Avelanoso: VIII Feira da Castanha e dos Produtos da Terra

Avelanoso: VIII Feira da Castanha e dos Produtos da Terra

Avelanoso já tem tudo pronto para a VIII Feira da Castanha e dos Produtos da Terra, que vai decorrer no fim-de-semana de 28 e 29 de outubro, numa edição em que a castanha continua a ser a principal atração, a par da montaria ao javali, da animação musical e da novidade do encontro micológico da raia.

Numa antevisão ao certame, o presidente da União de Freguesias de Vale de Frades e Avelanoso, Fernando Rodilhão, adiantou que a qualidade da colheita de castanha deste ano mantém-se, apesar da quantidade ter sofrido um inesperado revés com o excessivo calor do mês de setembro.

“Num ano que se antevia bom para a campanha da castanha, as doenças e o choque térmico de setembro, provocado pelas alternâncias de temperatura, ora com frio, ora com calor excessivo provocaram uma quebra de 50% na colheita”, disse.

Ainda assim, o jovem autarca assegurou que vai haver castanhas para vender no decorrer da VIII Feira da Castanha e dos Produtos da Terra, em Avelanoso.

Nesta localidade do concelho de Vimioso existem três qualidades de castanha: a longal, que é a mais predominante, a judia e a côta. Recorde-se que a castanha é considerada um produto de excelente valor nutricional, que pode ser incluído tanto em sobremesas, como em pratos de carne.

“No recinto da feira, em Avelanoso, vão expor 35 produtores. Entre estes, 13 são produtores da freguesia, que vão expor sobretudo as suas colheitas de castanha, amêndoa, noz e avelã”, indicou.

Para além destes frutos secos, na VIII Feira da Castanha e dos Produtos da Terra, em Avelanoso, os visitantes também vão poder adquirir produtos da doçaria tradicional, fumeiro, pão, queijos, compotas, mel, produtos hortícolas e artesanato.

Segundo o cartaz, ao longo do fim-de-semana vão realizar-se várias atividades paralelas à feira, com destaque para a montaria ao javali, com início na manhã de sábado.

“Na montaria vão participar 155 caçadores, sendo que muitos deles vêm de outras regiões do país, inclusivé do Algarve, de Braga, Penafiel, Felgueiras, Paços de Ferreira. Informo que estes visitantes são quem mais compra a castanha no decorrer da feira em Avelanoso ”, disse.

A grande novidade da feira deste ano é a organização simultânea, do I Encontro Micológico da Raia, agendado para a manhã de Domingo, dia 29 de outubro.

“Esta iniciativa é promovida pelo engenheiro Carlos Ventura, um perito em micologia, que a freguesia de Avelanoso acolheu de bom grado, dada a grande diversidade de espécies de cogumelos silvestres que nascem no nosso território. Realço ainda o grande interesse que o povo vizinho, os espanhóis, têm pelos cogumelos, o que poderá atrair a sua vinda à feira de Avelanoso”, justificou.

Segundo Fernando Rodilhão, até ao momento já se realizaram 40 inscrições no I Encontro Misológico da Raia. Segundo a organização, para realizar a inscrição deve ligar para os seguintes números de telemóvel: 962 563 006 ou 935 461 367.

“A inscrição para o I Encontro Micológico da Raia tem um custo de 12 castanhas, que dá direito a almoço, brinde e às chaves dicotómicas, trata-se de um livrinho sobre as várias espécies de cogumelos. No final do encontro, os participantes, em conjunto, vão identificar as várias espécies de cogumelos silvestres recolhidas”, indicou.

O almoço vai ser servido numa tenda colocada junto à feira, onde uma empresa de catering vai assegurar as refeições (almoços e jantares).

Após o almoço de Domingo, a localidade de Avelanoso vai ser o destino de muitas pessoas, para assistir às tradicionais chegas de touros mirandeses.

“As chegas de touros mirandeses são um grande chamariz do público. Para quem nunca viu, informo que estas chegas ou lutas, não são proporcionadas, isto é, os animais não são obrigados a lutar. Quando o fazem, os touros de raça mirandesa mostram toda a sua força, o que é um verdadeiro espetáculo”, disse.

Outro destaque na feira em Avelanoso é a constante animação musical, com a participação dos gaiteiros de Santulhão, o concerto do grupo Cordosom, os gaiteiros de Serapicos e o grupo de concertinas “Estic’o Fole”.

