XXIV Domingo do Tempo Comum

Perdoar

Sir 27, 33 – 28, 9 / Slm 102 (103), 1-4.9-12 / Rom 14, 7-9 / Mt 18, 21-35

A pergunta que hoje Pedro expressa é a nossa pergunta de todos os dias: quantas vezes devo perdoar? E ele até é generoso, ao perguntar se sete é um bom limite. Poucos de nós temos a paciência e a esperança para perdoar sete vezes a mesma pessoa. Jesus, contudo, diz-nos que devemos perdoar «70×7», isto é, um número desproporcional de vezes, vastíssimo, do qual se perde a conta.

O perdão é a melhor forma de expressar a nossa esperança no mundo e nos outros. Muitos dirão que é para ingénuos, e compreendo porque se pode pensar isso. Mas perdoar é diferente de se deixar enganar: é assumir que a relação, ainda que ferida, não termina ali. É abrir caminho.

Ao negarmos o perdão a alguém, o ressentimento gera em nós um cinismo e dureza de coração que prejudica a nossa relação com Deus e com o mundo. Temos de ser artífices de perdão, recorrentemente, para que a ordem do amor reine.

À pergunta de todos os dias «devo perdoar?», devemos responder com a oração de todos os dias: o Pai-Nosso. Logo a seguir a rezarmos «o pão nosso de cada dia nos dai hoje», dizemos com os lábios, ainda que nem sempre com o coração: «perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos…» – assim como nós perdoamos. Será que a medida do perdão que o Pai guarda para nós poderá ser limitada pelas condições que colocamos para perdoar alguém? Este pensamento deve, a homens como eu, cujo perdão raramente é espontâneo, inspirar um certo temor: se o Senhor me julgar com a medida do meu perdão, será que vou estar com Ele no Céu? Se perdoo a olhar para as minhas medidas, e não a partir da medida que o Senhor usa para mim, sou testemunha do Reino?

Temos de aprender a perdoar. E os santos são os nossos melhores guias. Ao saber que determinado colega de estudos estava doente com febre numa cidade longe de Paris, Santo Inácio de Loiola caminhou durante três dias para o visitar. Este colega apropriou-se de dinheiro que Inácio lhe tinha pedido para guardar, e ainda assim ele pôs-se a caminho para cuidar dele.

O que nos ensinam os santos? Que devemos recordar-nos constantemente do quão pouco amorosos somos; que há que confessar-nos frequentemente, para aprendermos a viver a partir do perdão; que devemos ser pessoas de perdão fácil; e que há que encontrar gestos concretos que dão sinal do nosso perdão e não somente do nosso arrependimento.

Ao viver assim, sabemos que o Reino está verdadeiramente entre nós. Ser santo não implica ser perfeito. Ser santo é viver no perdão e do perdão de Deus, disponível para ser um sinal de luz para com todos.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Miranda do Douro: Alunos do 5º e 10º anos iniciam estudos na Escola Básica e Secundária

Miranda do Douro: Alunos do 5º e 10º anos iniciam estudos na Escola Básica e Secundária

Na manhã desta sexta-feira, dia 15 de setembro, realizou-se no auditório da Escola Básica e Secundária de Miranda do Douro, a receção e o acolhimento aos pais e alunos do 5º ano e aos estudantes do 10º ano, que vão frequentar pela primeira vez, este novo estabelecimento de ensino.

O diretor do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro, o professor António Santos, deu as boas-vindas aos alunos do 5º e 10º anos.

No decorrer desta cerimónia, o diretor do Agrupamento de Escola de Miranda do Douro (AEMD), o professor António Santos, incentivou os recém-chegados alunos a praticarem o respeito mútuo entre todos.

Neste encontro, o responsável educativo prestou ainda várias informações práticas sobre o funcionamento da escola e o seu regulamento interno.

