Mogadouro: Balbina Mendes dá a conhecer “A segunda pele”

Mogadouro: Balbina Mendes dá a conhecer “A segunda pele”

Na sexta-feira, dia 11 de agosto, foi inaugurada na galeria do posto de turismo de Mogadouro, a exposição de pinturas “A segunda pele”, da pintora mirandesa, Balbina Mendes.

A nova exposição da artista, natural de Malhadas, tem a novidade de decorrer, simultaneamente, em duas localidades e com diferentes obras.

Em Mogadouro, a exposição foi inaugurada a 11 de agosto, às 18h30, na galeria do posto de turismo.

Depois, no dia 19 de agosto, às 18h00, é a vez do antigo paço episcopal, de Miranda do Douro, receber a outra parte da exposição “A segunda pele”.

De acordo com a autora, a série de pinturas “A Segunda Pele” resulta do fascínio pela máscara.

“As telas da coleção ‘A Segunda Pele’ são as múltiplas máscaras que ocultam e denunciam, obliteram e revelam…”, pode ler-se no comunicado.

Fazendo uso do plexiglass – matéria acrílica dura e transparente, usada em vez do vidro – Balbina Mendes, fez deste material uma camada exterior, que só por si funciona como dupla máscara.

“É como um filtro que, por um lado, distancia o espectador da superfície da tela; e por outro, adiciona uma nova imagem e grafismo à pintura”, explica.

Simultaneamente, o reflexo do plexiglass convoca o observador a interagir com a obra, ao ver a sua imagem projetada para além do rosto que observa, adicionando-lhe uma nova máscara, “uma outra pele”.

Segundo o comunicado, aquando da inauguração da exposição em Mogadouro e Miranda do Douro, haverá tempo de conversa sobre o tema da exposição, assim como para outros momentos culturais.

Aquando da inauguração, no dia 11 de agosto, em Mogadouro, o evento vai contar com a participação de Alfredo Cameirão e Teresa Subtil e uma atuação da Escola de Ballet de Mogadouro.

Posteriormente, a 19 de agosto, em Miranda do Douro, a inauguração da exposição “A Segunda Pele” terá o contributo de José Francisco Meirinhos, do grupo musical Hardança e José Maria Pires vai falar sobre o Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM).

A exposição “A Segunda Pele” vai estar patente em ambas as localidades até ao dia 23 de outubro.

Perfil

Balbina Mendes nasceu em1955, em Malhadas, Miranda do Douro.

Atualmente reside e tem atelier em Vila Nova de Gaia.

Mestrado em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.

Realizou diversas exposições individuais em Portugal, Espanha, E.U.A, Bélgica, Áustria, Austrália e Índia.


Participou em dezenas de exposições coletivas.


É membro da Sociedade Nacional de Belas Artes, da Cooperativa dos Artistas de Gaia e da Cooperativa Árvore.


As suas obras estão representadas em várias coleções públicas e privadas em Portugal e no estrangeiro.

HA

Miranda do Douro: XXIV Famidouro põe em destaque o artesanato e a gastronomia

Miranda do Douro: XXIV Famidouro põe em destaque o artesanato e a gastronomia

De 12 a 21 de agosto, vai decorrer a XXIV edição da Famidouro – Feira de Artesanato de Miranda do Douro, um certame que este ano tem como novidades as melhores condições dadas aos artesãos/ expositores, um concerto de piano na abertura, a animação dos grupos de pauliteiros ao longo do certame e mostras de culinária com os produtos locais.

De acordo com o presidente da Associação Comercial e Industrial de Miranda do Douro (ACIMD), Bruno Gomes, a Famidouro – Feira de Artesanato e Multiatividades é um evento que já tem bastante tradição na cidade.

“A Famidouro já se realiza há 24 anos e na edição deste ano procuramos inovar e dar melhores condições aos artesãos/expositores. Outra novidade foi a realização, no fim-de-semana anterior, do I Encontro de Carros Antigos e Clássicos de Miranda do Douro, uma iniciativa que teve por objetivo dar a conhecer a Famidouro e atrair a vinda de mais visitantes a Miranda do Douro”, disse.