De acordo com a organização, nos dias 28 e 29 de outubro, são esperados muitos visitantes em Avelanoso, a começar pelos emigrantes que aproveitam a feira da castanha para regressar à terra natal.

“Os nossos emigrantes que vivem e trabalham em países como França, Alemanha Espanha, Suíça, Bélgica e Inglaterra fazem questão de regressar a Avelanoso nesta altura do ano, para participar na apanha da castanha e por conseguinte na Feira. Este regresso é também uma oportunidade de conviver com os familiares, amigos e visitantes”, disse.

No final da tarde de Domingo, a VIII Feira da Castanha e dos Produtos da Terra vai culminar com um magusto comunitário e a atuação do rancho folclórico de Vimioso.

HA

Vimioso: Foi apresentada a plataforma No-Paper

Vimioso: Foi apresentada a plataforma No-Paper

A partir de novembro, a submissão de processos urbanísticos no município de Vimioso vai ser feita em formato digital, através da plataforma “No-Paper”, uma inovação que foi apresentada aos gabinetes técnicos e empresas, na manhã do dia 25 de outubro, no salão nobre da Câmara Municipal de Vimioso.

Na apresentação desta nova plataforma digital, o presidente do município de Vimioso, Jorge Fidalgo, destacou que a tramitação processual vai ser mais célere e acessível, evitando deslocações ao município e permitindo a diminuição substancial da impressão em papel.

«Através da plataforma “No-Paper”, ou seja, sem recurso ao papel, vamos simplificar e agilizar a apresentação dos processos urbanísticos. Este novo serviço permite a construção e submissão de processos de um modo inteiramente digital, submetendo os documentos, segundo as regras dos procedimentos administrativos”, explicou.

O autarca vimiosense sublinhou ainda que esta nova ferramenta digital, vai facilitar o trabalho do público e das empresas.

Do lado das empresas, o representante da MEO/Altice, Fernando Sousa, afirmou que a implementação da plataforma digital “No-Paper” no município de Vimioso, vai facilitar muito a entrega de processos nas autarquias.

“Desde logo, o recurso a esta plataforma digital vai evitar a deslocação presencial à câmara municipal. Por exemplo, eu venho de Bragança e tenho que percorrer quase 50 quilómetros até Vimioso. Com a plataforma digital “No- Paper” esse constrangimento vai deixar de existir, o que nos leva a ganhar tempo. A outra grande vantagem é a dispensa do uso de papel”, realçou.

Segundo o responsável da MEO/Altice, os processos urbanísticos mais comuns na área das telecomunicações são os trabalhos de construção de traçados de redes, que exigem uma comunicação prévia às autarquias.

“O meu objetivo com a participação nesta apresentação do “No-Paper”, em Vimioso, foi saber como podemos simplificar a entrega de processos, para realizar os nossos trabalhos na área das telecomunicações”, justificou.

Já na área da construção urbanística, o chefe da Divisão de Planeamento, Urbanismo e Obras do Município de Vimioso, o engenheiro Vitor Ventura, informou que a todos os processos urbanísticos, isto é, todas as solicitações para obras particulares no concelho de Vimioso, a partir de novembro podem ser submetidas pela plataforma No-Paper.

“A partir do mês de novembro, qualquer pedido para realizar obras particulares pode ser submetido de forma digital, a partir de casa, através da plataforma No-Paper. Refiro-me, por exemplo, ao licenciamento de uma moradia. Assim sendo, o requerimento inicial do projeto de arquitetura, como posteriormente os projetos de especialidade e até os pagamentos de taxas municipais vão ser feitos por via digital”, esclareceu.




A ligação para a plataforma digital “No-Paper” vai estar disponível a partir de novembro, no site do município de Vimioso.

HA

Ambiente: Planeta exige uma mudança comportamental porque «há muito desperdício»

Ambiente: Planeta exige uma mudança comportamental porque «há muito desperdício»

O coordenador da Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC), Américo Monteiro, considera que as pessoas têm de “mudar os comportamentos” em relação ao planeta porque “existe muito esbanjamento e desperdício”.

“As pessoas têm de mudar os seus comportamentos, se tal não acontecer vai ser difícil responder a esta grande necessidade da humanidade e do planeta porque existe muito esbanjamento e desperdício”, disse à Agência ECCLESIA Américo Monteiro após o encerramento do seminário internacional “Pacto Verde Europeu e Emprego. Fundo de transição justa. Impacto nas relações laborais e o papel do diálogo social. Economia Circular”.

A Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) organizou, em Setúbal, de 19 a 22 de outubro, um seminário onde abordou a questão do pacto verde e do emprego.

Em relação ao futuro, Américo Monteiro está “otimista”, mas os cristãos têm um “papel importante a desempenhar na educação sobre os problemas do planeta”.

Vera Weghmann, da Universidade de Greenwich, apresentou aos participantes uma panorâmica ao nível europeu, sobre a influência e impacto deste pacto no emprego, os desafios e a importância do diálogo social.

“A questão dos resíduos, a economia circular, uma transição justa para que seja possível a criação de empregos, a reciclagem e atenção necessária aos trabalhadores de resíduos foram temas abordados.

“O emprego no setor dos resíduos cresceu, é um setor de mão-de-obra intensiva, no entanto, uma grande parte dos trabalhadores de resíduos são do setor informal e imigrantes e há pouca preocupação com as condições de trabalho, segurança e saúde de quem recolhe e separa os vários resíduos”, lê-se nas conclusões.

Ao reciclar, polui-se “menos”, mas “não resolve” a sustentabilidade do planeta, só reduzindo o consumo e mudando os estilos de vida, apela o coordenador da LOC/MTC.

O Pacto Verde é uma visão de um continente que pretende “ser ecologicamente neutro em 2050”, mas para que esta transição seja “bem-sucedida é necessário que seja uma transição justa, promovendo a requalificação profissional e criando oportunidades de emprego, habitação eficiente em energia e mecanismos contra a pobreza energética, acesso a energia limpa, barata e segura”.

Para os militantes da LOC/MTC tem sido “difícil sair do conceito da economia linear, do extrair-produzir-descartar”.

“A economia circular tem como princípio regenerar a natureza, pois quando o foco deixa de ser a extração e exploração de recursos finitos, degradando continuamente os ecossistemas, a natureza tem espaço para prosperar, a biodiversidade é assegurada e a produtividade dos terrenos agrícolas protegida”, apontam.

Neste mundo ainda existem algumas populações que “não têm acesso ao mínimo indispensável para viver”, lamentam.

Fonte: Ecclesia

Política: Municípios dizem que ficam a perder com alterações ao IUC

Política: Municípios dizem que ficam a perder com alterações ao IUC

Os municípios consideram inadmissíveis alterações ao Imposto Único de Circulação (IUC), na proposta de Orçamento do Estado para 2024, destacando que ficam a perder pelo menos 40 milhões de euros de receita, apesar dos aumentos previstos pelo Governo.

No parecer sobre a proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2024 (PLOE2024), enviado à Assembleia da República, a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) destacou que só no Imposto Único de Circulação (IUC) dos veículos de categoria A, cuja receita atualmente é 100% municipal, vai perder cerca de 40 milhões de euros (ME), tendo em conta os valores de 2022, já que a PLOE2024 estabelece que 30% desta receita passa a ser do Estado.

“A agravar, e face aos aumentos substanciais no IUC, é criado um teto de variação anual de 25 euros por veículo, estabelecendo, desde logo, que quando esse teto é aplicado os municípios apenas têm direito a receber o equivalente ao que receberam em 2023, ‘congelando’ assim a receita” municipal, destaca ainda a ANMP.

Ou seja, com o polémico aumento de IUC para os veículos com matrículas registadas entre 1981 e julho de 2007, que em 2024 tem um teto máximo de 25 euros por viatura, os municípios não ganharão nada, porque a verba que exceder o montante que receberam em 2023 vai para o Estado.

“São duas medidas que a ANMP tem por inadmissíveis, não podendo aceitar a apropriação por parte do Estado de 30% da componente da cilindrada dos veículos da categoria A, nem o congelamento da receita dos municípios nas categorias A e E”, é sublinhado pela ANMP.

No parecer, a ANMP destaca que a alteração do enquadramento do IUC, quer ao nível da titularidade das receitas, quer ao nível dos escalões e taxas aplicados, originará “um aumento substancial de receita” deste imposto.

“Parece-nos, no contexto atual, que deveriam os municípios participar na componente relativa à emissão de CO2, apoiando o financiamento das suas competências e responsabilidades crescentes no contexto da transição verde e alterações climáticas. Por fim, destacamos ainda que, ao contrário do solicitado pela ANMP, o adicional do IUC continua a ser aplicado, sendo a sua titularidade exclusivamente do Estado”, defendem as câmaras municipais.

