Miranda do Douro: Renúncia quaresmal destina-se à reconstrução da hospedaria do mosteiro de Palaçoulo

Miranda do Douro: Renúncia quaresmal destina-se à reconstrução da hospedaria do mosteiro de Palaçoulo

Iniciou-se a 14 de fevereiro o tempo litúrgico da Quaresma, com a celebração da Quarta-feira de Cinzas, na concatedral de Miranda do Douro, onde o padre Manuel Marques apelou à renúncia quaresmal para apoiar a reconstrução da hospedaria do mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, em Palaçoulo.

A imposição das cinzas significa a frágil condição do homem e a permanente necessidade de conversão.

Na homilia da celebração que deu início à Quaresma – o tempo litúrgico de 40 dias de preparação para a Páscoa – o pároco de Miranda do Douro leu a mensagem “Tempo para crer, esperar e amar”, escrita pelo bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida.

Na referida mensagem, o bispo diocesano salienta que a Quaresma é um tempo propício para exercitar a caridade, o jejum e a penitência, atitudes que permitem estar mais conscientes da ação de Deus nas nossas vidas.

“A Quaresma é um tempo para acreditar, ou seja, para receber a Deus na nossa vida permitindo-Lhe fazer morada em nós (cf. Jo 14,23)”, sublinha.

Na mensagem quaresmal, o bispo diocesano enfatiza a virtude da esperança e recomenda o sacramento da reconciliação nesta caminhada para a Páscoa.

“Recebendo o perdão no sacramento da reconciliação, que está no centro do nosso processo de conversão, tornamo-nos, por nossa vez, doadores de perdão”, disse.

Na mensagem, Dom Nuno Almeida destaca também à importância da oração.

“No recolhimento e oração silenciosa, a esperança é-nos dada como inspiração e luz interior, que ilumina desafios e opções na nossa missão; por isso mesmo, é fundamental recolher-se para rezar (cf. Mt 6, 6) e encontrar no segredo, possibilidade de viver uma Páscoa de fraternidade”, pode ler-se.

Sobre a caridade, o pároco de Miranda do Douro referiu-se ao imperativo de apoiar a comunidade das monjas trapistas, que desde 2019 estão a fundar o novo Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, em Palaçoulo.

“Este ano, a renúncia e partilha quaresmal de toda a diocese de Bragança – Miranda destina-se à reconstrução da hospedaria do mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, em Palaçoulo, dado que o grave incêndio de 27 de janeiro destruiu o telhado, sótão e grande parte do primeiro andar”, disse.

Segundo o pároco, algumas salas da hospedaria eram utilizadas como escritórios e áreas de trabalho – lavandaria, armazém e embalagem da confeitaria – “e o incêndio danificou-as gravemente”, inutilizando parcial ou totalmente as salas, as máquinas e o material armazenado.

O padre Manuel Marques acrescentou que o mosteiro que está a ser construído em Palaçoulo, no concelho de Miranda do Douro é já um importante centro de espiritualidade cristã, que atrai a vinda de muitas pessoas de outras regiões do país e do estrangeiro.

A renúncia quaresmal é uma prática em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano, reservando o dinheiro para finalidades especificadas pelo bispo da sua diocese.

A diocese divulga também o número da conta bancária do mosteiro para aqueles que queiram contribuir com donativos (PT50 0045 2260 4029 1080 1063 2).

HA

Política: Movimento pelo Interior quer ouvir os partidos

Política: Movimento pelo Interior quer ouvir os partidos

O Movimento pelo Interior, que em 2018 propôs diversas medidas para reduzir os desequilíbrios regionais, solicitou aos partidos políticos que se pronunciem sobre as sugestões então feitas, que consideram estar ainda por concretizar.

Num artigo de opinião publicado no jornal Público, os signatários – entre eles António Fontainhas Fernandes, que foi membro do Conselho Económico e Social e é professor catedrático na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, e Pedro Lourtie, antigo secretário de Estado do Ensino Superior – explicam que fizeram renascer o Movimento pelo Interior por considerarem que os avanços no combate aos desequilíbrios regionais foram tímidos.

“O interior, delimitado pela portaria n.º 208/2017 de 24 de 13 de julho, que cobre três quartos do território, detém apenas um quinto da economia, seja esta expressa em PIB, seja em número de empresas ou de população, enquanto o litoral, que cobre um quarto do território, detém quatro quintos da economia”, recordam.

