Vimioso: Município aprovou orçamento para 2023

A Câmara Municipal de Vimioso aprovou, com o voto contra da oposição socialista, um orçamento de 12 milhões de euros, para 2023, menos 1,1 milhões face a 2022.

“Os nossos orçamentos baseiam-se muito na atribuição de fundos comunitários e este quadro está praticamente concluído [2030]. Contudo, quando apurarmos o saldo de gerência, o que deverá acontecer em abril do próximo ano, o orçamento sofrerá um reforço significativo”, informou o presidente do município, Jorge Fidalgo.

De acordo com o autarca social-democrata, trata-se de um orçamento que procura assumir responsabilidades com as despesas correntes do município e dos serviços como o fornecimento de eletricidade, abastecimento de água, recolha do lixo ou o pagamento dos salários dos trabalhadores da autarquia.

“Há um conjunto de compromissos que, para nós, são sagrados. Recordo que o município tem um prazo de pagamento nunca superior a quatro dias. Para além de uma dívida residual à banca, não temos dívidas a fornecedores ou entidades com quem trabalhamos”, vincou Jorge Fidalgo.

No campo do investimento, o destaque do orçamento para 2023 vai para a adjudicação de mais lotes na zona industrial e também o início de uma nova captação de água [furo artesiano] para abastecer as Termas de Vimioso, uma dotação de 300 mil euros.

“São obras financiadas que não chegam aos 85% de comparticipação, mas estamos em crer que vamos conseguir aumentar a taxa de comparticipação comunitária para essa percentagem e outras obras que estamos a terminar no concelho”, vincou.

Para Jorge Fidalgo, este é um orçamento “perfeitamente realista e transparente e que não dá um passo maior que a perna”, disse.

No campo social, o autarca disse que os apoios “são muitos transversais” e que vão desde a natalidade à infância.

Há um novo regulamento para os estratos sociais mais desfavorecidos. O município de Vimioso também já recebeu “todas as competências na área da educação”.

Já no campo fiscal, o executivo de Vimioso vai manter os impostos no valor mínimo, como o IMI (0,3%). No campo do IRS, a autarquia vai cobrar o valor máximo, ou seja 5%.

Por seu lado, a vereadora do PS, Débora Alves, considerou que o orçamento para 2023 “se traduz na conclusão do refugo de anos anteriores, no levantamento de pesos como metáfora do levantar e pousar paralelo, nas atividades culturais platónicas e, em jeito de conclusão, no vira o disco e toca o mesmo”.

“Este orçamento não traduz desenvolvimento da economia local, não vai ao encontro das reais necessidades dos habitantes do concelho e, ainda menos, na captação turística, ou até de novos habitantes para o concelho”, justificou a eleita nas listas do PS.

Para a vereadora da oposição, no aspeto técnico, o orçamento apresenta, de modo geral, uma redução ao nível das despesas com pessoal e, por outro lado, há um aumento na contratação de serviços externos. Será isto facilitar a realização pessoal e profissional dos munícipes.

O executivo municipal de Vimioso é composto por cinco eleitos, sendo quatro do PSD e um do PS. A Assembleia Municipal é de maioria PSD.

O orçamento municipal de Vimioso apreciado e aprovado esta quinta-feira, dia 22 de dezembro, na Assembleia Municipal.

Fonte: Lusa e HA

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