De acordo com a organização, a XXIV Famidouro vai contar com cerca de 60 artesãos/expositores, que vão mostrar ao público os seus trabalhos em madeira, pele, burel, ourivesaria, cutelaria, tanoaria, compotas, mel, entre outros produtos.

Sobre o público esperado na feira, Bruno Gomes, disse que prevê a visita das pessoas locais, dos turistas e também dos emigrantes.

“A visita dos emigrantes é uma mais valia porque têm uma forte ligação à região. Ao verem um produto da sua terra facilmente se decidem a comprar”, disse.

Outro destaque na XXIV Famidouro é a realização, no dia 20 de agosto, das mostras de culinária, que vão contar com a participação da chef Lídia Brás e do chef Marcelo Dias. Nestes workshops, que se vão realizar na praça D. João III, os mestres de cozinha vão confecionar produtos locais, como são a carne mirandesa e o cordeiro da raça churra galega mirandesa.

“Com a participação dos chefs Lídia Brás e Marcelo Dias pretendemos dar um toque de inovação aos pratos tradicionais, como são a posta mirandesa e o cordeiro mirandês”, explicou.

Ao longo da feira, de 12 a 21 de agosto, a Famidouro vai ser animada musicalmente pelos grupos de pauliteiros do concelho de Miranda do Douro e pelo grupo de Danças Mistas, da associação Mirandanças.

“Na abertura da feira, no dia 12 de agosto, vai realizar-se um concerto do pianista, Daniel João, em conjunto com a Banda Filarmónica Mirandesa”, informou.

Segundo o presidente da ACIMD, a feira deste ano vai oferecer aos visitantes provas de degustação de vinhos, animação de rua, música, concertos e atividades para crianças de modo que os visitantes se sintam “mirandeses”.

De 17 a 21 de agosto, Miranda do Douro celebra também as Festas da Cidade, que este ano tem como grande destaque o concerto de António Zambujo.

A Famidouro – Feira de Artesanato e Multiatividades vai decorrer de 12 a 21 de agosto, em Miranda do Douro.

HA

Vimioso: Autarca indignado com a E-REDES devido a cortes “constantes” de energia

Vimioso: Autarca indignado com a E-REDES devido a cortes “constantes” de energia

O presidente da câmara de Vimioso, Jorge Fidalgo, mostrou-se indignado com o serviço que a E-REDES está a prestar ao concelho, afirmando que há constantes cortes de energia que estão a afetar vários serviços particulares e públicos.

“A E-REDES -Distribuição de Energia, S.A. está a prestar um mau serviço ao concelho de Vimioso, o que está a afetar vários setores de atividade nomeadamente a restauração e indústria e instituições particulares de solidariedade social (IPSS) e no abastecimento de água à rede pública já há interrupção na bombagem”, explicou Jorge Fidalgo.

O autarca vimiosense referiu que mantém “há duas ou três semanas” contacto “permanente” com os responsáveis pela E-REDES, que deixaram a garantia de que “estão a tentar resolver o problema”.

“A verdade é que o tempo vai passando e os problemas até se agudizam com vários constrangimentos para o concelho”, vincou.

Jorge Fidalgo exemplifica que “os constantes cortes de energia estão a afetar a própria autarquia ao nível do abastecimento de água ao concelho, numa altura em que a população aumenta com a chegada dos emigrantes”.

“Nós precisamos de colocar água nos depósitos e porque os serviços de bombagem são alimentados a energia elétrica temos de ter pessoas 24 por dia a vigiar os sistemas de abastecimento para saber se os mesmos estão a funcionar ou não. Ou seja, este péssimo serviço da E-REDES- Distribuição de Energia, S.A., está a condicionar a vida do concelho de Vimioso em geral”, alertou Jorge Fidalgo.

