Santulhão: Há menos azeitona e um menor rendimento em azeite

Santulhão: Há menos azeitona e um menor rendimento em azeite

Este ano, os olivicultores do lagar em Santulhão indicam que há uma quebra na colheita de azeitona e na extração de azeite verifica-se um menor rendimento, por causa do excesso de água e da insuficiente maturação da azeitona.

De acordo com o responsável pelo lagar de Santulhão, Adrião Rodrigues, este ano, apesar da quebra na quantidade de azeitona, a produção melhorou em comparação com ano anterior. No entanto, avançou que a azeitona está a ter um menor rendimento de azeite por causa do excesso de água.

A laborar desde 2006, o lagar de azeite de Santulhão recebe as colheitas de cerca de 900 olivicultores dos concelhos de Vimioso, Macedo de Cavaleiros, Mogadouro, Miranda do Douro e Bragança.

Tal como no ano anterior, a maquia para os olivicultores que extraem o azeite no lagar de Santulhão é de 20%. Ou seja, cada agricultor deixa no lagar 1/5 da sua produção de azeite.

Em 2023, o lagar de Santulhão extraiu cerca de 200 mil quilos de azeite, que foram comercializados para todo o mundo, nas marcas “Terras do Sabor”, “Oliveiras Golden” e “Quinta de Arufe”.

“Atualmente, o preço do garrafão de azeite de 5 litros custa 41€. Já a garrafa, dependendo da qualidade, vai até aos 12 a 13€/litro.”, indicou o responsável pelo lagar de Santulhão.

Este ano, foram introduzidas inovações na empresa, com a contratação de mais funcionários e a montagem de uma nova linha de extração de azeite, com o objetivo de prestar um melhor serviço aos clientes. Atualmente, trabalham no lagar de Santulhão seis pessoas, sendo que três trabalham durante o dia, duas no período noturno e uma outra pessoa ao fim-de-semana.

“Com a nova linha de extração de azeite pretendemos aumentar e agilizar a produção durante o dia. Dado que grande parte dos nossos cliente são pessoas de idade avançada, pretendemos evitar tenham que estar no lagar durante a noite”, justificou.




Na perspectiva de Adrião Rodrigues, o lagar de Santulhão deve laborar até ao início de janeiro de 2024.

Os olivicultores

António Alves é natural de Santulhão e é proprietário de um restaurante em Bragança, onde serve o azeite extraído da sua colheita. Questionado sobre a produção deste ano, respondeu que a quantidade foi regular, mas a qualidade não é a melhor dada a pouca maturação da azeitona.

Sobre os cuidados que tem com o seu olival ao longo do ano, indicou que após a apanha realiza a poda ou limpa das oliveiras e depois seguem-se as lavras e a adubagem.

“Tendo em conta estas despesas, por vezes penso que seria mais barato comprar o azeite. No entanto, também sei que o azeite biológico da nossa região tem uma qualidade superior”, destacou.

Sobre o aumento no preço do azeite, o olivicultor de Santulhão corroborou da opinião que é importante dar o devido valor aos alimentos produzidos na região.

“Hoje em dia há muita procura dos produtos locais, que têm um sabor e uma qualidade diferenciada. Daí que é inteiramente justo este acerto do preço do azeite”, disse.

A apanha da azeitona é um trabalho fisicamente exigente e nem sempre é fácil contratar pessoas para esta tarefa. O olivicultor de Santulhão confirmou esta realidade e mostrou-se muito preocupado com o futuro da olivicultura na região.

“É mesmo muito difícil contratar pessoas para a apanha da azeitona. Eu apanhei a minha colheita apenas com a ajuda do meu irmão”, disse.

Por sua vez, Manuel Martins, também de Santulhão, indicou que teve uma redução de 50% na sua colheita de azeitona.

“Apesar da azeitona parecer que está bem desenvolvida, depois verifica-se que tem muita água e por isso não produz muito azeite”, explicou.

Para a apanha da azeitona viu-se obrigado a contratar três pessoas, sendo que a jornada de trabalho, com almoço incluído, custou 70€ por trabalhador.

Já um olivicultor de Carção, Felisberto Lopes, indicou que teve uma quebra de 50% na sua colheita de azeitona, por causa da chuva aquando da floração das oliveiras.

Sobre a apanha da azeitona, o olivicultor de Carção informou que este ano viu-se obrigado a contratar a máquina.