“Após 2 meses de férias, para os alunos o regresso à escola é sempre uma alegria, pois tem a oportunidade de rever os colegas e voltar a este espaço. Mesmo para os alunos que não gostam tanto de estudar, o regresso às aulas é sempre motivador, pois também têm a oportunidade de criar novas amizades”, disse.

O professor António Santos sublinhou que nestas idades é muito importante criar relações sociais e desenvolver o sentido de pertença a um grupo.

“Para os professores, o recomeço das aulas também é um desafio que nos motiva. Esta é uma das vantagens da profissão docente, a oportunidade de recomeçar, de melhorar e de corrigir algum erro que tenha ocorrido no passado. Ser professor também é aliciante”, disse.

Neste novo ano letivo, estão matriculados 579 alunos no Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro (AEMD), distribuídos pelas escolas: EB Secundária de Miranda do Douro, Escola Básica (EB) de Miranda do Douro, Escola Básica 1/2/3 de Sendim, Escola Básica e Jardim de Infância de Palaçoulo, Jardim de Infância de Sendim e Jardim de Infância de Miranda do Douro.

“As turmas têm em média 15 alunos. E este ano, só há uma turma de 5º ano.”, indicou.

Relativamente à colocação de professores para o ano letivo 2023/2024, o diretor do AEMD informou que, à exceção de alguns pedidos de substituição, a maioria das disciplinas e horários já estão todos atribuídos.

“Falta-nos ainda o professor de moral e de mirandês, que são situações que estão a ser concluídas”, adiantou.

Sobre as obras que estão a decorrer na Escola Básica (EB1) de Miranda do Douro, o diretor do AEMD, assegurou que as aulas vão recomeçar no dia 18 de setembro, embora a remodelação do edifício se prolongue até ao final do corrente ano.

O calendário do ano letivo 2023/2024 decorre de 15 de setembro a 15 de dezembro (1º trimestre);
O segundo trimestre inicia a 3 de janeiro de 2024 até 22 de março de 2024;
E o terceiro e último trimestre começa a 8 de abril de 2024 e encerra a 4 de junho, para os alunos dos do 9º, 11º e 12º anos) / a 14 de junho, para os alunos dos 5º, 6º, 7º, 8º e 10º anos) / e a 28 de junho, para os alunos da educação pré-escolar e do 1º ciclo.

As férias ou pausas letivas decorrem de 18 de dezembro de 2023 até 2 de janeiro de 2024 (Natal). As férias de Carnaval são de 12 de fevereiro até 14 de fevereiro de 2024. E o período de férias da Páscoa decorre de 25 de março até 5 de abril de 2024.

HA

Caçarelhos: Festa de Santa Luzia encerra as festividades de verão

Caçarelhos: Festa de Santa Luzia encerra as festividades de verão

Em Caçarelhos, a festa em honra de Santa Luzia, que encerra as festividades de verão no planalto mirandês, está agendada para o próximo sábado, dia 16 de setembro, num programa festivo que começa com o peditório pela aldeia, seguido da procissão e da celebração da eucaristia na capela e termina com o arraial.

Este ano, o programa da festa em honra de Santa Luzia começa com o peditório pelas ruas da localidade, acompanhados pelos gaiteiros da Escola de Música da Associação Lérias.

Segue-se depois a tradicional procissão da igreja matriz para a capela de Santa Luzia, onde vai celebrar-se a eucaristia em honra desta santa do final do século III.

Após a eucaristia realiza-se a procissão de regresso à igreja matriz, em Caçarelhos.

Durante a tarde de sábado, a festa prossegue com a abertura do bar da comissão de festas e uma tarde dançante com o grupo “Meninas do Tua”.

À noite, o arraial vai ser animado pela banda “Aronis Show” e o DJ “V*Guess”.

Santa Luzia

Segundo a tradição, Santa Luzia terá nascido numa família nobre, por volta do ano de 283, em Siracusa, na região italiana da Sicília.

Durante o período da violenta perseguição aos cristãos, no ano de 304, Luzia foi acusada de ser cristã e condenada à prostituição, mas foi protegida pela força de Deus, ficando imóvel e não podendo ser levada para o prostíbulo público.

