Política: CIM Transmontana indignada com “desclassificação” de museus do território

A Comunidade Intermunicipal – Terras de Trás-os-Montes (CIM-TT) aprovou, por unanimidade, uma moção para demonstrar “total indignação” sobre a decisão do Governo em desclassificar o Museu do Abade de Baçal, Domus Municipalis e o Museu da Terra de Miranda, informou o presidente desta entidade, Jorge Fidalgo.

“Não se justifica que estes museus não continuem a integrar a rede nacional. Entendemos que a retirada destes museus de uma rede nacional é uma desclassificação destes espaços culturais”, criticou Jorge Fidalgo.

O conselho da Comunidade Intermunicipal da CIM Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM) composta pelos concelhos de Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Vila Flor, Vimioso e Vinhais aprovou por unanimidade a moção “Indignação sobre as medidas do Governo em relação à desclassificação do Museu do Abade de Baçal, Domus Municipalis e Museu Terra de Miranda”.

O presidente da CIM-TTM considerou ainda que esta resolução do Governo coloca em causa o interesse público, a coesão e o desenvolvimento territorial, considerando ainda que se tratou de uma decisão unilateral, sem o conhecimento ou envolvimento prévio destes municípios, excluindo de todo o processo os principais interessados: municípios e munícipes.

“Atendendo à natureza destes museus que são fundamentais para o nosso território, sendo a identidade de um povo onde está a sua história, a sua cultura, estar a retirar o Museu do Abade Baçal, Domus Municipalis e Museu de Miranda da Rede Nacional de Museus não faz qualquer sentido. Estamos contra e indignados contra esta decisão”, vincou Jorge Fidalgo.

O município de Miranda do Douro já havia dito que discorda em assumir a gestão do Museu da Terra de Miranda e afirmou nunca ter sido contactado pelo Governo acerca desta tomada de posição.

Este município do planalto mirandês assumiu desde logo que não está de acordo em receber a tutela do Museu da Terra de Miranda para a sua gestão, tendo em conta que estes tipos de equipamentos deverão ser geridos por entidades que os protejam com planos estratégicos de preservação nacionais, bem delineados e com rigor técnico à sua execução.

Também a Câmara Municipal de Bragança já se havia insurgido contra a reorganização de monumentos e museus decidida pelo Governo e por não ter sido ouvida no processo que abrange dois equipamentos da cidade.

No caso do Museu Abade de Baçal e da Domus Municipalis de Bragança, a câmara vinca que estão em causa “monumentos icónicos do concelho e amplamente valorizados e apreciados pelos brigantinos e por quem visita” a cidade.

Este documento será enviado ao Governo e ao Presidente da República e à Direção Regional de Cultura do Norte, no sentido de demonstrar a “total indicação” face às mudanças anunciadas nestes equipamentos históricos e culturais.

A partir de 1 de janeiro de 2024, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) vai dar lugar a duas entidades distintas: o instituto público Património Cultural, com sede no Porto, e a empresa pública Museus e Monumentos de Portugal, com sede em Lisboa, ambos com obrigação de cumprimento de “eficiência económica nos custos” e uma “gestão por objetivos”.

O anúncio foi feito pelo Ministério da Cultura e prevê ainda que o Museu da Terra de Miranda, os museus D. Diogo de Sousa e dos Biscainhos, em Braga, o Museu do Abade de Baçal, em Bragança, o Museu da Guarda, o Museu da Cerâmica, nas Caldas da Rainha, e o Museu Joaquim Manso, na Nazaré, passem da esfera das respetivas direções regionais de Cultura para os municípios.

Numa sessão de apresentação do novo modelo de organização do Património Cultural, os diretores de seis equipamentos culturais de Bragança (Museu do Abade de Baçal e Domus Municipalis), Miranda do Douro (Museu da Terra de Miranda e Sé de Miranda) e Braga (Museu D. Diogo de Sousa e Museu dos Biscainhos insurgiram-se contra a reorganização da gestão dos museus e monumentos e ameaçaram mobilizar a população para reverter a decisão do Governo.

