Cultura: Visitantes de património cultural a Norte aumentaram 17%

Nos primeiros nove meses do ano, os museus e monumentos geridos pela Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN), registaram mais de 1,75 milhões de visitas, um aumento de 17% face ao mesmo período de 2022.

Em comunicado, o património cultural indicou ter registado, até final do 3.º trimestre, um total de 1.756.802 visitantes, o que representa um aumento de 17% quando comparado com o mesmo período do ano passado.

Apesar de a Sé do Porto, a Sé de Braga, o Paço dos Duques de Bragança e o Castelo de Guimarães continuarem a liderar a lista dos monumentos mais procurados, refere a DRCN, “regista-se ainda uma tendência de aumento da procura em todos os equipamentos”, com destaque para o Mosteiro de São Martinho de Tibães, que, nos primeiros três trimestres do ano, registou um aumento de cerca de 20%.

No mesmo período, também a Catedral de Miranda do Douro viu crescer o número de visitantes em cerca de 40%, acrescenta.

Com a reorganização da gestão dos museus, monumentos e património cultural, anunciada em junho pelo Governo, o Paço dos Duques de Bragança e o Castelo de Guimarães – dois dos monumentos na lista dos mais procurados a Norte – vão ser geridos de forma centralizada, passando, a partir de 01 de janeiro, para a alçada da futura entidade Museus e Monumentos de Portugal.

Uma decisão criticada pela autarquia que, no final de setembro, aprovou, por unanimidade, em Assembleia Municipal, uma moção a pedir ao Governo a suspensão da reforma para a gestão da Cultura e do Património, que prevê a gestão centralizada daqueles dois monumentos.

De acordo com os números divulgados pela DRCN, do total de visitantes, 61% são estrangeiros, com o Brasil, Espanha e França a liderarem a lista.

A DRCN realça que “o número de visitantes nos primeiros nove meses do ano só não é maior e não supera os totais do ano anterior por alguns dos museus e monumentos se encontrarem encerrados, ou parcialmente abertos ao público, devido a obras de requalificação em curso”.

É o caso do Museu de Lamego e do Castelo de Guimarães, parcialmente abertos, e do Museu da Terra de Miranda (Miranda do Douro) e do Mosteiro da Serra do Pilar (Vila Nova de Gaia), encerrados desde o início do ano.

Até ao final do ano, e mesmo com alguns dos museus e monumentos encerrados ao público, o património cultural estima que “deverão ser ultrapassados os números de 2022”, ano em que se registou um total de 1.874.769 visitantes.

A DRCN tem sob a sua alçada o Museu do Abade Baçal (Bragança), Museu de Alberto Sampaio (Guimarães), Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa (Braga), Museu dos Biscainhos (Braga), Museu de Lamego, Museu da Terra de Miranda (Miranda do Douro) e Paço dos Duques de Bragança (Guimarães), bem como um vasto conjunto de monumentos, composto por castelos, mosteiros, igrejas e sítios arqueológicos.

A partir de 1 de janeiro, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) vai dar lugar a duas entidades distintas: o Instituto Público Património Cultural, com sede no Porto, e a Empresa Pública Museus e Monumentos de Portugal, com sede em Lisboa, ambas com obrigação, segundo a tutela, de cumprimento de “eficiência económica nos custos” e de uma “gestão por objetivos”.

Em junho, na apresentação pública da reorganização da gestão dos museus, monumentos e património cultural, o Governo anunciou que a tutela de sete museus portugueses, entre os quais Abade de Baçal, D. Diogo de Sousa, Biscainhos e Terra de Miranda, poderiam passar para os municípios até ao final do ano.

Fonte: Lusa

Deixe um comentário