Graças à firmeza da sua fé, Santa Luzia é muitas vezes representada com várias juntas de bois, que não foram capazes de a demover. Foi decapitada no dia 13 dezembro de 304. Antes da morte ter-lhe-iam arrancado os olhos, pelo que é considerada protetora dos olhos.

Foi-lhe dedicada uma grande devoção que está historicamente documentada. Já no século VI, foram-lhe dedicados mosteiros em Siracusa e Roma.

Santa Luzia foi uma das primeiras mulheres, a ser invocada no cânone da Missa, ao que tudo indica por São Gregório Magno, havendo em sua honra orações e antífonas especiais.

HA

Picote: Festa das línguas dedicada ao mirandês e ao asturo-leonês

Picote: Festa das línguas dedicada ao mirandês e ao asturo-leonês

Já está definido o programa da “I Fiesta de las Lhénguas”, um evento cultural (e desportivo) que vai decorrer em Picote, no fim-de-semana de 22, 23 e 24 de setembro e tem como grande objetivo debater e encontrar caminhos comuns, na defesa e preservação das línguas minoritárias, como são o mirandês e o asturo-leonês.

Na perspectiva do presidente da freguesia de Picote, Jorge Lourenço, o evento “Fiesta de las Lhénguas”, organizado pela FRAUGA – Associação para o Desenvolvimento Integrado de Picote, tem por objetivo celebrar a diversidade linguística e a multiculturalidade que existe em toda a Europa.

“Dado que a 23 de setembro se celebra o Dia do Multilínguismo e a 26 de setembro se assinala o Dia Europeu das Línguas, a FRAUGA, pela sua responsabilidade na defesa e promoção da língua mirandesa, pretende celebrar e diversidade linguística e cultural, com a organização deste evento”, disse.

Nesta primeira edição, a festa das línguas, em Picote, vai dar destaque ao mirandês e ao asturo-leonês.

“Gostaríamos de aproveitar esta reunião para escutar, conhecer e debater, os problemas das diferentes realidades culturais e linguísticas de cada região. Por outro lado, este encontro também pode propiciar a aprendizagem e o trabalho conjunto entre as várias associações culturais, na defesa e promoção das línguas minoritárias”, disse.

O evento que se inicia na tarde de sexta-feira, dia 22 de setembro, vai oferecer aos visitantes várias atividades como workshops das línguas, conferências e palestras, concertos de música, atividades lúdicas e jogos tradicionais.

“Em Picote, vão ser instalados vários espaços para que as associações culturais convidadas, possam expor e mostrar o trabalho que realizam na defesa e promoção da língua da sua região”, disse.

Entre as associações convidadas estão, por exemplo, a Asociación Cultural Faceira (Espanha), que se dedica ao estudo, divulgação e proteção do património cultural, histórico e linguístico da província espanhola de Leão; a associação Tanxilde (Espanha); a Academia de la Língua Asturiana (Espanha), a associação FRAUGA (Portugal) e a Associação da Língua e Cultura Mirandesa (ALCM).

Na tarde de sexta-feira, a “Fiesta de las Lhénguas” vai contar com a visita dos alunos e professores do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro (AEMD), tendo também sido convidados os agrupamentos de Mogadouro e de Vimioso.

“No final da tarde (18h30), vai ser apresentado o roteiro turístico “Travisco”, sobre a localidade Picote, que utiliza uma aplicação informática (app) e está traduzido em mais de 30 línguas”, indicou.

No serão de sexta-feira, os participantes na festa das línguas vão ser presenteados com os concertos musicais dos artistas “José Manuel Sabugo Álvarez” e do dueto luso-castelhano “Músicas de la Raia”.

“Os concertos de sexta-feira e de sábado visam realçar que a música é um instrumento muito eficaz na defesa e divulgação das línguas. No futuro, para além da música, gostaríamos de incorporar no evento outras artes, como o teatro, pois também reflete a cultura local e é um modo de transmissão do património linguístico”, avançou.