Jorge Fidalgo disse ainda que a população está “revoltada”, acrescendo, que não tem “memória de um serviço de tão péssima qualidade prestado pela E-REDES, ao concelho de Vimioso”.

Autarca garante que já fez chegar, por mais do que uma vez, a sua insatisfação à empresa de distribuição elétrica.

“Vamos esperando e querendo acreditar que as coisas vão resolver-se, mas a verdade é que pioram de dia para dia”, enfatizou.

Estes cortes na energia elétrica no concelho de Vimioso, garante o autarca, tanto acontecem de dia como de noite.

“Tanto estamos duas horas com eletricidade, como dali a pouco estamos outro tanto sem luz. O que nos dizem é que há avarias na rede elétrica. Quando resolvem uma varia, aparecem duas ou três”, denunciou.

Contactada pela Lusa, a E-REDES, garantiu que tem empenhado todos os seus recursos operacionais na deteção e resolução das avarias verificadas na rede de média tensão no concelho de Vimioso, um dia depois da denúncia do presidente da câmara.

“A E-REDES lamenta os incómodos causados, mas assegura que está fortemente empenhada na resolução definitiva de todos os incidentes que têm afetado o normal fornecimento de energia elétrica na zona”, indicou.

Fonte: Lusa

Entrevista: «Trabalhar no planalto mirandês tem várias vantagens» – José Abílio Gonçalves

Entrevista: «Trabalhar no planalto mirandês tem várias vantagens» – José Abílio Gonçalves

A J.M.Gonçalves -Tanoaria, Lda., localizada em Palaçoulo, foi nomeada empresa inovadora COTEC, uma distinção que visa reconhecer os elevados padrões de estabilidade financeira, eficiência operacional e inovação tecnológica, que fazem desta empresa um exemplo para todo o país. José Abílio Gonçalves, sócio-gerente da tanoaria, explicou ao jornal Terra de Miranda – Notícias, o significado deste prémio.

José Abílio Gonçalves é sócio-gerente e responsável pelo departamento comercial e produção de vinhos da J.M.Gonçalves – Tanoaria, Lda.

T.M.N: Que significado tem para a Tanoaria J.M.Gonçalves a nomeação empresa Inovadora COTEC 2022?

José Abílio Gonçalves: A nomeação da COTEC é um reconhecimento do nosso trabalho. E para atingir este patamar, a empresa tem que ter um bom desempenho financeiro. Por outro lado, há que implementar projetos inovadores e por isso, todos os anos, a filosofia da nossa empresa é apresentar produtos novos e diferenciadores para o setor vitivinícola. Estas foram as principais razões, pelas quais a J.M.Gonçalves, foi considerada uma empresa inovadora no nosso setor.

T.M.N: Como é que se alcança um desempenho empresarial de sucesso?

J.A.G.: É um trabalho de equipa, que vai da seleção das madeiras, a qualidade da produção, a tecnologia que usamos e permite o desenvolvimento de novos produtos, o trabalho comercial de promoção e venda, até ao feedback dos nossos clientes. E este feedback é muito importante pois permite-nos avaliar a confiança dos clientes nos nossos produtos.

“O feedback dos nossos cliente é muito importante pois permite-nos avaliar a confiança nos nossos produtos.”

T.M.N: Quantas pessoas trabalham na Tanoaria J.M.Gonçalves?

J.A.G.: Atualmente, a empresa emprega 52 pessoas. E depois temos parcerias indiretas com outras pessoas, nomeadamente no estrangeiro, para promover os nossos produtos. Recordo que cerca de 90% da nossa produção é para exportação e por essa razão precisamos da presença de colaboradores, em mercados mais longínquos.

T.M.N: Como é que a empresa J.M.Gonçalves – Tanoaria, Lda. alcançou esta notoriedade no interior do país?