Os especialistas explicam que fizeram renascer o movimento (Novo MpI) no seio da Associação do Círculo de Estudos do Centralismo, com sede em Miranda do Douro, e que a intenção é voltar a trazer para o debate os desequilíbrios regionais, pedindo aos partidos que se pronunciem relativamente às propostas que apresentaram em 2018.

“Porque a nossa preocupação é, infelizmente, maior do que tínhamos quando apresentámos o referido relatório, há quase seis anos, e bem cientes do mérito e valor das nossas propostas de 2018, decidimos dar uma nova vida e um novo impulso ao Movimento pelo Interior, agregando novos membros, predominantemente mais jovens”, recordam.

Do conjunto de sugestões apresentadas há seis anos, destacam a exclusividade para o interior de um regime especial de IRS, para atrair e reter quadros científicos, artistas e técnicos, a criação no interior do país de um Regime Contratual de Investimento para atribuir benefícios públicos a grandes investimentos, assim como a promoção de escolas de pós-graduação no interior.

Querem ainda que os partidos candidatos às eleições legislativas de março se pronunciem sobre as propostas de criar redes regionais de qualificação e especialização digital de formações curtas e pós-graduações profissionalizantes e de deslocar para o interior de 25 serviços públicos de Lisboa que correspondam a pelo menos 100 funcionários por cada serviço.

Os elementos deste movimento, que chegou a ter como membros o antigo ministro socialista Jorge Coelho e o empresário Rui Nabeiro, querem ainda que os partidos digam o que pensam sobre a atribuição, a estes funcionários que sejam deslocados, de um subsídio equivalente a um salário nacional, assim como de uma majoração em 25% do tempo de contagem para progressão na carreira, para o dobro dos subsídios de parentalidade e abono de família e de 10% de contagem de tempo de serviço para efeitos de aposentação.

A transferência para as autarquias locais de todos os edifícios públicos que pertençam ao Estado e estejam por utilizar há mais de 10 anos é outra das propostas apresentadas há seis anos e sobre a qual querem ouvir os partidos.

Fonte: Lusa

Agricultura: Ministra garantiu pagamentos de mais 25% dos Ecoregimes

Agricultura: Ministra garantiu pagamentos de mais 25% dos Ecoregimes

A ministra da Agricultura garantiu o pagamento de mais 25% dos subsídios dos Ecoregimes até 15 de março, avançaram os representantes dos agricultores se reuniram com a tutela em Macedo de Cavaleiros.

Assim sendo, no total, até março os agricultores em regime de agricultura biológica e produção integrada vão receber 90% dos apoios, ficando a faltar 10%, que serão pagos em junho.

Maria do Céu Antunes chegou à câmara municipal de Macedo de Cavaleiros, local da reunião, dizendo apenas “boa tarde a todos” aos cerca de 100 agricultores que a aguardavam na rua, que responderam com assobios e frases como “Trás-os-Montes também é Portugal”.

Depois do encontro que durou cerca de duas horas, Armindo Lopes, um dos seis representes dos agricultores que participou nas conversações, explicou que estes 25% dizem respeito aos cortes até 35% que foram anunciados e entretanto revertidos, ficando a faltar 10%, que serão pagos até 25 de junho.

Segundo Armindo Lopes, a governante explicou que o pagamento destes 25% é o que o Governo tem neste momento disponibilidade financeira para fazer, sem a aprovação de Bruxelas, que agora terá que desbloquear os restantes 10%. Estas medidas representam um valor global de 60 milhões de euros.

Armindo Lopes explicou ainda que no ano passado foi criada uma nova plataforma europeia para identificar todos os produtores em modo de produção integrada e agricultura biológica, que passam a precisar de um certificado. A nível nacional, há 10 entidades que emitem esta certificação.

Os apuramentos ficaram concluídos a 31 de dezembro e a primeira prestação, 65% na maioria dos casos, foi paga a 25 de janeiro.

Mas os agricultores que não conseguiram concluir o processo ainda não receberam ajudas.

Na sequência de um protesto que juntou cerca de 300 agricultores no concelho de Macedo de Cavaleiros e que levou ao corte da A4 nos dois sentidos, foi marcada uma reunião de imediato por videoconferência com a ministra da tutela e outra para hoje, presencial.

Nesse primeiro momento tinha já sido prometido o pagamento a primeira prestação a todos os agricultores até 24 de fevereiro.

Na segunda reunião, Armindo Lopes disse que algumas das reivindicações foram atendidas.