No sábado, dia 23 de setembro, a festa das línguas prossegue às 10h30 da manhã, no Ecomuseu Terra Mater, com a realização de várias conferências, protagonizadas pelas associações convidadas, que terão oportunidade de dar a conhecer o trabalho que desenvolvem na defesa e promoção da língua, nos seus territórios.

Com o propósito de dar a conhecer a Terra de Miranda, no decorrer do evento vão ser exibidas em Picote, as raças autóctones da região, como são os ovinos da raça churra galega mirandesa, os bovinos mirandeses e os burros da raça asinina Miranda.

“No que concerne ao ambiente, vão estar presentes expositores do Parque Natural do Douro Internacional (PNDI) e da Reserva da Biosfera Transfronteiriça da Meseta Ibérica”, informou.

O autarca de Picote sublinhou que a “Fiesta de las Lhénguas” pretende ser um evento diferenciador e em futuras edições, gostariam de convidar outras comunidades linguísticas da Europa.

Paralelamente à festa das línguas, no Domingo, dia 24 de setembro, vai realizar-se em Picote, o I Ultra Trail Tierra de Miranda, organizado pelo Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD).

Segundo o presidente de freguesia, Jorge Lourenço, o desporto é uma atividade que promove o encontro de pessoas de várias regiões e por conseguinte o convívio cultural e linguístico.

“Em plena época das vindimas e tendo em consideração os mais de 10 mil turistas que visitaram Picote neste verão, esperamos uma grande afluência de pessoas no fim-de-semana de 22, 23 e 24 de setembro”, prevê.

A I edição da “Fiestas de las Lhénguas” é coorganizada pela FRAUGA e pela freguesia de Picote e conta com os apoios do município de Miranda do Douro e do Grupo Prezero.

Fiesta de las lhénguas
Bozes i falas ne l spácio sturo-lhionés

Picuote – Tierra de Miranda | 2023
22, 23 i 24 de Setembre

PROGRAMA: 

22 de setembro (Sesta)
14:00 – Abertura: Bien-benidas
	Presidente de la Cámara Municipal de Miranda de l Douro
	Presidente de la FRAUGA
	Presidente de la Junta de Felegresie de Picuote

14:30 – Besita als spácios de las lhénguas i anstituiçones

15:00 – Besita de ls alunos de las scolas de la Tierra de Miranda

18:30 – Apresentaçonde l Projecto TRAVIZCO: Caminos de Picuote

22:00 – Cuncertos de música 
- José Manuel Sabugo Álvarez
i
- Músicas de la Raia

23 de Setembro (Sábado)
10:00 – Música pu las rues i abertura de ls spácios

La boç de las lhénguas: spácio a las associaçones i anstituiçones
(Ecomuseu Tierra Mater)

10:30 - Iniciativa pol Asturianu: “De güeles a nietes. El retu de la tresmisión xeneracional del asturianu” (apresentado por Nicolás Bartolomé);

11:00 – Associaçon Faceira: “La situación actual del llionés y el llabor de l'asociación Faceira”, Ricardo Chao;

15:00 – Associaçon Tanxilde #: "O Portexo lengua falada nun solo lugare " (Francisco Blanco Corrales

15:30 - Academia de la Llingua Asturiana: “Academia de la Llingua Asturiana: historia, funciones y planes de futuru” (Xosé Ramón Iglesias Cueva, Secretariu de l’ Academia):
16:00 - Associaçon FRAUGA: La fraga, la frauga i l mirandês: 30 anhos cun la lhéngua i la cultura mirandesa (António Bárbolo Alves)

- 

22:00 – Cuncerto de música: Trasga 

24 de Setembro (Deimingo)
09:00 – Ultra-trail Tierra de Miranda

HA

Miranda do Douro: GNR recuperou um grifo debilitado

Miranda do Douro: GNR recuperou um grifo debilitado

Em Miranda do Douro, os militares da GNR, afetos ao Núcleo de Proteção Ambiental, recuperam um Grifo ‘Gyps fulvus’, que se encontrava debilitado, na área do Parque Natural do Douro Internacional (PNDI).