“As despesas na olivicultura aumentam com a subida dos combustíveis, dos adubos e das lavras com o trator. E só com um ajustamento do preço do azeite é possível continuar com esta atividade”, sublinhou.

O casal de ex-emigrantes, António Pires e Cesarina Xavier, com 76 e 70 anos, estão há uma semana a apanhar a azeitona nos seus olivais, em Santulhão. Todos os anos, dizem colher em média 4500 quilos de azeitona, mas este ano contam com uma redução para metade da habitual produção.

“Esta redução deveu-se às condições climatéricas na época da floração em junho, quando a chuva abundante fez cair a flor”, indicaram.

Para a apanha da azeitona, este casal de ex-emigrantes em França vai realizando este trabalho, pouco a pouco, em cada dia.

“Gostávamos de ter a ajuda dos três filhos e oito netos que vivem em França, mas por motivos profissionais não é possível”, lamentaram.

HA

Mogadouro: Associação Comercial vai distribuir 500 ‘vouchers’

Mogadouro: Associação Comercial vai distribuir 500 ‘vouchers’

No âmbito da campanha “Seja a Estrela deste Natal, escolha o Comércio Local”, a Associação Comercial e Industrial de Mogadouro (ACISM) vai sortear 500 ‘vouchers’ no valor de 10 euros cada, totalizando 5.000 euros.

“A campanha ‘Seja a Estrela deste Natal, escolha o Comércio Local’ tem como intuito potenciar um maior número de vendas no comércio local mas também recompensar os consumidores que preferem este tipo estabelecimentos”, disse o presidente da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Mogadouro (ACISM), João Neves.

De acordo com o dirigente da ACISM, este ano, e como já vem sendo tradição, o objetivo passa por promover, apoiar e dinamizar o Comércio Local de Mogadouro e a iniciativa irá decorrer de 1 de dezembro 2023 a 6 de janeiro de 2024.

Esta iniciativa pretende chegar a todos os estabelecimentos comerciais de Mogadouro. Os ‘vouchers’ poderão depois ser trocados em qualquer estabelecimento comercial do concelho.

Fonte: Lusa

Cultura: Aprovada criação de unidade orgânica para promover língua mirandesa

Cultura: Aprovada criação de unidade orgânica para promover língua mirandesa

Os deputados aprovaram uma proposta do Livre, de alteração ao Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), para criação de uma unidade orgânica para promoção da língua mirandesa, com uma dotação de 200 mil euros.

A proposta do Livre foi aprovada na Comissão de Orçamento e Finanças sem votos contra, a abstenção do IL e do PSD e votos favoráveis dos restantes partidos.

“Em 2024, e após um processo de consulta envolvendo a autarquia de Miranda do Douro, a Associaçon de la Lhéngua i Cultura Mirandesa, as escolas com ensino de Mirandês, define e operacionaliza estratégias de proteção e promoção da língua mirandesa como língua viva, promovendo a criação de uma unidade orgânica própria”, pode ler-se na iniciativa.

De acordo com a proposta, cuja nota justificativa está escrita na língua mirandesa, “o Governo prevê dotação orçamental específica para financiamento das medidas definidas nos termos do número anterior, no montante de 200.000 euros”.

Fonte: Lusa

Futsal: Mirandeses vencem em Vimioso e sobem ao 1º lugar do campeonato

Futsal: Mirandeses vencem em Vimioso e sobem ao 1º lugar do campeonato

No jogo em atraso da segunda jornada, o Águia Futebol Clube de Vimioso recebeu no serão do dia 27 de novembro, a visita do campeão, Clube Desportivo de Miranda do Douro, que entrou a perder, mas logrou a reviravolta e a vitória graças à solidez defensiva da equipa e a irreverência atacante de Leo.

O mirandês, Leo, foi o autor do terceiro golo do CDMD, que assegurou a vitória em Vimioso.




No pavilhão multiusos de Vimioso, os vimiosenses entraram melhor no jogo e logo aos 20 segundos inauguraram o marcador 1-0, na sequência de um remate de Rafael, que o guardião mirandês, Pina, interceptou, mas na recarga Diogo, encostou a bola para o fundo da baliza.

O vimiosense, Diogo, inaugurou o marcador aos 20 segundos.

A resposta mirandesa surgiu aos 5 minutos de jogo, numa transição rápida entre Castro, Couto e Nickas, com este último a tirar um adversário do caminho e a rematar rasteiro e colocado para fazer o 1-1.