“O que conseguimos hoje é que a partir de março só vão ficar para pagamento 10%, que ficam para a última prestação que já estava no calendário indicativo de pagamentos”, anunciou aos jornalistas.

Armindo Lopes disse ainda que em relação às candidaturas de pedido único deste ano tiveram a garantia do Instituto Financeiro da Agricultura e Pescas (IFAP), representado pelo vice-presidente, Nuno Moreira, e de Maria do Céu Antunes que regressa ao regime que vigorou até 2022, ou seja, um adiantamento em outubro e outro pagamento em dezembro.

Eduardo Almendra, outro dos representantes, acrescentou que, contudo, tiveram que ceder noutras medidas pedidas para a região, como na inclusão do gasóleo agrícola como fator de produção, para a isenção de IVA.

Segundo explicou o produtor, o Governo de gestão não tem funções para rever essa medida. 

Outra reivindicação em Trás-os-Montes era o reforço do regadio.“Nomeadamente a criação de um multiúsos na barragem do Baixo Sabor. Está em estudo um plano de eficiência hídrica para todo o distrito [de Bragança], já está em curso”, transmitiu Eduardo Almendra.

Os agricultores dizem que, para já, param as manifestações, mas que regressarão à luta caso as garantias não sejam cumpridas. Por agora, dizem, “têm que acreditar nas pessoas”.

Maria do Céu Antunes descolou-se depois para Mirandela, para mais uma reunião com agricultores transmontanos.

À saída de Macedo de Cavaleiros, novo coro de assobios dos agricultores para a ministra da tutela, seguidos de palmas para os representantes, que abandonaram o edifício dos Paços do Concelho minutos depois, para se dirigir à imprensa.

A ministra da Agricultura não falou aos jornalistas. Fonte do Ministério avançou, contudo, que no final das rondas de reuniões que têm acontecido pelo país será feita uma comunicação das conclusões apreendidas.

Fonte: Lusa

IRS: Agregado familiar deve ser atualizado ou confirmado no Portal das Finanças

IRS: Agregado familiar deve ser atualizado ou confirmado no Portal das Finanças

O prazo para os contribuintes informarem as Finanças sobre a composição do agregado familiar no final de 2023 termina a 15 de fevereiro, sendo esta a informação que o fisco vai ter conta na declaração do IRS a ser entregue este ano.

A atualização da informação sobre o agregado familiar é, sobretudo, relevante para as famílias que em 2023 registaram alterações na sua composição, na sequência de, por exemplo, nascimentos, divórcio, alteração de acordo parental, óbitos de um dos elementos do casal ou mudança de residência permanente.

Sem esta informação atualizada, a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) terá em conta e fará os cálculos para efeitos das deduções do IRS, com base nas informações pessoais e familiares que constam da declaração do IRS entregue no ano passado.

A atualização do agregado familiar pode ser feita através do Portal das Finanças, sendo este o momento para indicar também as situações em que os filhos ultrapassam a idade a partir da qual deixam de ser considerados dependentes para efeitos do IRS – mesmo que continuem a viver com os pais.

A comunicação do agregado familiar deve também ser cumprida pelos pais com dependentes em guarda conjunta e um Acordo de Regulação das Responsabilidades Parentais que determine o regime de residência alternada, bem como a percentagem de partilha das despesas por cada um dos responsáveis quando não seja igualitária.

Este passo deve der observado por ambos os pais e a informação relativa aos dependentes ser coincidente pois se assim não acontecer, o fisco divide as despesas ao meio.

“Caso esta comunicação não seja feita no prazo, ou tendo sido, a mesma não for coerente com a comunicação efetuada pelo outro agregado familiar relativamente ao mesmo dependente em guarda conjunta, considera-se que este dependente não tem residência alternada e a percentagem de partilha de despesas dos respetivos responsáveis parentais é dividida em partes iguais”, segundo a informação disponível no Portal das Finanças.

A validação do agregado familiar permite ainda aos contribuintes beneficiar do IRS automático (caso preencham o perfil de rendimentos requerido para tal) e permite à AT efetuar os cálculos necessários para que as pessoas dispensadas da entrega da declaração do IRS possam obter e beneficiar de isenção de taxas moderadoras no Serviço Nacional de Saúde, da tarifa social de eletricidade ou de apoios sociais, por exemplo.

Esse passo deve ser observado mesmo por quem não tenha registado nenhuma alteração no agregado familiar, pois só desta forma assegura que é possível aceder (em caso de necessidade) a um comprovativo de composição do agregado atualizado, o que pode ser necessário para, por exemplo, renovar o passe família ou para efeitos de matrícula nas escolas do ensino público.