Apesar de uma avaliação “globalmente favorável” da PLOE2024, por conter, no geral, medidas positivas para as autarquias, medidas como as alterações ao IUC “justificam a intervenção da ANMP junto do Governo e dos partidos políticos com assento na Assembleia da República, tendo em vista a sua inclusão ou alteração”, é sublinhado no parecer.

O Imposto Único de Circulação (IUC) é atualmente partilhado entre municípios, regiões autónomas e Estado, sendo que os municípios recebem 100% da receita relativa aos veículos da categoria A, E, F e G, além de 70% da componente relativa à cilindrada da categoria B.

Os restantes 30% dos impostos relativos à cilindrada da categoria B vão para o Estado e para as regiões autónomas.

Estado e regiões autónomas recebem ainda 100% da componente do CO2 nesta categoria (B), a única que é tributada em função do CO2.

Fonte: Lusa

Mogadouro: Município alerta para existência de manganês na água da rede pública

Mogadouro: Município alerta para existência de manganês na água da rede pública

O município de Mogadouro emitiu um aviso à população para a existência de manganês na rede de abastecimento de água, provocando uma tonalidade mais escura na água.

De acordo com uma publicação feita na página oficial da internet deste município do distrito de Bragança, a acumulação de manganês é mais comum em zonas abastecidas pela Estação de Tratamento de Água (ETA) de Bastelos.

“Tendo em conta a súbita alteração da temperatura que se fez sentir desde ontem, pode verificar-se esta alteração de tonalidade na água que chega à casa dos consumidores. Os serviços de águas municipais estão a monitorizar a rede de distribuição e a tomar as devidas medidas mitigadoras deste efeito”, indica a autarquia transmontana.

Segundo fonte do município de Mogadouro, o manganês não é prejudicial para a saúde pública, mas aconselha-se que a lavagem da roupa seja feita sem recursos a lixívia ou derivados para evitar manchas,

O município presidido pelo social-democrata António Pimentel informou ainda que a nova ETA instalada na Barragem de Bastelos entrará em funcionamento a curto prazo, com novos equipamentos e tecnologias que dão maior confiança na resolução deste problema.

Fonte: Lusa

Sendim: Grazes e halloween vão animar a vila

Sendim: Grazes e halloween vão animar a vila

Ao longo de quatro dias, a vila de Sendim vai estar em festa, com a realização da feira dos Grazes, que vai decorrer no fim-de-semana de 27, 28 e 29 de outubro, seguida do hallloween ou noite das bruxas, agendada para terça-feira, dia 31 de outubro.

O presidente da União de Freguesias de Sendim e Atenor, Luís Santiago, adiantou que a Feira dos Grazes deste ano, começa ao final da tarde de sexta-feira, dia 27 de outubro, com a cerimónia de abertura no espaço dos expositores locais.

“Este ano, na tenda de expositores há uma maior participação dos produtores e empresários sendineses. Nesse espaço vai ser possível adquirir produtos locais como o vinho, o azeite, o fumeiro, os frutos secos, o mel, as compotas, o artesanato, entre outros produtos. No exterior da tenda, vão ser expostos tratores e máquinas agrícolas”, indicou.

Nos dias de sábado e Domingo, 28 e 29 de outubro, são aguardados cerca de 150 feirantes de todo o país, que vão expor os seus produtos nas ruas da vila de Sendim. Como acontece habitualmente nesta época do ano, o público tem a oportunidade de adquirir produtos como calçado, vestuário, bens alimentares, árvores de fruto, entre muitos outros produtos.

“Para a animação da feira, o motoclube “Abutres do Douro” associou-se à organização e preparou o passeio “Grazes em Movimento”, agendado para Domingo, dia 29 de outubro. Com idêntico propósito, a comissão de festas de Santa Bárbara – Sendim, vai disponibilizar ao longo do fim-de-semana, o serviço de restaurante, no salão de festas local”, informou o autarca.

Para atrair a vinda de público a Sendim, a feira dos Grazes 2023 vai contar com a participação de grupos musicais locais e de artistas de renome. Assim, na abertura da feira, vai atuar o grupo musical Midnes. No dia seguinte, sábado, o Rancho Infantil do Grupo Cultural de Sendim, antecede a atuação de Jorge Guerreiro. A noite de sábado prossegue ainda com as atuações do DJ “La Bomba” e “Thug Boys and Barbz”. No Domingo, às 16h30, o conhecido artista, José Malhoa vai animar a tarde, na feira dos Grazes.