J.A.G.: Em primeiro lugar é importante dizer que temos que enfrentar alguns inconvenientes, como é a questão da logística e a distância aos portos. Recordo que a madeira que utilizamos no fabrico das barricas é importada e 90% dos nossos produtos são exportados, daí que o transporte seja crucial. Contudo, trabalhar no planalto mirandês tem várias vantagens, a começar desde logo pela qualidade ambiental desta região, o que propicia e favorece a a secagem das madeiras.

“A logística, a distância aos portos e o transporte são os principais inconvenientes de trabalhar no planalto mirandês.”

T.M.N.: Em que consiste essa secagem?

J.A.G.: A madeira só está pronta para ser utilizada no fabrico das barricas e outros produtos, após dois anos de secagem. E há produtos que exigem 36 e 48 meses. Ao longo deste tempo, a madeira está exposta, ao ar livre, e sujeita às várias intempéries: ao sol, à chuva, ao frio e à geada. Este período é como um processo de cura da madeira, o que faz com que atinja um elevado grau de qualidade.

T.M.N.: A secagem no planalto mirandês é melhor do que noutras regiões?

J.A.G.: Como indiquei, a grande vantagem do planalto mirandês é a pureza ecológica desta região, o que torna a madeira de elevada qualidade. Não tenho dúvidas que se a tanoaria estivesse localizada num centro de grande poluição, a madeira não atingiria a mesma qualidade. E depois se a madeira tem qualidade isso vai repercutir-se na qualidade dos produtos vitivinícolas.

“O planalto mirandês oferece uma pureza ecológica e ambiental que torna a madeira de elevada qualidade.”

T.M.N.: Outra vantagem da tanoaria estar localizada em Palaçoulo é a proximidade a Espanha?

J.A.G.: Sim, claro. Se olharmos bem, nós não somos periféricos. Estamos mais próximos do mercado espanhol – é o nosso segundo mercado – e também de França e da Europa.

T.M.N.: Para além da secagem e da proximidade à Europa, ainda há mais vantagens de a empresa laborar no planalto mirandês?

J.A.G.: Sim, outra grande vantagem de trabalhar nesta região é a possibilidade de adquirir uma grande área de terreno para desenvolver a nossa atividade. Atualmente, a tanoaria J.M.Gonçalves tem cerca de seis hetares. E não seria fácil ter as mesmas condições de trabalho numa região mais populosa e onde os terrenos fossem mais caros.

T.M.N.: Que conselho ou recomendação daria às empresas desta região para atingirem um elevado desempenho?

J.A.G.: Em primeiro lugar, diria para arriscarem na internacionalização e desde logo, no vizinho mercado espanhol. Ao fazê-lo, adquirimos um visão ibérica e não periférica. Outro conselho que daria é o investimento na tecnologia e no conhecimento, pois são ferramentas que nos permitem comunicar com qualquer parte do mundo e inovar na criação de novos produtos.

“Arrisquem na internacionalização e desde logo no vizinho mercado espanhol. Ao fazê-lo, adquirimos um visão ibérica e não periférica.”

Perfil

A arte de tanoeiro começou na família Gonçalves há cerca de 100 anos atrás, com Abílio Gonçalves que se iniciou no fabrico de barricas para os produtores de vinho da região de Trás-os-Montes em Portugal.

Esta arte foi seguida pelo seu filho e fundador José Maria Gonçalves, que fez barris artesanais durante quase 20 anos, desde os finais da década de 1940.


Em meados dos anos 60, emigrou para trabalhar em França, nas mais afamadas tanoarias da época.


Mas em França não vivia satisfeito. Tinha o sonho de regressar com a sua família a Portugal e começar o seu próprio negócio, com o saber adquirido.

De regresso a Portugal, começou a trabalhar numa pequena oficina instalada na sua garagem, com a ajuda dos seus filhos mais velhos.


Em 2001, o pequeno negócio da família evoluiu dando lugar a uma empresa nova e moderna, preservando as tradições familiares e o conhecimento adquirido ao longo de muitos anos de experiência.

Os filhos honraram o legado do pai dando o seu nome à empresa: J.M. Gonçalves- Tanoaria, Lda.