“Após denúncia telefónica, a informar sobre a localização da ave em risco, na Estrada Nacional (EN 218), entre a localidade de Malhadas e Miranda do douro, os militares da GNR deslocaram-se de imediato ao local, procedendo ao seu resgate e transporte para o Centro de Interpretação Ambiental e Recuperação Animal (CIARA) situado no Felgar, no Baixo Sabor, para monitorização do seu estado de saúde, recuperação e posterior libertação ao seu habitat natural”, indicou a força de segurança.

A GNR, através do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), tem como preocupação diária a proteção dos animais, apelando à denúncia de eventuais situações de maus-tratos ou abandono.

Para o efeito, poderá ser utilizada a Linha SOS Ambiente e Território (808 200 520) funcionando em permanência para a denúncia de infrações ou esclarecimento de dúvidas.

Fonte: Lusa e GNR

Agricultura: Autarcas transmontanos exigem manutenção da Direção Regional de Agricultura em Mirandela

Agricultura: Autarcas transmontanos exigem manutenção da Direção Regional de Agricultura em Mirandela

O Conselho Intermunicipal da CIM Terras de Trás-os-Montes aprovou, por unanimidade, uma moção que exige a manutenção da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN) em Mirandela.

“Exigimos a manutenção DRAPN, em Mirandela, por ser um serviço de proximidade com as populações “, indicou o presidente da Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM), Jorge Fidalgo, através de um documento lido e distribuído aos jornalistas no decurso de uma reunião do Conselho Intermunicipal que decorreu a 13 de setembro, em Miranda do Douro.

No mesmo documento, que será enviado ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, à Assembleia da República e à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), os nove autarcas da CIM-TTM defendem que o setor agrícola é fundamental no território transmontano, pelo que a manutenção deste serviço público contribuiu para a fixação de pessoas.

“Neste sentido, o Conselho Intermunicipal da CIM-TTM entende que à luz da descentralização dos serviços, na defesa dos interesses da população, dos trabalhadores da DRAPN de Mirandela e do próprio território, o processo de reestruturação desta direção regional, com a sua integração na CCDR-N, deve fundar-se na promoção da Coesão Territorial, contribuindo para o desenvolvimento sustentável de Trás-os-Montes “, indica a moção aprovada.

A CIM-TTM é composta pelos municípios de Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Municípios vão avaliar barragens para a cobrança do IMI

Miranda do Douro: Municípios vão avaliar barragens para a cobrança do IMI

No âmbito da reunião do Conselho Intermunicipal, realizado a 13 de setembro, em Miranda do Douro, as comunidades intermunicipais Terras de Trás-os-Montes (CIM-TT) e do Douro, que representam 28 municípios, decidiram contratar peritos para avaliar o valor patrimonial tributário das barragens, de modo a garantir a cobrança do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).

Em Miranda do Douro, o presidente de Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes, Jorge Fidalgo, foi o porta-voz dos autarcas transmontanos.

Nesta posição conjunta foi deliberado por unanimidade “redobrar esforços e agir ativamente para obter a cobrança dos impostos que são devidos [pela venda das seis barragens]”, indicou o presidente da CIM Terras de Trás-os-Montes, Jorge Fidalgo, numa nota lida aos jornalistas.

“Para haver uma cobrança do IMI terá de haver uma avaliação das barragens. Só quando finalizada a avaliação das barragens é que se saberá o valor do IMI a pagar, o que dependerá de cada um dos municípios com barragens, porque a taxa deste imposto é variável. Outra questão que se coloca é o que vai ser avaliado”, disse Jorge Fidalgo.