De acordo com o presidente da União de Freguesias de Sendim e Atenor, a conhecida feira dos Grazes, continua a ser muito procurada pelas populações dos concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro, Vimioso e até da vizinha Espanha.

“Os Grazes coincidem com o inicio das estações do outono e inverno, pelo que as pessoas aproveitam esta feira para adquirir vestuário e calçado mais apropriado para as temperaturas frias. Para além disso é habitual comprar o mel, as castanhas para o fazer o magusto, assim como as flores para o Dia de Todos os Santos”, disse.

Finalizada a feira dos Grazes, na terça-feira, dia 31 de outubro, a vila de Sendim vai assinalar a noite de halloween ou dia das bruxas.

“A noite de halloween é encarada como uma oportunidade para recriar a antiga tradição do esconjuro e da queimada galega, um ritual usado para afugentar as bruxas ou algo que se considera maligno. A tradicional queimada galega é uma bebida feita à base de aguardente, limão, maçã, canela e açúcar.”, explicou.

Segundo Luís Santiago, à semelhança do que acontece em Motalegre, com a noite das bruxas, que atrai anualmente milhares de visitantes, a freguesia de Sendim pretende recriar um evento semelhante nesta localidade.

Recorde-se que o halloween é uma festa que se realiza no dia 31 de outubro, em que as pessoas vestem trajes fantasmagóricos e usam abóboras ocas, com velas no interior, para decoração de casas, jardins, etc.

HA

Miranda do Douro: 25 jovens receberam o sacramento do Crisma

Miranda do Douro: 25 jovens receberam o sacramento do Crisma

No Domingo, dia 22 de outubro, o bispo de Bragança-Miranda, D. Nuno Almeida presidiu à celebração do Crisma, na concatedral de Miranda do Douro, onde foram confirmados na fé da Igreja, 25 jovens mirandeses que assim concluíram o percurso inicial da formação cristã.

A celebração do sacramento da confirmação (Crisma) dos jovens mirandeses, foi concelebrada pelo pároco local, o padre Manuel Marque, pelos padrinhos e familiares, que encheram a catedral de Miranda do Douro, testemunhando assim a efusão do Espírito Santo sobre os crismandos.

Na homília da eucaristia dominical, D. Nuno Almeida, referiu a ligação entre os sacramentos do Batismo e da Confirmação e sublinhou a importância do Espírito Santo na compreensão da Sagrada Escritura.

“Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”, o que quer dizer Jesus, com esta afirmação? – interpelou o bispo de Bragança-Miranda.

Segundo a interpretação do prelado, naquele tempo o imperador romano era considerado deus. “Para não cairmos no engano de pensar que somos deuses, donos do mundo, em que tudo gira à nossa volta – é o pecado original – Jesus mostra-nos que o caminho é viver como irmãos e a partilhar o que somos e temos com os outros”, explicou.

Dirigindo-se concretamente aos 25 jovens crismandos, D. Nuno Almeida desafiou-os a darem bom testemunho do Cristo e a dedicar algum tempo das suas vidas a Deus, ao voluntariado ou à catequese, aos escuteiros ou ao coro da paróquia.

“Qual é a minha missão na sociedade? E na igreja, o que posso dar aos outros?”, interpelou.

Chegados ao momento do Crisma, o bispo de Bragança-Miranda, realizou o gesto de imposição das mãos e ungiu os jovens com o óleo do santo crisma, momento em que cada um dos crismandos foi acompanhado pelo respetivo padrinho ou madrinha.

O bispo de Bragança-Miranda, D. Nuno Almeida, unge os crismandos (acompanhados pelos padrinhos ou madrinhas) com o óleo do santo crisma.

Segundo a Igreja Católica, ao receber o sacramento da confirmação (Crisma), são concedidos os sete dons do Espírito Santo. A saber: conselho, piedade, fortaleza, temor de Deus, ciência, inteligência ou entendimento e sabedoria.

A celebração na catedral de Miranda do Douro terminou com o cântico “Vinde Espírito Santo! E acendei em nós o fogo do vosso amor!”