Um dos filhos, José Abílio Gonçalves é sócio-gerente da J.M.Gonçalves – Tanoaria, Lda.

É também responsável pelo departamento comercial e a produção de vinhos da empresa.

Estudou Enologia, na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

HA

Miranda do Douro: Semana da Juventude promove o desporto

Miranda do Douro: Semana da Juventude promove o desporto

De 8 a 12 de agosto, decorre em Miranda do Douro, a Semana da Juventude 2022, com a realização de várias atividades destinadas aos jovens, como são o torneio de futebol rural, um torneio de voleibol, insufláveis aquáticos e um torneio de ténis.

De acordo com Henrique Granjo, presidente da Associação Recreativa da Juventude Mirandesa (ARJM), a Semana da Juventude é uma iniciativa promovida pelo concelho municipal de Juventude, que reúne várias associações juvenis do concelho de Miranda do Douro.

“O concelho municipal de juventude é constituído por representantes de várias associações juvenis, tais com a ARJM, a associação de estudantes, as associações das juventudes partidárias, os escuteiros, entre outras associações”, explicou.

O presidente da ARJM informou que o concelho municipal de juventude desafiou as várias associações a lançarem ideias para dinamizar a Semana da Juventude 2022.

“Na edição deste ano, nos dias 8 e 9 de agosto vai realizar-se um torneio de futebol 3×3, a que chamamos Rural Futebol. No dia 10, as atividades vão decorrer na piscina, com um torneio de voleibol e os insufláveis aquáticos. E de 10 a 12 de agosto vai realizar-se a primeira edição do torneio de ténis, no renovado campo de jogos da Terronha”, informou.

A Semana da Juventude visa assinalar o Dia Internacional da Juventude, que se celebra a 12 de agosto.

No dia anterior, a 11 de agosto, vai realizar-se no miniauditório de Miranda do Douro, às 17h30, uma Assembleia Geral de Jovens, para apresentar e votar as três propostas concorrentes ao Orçamento Participativo Jovem (OPJ) 2022.

As três propostas a votação são as seguintes: as bicicletas de água, no espelho de água do rio Fresno, em Miranda do Douro; o parque aventura, em Palaçoulo; e o manual escolar de Mirandês, para cada ciclo escolar.

HA

Picote: Estudo demográfico apresentado em livro

Picote: Estudo demográfico apresentado em livro

Foi apresentado no dia 6 de agosto, na Casa do Povo de Picote, o livro ”Freguesia de Picote: estudo demográfico (1796-1900)”, trata-se de uma obra científica onde a autora, Alda Maria Preto Miguel, dá informações sobre o número de habitantes, casas, nascimentos, casamentos, óbitos e outros dados demográficos sobre a população picotesa, no final do século XVIII e ao longo do século XIX.

A apresentação da obra inseriu-se nas festas da freguesia e do Divino Santo Cristo, que se celebrou nos dias 6 e 7 de agosto e contou com a participação da presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril e do administrador da diocese de Bragança-Miranda, monsenhor Adelino Paes.

Na sua intervenção, a autarca de Miranda do Douro, felicitou a autora do livro pelo estudo científico sobre a demografia de Picote.

“Atualmente, a demografia é um sério problema para todo o interior do país, daí a pertinência desta obra” – Helena Barril.

Por sua vez, o administrador diocesano, monsenhor Adelino Paes, também ele natural de Picote, elogiou o trabalho de investigação sobre assuntos como a natalidade, os casamentos, os óbitos e as migrações em Picote, entre os anos de 1796 e 1900.

“Nesse tempo, nascia-se, casava-se, vivia-se e morria-se na própria terra, dado que quase não havia migrações” – Monsenhor Adelino Paes.

O administrador diocesano, felicitou Alda Maria Preto Miguel pela obra que veio enriquecer culturalmente a comunidade de Picote e desafiou a investigadora a continuar o estudo da história da aldeia, no século XX até aos dias de hoje.