Fonte: Lusa

Vimioso: “O folclore está na moda” – Elisabete Fidalgo

No dia 13 de agosto vai realizar-se o XXVI Festival de Folclore de Vimioso, um evento etnográfico que vai contar com a participação de cinco grupos, vindos de regiões como a Estremadura, o Minho, o Douro Litoral e Trás-os-Montes, o que tornam este espetáculo uma oportunidade de enriquecimento cultural e social.

Fundado em 1996, o Rancho Folclórico de Vimioso tem como missão preservar e divulgar os cantares e as danças que evocam as tradições, ofícios e os produtos mais caraterísticos do concelho de Vimioso.

De acordo com a presidente da Associação para o Desenvolvimento Cultural do Concelho de Vimioso (ADCCV), Elisabete Fidalgo, “o folclore está na moda” e há cada vez mais jovens a interessarem-se pela música e pela dança tradicional.

“Os jovens divertem-se muito ao dançar e cantar nos ranchos folclóricos. Esta participação também lhes permite conhecerem outras regiões, culturas e pessoas, no país e no estrangeiro, o que torna os jovens mais abertos, cultos e sociáveis”, disse.

Referindo-se ao XXVI Festival de Folclore de Vimioso, Elisabete Fidalgo, acrescentou que estes festivais também são oportunidades de enriquecimento cultural e social para toda a população.

“Ao visitarmos outras regiões e depois ao sermos visitados por outros grupos folclóricos, dá-se um encontro de pessoas e uma troca de culturas, a vários níveis: na música e nos instrumentos musicais, nas coreografias e na dança e nos trajes típicos da cada região. E portanto, estes encontros são verdadeiras oportunidades para aprender e evoluir como grupo tradicional que somos”, disse.

No dia 13 de agosto, o XXVI Festival de Folclore de Vimioso vai iniciar-se às 17h00, com a recepção aos ranchos convidados, seguido de um jantar convívio.

Para as 20h00 está programado o desfile etnográfico, seguido da entrega de lembranças e a colocação das fitas pelas entidades locais.

O festival de folclore tem início marcado para as 21h00, no parque municipal de Vimioso.

Nesta XXVI edição, os grupos etnográficos participantes são: o rancho folclórico de Vimioso (Trás-os-Montes), o rancho folclórico de Poceirão/Palmela (Estremadura), o rancho folclórico de São Martinho de Courel /Barcelos (Minho), o rancho folclórico de São Pedro da Bela Vista / Penafiel (Douro Litoral) e o rancho folclórico de Loureiro/Régua (Alto Douro).




O XXVI Festival de Folclore de Vimioso é organizado pela Associação para o Desenvolvimento Cultural do Concelho de Vimioso (ADCCV) e conta com o apoio do município de Vimioso.

HA

Vimioso: Mickael Carreira é a grande atração no feriado municipal

No próximo dia 10 de agosto, a vila de Vimioso vai assinalar o feriado municipal, que coincide com a mais concorrida feira do ano, a feira de São Lourenço, um certame que atrai a vinda de muitos emigrantes para realizar compras e assistir aos tradicionais concursos de bovinos mirandeses, às lutas de touros e ao concerto musical.

Por ocasião do feriado municipal, o município de Vimioso convida os emigrantes e outros visitantes a assistir ao concurso de bovinos mirandeses, que tem início às 10h00 da manhã e visa, simultaneamente, destacar uma das marcas identitárias da região e premiar o trabalho dos criadores do concelho na preservação desta raça autóctone.

Habitualmente, o feriado municipal é também uma oportunidade de convívio entre os emigrantes, as suas famílias e a população local, que aproveitam este reencontro para partilhar refeições nos restaurantes locais, onde se destacam os pratos típicos da região, como são a posta à mirandesa, a caldeirada de cabrito, o cordeiro assado e o fumeiro.

