uma dimensão diferente” e que “vai ter um impacto muito grande no território”, no sentido da valorização destes jogos coletivos.

Com este vento a CIM-TTM pretende recuperar e valorizar os jogos tradicionais, património imaterial de enorme importância para a memória coletiva, que noutros tempos eram motivo de lazer, convívio e até de festa entre os elementos das comunidades, mas com forte tendência para se perderem, algumas praticamente em extinção.

O objetivo é também “envolver os mais jovens e as crianças, para que os jogos tradicionais recuperem o peso que tiveram”.

O projeto, integrado no programa Cultura para Todos e financiado pelo Programa Operacional NORTE 2020, contribui também para “reanimar a Associação de Jogos Tradicionais” do distrito de Bragança, há alguns anos adormecida, e que agora ganhou novo impulso”, garante a organização.

A associação é parceira no campeonato, nomeadamente na elaboração dos regulamentos, que teve também o apoio da Federação de Jogos Tradicionais Portuguesa.

A inclusão está também nos objetivos deste Campeonato de Jogos Tradicionais, que conta com a participação de “equipas oriundas de sete instituições de apoio a pessoas portadoras de deficiência ou incapacidade”.

Em todas as modalidades é atribuído um troféu aos três primeiros classificados, assim como um certificado de participação a todos os jogadores.

Fonte: Lusa

Ensino: Aumenta o número de alunos a estudar mirandês

Ensino: Aumenta o número de alunos a estudar mirandês

A maior parte dos alunos que vão frequentar o próximo ano letivo no Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro (AEMD), escolheu a disciplina de Língua e Cultura Mirandesa, informou o diretor do agrupamento.

“Neste ano letivo de 2022/2023, num universo de 575 alunos que frequentarão este agrupamento de escolas, 79% optaram pela disciplina de Língua e Cultura Mirandesa, o que significa um aumento considerável em relação a anos anteriores”, afirmou António Santos.

Para o responsável, a língua mirandesa “é um fator identitário importantíssimo ao nível da região do Nordeste Transmontano e que não se pode perder”.

“Para nós, é um motivo de orgulho porque os alunos poderiam não optar pela disciplina de Língua e Cultura Mirandesa e ocupar os seus tempos livres de outra forma, mas preferem estudar esta língua com o apoio dos pais e encarregados de educação”, disse o responsável escolar.

No seu entender, “sem dúvida que voltou a ‘proua’ (vaidade) e a vontade em aprender mirandês desde tenra idade”.

“Para além disto, este ano estamos a preparar em conjunto com benfeitores e organismos a atribuição de alguns prémios destinados aos alunos finalistas, que acabam o 12.º ano de escolaridade, como um incentivo para a inscrição nesta disciplina”, indicou o também professor.

Quanto ao recrutamento de professores de Língua e Cultura Mirandesa, que são dois, “este ano letivo também há novidades, já que não é necessária uma autorização especial para fazer a sua contração, como acontecia até aqui”.

De acordo com os responsáveis escolares, o ensino do mirandês está “consolidado” nas escolas de Miranda do Douro como disciplina opcional, que começou a ser lecionada no ano letivo de 1986/87.

Desde o ano letivo 2009/2010 que o ensino do mirandês é feito de forma contínua, desde o pré-escolar até ao secundário.

Apesar do reconhecimento oficial, feito com a publicação de legislação que ficou conhecida como a Lei do Mirandês, aprovada em novembro de 1998 e promulgada em janeiro de 1999, a língua continua “a não ter um enquadramento institucional adequado”, apontam os linguistas que se dedicam ao seu estudo.

Fonte: Lusa

Palaçoulo: Escola inicia ano letivo com apenas dois alunos

Palaçoulo: Escola inicia ano letivo com apenas dois alunos

A escola do 1.º ciclo, em Palaçoulo, vai iniciar o novo ano letivo com apenas dois alunos, na perspetiva de manter aberto o estabelecimento no próximo ano.

No caso da escola de Palaçoulo, a situação de “fecha e não fecha” começou no ano letivo 2010/2011, quando 12 alunos frequentaram o estabelecimento de ensino. Volvidos 11 anos, o número de crianças “é o mais baixo de sempre”, com apenas dois alunos que vão frequentar o 2.º e 3.º anos, do 1.º ciclo do ensino básico.