A obra agora publicada contou com o apoio da associação Família Kolping de Picote, da FRAUGA – Associação para o Desenvolvimento Integrado de Picote e da Junta de Freguesia.

O presidente da Junta de Freguesia de Picote, Jorge Lourenço, agradeceu o trabalho sobre a demografia e sublinhou a importância de trabalhar em conjunto para que as localidades, como é o caso da aldeia de Picote, consigam agir contra o despovoamento e manter a população.

“Para que haja população nas localidades é imprescindível manter abertos os serviços como são as escolas, os bancos, o correios, os supermercados, etc.”, indicou.

Vimioso: Exposição de fotografia recorda Trás-os-Montes na década de 1980

Vimioso: Exposição de fotografia recorda Trás-os-Montes na década de 1980

Foi inaugurada no Domingo, dia 7 de agosto, na Casa da Cultura de Vimioso, a exposição fotográfica “Trás-os-Montes”, uma coleção de fotografias que mostram a realidade desta região na década de 1980, caraterizada pelas marcas da guerra colonial, pela emigração, pela falta de condições de vida e por uma população que vivia sobretudo da agricultura e da pecuária.

A exposição, da autoria de Eduardo Perez Sanchez, é constituída por 40 fotografias, em formato 30×40 e foram escolhidas a partir da 2ª edição do livro “Trás-os-Montes, uma visão a preto e branco sobre as gentes e o seu viver na década de 1980”.

O autor, um catalão que vive no Porto, disse que conseguiu estabelecer uma grande empatia com os fotografados, porque antes de lhes pedir para as fotografar falou longamente com as pessoas.

“Estas fotografias foram feitas na região de Valpaços. Retratam as mazelas de uma época, derivadas na guerra colonial e da emigração. Havia muita gente idosa e quase não se viam pessoas em idade ativa. As condições de vida eram rudes, havia muito desconforto, as estradas eram todas em terra e as casas não tinham qualquer isolamento. Mas, ao mesmo tempo viam-se muitas crianças, alegres, simpáticas e gostavam muito de ser fotografadas”, contou.

Para além das pessoas, Eduardo Perez Sanchez, fotografou também os trabalhos agrícolas e pecuários, como a ceifa, a apanha da azeitona, a pastorícia ou a matança do porco.

Eduardo Perez Sanchez é engenheiro mecânico de profissão e pósgraduou-se em direção e gestão de empresas. Ao longo da vida desenvolveu o gosto pela fotografia e em 2013, quando se reformou, ao dar atenção ao espólio de fotografias concluiu que havia muitas que mereciam ser publicadas.

“Comecei a publicar as fotografias de Trás-os-Montes. Fui casado com uma transmontana e na década de 1980 vinha cá muitas vezes. A seguir às refeições, quando toda a gente ia dormir a sesta, eu pegava no mochila e ia falar com as pessoas e fotografar”, recordou.

A exposição de fotografias “Trás-os-Montes” e a apresentação da 2ª edição do livro é uma iniciativa conjunta do município de Vimioso, da Associação Inter+Value e do autor.

De acordo com o presidente do município de Vimioso, Jorge Fidalgo, a exposição agora inaugurada da Casa da Cultura, vale bem a visita dada a qualidade das fotografias e os detalhes que o autor conseguiu captar e transmitir sobre a vivência do povo transmontano na década de 1980.

“Com o Eduardo Perez Sanchez, pretendemos realizar uma exposição de fotografia sobre o concelho de Vimioso. Esta exposição resulta de uma parceria do município de Vimioso com a associação Inter+Value, cujo responsável é o Manuel de Lima, um descendente local”, disse.

Segundo o autarca de Vimioso, desta colaboração vai resultar o projeto “Confluências e Fronteiras – Bienal de Vimioso”, que será realizado no próximo ano e vai estabelecer intercâmbios com Espanha, Itália e França.

“Nesta confluência transfronteiriça há muita identidade cultural que nos une e que devemos potenciar”, adiantou.