Outro grande destaque no Dia do Município de Vimioso é o concerto de Mickael Carreira, agendado para as 23h00, no parque municipal, seguido da atuação do DJ Overrule.

Recorde-se que a localidade de Vimioso foi elevada a vila em 1516, pelo rei D. Manuel, que lhe atribui o foral de vila. Anos mais tarde, em 1534, o rei D. João III atribuiu o título de conde de Vimioso, a D. Francisco de Portugal, o que denota o prestígio alcançado então pela vila.

Segundo o censos 2021, o concelho de Vimioso regista atualmente uma população de 4.149 pessoas, que residem nas 10 freguesias e aldeias.

De acordo com o site do município, a autarquia de Vimioso tem criado condições para o bem estar da população, em áreas como as infra-estruturas básicas, os espaços culturais, de lazer e desportivos, de modo a propiciar a fixação e atração de novos habitantes.

Na vila de Vimioso, os locais de maior interesse são a Igreja matriz, o pelourinho, a atalaia, o parque municipal, a casa da cultura, as piscinas municipais, o pavilhão multiusos e a zona industrial, onde está edificada, por exemplo, a Unidade de Transformação da Carne Mirandesa, propriedade da Cooperativa Agropecuária Mirandesa.

São Lourenço

São Lourenço foi martirizado no dia 10 de agosto de 258. Nesse ano, o imperador romano, Valeriano, condenou à morte todos os bispos, padres e diáconos. São Lourenço era diácono e tesoureiro da Igreja Romana e foi torturado numa grelha em brasa, para que entregasse os bens que estavam sob a sua administração.

Pela sua dedicação e coragem é considerado um dos importantes mártires da Igreja Romana.

Mais tarde, o imperador, Constantino, o Grande, convertido ao cristianismo, decidiu homenageá-lo mandando construir um templo sobre o seu túmulo.

Posteriormente, em Roma, foi construída uma basílica em honra de São Lourenço, que é conhecida como a igreja de São Lourenço de Dâmaso.

HA

Economia: Preços dos cereais aumentam devido à rutura do acordo de exportação

Os preços dos cereais registaram subidas acentuadas nos principais mercados, uma semana depois da rutura do acordo para a exportação do grão ucraniano.

No mercado europeu Euronext, baseado em Paris, os contratos de futuros do trigo começaram a semana com variações entre 10,5% e 17,25% (neste caso, para os que vencem em setembro), enquanto os de milho chegaram a 14%, no caso dos que acabam em agosto.

A bolsa de Chicago registou operações com subidas entre 46,25% e 60% nos contratos de futuros do trigo, enquanto no milho os aumentos foram de entre 22% e 26,25%.

Em Espanha, na semana passada, a primeira desde que foi interrompido o acordo, alterou-se a tendência descendente e os preços do trigo, do milho e da cevada subiram cerca de três por cento.

Espanha é deficitária no comércio de cereais e este ano vai precisar de ainda mais grão devido à seca. Além disso, Espanha, a seguir à China, foi o país mais beneficiou com o acordo entre russos e ucranianos, mediado pela ONU e pela Turquia.

Fonte: Lusa

Ambiente: ICNF compromete-se com simplificação de projetos para apoios à floresta

O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) comprometeu-se com a simplificação do modelo de execução dos projetos, nos próximos apoios financeiros de preservação da floresta, previstos no Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC).

“A simplificação do modelo de apresentação e execução dos projetos é igualmente um dos nossos grandes objetivos para os apoios previstos”, assegurou o ICNF, numa referência ao PEPAC (2023-2027).

A resposta do ICNF surge depois das associações Zero e Pinus terem alegado que a pequena propriedade vai continuar vulnerável aos incêndios florestais, uma vez que as condições de acesso aos apoios financeiros para prevenção de fogos “não são favoráveis” para os pequenos proprietários.