Para assegurar o ensino a estes dois alunos haverá seis professores, designadamente para o ensino básico, educação física, tecnologias de informação e comunicação, educação musical, inglês e mirandês.

“A escola de Palaçoulo é um caso ‘sui generis’. Este estabelecimento de ensino está em regime especial de funcionamento desde 2010. Significa isto que carece de uma autorização anual do senhor secretário de Estado [da Educação] para poder continuar a funcionar. Não há dúvida que é um caso único, e que tem a ver com a resiliência dos pais e encarregados de educação desta freguesia” em manter o estabelecimento de ensino aberto, explicou o diretor do Agrupamento de Escola de Miranda do Douro (AEMD), António Santos.

O responsável referiu que tem sido “uma luta” manter a escola aberta, o que envolve o AEMD, município, pais e encarregados de educação.

“Para nós, cada aluno é uma preciosidade. Estamos numa região do interior onde o declínio da população é notório e tentamos preservar e apoiar todos os alunos que temos. O nosso lema é que nenhum deles fica para trás”, concretizou António Santos.

O diretor está ciente que na escola do 1.º ciclo de Palaçoulo há muito poucos alunos e aqui colocam-se “questões importantes do foro pedagógico”.

“Trabalhar com um número de alunos tão reduzido, em termos pedagógicos, é uma questão que nos preocupa e levanta questões sérias. Por outro lado, aumenta as nossas obrigações porque nós temos de prestar aos dois alunos o mesmo apoio e atividades extracurriculares e experiência pedagógicas da mesma forma que numa escola grande e com muitas turmas, e vamos fazê-lo porque não queremos perder estes alunos”, vincou o responsável.

De acordo com António Santos, a escola continua a ser “símbolo” da freguesia, onde há “pessoas muito resilientes, e tudo tem a ver com o dinamismo industrial da própria aldeia”.

Do lado do município de Miranda do Douro acredita-se que o número de alunos poderá aumentar já no próximo ano letivo, estando mesmo programadas “para breve” obras de requalificação da escola do 1.º ciclo de Palaçoulo.

“A comunidade não abdica da escola na freguesia. É compreensível que pais, encarregados de educação e a população em geral, pretendam que a escola se mantenha em Palaçoulo. Estamos convictos que já a partir do próximo ano letivo, a escola vai ter mais alunos e vamos avançar em breve com obras de requalificação do edifício”, disse o vice-presidente e vereador da educação, da Câmara de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues.

Segundo o autarca, a escola de Palaçoulo vai continuar a lecionar, oferecendo aos alunos todas as atividades extracurriculares.

Nuno Rodrigues referiu ainda que “a existência de uma escola é um chamariz para quem se queira fixar nesta localidade industrial”, havendo casais jovens de outros países à procura de trabalho que naquela freguesia pretendem constituir família.

Já Sérgio Gonçalves, pai e encarregado de educação de um dos dois alunos que vai frequentar aquela escola, indicou que o convívio entre as crianças vai continuar e que as novas tecnologias os mantêm em contacto, e as brincadeiras na praça da aldeia não acabam porque o dia não é passado toda na escola, garantindo que estes estudantes “são privilegiados”, porque têm um professor do 1.º ciclo só para eles.

“Apesar de agora serem poucos alunos, já no próximo ano, provavelmente, a estes dois irão juntar-se mais seis e a escola segue o seu percurso normal. Tenho uma filha que frequenta o último ano do pré-escolar e vai manter-se em Palaçoulo, caso a escola se mantenha aberta”, afirmou o pai, empresário do ramo da tanoaria.

Sérgio Gonçalves dá como exemplo a sua empresa que dá trabalho a meia centena de pessoas e defende que para cativar mais mão de obra é “necessário ter uma escola para fixar pessoas”.

O presidente da Junta de Freguesia de Palaçoulo, Gualdino Raimundo, lembrou que as escolas são importantes em todas as freguesias, e considerou que existirem neste ano letivo dois alunos no 1.º ciclo é uma situação transitória.

“Independentemente do número de alunos, a escola em Palaçoulo faz todo o sentido. Há uma maior proximidade entre pais/encarregados de educação com os alunos”, enfatizou.