HA

Micologia: Nordeste transmontano com boas perspectivas na apanha de cogumelos silvestres 

Micologia: Nordeste transmontano com boas perspectivas na apanha de cogumelos silvestres 

O presidente da Associação Micológica “A Pantorra”, com sede em Mogadouro, mostrou-se otimista em relação à época de apanha de cogumelos silvestres, que agora começa, devido à chuva que está a cair no nordeste transmontano.

Manuel Moredo avançou que as expectativas são otimistas devido à quantidade de chuva que tem caído. Provavelmente, no espaço de oito a 10 dias, começam a aparecer a maior parte das espécies de cogumelos silvestres que proliferam neste território do distrito de Bragança, por esta altura do ano.

“Penso que existem grandes condições para o aparecimento das mais diversas espécies de cogumelos silvestres comestíveis” o que vai enriquecer a gastronomia transmontana nesta altura do ano, indicou o micólogo.

A antevisão é feita numa altura em que se prepara o 23. º Encontro Micológico Transmontano, um dos mais antigos do país, que se realiza em Mogadouro, entre 3 e 5 de novembro e que conta como apoio do município.

Durante o encontro micológico, haverá tempo para uma exposição dos cogumelos recolhidos e uma ceia micológica num dos restaurantes de Mogadouro.

Este tipo de alimento há muito que é considerado pelos populares “um verdadeiro manjar dos Deuses”, mas a associação defende que “os cogumelos são comida de risco”.

No encontro micológico deste ano estamos mais virados para a identificação dos cogumelos nos bosques, por se tratar de uma comida de risco e assim e desta forma ajudar a identificar os cogumelos comestíveis e os mais tóxicos”, vincou Manuel Moredo.

No topo dos cogumelos mais mortais está uma espécie designada ‘Amanita phalloides’, considerada pelos especialistas como “a mais tóxica e mortal”.

Apesar do valor económico dos cogumelos comestíveis, em Portugal ainda não há legislação que regulamente o setor e esse “vazio legal” não permite a “certificação” das mais variadas espécies para que se tornem numa mais-valia económica.

“Estamos fartos de sugerir um código de conduta para a apanha dos cogumelos nestas últimas duas décadas. Tem de haver legislação que acabe com a anarquia que tem havido em matéria da apanha de cogumelos, sendo um assunto que cabe ao Ministério da Agricultura”, rematou Manuel Moredo.

“A Pantorra” já identificou mais de 1.000 espécies de cogumelos no Nordeste Transmontano nos últimos 23 anos, mas os seus especialistas estão convencidos que há muitas mais por identificar.

Lameiros, soutos e pinhais, locais ideais para a apanha, são batidos palmo a palmo nesta altura do ano pelos recoletores de cogumelos silvestres, alguns dos quais o fazem por gosto e outros porque encontraram nesta atividade uma forma de sustento.

Sanchas, boletos, repolgas ou míscaros são, nesta altura do ano, dos fungos mais procurados pelos apreciadores e recoletores na região do Interior Norte.

Os preços das mais variadas espécies de cogumelos silvestres em fresco podem variar entre os 15 euros por quilo no caso dos boletos e os 7,5 euros no caso das setas dos pinhos.

A associação micológica tem cerca de uma centena de associados espalhados por todo o país e pelo estrangeiro.

Fonte: Lusa

Agricultura: Ano trágico para a castanha 

Agricultura: Ano trágico para a castanha

Num ano que se antevia bom para a colheita da castanha, o calor excessivo do mês de setembro veio prejudicar seriamente a campanha deste ano, o que levou o município de Vinhais a solicitar medidas de apoio aos agricultores do concelho.

“Há três ou quatro semanas era expectável um ano muito bom em termos de produção. O que vai acontecer é precisamente o contrário. É um ano trágico, com quebras muito grandes”, indicou o presidente da Câmara de Vinhais, Luís Fernandes.

As perdas não serão uniformes em todas as zonas do concelho, mas expressivas. “Estaremos a falar sempre de quebras superiores a 70, 80%. Se calhar em alguns casos a rondar quase os 100%”, adiantou Luís Fernandes.

O pedido foi vertido num memorando, onde se pedem medidas de compensação aos produtores, como o pagamento atempado dos subsídios, apoios aos seguros de colheitas, isenção do pagamento da Segurança Social ou mesmo a declaração do estado de calamidade, “porque isso permite outro tipo de apoios”, relembrou Luís Fernandes.