Segundo a Zero – Associação Sistema Terrestre Sustentável e o Centro Pinus – Associação para a Valorização da Floresta de Pinho, as condições de acesso aos incentivos financeiros de defesa florestal previstos no Programa de Desenvolvimento Rural 2020 (PDR2020) “não são favoráveis” para os pequenos proprietários nos territórios vulneráveis aos incêndios, localizados sobretudo a norte do rio Tejo e onde domina a pequena propriedade.

Para a Zero e o Centro Pinus, as “tarefas necessárias” para preparar as candidaturas “são sempre extremamente complexas”, podendo exigir a consulta de dezenas de documentos e portarias.

Por outro lado, “o valor atribuído para preparar uma candidatura e acompanhar a sua execução é, no máximo, de 6.000 euros”, sendo, para as duas associações, desadequado para pagar a gestão agrupada de pequenos proprietários.

Para que os incentivos financeiros para a prevenção de incêndios florestais cheguem “a quem mais precisa deles”, a Zero e o Centro Pinus defendem a “remuneração adequada do serviço de gestão agrupada de pequenos proprietários, através destes fundos ou outros complementares”, e “critérios de avaliação que favoreçam as entidades gestoras de áreas agrupadas”.

Sem isso, os “apoios públicos para a prevenção de incêndios podem não chegar a quem mais precisa” e os “territórios vulneráveis aos incêndios continuarão vulneráveis”, argumentam.

Como resposta, o ICNF revela-se “fortemente empenhado” em que os novos apoios financeiros previstos no PEPAC “respondam de forma mais adequada às necessidades e realidade dos diferentes territórios nas suas dimensões ambiental, económica e social”.

Demarcando-se do comunicado coassinado pelo Centro Pinus, de cuja direção faz parte, o ICNF invocou que o comunicado “não foi aprovado em reunião da direção” da associação.

Questionada anteriormente pela Lusa sobre a ligação do ICNF ao conteúdo do comunicado, a diretora-executiva do Centro Pinus, Susana Carneiro, disse que o comunicado, “validado pelo presidente da direção”, não visava o instituto, mas as “políticas do Governo”.

Susana Carneiro sublinhou que o ICNF faz parte do Centro Pinus na qualidade de “gestor e produtor de pinho”.

O Centro Pinus, que pretende “promover a sustentabilidade do pinheiro-bravo na floresta portuguesa”, reúne representantes da produção florestal, dos prestadores de serviços, das indústrias, da administração pública, do ensino superior e do setor financeiro.

Tutelado pelo Ministério do Ambiente e Ação Climática, o ICNF tem como missão “propor, acompanhar e assegurar a execução das políticas de conservação da natureza e das florestas, visando a conservação, a utilização sustentável, a valorização, a fruição e o reconhecimento público do património natural”.

Compete ao ICNF, entre outras funções, gerir a aplicação de fundos de apoio à preservação da floresta.

Fonte: Lusa

Saúde: Médicos iniciam greve nacional de três dias

Os médicos do setor público iniciam uma greve nacional de três dias, para forçar o Governo a apresentar uma proposta concreta de revisão da grelha salarial, que o ministro da Saúde prometeu enviar aos sindicatos.

Convocada pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM), a paralisação decorre em simultâneo com uma greve ao trabalho extraordinário, iniciada a 24 de julho pelos médicos de família, com a duração de um mês e também promovida pela mesma estrutura sindical.

Para o dia 28 de julho está marcada uma nova reunião negocial entre Governo e sindicatos.

A 21 de julho, no final de uma reunião negocial, o secretário-geral do SIM, Jorge Roque da Cunha, acusou o Ministério da Saúde de “não apresentar os documentos negociais”, asseverando que só iria à próxima reunião com a tutela se recebesse as propostas do Governo antecipadamente.

Na véspera do primeiro dia da greve nacional, que termina a 26 de julho, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, assegurou que iria apresentar uma proposta de revisão da grelha salarial aos médicos e lamentou o “criticismo excessivo” que tem havido sobre a forma como têm decorrido as negociações, que se iniciaram ainda em 2022 com a antecessora ministra Marta Temido, mas que resultaram até à data sem acordo entre as partes.