Por sua vez, Manuel de Lima, presidente da associação Inter+Value, explicou que os objetivos desta associação é promover a cultura e o património.

“Dado que a minha mãe era natural de Vimioso, houve uma série de encontros que me fizeram chegar aqui. Fui desafiado pelo presidente do município, Jorge Fidalgo, a organizar um evento sobre a cultura e o património local. E a primeira iniciativa do evento é esta exposição de fotografias do Eduardo Perez Sanchez”, disse.

Sobre o evento do próximo ano, “Confluências e Fronteiras – Bienal de Vimioso”, Manuel de Lima, adiantou que já estabeleceu contatos com autarquias em Espanha (Galiza), Itália e França (Bretanha) para participar no evento.

“O nosso propósito é convidar as pessoas destes países a visitar e conhecer a cultura e o património de Vimioso,”, explicou.

HA

Meteorologia: Mês de julho foi o mais quente dos últimos 92 anos

Meteorologia: Mês de julho foi o mais quente dos últimos 92 anos

O mês de julho foi o mais quente dos últimos 92 anos, com temperaturas quase sempre acima do normal e com um registo de 47ºC, no Pinhão, uma nova temperatura máxima, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Os dados fazem parte do boletim climatológico de julho agora divulgado pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que classifica o mês de julho de 2022, em Portugal continental, como extremamente quente em relação à temperatura do ar e muito seco em relação à precipitação.

Num mês “excecional”, foram excedidos os extremos absolutos de temperatura máxima em 28 estações e da temperatura mínima em 21 estações.

“Entre os dias 07 e 14 de julho foram registados 98 novos recordes de temperatura máxima, com o maior número de recordes absolutos no dia 14 e mensais no dia 13”, diz o IPMA.

No mês de julho, o valor médio da temperatura média do ar foi de 25.14ºC (graus celsius), o que representa quase três graus (2.97ºC) acima do valor normal.

O valor médio da temperatura máxima do ar, com mais de 33ºC (33.16 °C), foi o segundo mais alto desde 1931 (desde que há registos), só ultrapassado pelo mês de julho de 2020). Foram mais 4.44ºC do que o normal.

No documento o IPMA salienta que os quatro maiores valores da média da temperatura máxima em julho ocorreram depois de 2000.

O valor médio da temperatura mínima (17.13ºC) também foi quase dois graus acima do normal, e foi o quarto mais alto desde 1931.

Durante o mês de julho, diz também o IPMA, os valores de temperatura do ar estiveram quase sempre muito acima do valor normal, com períodos excecionalmente quentes, como entre 07 e 17 e entre 20 e 26, e ainda 29 e 31.

Além dos 47ºC no dia 14 registados na estação do Pinhão, o IPMA destaca a persistência de valores muito altos de temperatura mínima, média e máxima em vários dias, e diz que dia 13 foi o dia mais quente deste ano no continente e o quinto dia mais quente deste século.

Tendo em conta a média do continente, o país teve em julho valores médios da temperatura média superiores a 25 graus e valores médios da temperatura máxima superiores a 34 graus em 11 dias consecutivos. E durante três dias seguidos os valores médios da temperatura máxima foram acima dos 38 graus, o que confirma um “caráter excecional” do mês de julho.

Esse caráter excecional, de extremamente quente, contribuiu para que o período de janeiro a julho deste ano fosse o terceiro mais quente desde há 92 anos, só ultrapassado pelos períodos idênticos de 2020 e 2017.

Quanto à precipitação julho foi o quarto mais seco desde 2000, com o total de precipitação a corresponder apenas a 22% do normal.

No fim de julho, em relação ao final de junho, havia “uma diminuição significativa dos valores de percentagem de água no solo em todo o território, que foram mais significativas nas regiões Centro e Sul” diz o IPMA, que realça o aumento da área com valores inferiores a 10% e iguais ao ponto de emurchecimento permanente.