Na lista de exemplos de medidas consideradas relevantes, sugere-se ao Ministério da Agricultura a adoção de “uma estratégia ele investigação e combate às causas que estiveram na origem destes fenómenos”. 

O memorando, assinado por entidades da região ligadas à produção agrícola e pelas juntas de freguesia, foi entregue este fim de semana, no decorrer da Rural Castanea – Festa da Castanha, à Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira. No domingo, foi entregue ao Ministro da Economia, António Costa Silva, que marcou presença no dia de encerramento do certame.

Seguiu também para o Ministério da Agricultura e para a comunicação social “para que possam ser tomadas medidas”, reforçou Luís Fernandes, considerando a situação “gravíssima”.

Em causa estão perdas, explica-se no referido documento, provocadas pelo “calor excessivo e incomum para a época do ano” verificado no mês de setembro. Os ouriços começaram “a secar antes de a castanha estar completamente formada, interrompendo o normal desenvolvimento das variedades mais tardias”. 

“Fruto daquelas duas semanas que vieram com temperaturas altíssimas (…), é verdade que os castanheiro dá a sensação que arderam. E, portanto, a produção é praticamente inexistente”, explicou Luís Fernandes, notando que a qualidade da castanha colhida este ano também está abaixo do esperado.

As alterações ao clima normal para a altura verificaram-se também na pluviosidade. O memorando cita o relatório do Estado das Culturas da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte. 

No mês de setembro, em Trás-os-Montes, “registou-se uma precipitação de 92,1 mm, o que representou um aumento de 64% em relação à média mensal dos últimos 30 anos, seguiram-se temperaturas muito altas para a época do ano”, lê-se.

Além de poder ter originado um “golpe de calor”, o fenómeno contribuiu para o aparecimento do fungo que provoca a doença da septoriose. Este problema está a ser detetado em concelhos vizinhos, destaca-se no memorando.

Junta-se, em comparação a anos anteriores, “um aumento do bichado-da-castanha, do gorgulho e há relatos de sintomas provocados por uma doença conhecida como podridão da castanha”, enumera-se no mesmo documento.

“Isto é muito mau para o concelho. A castanha é o suporte económico mais importante. Ainda por cima, estamos a falar de dois anos seguidos com quebras de produção muito grandes”, vincou Luís Fernandes.

Vinhais é um dos maiores produtores de castanha do país, com entre 13 a 15 mil toneladas por ano, o que representa cerca 15 milhões de euros. Conta com 2.500 produtores e 10 mil hectares de soutos. 

“Se fossem dois anos bons de castanha, entrariam 30 milhões de euros, ou mais, no concelho. Nem um terço desse valor financeiro vai entrar”, lamentou Luís Fernandes.

Fonte: Lusa

Angueira: Feira do Mel e dos Produtos da Terra entusiasmou a aldeia

Angueira: Feira do Mel e dos Produtos da Terra entusiasmou a aldeia

A I Feira do Mel e dos Produtos da Terra, realizada nos dias 21 e 22 de outubro, na localidade de Angueira, no concelho de Vimioso, entusiasmou a população local com a afluência de visitantes e as várias atividades realizadas ao longo do certame, com destaque para o baile tradicional, a caminhada interpretativa e o convívio no magusto de castanhas assadas e jeropiga.

Na tarde de Domingo, os pauliteiros de Palaçoulo animaram a I Feira do Mel e dos Produtos da Terra.

A vereadora da cultura do município de Vimioso, Carina Lopes, informou que a I Feira do Mel e dos Produtos da Terra é o oitavo certame deste género que se realiza nas várias localidades, do concelho de Vimioso.

“Estas feiras temáticas são um sucesso porque, simultaneamente, promovem o encontro e o convívio entre as gentes do concelho, assim como a comercialização dos produtos locais e a divulgação das tradições culturais. Ao deslocalizar estas feiras para as aldeias, estamos a trazer vida e movimento às populações que sofrem com o despovoamento e o isolamento”, indicou.

Ao longo de cada ano, no concelho vimiosense realizam-se os seguintes certames: a Feira das Colheitas, em Vilar Seco; a Feira do Mel e dos Produtos da Terra, em Angueira; a Feira da Castanha, em Avelanoso; o Mercado Rural – Cachico, em Carção; a Feira de Artes, Ofícios e Sabores, em Vimioso; a Feira da Rosquilha, em Argozelo; a Feira do Pão, em Caçarelhos; o Sábado de Aleluia, em Algoso; e a Feira do Azeite, em Santulhão.