Na fase de discussão do protocolo negocial, em julho de 2022, Governo e sindicatos concordaram em incluir a grelha salarial dos médicos do Serviço Nacional de Saúde nas negociações.

Fonte: Lusa

Vimioso: Candidaturas ao curso Termalismo e Bem-Estar

Estão abertas as inscrições para o curso técnico profissional superior (CTESP) em Termalismo e Bem-Estar, uma formação teórica e prática que visa formar profissionais para trabalhar em estâncias termais, como as Termas de Vimioso.

No ano letivo 2022/2023, o curso técnico profissional superior em “Termalismo e Bem Estar” contou com a participação de 17 alunos, oriundos de várias localidades dos distritos de Bragança e de Vila Real.

Luís Alves é um dos alunos que transitaram para o 2º ano do curso em Termalismo e Bem-Estar. Este jovem, de 30 anos, vivia no Porto e ao ter conhecimento da abertura do curso, decidiu regressar a Vimioso, onde tem família, para frequentar esta formação superior, que tem uma duração de dois anos (4 semestres).

“Vimioso é a terra onde cresci e quando soube da abertura deste curso em termalismo decidi inscrever-me, dada a existência das termas locais. Ao longo do primeiro ano de estudos, gostei bastante da formação e estou muito entusiasmado com a chegada do segundo ano letivo”, disse.

O curso em “Termalismo em Bem-Estar” está a ser lecionado nas instalações da Casa da Cultura, em Vimioso e tem prevista a realização de um estágio profissional nas termas locais, que vai decorrer no último semestre da formação.

Segundo o Instituto Politécnico de Bragança (IPB), o curso em “Termalismo e Bem-Estar” tem por objetivo preparar os formandos para desempenharem várias funções nas estâncias termais, tais como planear e assegurar a realização de técnicas termais, técnicas de massagem, estética e bem-estar, utilizando os meios técnicos e equipamentos, de acordo com as necessidades e especificidades dos utentes.

Podem candidatar-se ao curso técnico profissional superior (ctesp), em “Termalismo e Bem-Estar”:

– os alunos com o 12º ano concluído:

– e os titulares de outros graus académicos.

As candidaturas podem ser realizadas, presencialmente, na Casa da Cultura de Vimioso ou através do portal do candidato do IPB.

O curso técnico profissional de Termalismo e Bem-Estar” resulta uma parceria entre o município de Vimioso e o Instituto Politécnico de Bragança (IPB).

De acordo o presidente da Câmara Municipal de Vimioso, Jorge Fidalgo, esta oferta educativa visa valorizar as Termas de Vimioso, “o único complexo termal no distrito de Bragança” e proporcionar aos jovens uma oportunidade de prosseguir os estudos após a conclusão do 12º ano, sublinhando ainda que este curso é uma “porta de entrada para uma possível licenciatura na área da saúde”, disse.
Termas de Vimioso

HA

Cércio: Cumpriu-se a tradição na Festa de Santa Marinha

O Santuário de Santa Marinha, em Cércio, voltou a acolher no fim-de-semana de 21, 22 e 23 de julho, as celebrações em honra da santa padroeira, num programa festivo que começou com a tradicional noite de petiscos e culminou no Domingo, com a celebração da missa solene e da procissão.

Em Cércio, a noite de petiscos é uma das grandes atrações na festa em honra de Santa Marinha.

A Festa em honra de Santa Marinha iniciou-se na sexta-feira, dia 21 de julho, com uma tarde/noite de convívio, que juntou centenas de pessoas para a degustação de petiscos como os caracóis, bifanas, moelas, cristas e o caldo verde, animados musicalmente pelo grupo “Concertina Ribeirinhos”.

A representante da freguesia de Cércio, Fátima Domingues Sil, recordou que a tradição deste convívio começou aquando da reconstrução da capela de Santa Marinha, concluída em 1995.