Duma boa combinação entre os mirandeses Castro, Couto e Nickas, surgiu o empate a 1-1.

Cinco minutos depois, a equipa de Vimioso voltou a adiantar-se no marcador, 2-1, novamente na sequência de uma remate fora da área, que desta vez deu origem a um autogolo de Diogo.

O Vimoso voltou a adiantar-se no marcador através de um autogolo de Diogo.

Nos minutos finais da primeira parte, o mirandês Leo entrou no jogo e trouxe mais energia e irreverência à sua equipa. Foi assim, que aos 16 minutos, o reforço brasileiro assistiu o companheiro Vitor Hugo, que numa execução técnica recebeu a bola com o pé direito e rematou com o esquerdo, para empatar novamente o desafio a 2-2.

Vitor Hugo voltou a empatar o jogo, a dois golos para cada equipa.

Antes do apito para o intervalo, Leo operou a reviravolta no marcador dos mirandeses, 2-3, ao concluir com êxito um cruzamento para dentro da área vimiosense.

Após o descanso, o Vimioso como lhe competia foi à procura do golo para anular a desvantagem. No entanto, os mirandeses, bem organizados, dificultaram muito as movimentações ofensivas dos adversários e aproveitaram para sair em transições rápidas. Por esta razão, ao longo de toda a segunda parte as melhores oportunidades de golo couberam aos visitantes.

Aos 31 minutos, Nickas, que atravessa um bom momento de forma, desperdiçou uma soberana oportunidade para ampliar a vantagem, mas o remate final saiu desenquadrado da baliza vimiosense.

A equipa do treinador Paulo Gonçalves respondeu aos 34′, numa jogada de insistência, que levou a bola a embater no poste da baliza mirandesa.

Aos 35 minutos, foi a vez de Vitor Hugo procurar aumentar a vantagem mirandesa, mas o guardião adversário, Chico, efetuou uma defesa atenta.

Antes do final do jogo, o mirandês, Leo voltou a estar em destaque, aos 37′, ao rodar sobre o adversário direto mas o potente remate não levou a direção da baliza do Vimioso.

Com esta vitória, o Clube Desportivo de Miranda do Douro subiu ao primeiro lugar do campeonato distrital de futsal, num percurso de cinco vitórias, com 23 golos marcados e sete sofridos.

Por sua vez, a equipa sénior do Águia Futebol Clube de Vimioso ocupa atualmente o quinto lugar na classificação. Nos seis jogos já disputados, os vimiosenses registaram três vitórias, um empate e duas derrotas.

HA

Equipas:

Clube Desportivo de Miranda do Douro: Pina, Couto (cap.), Vitor Hugo, Nickas, Chuva, Guilherme, Cristal, André, Castro, Dinis, Caio, Leo.

Treinador: Nélson Moreira

Treinador-adjunto: Ricardo Rocha

Fisioterapeuta: Zélia Martins

“Foi mais um bom espetáculo de futsal, com alternância no marcador, diante de uma equipa competitiva e bem organizada como é o Vimioso. Desta vez, a vitória sorriu-nos a nós e penso que fomos uns justos vencedores. Dou os parabéns à minha equipa. Sobre a prestação do Leo, ele integrou-se bem na equipa, tal como todos os outros jogadores” – Vitor Hugo.

Águia Futebol Clube de Vimioso: Francisco, Sérgio, Daniel, Diogo, André, Hugo, Ferro, Luís, Pedro Alves e Rafael.

Treinador: Paulo Gonçalves

“Foi um excelente jogo de futsal, durante o qual estivemos muito bem nos primeiros dez minutos da primeira parte. Nos restantes 10 minutos, o CDMD superiorizou-se. Na segunda parte, houve um grande equilíbrio entre as duas equipas e a prova foi que não houve mais golos. Apesar da derrota, felicito todos os intervenientes no jogo que demonstraram que neste campeonato distrital pratica-se bom futsal” – Paulo Gonçalves.