O autarca de Vimioso acrescentou que, na ótica dos autarcas dos 28 municípios, não deve ser só avaliado o edificado, mas também todos os equipamentos, desde as turbinas a outros equipamentos que fazem parte integrante do funcionamento destes centros eletroprodutores e as áreas que ficaram inundadas pelo enchimento das albufeiras.

“Neste sentido, os municípios que integram ambas as CIM vão contratar peritos para que possam fazer uma avaliação rigorosa destes empreendimentos, porque a Autoridade Tributária (AT) também deverá fazer a sua avaliação para se chegar a um consenso a fim de se perceber exatamente o valor de cada uma das barragens para determinar o valor real do IMI”, explicou Jorge Fidalgo.

O autarca transmontano vincou que “este processo tem de ser célere para que não se perca o IMI, referente a 2019”.

No comunicado, os autarcas transmontanos recordam que “estão em causa centenas de milhões de euros, que resultam de rendimentos obtidos com a exploração dos recursos naturais do território”.

“É manifestamente injusto e imoral que as populações que veem os seus recursos naturais gerar milhões de euros de lucro à EDP e à Movhera não tenham qualquer retorno desses rendimentos”, pode ler-se.

Perante a responsabilidade social da EDP e da Movhera, os autarcas transmontanos exortaram as duas empresas a pagar o IMI e os impostos devidos pela venda da concessão das barragens.

O presidente da CIM-TT relembrou que já passaram sete meses após o despacho do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Nuno Santos Feliz, que ordenava à AT a cobrança dos impostos resultantes da venda das barragens e “nada aconteceu até agora”.

Por outro lado, relativamente à investigação da venda das seis barragens, os municípios de Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Mirandela e Vila Flor ponderam constituir-se assistentes no processo de inquérito que corre no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), em Lisboa, acompanhando os municípios de Mogadouro e Miranda do Douro.

Também o Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM) já havia considerado que a Autoridade Tributária está a deixar passar tempo para que não haja avaliação das barragens e assim se perca a receita do IMI referente a 2019.

A vertente fiscal das barragens saltou para a agenda mediática na sequência da venda pela EDP de seis barragens em Trás-os-Montes (Miranda do Douro, Picote, Bemposta, Baixo Sabor, Feiticeiro e Tua), por 2,2 mil milhões de euros, a um consórcio liderado pela Engie.

Fonte: Lusa e HA

Miranda do Douro: Iconografia cristã em exposição

Miranda do Douro: Iconografia cristã em exposição

A Casa da Cultura Mirandesa tem em exposição uma coleção de pinturas de “Iconografia Cristã – A Linguagem do Silêncio”, da artista Tânia Pires, que está em exibição em Miranda do Douro até 11 de novembro.

A exposição de iconografia é composta por várias pinturas, que autora elaborou, no seu atelier em Bragança, fruto do seu crescente interesse pela espiritualidade cristã.

“Em 2011, Tânia Pires, viveu uma primeira experiência monástica, em França, que despertou nela o interesse pela iconografia cristã. Foi nesse mosteiro que iniciou o seu primeiro ícone. Depois, orientada por diferentes mestres, deu continuidade a estes trabalhos sobre a iconografia cristã, noutros mosteiros situados em Itália e na Palestina”, lê-se no comunicado.

De acordo com a autora, os ícones são imagens para “contemplar, meditar e orar”.

Na exposição, agora presente em Miranda do Douro, a peça principal é a “Virgem do Leite”, uma pintura do século XV, inspirada na escultura existente na Concatedral, que merece ser visitada.

Tânia Vera Oliveira Pires é natural de Bragança. Licenciou-se em Educação Visual e Tecnológica (2001) e posteriormente em Artes Plásticas /Escultura, pela Faculdade de Belas Artes, da Universidade do Porto (2009). Concluiu o mestrado em Escultura, em 2010, sobre o tema "Arte e Ecologia". A artista tem desenvolvido o seu trabalho baseada em reflexões sobre a humanidade, o sentido da vida, o vazio, a paz e a liberdade interior.

