Palaçoulo: De reguengo a uma localidade industrial
No próximo sábado, dia 16 de julho, Palaçoulo vai comemorar 850 anos de atribuição da carta foral (1172-2022), numa cerimónia em que se vai recordar a história da localidade ao longos dos séculos, realçar a modernidade alcançada graças ao espírito empreendedor dos seus habitantes e descerrar uma placa comemorativa.
De acordo com o presidente da freguesia de Palaçoulo, Gualdino Raimundo, esta é a primeira vez que se vai comemorar o aniversário da carta foral do reguengo de Palaçoulo.
Na idade média, o reguengo ou “regalengo” designava a terra do património real, arrendada com a obrigatoriedade de certos tributos em géneros.
“Nessa época, consta que Palaçoulo estava sob administração de Algoso, então capital da Terra de Miranda”, contou.
Segundo programa, a cerimónia comemorativa vai iniciar-se às 17h00, na sede da junta de freguesia de Palaçoulo.
Com o proposito de prestar informações sobre a história da localidade, a cerimónia inclui a apresentação do livro “L Reglaengo de Palaçuolo, no século XII” e exposições dos oradores António Mourinho, Cisnando Ferreira e Carlos Ferreira, com moderação de Orlando Teixeira.
Sobre os oradores, o autarca de Palaçoulo referiu que o historiador António Mourinho terá a tarefa de descrever a localidade de Palaçoulo, no século XII, indicando, por exemplo, as classe socias que existiam na altura: o clero, a nobreza e o povo.
“O professor Cisnando Ferreira ocupar-se-á de trazer-nos ao longo da história até aos nossos dias, destacando a originalidade de Palaçoulo ser atualmente uma aldeia empreendedora e industrial”, avançou.
Por sua vez, Carlos Ferreira, que acompanhou de perto o trabalho de pesquisa realizado pelo irmão, Amadeu Ferreira, vai dar a conhecer informações geográficas sobre o reguengo de Palaçoulo e os seus limites.
“A placa comemorativa terá inscrito o texto de atribuição do reguengo de Palaçoulo pelo rei D. Afonso Henriques, ao cavaleiro Pedro Mendes”, adiantou.
De acordo com o programa, a cerimónia de comemoração dos 850 anos de Palaçoulo vai terminar com um Porto de Honra e a atuação dos Gaiteiros de Palaçoulo.
HA