Equipa de arbitragem

1º árbitro: Bruno Cordeiro

2º árbitro: António Leal

cronometrista: Rui Félix

Resultados da 2ª jornada

13/10GD Sendim4-1GD Freixo
 GD Torre Dona Chama6-3Alfandeguense
14/10Pioneiros Bragança3-7Sp. Moncorvo
 Arnaldo Pereira (Bragança)6-4Futsal Mirandela
27/11Águia FC Vimioso2-3CD Miranda do Douro

Classificação

PJVEDGMGSDG
1CD Miranda do Douro155500237+16
2E.F Arnaldo Pereira (Bragança)1555002716+11
3GD Torre Dona Chama1364113118+13
4Sp. Moncorvo1254013015+15
5Águia FC Vimioso1063122325-2
6Futsal Mirandela762132227-5
7GD Sendim4411215150
8ACRD Ala341031213-1
9Alfandeguense361051530-15
10Pioneiros Bragança150141223-11
11GD Freixo160151738-21

Próxima jornada:

01/12GD Sendim21:30Águia FC Vimioso
 GD Freixo21:30Sp. Moncorvo
 ACRD Ala21:30Pioneiros Bragança
 Futsal Mirandela21:30CD Miranda do Douro
02/12Arnaldo Pereira (Bragança)21:00GD Torre Dona Chama

Política: CIM-TTM apresentou plano estratégico para o investimento até 2030

Política: CIM-TTM apresentou plano estratégico para o investimento até 2030

A Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM) apresentou dez áreas de investimento estratégico, no Plano de Ação das Terras de Trás-os-Montes, para o próximo quadro comunitário de financiamento até 2030.

O plano foi apresentado no seminário “Terras de Trás-os-Montes Pensar o Presente, Projetar o Futuro”, que decorreu no auditório da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, no Instituto Politécnico de Bragança.

Foram escolhidos uma dezena de domínios temáticos – conhecimento, inovação e competitividade; turismo, cultura e património; desenvolvimento rural; ambiente e ecossistemas; energia; conectividade e acessibilidade; desenvolvimento urbano; educação e formação; saúde e respostas sociais e capacitação e modernização da Administração Local e Intermunicipal.

Mário Rui Silva, responsável pela elaboração do plano, com coordenação da CIM-TT, disse que este é “mais ambicioso e mais abrangente” do que o antecessor.

“O anterior [plano] foi feito mais na perspetiva daquelas tipologias cuja gestão depois iria ser contratualizada entre a autoridade de gestão do Programa Regional do Norte e a CIM-TTM”, começou por explicar.

“Este, no âmbito dos 10 domínios temáticos, abrange essas tipologias, mas também muitas outras, que têm apoio potencial noutros programas [de financiamento] e até algumas, por exemplo no domínio das acessibilidades, têm apoio potencial no Orçamento do Estado, através da Infraestruturas de Portugal”, concluiu. Mário Rui Silva.

Como as “três grandes apostas em termos de especialização”, Mário Rui Silva destacou o turismo, o desenvolvimento rural e o ambiente. 

Os principais objetivos desta estratégia são inverter o declínio demográfico, manter e preservar a qualidade ambiental e tornar a região mais competitiva a nível empresarial, em setores como o turismo, a agroindústria ou na economia circular ligada ao ambiente, como os biomaterioais. 

Em termos de financiamentos, a região tem já garantidos cerca de 110 milhões de euros, do Plano de Ação do Investimento Territoriais Integrados. “Uma boa meta era Trás-os-Montes conseguir, até 2030, ter acesso a cerca de 400 a 500 milhões de fundo. Seria muito importante para atingir os objetivos”, considerou Mário Rui Silva.

Este plano, que “não é uma rotura com o anterior”, recupera projetos que não tiveram execução, como a criação de um aeroporto na capital de distrito: “Corresponde, no fundo, a um upgrade do atual aeródromo de Bragança, para permitir a operação de uma classe superior. À escala nacional, é um investimento relativamente pequeno”, frisou Mário Rui Silva. 

Ainda nas acessibilidades, destaque para a ferrovia, considerada por Mário Rui Silva como “o grande projeto estruturante” para o futuro, ainda que sem previsão de conclusão já nesta década.

O presidente da CIM-TTM, Jorge Fidalgo, avançou que cada um dos municípios já apresentou as suas prioridades.

Contudo, salientou que os acordos de parceria que foram assinados pelo país com a União Europeia em julho do ano passado colocam “algumas limitações”, atendendo à especificidade da região. 

Para Jorge Fidalgo, os critérios apresentados “arranjam os mesmos remédios para doenças diferentes”, com critérios de alocação de recursos iguais para todos os territórios.