HA

Economia: Combustíveis aceleraram inflação para 3,7%

Economia: Combustíveis aceleraram inflação para 3,7%

Em agosto, a taxa de inflação homóloga aumentou para 3,7%, devido ao aumento do preço dos combustíveis, confirmou o Instituto Nacional de Estatística (INE).

A taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC), avançada pelo INE coincide, com o arredondamento a uma casa decimal, com o valor da estimativa rápida divulgada em 31 de agosto.

De acordo com o instituto estatístico, “esta aceleração é essencialmente explicada pelo comportamento dos preços dos combustíveis, que contribuíram em 0,7 pontos percentuais para o aumento da variação homóloga do IPC”.

No mês em análise, o indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) registou uma variação de 4,5%, contra 4,7% em junho.

A variação do índice relativo aos produtos energéticos situou-se -6,5% (-14,9% no mês precedente) e o índice referente aos produtos alimentares não transformados desacelerou para 6,4%, face aos 6,8% do mês anterior.

Em agosto, a variação mensal do IPC foi de 0,3% (-0,4% no mês precedente e -0,3% em agosto de 2022), enquanto a variação média nos últimos 12 meses diminuiu para 6,8%, contra 7,3% no ano terminado em julho.

A variação média dos últimos 12 meses do IPC sem habitação, referência para a atualização de rendas no próximo ano, fixou-se em 6,9% (6,94%) em agosto.

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português apresentou uma variação homóloga de 5,3%, 1,0 ponto percentual acima do registado no mês anterior e idêntica ao valor estimado pelo Eurostat para a zona euro (em julho, a taxa de variação homóloga do IHPC português tinha sido inferior em 1,0 ponto percentual à da área do euro).

Excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal atingiu uma variação homóloga de 6,4% em agosto (6,2% em julho), superior à taxa inferior para a zona euro (estimada em 6,2%).

Os dados divulgados pelo INE apontam ainda que o IHPC registou uma variação mensal de 0,8% (-0,4% no mês anterior e -0,2% em agosto de 2022) e uma variação média dos últimos 12 meses de 7,6% (8,0% no mês precedente).

Fonte: Lusa

Defesa: Forças Armadas perderam 738 efetivos este ano

Defesa: Forças Armadas perderam 738 efetivos este ano

No segundo trimestre deste ano. as Forças Armadas perderam 134 efetivos, elevando para 738 a redução de militares durante 2023, alertou a associação de oficiais (AOFA).

“As Forças Armadas Portuguesas registaram, uma vez mais, uma redução de efetivos que só no segundo trimestre de 2023 se cifra em 134. Só este ano de 2023, as Forças Armadas já perderam 738 militares”, adianta a AOFA, numa análise aos dados da Direção-Geral da Administração e Emprego Público.

Segundo a associação, entre 2011 e o segundo trimestre deste ano, o número de efetivos nas Forças Armadas passou dos 34.514 para 23.558, ou seja, menos 10.956 militares.

“A limpeza de efetivos nos últimos anos é de 10.956 militares, a que corresponde percentualmente uma colossal redução percentual de 31,74%”, refere ainda a análise da AOFA aos dados estatísticos da direção-geral.

Em agosto, a ministra da Defesa reconheceu existirem dificuldades em Portugal e noutros países no recrutamento de militares, mas assegurou que o Governo está a trabalhar para atrair e reter efetivos.

As dificuldades de recrutamento e retenção “sobretudo têm vindo a ser reconhecidas em Portugal e noutros países que enfrentam essas dificuldades. Temos feito um conjunto de medidas para lidar com estas dificuldades”, disse assegurou Helena Carreiras.

“Há um conjunto de medidas a que se somam medidas na área dos rendimentos. Tal como fizemos em 2022, em que foi possível aumentar os salários entre dois e oito por cento e para as categorias mais baixas da tabela remuneratório aumentar até 100 euros, valorizando um conjunto de oito mil militares”, disse a governante.

Fonte: Lusa