O autarca garante que também há pais que entendem que os seus filhos têm outras possibilidades noutras escolas. O agrupamento é todo o mesmo e existe a possibilidade de escolha entre as escolas do 1.º ciclo: na sede do concelho, na vila de Sendim e na freguesia de Palaçoulo.

“Todos acreditam que a escola não irá fechar e que o número de alunos vai mesmo aumentar”, concluiu.

De acordo com os dados provisórios dos Censos 2021, Palaçoulo conta com 567 habitantes, dos quais 35 são crianças dos 0 aos 14 anos.

Fonte: Lusa

Sendim: Vindimas iniciam-se a 16 de setembro

Sendim: Vindimas iniciam-se a 16 de setembro

Na véspera do início das vindimas, realizou-se no Domingo, dia 11 de setembro, em Sendim, uma assembleia geral ordinária da cooperativa agrícola Ribadouro, C.R.L., para informar os associados das datas para entrega das uvas e aprovar um pedido de empréstimo à banca, para financiamento da cooperativa.

A assembleia da cooperativa Ribadouro realizou-se no salão nobre da junta de freguesia de Sendim, onde marcaram presença, cerca de meia centena de produtores.

Sobre as datas para entrega das uvas, a direção da cooperativa Ribadouro definiu que de 16 a 20 de setembro devem ser entregues as uvas brancas.

A partir de 20 de setembro é a vez dos produtores entregarem as uvas tintas.

E no dia 24 de setembro vão ser entregues as uvas para produção de vinho regional ou DOC (Denominação de Origem Protegida).

Nesta sessão. a direção da Ribadouro alertou os produtores que o mercado do vinho está cada vez mais competitivo. E regista-se um aumento dos custos de produção para os viticultores, nos combustíveis, herbicidas, jornadas de trabalho, assim como nas embalagens, vidro, rolhas e rótulos.

Para competir no exigente mercado vitivinícola, o presidente da cooperativa agrícola Ribadouro, C.R.L., Óscar Afonso, adiantou que, em colaboração com o enólogo da cooperativa, estão a procurar novos mercados para comercializar os vinhos produzidos em Sendim.

“Em colaboração com o enólogo da Ribadouro queremos produzir vinhos de melhor qualidade, para depois os comercializar para mercados como o Brasil e outros destinos. Em Portugal, conseguimos comercializar 300 mil litros do vinho ´Pauliteiros` para a cadeia de supermercados ALDI”, informou.

Nesta sessão de esclarecimento, a direção da cooperativa Ribadouro apresentou associados uma proposta de empréstimo à banca, no valor de 200 mil euros, que foi aprovada por maioria, tendo-se registado seis abstenções.

HA

Cultura: Diretora de Museu da Terra de Miranda reconduzida no cargo

Cultura: Diretora de Museu da Terra de Miranda reconduzida no cargo

A atual diretora do Museu da Terra de Miranda (MTM), Celina Bárbaro Pinto, foi reconduzida nos cargos, na sequência de um processo concursal para os próximos três anos, foi divulgado em Diário da República (DR).

Celina Bárbaro Pinto é licenciada em Antropologia pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, mestre em Museologia pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias de Lisboa e doutoranda em Museologia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

Em declarações, a responsável adiantou que as grandes apostas para os próximos três anos passam pelas obras de remodelação do MTM e pela abertura ao público das Torres da Concatedral, antiga Sé de Miranda, no distrito de Bragança.

“Esta minha nomeação é um compromisso para com a divulgação e salvaguarda do património cultural da Terra de Miranda, através do MTM e da Concatedral”, vincou a responsável.

Celina Bárbaro Pinto exerce funções desde 1993 no Museu da Terra de Miranda, no qual desempenha as funções de técnica superior desde 2007. É, desde 2014, diretora da instituição.

O despacho hoje publicado em Diário da República dá ainda conta de que Celina Bárbaro Pinto tem coordenado vários projetos no campo da investigação e da museologia, incluindo alguns projetos transfronteiriços.

“Tem-se dedicado ao estudo e investigação do património cultural imaterial sobre o qual tem escrito e publicado alguns artigos. Tem interesse pela análise da presença do património imaterial nos discursos museológicos, bem como no envolvimento das comunidades e dos públicos na identificação e definição desta categoria de património”, pode ler-se no despacho da diretora Regional de Cultura do Norte, Laura Castro.