“A estratégia adapta-se à região porque fizemos um esforço muito grande para a adaptar o melhor possível”, explicou Jorge Fidalgo, que defendeu que “deveriam existir um plano com financiamento multifundos” com os setores agrícola, industrial e social interligados, para poder fixar gente.

“Cada um desses setores tem trabalhado separadamente. Tem que haver uma estratégia diferente. É aquele velho chavão – para realidades diferentes, tem que haver estratégias diferentes e financiamentos diferentes”, afirmou aos jornalistas.

A CIM-TTM integra nove concelhos do distrito de Bragança -Bragança, Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais.

Fonte: Lusa

Sociedade: Redução da retenção na fonte do IRS para famílias que pagam renda

Sociedade: Redução da retenção na fonte do IRS para famílias que pagam renda

Em 2024, a retenção na fonte do IRS dos trabalhadores por conta de outrem, que vivem em casa arrendada, vai ter uma redução adicional de 40 euros, após aprovação nas votações na especialidade do Orçamento do Estado (OE2024).

Em causa está uma proposta de alteração ao OE2024 apresentada pelo PS que não teve votos contra, tendo recolhido a abstenção do PSD, Bloco de Esquerda e PCP.

A medida abrange pessoas com salário mensal até 2.700 euros brutos e que tenham um contrato de arrendamento de primeira habitação registado junto da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) ou “contrato de mútuo para compra, obras ou construção de habitação própria e permanente”.

Esta redução adicional de 40 euros não é de aplicação automática, sendo, por isso, necessário que o trabalhador comunique à sua entidade empregadora a opção por este acréscimo da parcela a abater.

Na exposição de motivos, o PS refere que a medida visa aumentar a liquidez das famílias, mitigando a inflação registada nestes últimos dois anos e o aumento do preço no acesso à habitação.

A discussão e votação do OE2024 e das mais de 1.900 propostas de alterarão apresentada pelos vários partidos iniciou-se em 23 de novembro, estando a votação final global do documento agendada para dia 29.

Igualmente aprovada foi outra proposta do PS que prevê que durante o próximo ano o Governo avance com as “necessárias alterações informáticas para a aplicação de taxas de retenção na fonte progressivas aos trabalhadores independentes”.

Ao contrário do que sucede com os trabalhadores por conta de outrem, cuja retenção é feita em função do seu perfil familiar (com ou sem dependentes; casado ou único titular) e valor de salário mensal, os trabalhadores independentes pagam uma taxa de retenção de valor único, independente do rendimento em causa.

A discussão e aprovação na especialidade do OE2024 entrou hoje no terceiro dia, estando a votação final global da versão final do documento agendada para o dia 29.

Fonte: Lusa

Segurança rodoviária: Campanha “Ao volante, o telemóvel pode esperar”

Segurança rodoviária: Campanha “Ao volante, o telemóvel pode esperar”

A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), a GNR e a PSP iniciam a 28 de novembro, a campanha de Segurança Rodoviária “Ao volante, o telemóvel pode esperar”, que visa alertar para o uso indevido daquele aparelho durante a condução.

A campanha “Ao volante, o telemóvel pode esperar”, que se prolonga até segunda-feira, 4 de dezembro, inclui ações de sensibilização da ANSR e operações de fiscalização, pela GNR e pela PSP, referem as autoridades, num comunicado conjunto.

A campanha tem como objetivo alertar os condutores para as consequências negativas e mesmo fatais do uso indevido do telemóvel durante a condução.

As ações de sensibilização decorrem em conjunto com as operações de fiscalização programadas para a Autoestrada 1 (A1) nas portagens de Alverca, sentido Norte/Sul, na Avenida Miguel Torga, em Chaves, na A4 em Quintanilha, Bragança, e na Praça da República, no Porto.

Nas 10 campanhas realizadas este ano, foram fiscalizados mais de 498 mil condutores presencialmente e cerca de 10,4 milhões de veículos através de radares.

Foram também realizadas 51 ações, durante as quais mais de 3.700 pessoas foram sensibilizadas presencialmente.

Na nota, a ANSR, a GNR e a PSP lembram que a “50 quilómetros por hora (km/h), olhar para o telemóvel durante três segundos é o mesmo que conduzir uma distância de 42 metros com os olhos vendados, o equivalente a uma fila de 10 carros”.

Alertam igualmente que a utilização do telemóvel durante a condução “aumenta em quatro vezes a probabilidade de ter um acidente, causando um aumento no tempo de reação a situações imprevistas”.

