Miranda do Douro: Municípios e populações vão participar na gestão do Parque Natural do Douro Internacional (PNDI)

Na sessão pública de apresentação do Modelo de Cogestão, realizada no dia 6 de maio, no miniauditório, em Miranda do Douro, a presidente do município, Helena Barril sublinhou a oportunidade dos municípios e das populações locais participarem na definição da estratégia mais adequada na gestão do Parque Natural do Douro Internacional (PNDI).

A diretora regional do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), Sandra Sarmento, começou por dizer que este novo modelo de gerir o Parque Natural do Douro Internacional (PNDI) assenta na proximidade.

“Pretendemos aproximar o PNDI, das comunidades que aí vivem”, disse.

Realce-se que no concelho de Miranda do Douro, o parque natural ocupa 48% do território e aí vivem espécies protegidas como o britango (abutre do Egito), a cegonha preta, o corgo ou o lobo ibérico.

Por sua vez, Helena Barril, presidente do município de Miranda do Douro destacou que a apresentação do novo modelo de cogestão do PNDI já é, em si, uma conquista.

“Doravante, os municípios e as populações vão ser escutadas e tidas em consideração nas decisões e políticas a implementar no Parque Natural do Douro Internacional (PNDI)” – Helena Barril.

Os autarcas de Miranda do Douro, Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta e Figueira de Castelo Rodrigo reconheceram que o turismo no PNDI é muito importante para dinamizar a economia deste território.

António Pimentel, autarca de Mogadouro e também presidente da Comissão de Cogestão do PNDI, disse que ao longo dos anos foi muito crítico para com o modo como se geriu o parque natural.

“Sim, temos que cuidar do ambiente. Mas também temos que assegurar o bem-estar das populações.”, disse.

De acordo com o autarca mogadourense, este novo modelo de cogestão permite a participação dos quatro municípios e com este contributo, “o Parque Natural do Douro Internacional pode tornar-se um local de excelência para visitar e para viver”, afrimou.

Nesta sessão pública de apresentação do novo modelo de cogestão do PNDI, participaram vários agentes locais das áreas da administração pública, agricultura, florestas, ambiente e empresas, além dos funcionários locais do ICNF e outros cidadãos interessados em saber mais sobre a gestão deste espaço natural.

“O Parque Natural do Douro Internacional pode tornar-se um local de excelência para visitar e para viver” – António Pimentel

Segundo o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), o modelo de cogestão das áreas protegidas pretende criar uma dinâmica partilhada de valorização de cada área protegida, tendo por base a sua sustentabilidade.

No mesmo sentido, este novo modelo de cogestão pretende estabelecer procedimentos concertados na salvaguarda dos valores naturais e na resposta às solicitações da sociedade.

A Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural, em conjunto com a AEPGA – Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino, integra as Comissões de Cogestão dos parques naturais do Douro Internacional (PNDI) e de Montesinho (PNM).

A Palombar e a AEPGA representam, nestas Comissões, as organizações não governamentais de ambiente (ONGA) e equiparadas, assim como a Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente (CPADA), organismo responsável pela eleição dos representantes desse setor.

No âmbito das Comissões de Cogestão do PNDI e do PNM, a Palombar e a AEPGA irão contribuir para o cumprimento dos seus seis eixos e domínios estratégicos: 1) Valorização e salvaguarda do património natural; 2) Promoção da identidade local: dinâmicas sociais; 3) Desenvolvimento rural e económico sustentáveis; 4) Investigação, Desenvolvimento e Inovação; 5) Sensibilização, formação e capacitação e 6) Comunicação e promoção do território.

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