O MTM está inserido na Rede Portuguesa de Museus e acolhe, além de peças arqueológicas de interesse, um acervo de cariz etnológico, “testemunho social e cultural de uma região de forte identidade, inclusive marcada pela língua mirandesa (a segunda língua oficial de Portugal desde 1998)”, pelo que importa garantir a salvaguarda do imóvel e de todo o seu espólio, como frisam os responsáveis.

O MTM foi fundado em 1982 pelo etnógrafo, etnólogo e arqueólogo e especialista em museologia António Maria Mourinho, que dirigiu a instituição até 1991.

Fonte: Lusa

Vimioso: Município reforça apoios sociais à população

Vimioso: Município reforça apoios sociais à população

No atual contexto de crise económica e demográfica, o município de Vimioso decidiu reforçar os apoios à natalidade e infância, aos estudantes do ensino superior e às pessoas mais desfavorecidas que residem no concelho.

Segundo o novo regulamento publicado em Diário da República, o apoio à natalidade e infância visa agir contra “a preocupante situação demográfica”, agravada pela reduzida taxa de natalidade e a consequente diminuição da população residente no concelho de Vimioso.

As medidas de apoio à natalidade e infância destinam-se às crianças que nasçam no concelho de Vimioso. O incentivo concretiza-se na atribuição de 2000 euros, distribuídos pelos três primeiros anos de vida. A primeira prestação é dada no ano de nascimento do bebé onde são atribuídos 1000 euros. A segunda prestação de 500 euros concretiza-se num valor reembolsável de compras efetuadas no concelho. E a terceira prestação, também de 500 euros, é atribuída no ato da primeira matrícula da criança no pré-escolar.

No apoio aos estudantes do ensino superior, o novo regulamento do município de Vimioso prevê o pagamento de propinas e destina-se aos estudantes economicamente carenciados que residem no concelho de Vimioso. Este apoio que era apenas atribuído aos estudantes de licenciatura, foi agora alargado aos alunos que frequentem o mestrado.

Por fim, também houve alterações do regulamento municipal de apoio às famílias e pessoas mais desfavorecidas, em áreas como a saúde, habitação, deficiência e a terceira idade, subsistência e educação.

O município de Vimioso justifica estas alterações com o propósito de melhorar a qualidade de vida das famílias com dificuldades “garantindo-lhes o acesso a recursos, bens e serviços, atenuando a pobreza e a exclusão social”.

HA

Miranda do Douro: Nossa Senhora do Naso atraiu um mar de gente

Miranda do Douro: Nossa Senhora do Naso atraiu um mar de gente

O Santuário de Nossa Senhora do Naso, na aldeia da Póvoa, acolheu milhares de pessoas para participar na Missa da Natividade da Virgem Santa Maria, uma celebração assinalada anualmente a 8 de setembro.

A procissão realizou-se após a missa campal, no Santuário de Nossa Senhora do Naso.

A celebração religiosa iniciou-se com a procissão dos andores de Nossa Senhora do Naso e da Imaculada Conceição, acompanhada musicalmente pela banda da Associação Filarmónica Mirandesa.

A homília da missa campal foi proferida pelo padre, Tiago Alves, natural da Póvoa. Perante milhares de fiéis, o jovem sacerdote lembrou que a festa do 8 de setembro evoca o nascimento de Maria, Mãe de Jesus.

“Vir ao Naso é renascer. Cada um de nós é um santuário aberto, onde Nossa Senhora quer repousar. E como é bonito ver este mar de gente vir ao Naso visitar Nossa Senhora”, disse.

De seguida, o padre Tiago Alves, sublinhou que todos precisamos de razões para viver e Nossa Senhora é o modelo para a vida e para a fé.

“Maria, em hebraico, significa senhora da luz. Que Maria ilumine a nossa vida e com o seu exemplo ensine-nos a amar, elogiar e agradecer a vida uns dos outros”, concluiu.

Após a procissão final e o sermão, a festa em honra de Nossa Senhora do Naso prosseguiu com a realização da feira anual no recinto do santuário e do programa musical.

HA