As campanhas inseridas nos planos nacionais de fiscalização são realizadas anualmente pela ANSR, GNR e PSP, desde 2020, com temáticas definidas com base nas recomendações europeias estabelecidas para cada um dos anos.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Campanha “Unidos por um sorriso” recolheu 1300 quilos de alimentos

Miranda do Douro: Campanha “Unidos por um sorriso” recolheu 1300 quilos de alimentos

No sábado, dia 25 de novembro voltou a realizar-se em vários supermercados do concelho de Miranda do Douro, a campanha de recolha de alimentos “Unidos por um sorriso”, uma iniciativa solidária que envolveu a participação de 18 voluntários e durante a qual foram recolhidos cerca de 1300 quilos de alimentos.

De acordo com o vice-presidente do município de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues, o objetivo desta campanha “Unidos por um sorriso” é efetuar uma recolha de alimentos para o serviço municipal da Loja Solidária, que, por sua vez, “tem a missão de distribuir esses bens alimentares pelas 80 famílias mais carenciadas do concelho e que afetam cerca de 300 pessoas”, indicou.

Segundo o assistente social do município de Miranda do Douro, Diogo Monteiro, responsável pela Loja Solidária, esta campanha realiza-se desde 2010 e tem subsistido graças à generosidade da população do concelho de Miranda do Douro.

“Ano após ano, verifica-se uma maior generosidade e participação da população do concelho de Miranda do Douro”, disse.


Este ano, a campanha de recolha de alimentos decorreu nos vários supermercados do concelho de Miranda do Douro, onde participaram 18 voluntários, pertencentes ao agrupamentos de escuteiros locais, à delegação da Cruz Vermelha e aos atletas do Grupo Desportivo Mirandês.

A escuteira Beatriz Pinto, do Agrupamento 1254 de Miranda do Douro, disse que participou na campanha “Unidos por um sorriso” motivada pelo gosto em ajudar as pessoas que mais precisam.

Da Cruz Vermelha Portuguesa, Afonso Pimentel sublinhou que há pessoas e famílias no concelho de Miranda do Douro que passam por maiores dificuldades e é importante estar atento a estas situações.

“É o segundo ano que participo nesta campanha solidária e não tenho dúvida nenhuma que há mais alegria em dar do que em receber. Sempre que me for possível, gostaria de continuar a participar nesta boa iniciativa”, disse.

Por sua vez, o atleta do Grupo Desportivo Mirandês, Davi Faria, que também esteve à porta de um supermercado a sensibilizar as pessoas para participarem na campanha solidária, afirmou que dada a proximidade ao Natal é muito importante aprender a partilhar.

“Há famílias que passam por maiores dificuldades e por isso é importante ser solidário”, disse.

Os voluntários foram distribuídos em grupos de três pessoas e trabalharam por turnos: na manhã ou na tarde de sábado.

Durante todo o dia foram angariados 1300 quilos de alimentos, sendo que os mais doados foram arroz, massa e bolachas.

“Após a recolha dos alimentos nos supermercados, outro grupo de voluntários teve a missão de fazer a contagem e a triagem dos alimentos doados e posterior reposição no armazém da loja solidária, para depois encaminhar esses bens alimentares para as famílias e pessoas sinalizadas”, informou o assistente social.

Diogo Monteiro referiu ainda que a Loja Solidária promove ao longo do ano, outras campanhas de recolha de alimentos, que são distribuídos mensalmente ou bimensalmente pelas famílias que vivem situações de maior fragilidade económica.

A iniciativa “Unidos por um sorriso” resulta de uma parceria entre várias instituições e organizações do concelho de Miranda do Douro, como são a Loja Solidária do município de Miranda do Douro, a Rede Social, a Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSN), a Associação Recreativa da Juventude Mirandesa (ARJM), a delegação da Cruz Vermelha, a Universidade Sénior, a Segurança Social, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) e a seção do Corpo Nacional de Escutas (CNE).

HA

Miranda do Douro: Pauliteiros e festas tradicionais candidatos a património imaterial

Miranda do Douro: Pauliteiros e festas tradicionais candidatos a património imaterial

No âmbito da candidatura das “Danças Rituais dos Pauliteiros nas festividades tradicionais de Miranda do Douro”, o município organizou um seminário, no sábado, dia 25 de novembro, durante o qual foram apresentados os sete grupos de pauliteiros e as nove festividades que aguardam pela classificação de património cultural imaterial.