“Todos os anos, aquando da Festa em honra de Santa Marinha, a aldeia de Cércio recebe a visita de centenas de pessoas das várias localidades do concelho de Miranda do Douro e também de outros concelhos vizinhos, para conviver e degustar os saborosos petiscos, em que os caracóis são a grande atração gastronómica”, contou.

Segundo a jovem autarca, à festa acorrem também as pessoas naturais de Cércio que vivem noutras localidades e no estrangeiro, pois fazem questão colaborar na organização desta festividade.

No Domingo, o destaque foi a celebração da missa solene em honra de Santa Marinha, realizada ao ar livre. Na homília da missa, o padre Pedro Samões, felicitou a população local pela perseverança em continuar a celebrar a festa da padroeira, Santa Marinha.

“Não obstante as contrariedades do êxodo populacional felicito a população de Cércio pela determinação em continuar a celebrar a fé e a devoção à virgem e mártir, Santa Marinha. Que o exemplo de coragem desta santa, nos ajude a enfrentar as dificuldades da vida, vencendo o mal praticando o bem”, disse.

Após a eucaristia, realizou-se a tradicional procissão à volta da capela e a celebração conclui-se com o cântico dedicado a Santa Marinha.

No final da procissão entoou-se o cântico a Santa Marinha.

A festa em honra de Santa Marinha assinala-se no dia 18 de julho, data do seu martírio, que terá ocorrido em Orense, na Galiza.

HA

Miranda do Douro: Oficina e concerto irlandês proporcionaram uma nova aprendizagem musical

No âmbito do festival “Ciclo de Música sem Tempo” realizou-se no dia 21 de julho, em Miranda do Douro, a oficina e o concerto do grupo irlandês Caroline Keane & Tom Delany Band, um evento que proporcionou ao público local, uma conversa informal com os músicos convidados e ao serão, um concerto, no antigo paço episcopal.

A oficina musical decorreu na Casa da Música Mirandesa, no Largo do Castelo, em Miranda do Douro.

O encontro com os músicos irlandeses começou ao final da tarde, na Casa da Música Mirandesa, onde o grupo convidado se apresentou ao público e deu a conhecer os instrumentos musicais tradicionais da Irlanda, como são a concertina, o bodhrán, a guitarra e a flauta irlandesa.

Após uma breve exposição e demonstração musical de cada um destes instrumentos, o quarteto irlandês convidou o público a ensaiarem juntos algumas músicas tradicionais. No final, coube aos músicos mirandeses, darem a conhecer ao grupo convidado os instrumentos caraterísticos da Terra de Miranda, como são a gaita-de-foles, a caixa-de-guerra e o bombo.

Ao serão, o grupo Caroline Keane & Tom Delany Band proporcionou um concerto, ao ar livre, no antigo paço episcopal, em Miranda do Douro, um espetáculo que despertou o interesse do público, pela alegre sonoridade dos instrumentos irlandeses.
O concerto do grupo irlandês “Caroline Keane & Tom Delany Band” realizou-se no antigo paço episcopal, em Miranda do Douro.

Para o professor de música, Paulo Meirinhos, este encontro com músicos de outros países, são oportunidades de aprendizagem e de enriquecimento musical, cultural e social.

“Estes encontros com músicos de outros países são como um alargar dos horizontes, pois permitem aprofundar o conhecimento musical. Para um músico é muito importante saber, por exemplo, que a gaita-de-foles também existe noutros países e tem características diferentes da nossa, desde os materiais utilizados na sua construção, as próprias peças e até a sua sonoridade”, indicou.

A visita do grupo de música irlandesa a Miranda do Douro inseriu-se no projeto “Ciclo de Música Sem Tempo”, que consiste num festival internacional, dinamizado ao longo do ano, pela associação Cardo, nos municípios de Miranda do Douro, Santo Tirso e Esposende.