A 31 de julho, com todo o país em seca meteorológica, havia um aumento da área na classe de seca extrema: 55% do território está na classe de seca severa e 45% na classe de seca extrema.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Choque frontal provoca seis feridos

Miranda do Douro: Choque frontal provoca seis feridos

No passado sábado, dia 6 de agosto, um choque frontal provocou dois feridos graves (uma pessoa teve de ser helitransportada) e quatro feridos ligeiros, na Estrada Nacional 221, em Miranda do Douro, informou fonte dos bombeiros.

“O choque frontal ocorreu a poucos quilómetros da cidade de Miranda do Douro, envolvendo duas viaturas ligeiras, uma de matrícula nacional e outra de matrícula francesa”, afirmou o comandante dos Bombeiros Voluntários de Miranda do Douro, Luís Martins.

Cinco feridos foram transportados por via rodoviária e uma pessoa foi de helicóptero para o Hospital de Bragança.

O alerta para o acidente foi dado às 19:30 do passado sábado, dia 6 de agosto e no local estiveram 27 operacionais e 10 viaturas, incluindo a ambulância de suporte imediato de vida, e o helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).choque

As operações de regulação do trânsito estiveram a cargo da GNR.

Fonte: Lusa

Bragança-Miranda: Símbolos da Jornada Mundial da Juventude visitam a diocese

Bragança-Miranda: Símbolos da Jornada Mundial da Juventude visitam a diocese

O diretor do Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil e Vocacional de Bragança-Miranda afirmou que a visita dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude à diocese acontece num mês em que a população duplica, chegando assim a “novos públicos”.

“As nossas aldeias antigamente triplicavam, agora duplicam a população nestes meses. É uma forma de aproveitarmos as comunidades emigrantes para falar das jornadas e motivá-los”, disse o padre António Rodrigues.

O responsável do Comité Organizador Diocesano (COD) de Bragança-Miranda referiu-se à chegada dos símbolos à região, no último domingo, e disse que a primeira visita que fizeram foi a uma área ardida, no Concelho de Carrazeda de Ansiães.

“A primeira mensagem que quisemos transmitir foi de apoio aos bombeiros”, afirmou o sacerdote, que coordena a visita da Cruz Peregrina e do Ícone de Nossa Senhora à Diocese de Bragança-Miranda.

Os símbolos da JMJ chegaram à diocese através da Barragem da Valeira, em Carrazeda de Ansiães, num dia em que o concelho estava de luto pela morte de 7 jovens num acidente automóvel.

O programa da peregrinação dos símbolos neste mês de agosto inclui a visita da Cruz Peregrina e do Ícone de Nossa Senhora ao ACANAC, o Acampamento Nacional de Escuteiros, e a participação, até ao dia 7, na Peregrinação Europeia de Jovens, que decorre em Santiago de Compostela.

“Os símbolos voltam a entrar na diocese no dia 7, em Vimioso, no Santuário de Nossa Senhora da Visitação”, indicou o padre António Rodrigues.

Entre os momentos principais de um mês de peregrinação, o responsável pelo COD destaca a apresentação do hino da JMJ Lisboa 2023 em mirandês, que vai acontecer em Miranda do Douro no dia 13 de agosto.

Outro momento importante é a visita dos símbolos aos santuários diocesanos e a participação nas festas da cidade de Bragança, de Nossa Senhora das Graças, no dia 22.

O responsável pela Pastoral Juvenil de Bragança-Miranda referiu-se às dificuldades na organização da peregrinação dos símbolos pelo facto da diocese estar em sede vacante, sem bispo diocesano, e pela realização, no mês de agosto, de muitas festas populares.

O padre António Rodrigues valorizou o ressurgimento de “grupos de jovens coesos” no contexto da preparação da JMJ Lisboa 2023 e da peregrinação dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude, que “podem ser uma esperança para a Pastoral Juvenil na diocese”.

O símbolos da Jornada Mundial da Juventude permanecem na Diocese de Bragança-Miranda até ao dia  4 de setembro e vão depois ser entregues à Diocese de Vila Real.

Fonte: Ecclesia