Os representantes dos grupos de Pauliteiros de Cércio, Constantim, Palaçoulo, Póvoa e Prado Gatão participaram no seminário dedicado ao tema “Danças Rituais dos Pauliteiros nas festividades tradicionais de Miranda do Douro”.

O seminário decorreu no miniauditório, em Miranda do Douro e contou com a participação da presidente do município, Helena Barril, assim como dos responsáveis pela candidatura ao Inventário Nacional do Património Imaterial, Hélder Ferreira e Mário Correia.

Na sua intervenção, a presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Helena Barril, uma fervorosa defensora e apoiante dos grupos de pauliteiros de Miranda, defendeu que a cultura é um importante motor de desenvolvimento económico do concelho e as danças dos pauliteiros são uma das mais importantes expressões culturais da Terra de Miranda.

«Com a candidatura das “Danças Rituais dos Pauliteiros nas festividades tradicionais de Miranda do Douro”, ao Inventário Nacional do Património Imaterial pretendemos incutir ainda mais vigor e dinamismo aos grupos de Pauliteiros, que são autênticos embaixadores da Terra de Miranda”, justificou.

Por sua vez, o etnógrafo, Mário Correia, acrescentou que o objetivo do seminário foi o de dar a conhecer o projeto em curso ao público e em particular, aos grupos de pauliteiros locais. Para tal, os representantes dos vários grupos de pauliteiros foram informados sobre a exigência de fazer parte do Inventário Nacional do Património Imaterial.

“Com este encontro quisemos informar os grupos de pauliteiros sobre os critérios de elegibilidade das danças rituais nas festas tradicionais. De momento há grupos que não cumprem estes critérios, pelo que ainda não podem ainda integrar o projeto. É, por exemplo, o caso dos pauliteiros de Sendim, que deixaram de cumprir o ritual das danças na festa em honra de Santa Bárbara, mas têm intenção de recuperar esta tradição. Outro caso, é o grupo de pauliteiros da associação Mirandanças, que embora já dancem numa festa tradicional, precisam completar 20 anos de existência para serem elegíveis”, explicou.




No decorrer do seminário foram apresentadas sete grupos de pauliteiros e nove festas tradicionais. São eles: os pauliteiros de Cércio e as festas de São Brás e de Santa Bárbara; os pauliteiros de Constantim e a Festa de São João Evangelista; os pauliteiros de Palaçoulo e a festa em honra de Santa Bárbara; os pauliteiros da Póvoa e as festa do Menino Jesus e de Nossa Senhora do Rosário; os pauliteiros de Prado Gatão e a festa de Santa Bárbara; os Pauliteiros da Quinta do Cordeiro e a festa de Santo Isidro Lavrador; e os pauliteiros de São Martinho e a festa em honra de Nossa Senhora do Rosário.

Inicialmente estão sinalizados estes sete grupos de pauliteiros e as nove festas tradicionais, pois enquadram-se nos requisitos para a salvaguarda do património imaterial. No entanto, o município de Miranda do Douro informa que é sempre possível adicionar outros grupos e festas, desde que cumpram os requisitos exigidos.

“No fundo, pretendemos recuperar antigas danças e tradições, que já existiram no passado e por causa do despovoamento das localidades se foram perdendo. O nosso maior objetivo é manter bem viva a tradição da dança dos pauliteiros, que é tão nossa e nos orgulha tanto”, afirmou, Helena Barril.

Sobre o resultado da candidatura das “Danças rituais dos pauliteiros nas festas tradicionais” ao Inventário Nacional do Património Imaterial, o coordenador do trabalho, Hélder Ferreira, recordou que a candidatura foi submetida no Dia da Cidade, a 10 de julho de 2023.

“A candidatura vai entrar agora numa fase de aperfeiçoamento, na qual os técnicos da Direção Geral do Património Cultural (DGPC) poderão colocar algumas questões ou solicitar informações adicionais, sobre a fundamentação apresentada. Neste âmbito, estamos prontos para responder diligentemente às solicitações requeridas”, disse.

O seminário subordinado ao tema “Danças Rituais dos Pauliteiros nas festividades tradicionais de Miranda do Douro”, realizado no dia 25 de novembro, contou com a participação de outros intervenientes, como a espanhola, Gema Rizo, António Rodrigues Mourinho e Diogo Araújo.