O mel.

Na feira de Angueira, o produto local selecionado foi o mel. Nesta primeira edição do certame, foi organizada uma sessão de esclarecimento sobre um dos problemas que afeta a produção de mel: a praga da vespa asiática ou velutina. O responsável pela proteção civil, em Vimioso, Francisco Bruçó, informou que esta vespa, predominantemente de cor negra, alimenta-se essencialmente de abelhas, razão pela qual prejudica seriamente a apicultura.

“Sem abelhas não há mel, mas também não há polinização e portanto não há frutos, não há plantas e não há vida”, alertou.

Para combater eficazmente esta praga, o responsável da proteção civil apelou à vigilância da população do concelho, para que esteja atenta aos possíveis sinais de presença desta espécie, que faz os ninhos nas alturas, por exemplo, na copa das árvores.

A sessão de esclarecimento contou ainda com a participação do apicultor local, Jorge Fernandes, que informou os apicultores (e o público presente no recinto da feira), sobre as negociações que estão a decorrer na União Europeia, relativas ao reconhecimento da importância da atividade apícola para a agricultura.

“A apicultura é a única atividade agroambiental que não beneficia de qualquer apoio. Por esta razão, estão a decorrer negociações em Bruxelas, para a atribuição de um apoio financeiro aos apicultores, à semelhança do que já acontece com a pecuária e a agricultura e as florestas”, informou.

Segundo o apicultor, este apoio financeiro é decisivo para a manutenção e sobrevivência da apicultura. Opinião corroborada, por outro apicultor, Jorge Gonçalves, que reconheceu as dificuldades que o setor atravessa.

“Para quem vive apenas da apicultura, acredito que não seja fácil. No meu caso, a apicultura é uma atividade de realizo por gosto e como passatempo”, disse.

A comercialização do mel e dos produtos da terra

Na I Feira do Mel e dos Produtos da Terra participaram vários apicultores locais, que aproveitaram a oportunidade para comercializar a sua produção de mel. De Caçarelhos, um jovem apicultor, apresentou ao público três variedades de mel: de rosmaninho, de castanheiro e silva e de carvalho.

“Dado que estamos a entrar no período frio do inverno, as pessoas aproveitam estes certames para comprar mel e assim prevenir-se contra as constipações e as gripes”, explicou.

Por sua vez, Teresa Pinto, acompanhada da neta, Daniela Martins, deslocaram-se de Junqueira até Angueira, para escoar o excedente de produtos locais, como são os figos secos, o pão, as alcaparras, a amêndoa, a noz, a marmelada, fruta, cebolas, entre outros produtos.

“Estas feiras temáticas são uma iniciativa muito bem sucedida e já sugerimos ao presidente da nossa freguesia de Matela e Junqueira para organizar um evento destes. Perante o despovoamento e o isolamento que se vive em tantas aldeias do concelho, estas feiras conseguem atrair a vinda de muita gente, que ao longo de um fim-de-semana interagem com a população local. ”, destacou.

O público

Do lado do público, destaque para a montaria ao javali que reuniu em Angueira, 175 caçadores, da região e também de outras localidades do país. De Felgueiras, por exemplo, veio Agostinho Costa, juntamente com vários amigos caçadores. Para além do gosto pela caça, os visitantes aproveitaram a feira para adquirir produtos locais, com destaque para o mel e as castanhas.

Perante a afluência de visitantes, a jovem Diana Bielber, natural de Angueira, estava radiante com a animação que a I Feira do Mel e dos Produtos da Terra trouxe à sua aldeia.

“Dou os parabéns à União de Freguesias de Caçarelhos e Angueira pela organização deste evento! A variedade dos produtos na feira e as atividades de animação apresentadas conseguiram envolver todas as faixas etárias da população! Destaco, por exemplo, o workshop de baile tradicional que criou uma grande interação entre as crianças e os adultos!!”, indicou.

A jovem angueirense destacou ainda outras atividades que decorreram ao longo do fim-de-semana, como o concerto “Músicas da Raya”, a caminhada interpretativa pelo vale do rio Angueira, a luta de touros (que mais uma vez atraiu uma multidão de gente) e o convívio final com o magusto de castanhas assadas e a jeropiga, que encerrou a I Feira do Mel e dos Produtos da Terra.

HA