“Dada a grande atenção que Miranda do Douro dá à música tradicional é com grande regozijo que apresentamos aqui este festival internacional. Sublinho que os músicos são escolhidos criteriosamente, com base no trabalho de preservação e divulgação da música tradicional que fazem nos seus países de origem. Por isso, o grande propósito deste evento é proporcionar o encontro, a troca de experiências e de saberes entre os intérpretes da música tradicional portuguesa e estrangeira”, disse a responsável da associação Cardo.

Em Miranda do Douro, os próximos concertos no âmbito do Ciclo de Música Sem Tempo estão agendados para 16 de setembro (Wild Strins Trio) e 3 de dezembro (Kraja).

Este festival internacional foi criado pela associação Projeto Cardo, com o objetivo de preservar, divulgar e promover a música tradicional. Em Miranda do Douro, o festival conta com o apoio do município, através da Casa da Música Mirandesa.

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Saúde: Médicos iniciam greve a 24 de julho

Os médicos iniciam a 24 de julho uma greve nacional de três dias, mas as paralisações no setor da saúde vão-se prolongar nas próximas semanas, estendendo-se também aos farmacêuticos e enfermeiros.

Convocada pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM), esta greve vai decorrer nos dias 24, 25 e 26 de julho com o objetivo de forçar o Governo a apresentar uma proposta concreta de revisão da grelha salarial, no âmbito das negociações que se iniciaram em 2022, mas que não resultaram num acordo entre as partes.

Também convocada pelo SIM, inicia-se a 23 de julho uma greve com a duração de um mês, ao trabalho extraordinário dos médicos de família, que o sindicato reconhece que vai afetar “muitas dezenas de milhares de consultas” nos centros de saúde.

Após a última ronda negocial, que decorreu a 21 de julho, o secretário-geral do sindicato, Jorge Roque da Cunha, acusou o Ministério da Saúde de “não apresentar os documentos negociais” e garantiu que só vai à próxima reunião se receber as propostas do Governo antecipadamente.

O protesto desses profissionais de saúde prossegue nos dias 1 e 2 de agosto, com uma nova greve nacional convocada pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM), a segunda realizada em cerca de um mês, depois da paralisação que decorreu a 5 e 6 de julho e que registou uma adesão de 90%, nas contas da estrutura sindical.

Segundo a presidente da FNAM, Joana Bordalo e Sá, “todos os prazos razoáveis foram esgotados” nestas negociações que se iniciam há cerca de 15 meses, sendo a greve a “única salvaguarda para que efetivamente” o ministério avance com propostas concretas.

Na fase de discussão do protocolo negocial, em julho de 2022, ainda com a ministra da Saúde Marta Temido, o Governo e os sindicatos acordaram incluir a grelha salarial dos médicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) nas negociações.

A contestação no setor estende-se também aos farmacêuticos do Serviço Nacional de Saúde, cujo sindicato já emitiu um pré-aviso para várias paralisações que se prolongarão até setembro para reivindicar ao Governo uma “negociação séria”. 

Esta ronda de greves inicia-se a 31 de julho, com a paralisação dos farmacêuticos em todo o país, prosseguindo em 5 de setembro nos distritos de Beja, Évora, Faro, Lisboa, Portalegre, Santarém e Setúbal e nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira.

Para 12 de setembro está marcada greve em Braga, Bragança, Porto, Viana do Castelo, Vila Real, Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu, terminando o protesto em 19 setembro com mais uma greve de âmbito nacional.

Também o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) decidiu avançar para a grave de 1 a 4 de agosto na Área Metropolitana de Lisboa, depois de a negociação que decorreu recentemente com o Governo sobre a revisão da carreira ter sido “inconclusiva”.

Este protesto dos enfermeiros vai abranger os 18 concelhos da Área Metropolitana de Lisboa e vai decorrer entre as 00:00 do dia 1 de agosto e as 24:00 do dia 4 de agosto, período em que Lisboa acolhe a Jornada Mundial da Juventude, um encontro de milhares de jovens com o Papa Francisco, com as principais cerimónias a terem lugar no Parque Eduardo VII e no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo.

Fonte: Lusa