Sobre a relação entre a dança dos pauliteiros e o sagrado, António Rodrigues Mourinho, desvendou que a dança também é um modo de louvar e agradecer a Deus.

«Já na Bíblia, no salmo 150, se faz referência à dança como um louvor a Deus. “Louvai o Senhor com tambores e danças – pode ler-se.», explicou.

Segundo o historiador, antigamente, nas festas religiosas tradicionais, as danças dos pauliteiros faziam parte dos peditórios que se realizavam pelas localidades. “E a gaita-de-foles, a caixa e o bombo eram considerados instrumentos solenes”, sublinhou.

Sobre o atual estado das danças dos Pauliteiros, Diogo Araújo, no decorrer da sua exposição sobre o “Processo de folclorização dos Pauliteiros de Miranda”, sublinhou a importância de preservar as festas tradicionais e as danças rituais dos pauliteiros.

«Há “lhaços” ou danças que correm o risco do desaparecimento como são os casos da Morenita, Santo Antoninho, Calles de Roma, Çaramontaina, entre outras”, alertou.

O seminário sobre as “Danças Rituais dos Pauliteiros nas festividades tradicionais de Miranda do Douro” concluiu-se com uma mesa redonda constituída por representantes dos grupos de pauliteiros. Nesta conferência, os vários representantes descreveram aos traços comuns das atuações nas festas tradicionais, como é por exemplo, a festa em honra de Santa Bárbara, que se celebra em Palaçoulo, no terceiro fim-de-semana de setembro.

“As danças rituais dos pauliteiros nas festas tradicionais começa com a alvorada, segue-se a ronda do peditório, a participação na eucaristia, a procissão e culmina com a dança do sagrado”, descreveram.

A candidatura das danças de pauliteiros ao Inventário Nacional do Património Imaterial não é elegível na qualidade de mera representação ou execução folclórica, mas sim como parte integrante de manifestações culturais e cerimoniais estruturadas, como são as atuações nas festas tradicionais da Terra de Miranda.

Nestas festividades, as danças dos pauliteiros assumem importância coletiva pois são elementos propiciadores de coesão social e bem-estar vivencial das comunidades.

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Agricultura: Pagamentos ao setor agroflorestal

Agricultura: Pagamentos ao setor agroflorestal

No mês de novembro, o Ministério da Agricultura e da Alimentação anunciou terem sido pagos 397 milhões de euros, aos setores agroflorestal e das pescas, através do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP).

Em comunicado, o executivo informou que no âmbito do PEPAC 23.27 (Plano Estratégico da Política Agrícola Comum), entre outubro e novembro foram realizados pagamentos num valor global de cerca de 400 milhões de euros.

Segundo detalha, este montante abrange o apoio ao rendimento base, o pagamento aos pequenos agricultores, a manutenção da atividade agrícola em zonas desfavorecidas, apoios às produções animais e ao setor da apicultura.

No contexto do PDR2020 (Programa de Desenvolvimento Rural), cuja execução “atingiu os 85%”, o ministério de Maria do Céu Antunes refere que foram transferidos em novembro para os agricultores mais 24 milhões de euros para a execução de medidas de investimento.

Já no que diz respeito ao programa MAR2020, cuja execução “superou os 92%”, foram realizados este mês pagamentos num valor total de 7,9 milhões de euros para o setor das pescas e da aquicultura.

“Entre outubro e novembro, conseguimos assegurar a antecipação de pagamentos num valor que equivale a, aproximadamente, 45% do total do montante associado ao Pedido Único. Mas destaco também o que está a acontecer no âmbito do MAR 2030, com a abertura de avisos que comprovam o foco na sua efetiva implementação ao serviço das Pescas”, afirma a ministra da Agricultura e da Alimentação, citada no comunicado.

Para Maria do Céu Antunes, “isto deve-se […] ao imenso esforço operacional e à colaboração dos setores” e “assenta na convicção” de que é preciso “continuar a acompanhar e a potenciar o empenho e o empreendedorismo da agricultura e das pescas em Portugal”.

De acordo com o ministério, “os pagamentos referentes ao PU2023 [Pedido Único], conforme calendário divulgado pelo IFAP, prosseguirão nos meses de janeiro e fevereiro, com um valor adicional previsto de cerca de 500 milhões de euros”.

Fonte: Lusa