A 15 de fevereiro termina também o prazo para a comunicação das despesas de educação pela frequência de estabelecimento de ensino localizado no interior ou região autónoma – situação em que estas deduções são majoradas -, bem como dos encargos com rendas pela transferência da residência permanente para o interior do país.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Fabíola Mourinho apresenta “O sonho perdeu o h”

Miranda do Douro: Fabíola Mourinho apresenta “O sonho perdeu o h”

Na tarde de sábado, dia 17 de fevereiro, Fabíola Mourinho vai apresentar na biblioteca municipal de Miranda do Douro, o primeiro livro da sua autoria “O sonho perdeu o h”, uma obra literária infantil que tem por finalidade transmitir valores como o sentido de pertença, a importância dos afetos e da perseverança na concretização dos sonhos.

A sessão de lançamento do livro está agendada para as 15h30, na biblioteca municipal António Maria Mourinho, em Miranda do Douro e a autora vai ser acompanhada pela presidente do município, Helena Barril, por Ana Araújo, da Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) e Rosa Maria Martins, da Escola Básica e Secundária (EBS) de Miranda do Douro.

A apresentação vai ser moderada por Celina Pinto, diretora do Museu da Terra de Miranda.

De acordo com a autora do livro, Fabíola Mourinho, através deste conto infanto-juvenil pretende sublinhar a importância de agir contra sentimentos inibidores como o medo, a preguiça, a vergonha e o pessimismo e cultivar valores como o amor, o sentido de pertença e a perseverança.

Na tarde do próximo sábado, dia 17, no decorrer da apresentação do livro está previsto um momento musical, protagonizado pelo grupo Hardança, no qual Fabíola Mourinho é vocalista e intérprete.

Segundo a autora, o livro “O sonho perdeu o h” pode ser adquirido online nas livrarias Atlântico, na Wook, na Fnac, na Amazon e na Bertrand.

"O sonho perdeu o h"  - resumo: 

Numa cidade pequenina escondida atrás dos montes, morava um menino de olhos brilhantes que tinha um Sonho. Um dia, um grupo de vilões (o medo, a preguiça, a vergonha, o pessimismo) instalaram-se no coração do menino, o que levou a que o Sonho se cansasse de sonhar e ficasse adormecido…
Mas, felizmente, no coração do menino, guardados dentro da Caixinha das Palavras Preciosas, estavam os grandes amigos do(s) Sonho(s). E como um amigo, nunca desiste, o Sonho conseguiu, finalmente, tornar-se realidade!...

Uma história que nos relembra a importância das raízes, dos afetos e de que é sempre tempo de sonhar! 

(O livro foi editado pela Flamingo Edições.)

HA

Miranda do Douro: Caminhada para o Naso reagendada para 7 de abril

Miranda do Douro: Caminhada para o Naso reagendada para 7 de abril

Por causa da previsão de chuva, a caminhada convívio para o santuário do Naso, organizada pela mordomia de Nossa Senhora de Fátima foi reagendada para o Domingo, dia 7 de abril, aquando do “Nasico”, uma celebração que vai ser presidida pelo bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida.

De acordo com Sandra Argulho, da mordomia de Nossa Senhora de Fátima, o horário da caminhada para o santuário do Naso mantém-se às 8h00 de Domingo, dia 7 de abril, com a reunião dos participantes junto à antiga Sé ou concatedral de Miranda do Douro.

“Antes da partida, aos caminhantes inscritos será oferecido um kit, com água, chapéu e uma barra de cereais”, adiantou.

Segundo a organização, entre Malhadas e o Picão está previsto um reforço alimentar.

Ao longo do percurso os caminhantes terão o acompanhamento dos bombeiros de Miranda do Douro.

A chegada ao santuário mariano do Naso está prevista para as 12h30. Aí chegados, será disponibilizado transporte para os participantes que pretendam regressar de imediato a Miranda do Douro.

“Os caminhantes inscritos para o almoço, que vai ser servido no recinto do santuário do Naso, terão a possibilidade de saborear uma merecida e reconfortante refeição com entradas, caldo verde, bifanas, bebida, sobremesa e café”, indicou.

Às 15h00, vai celebrar-se a eucaristia dominical, na capela do santuário, presidida pelo bispo de Bragança-Miranda. Dom Nuno Almeida.

O regresso a Miranda do Douro está marcado para as 16h30.

Segundo a organização, as inscrições para a caminhada (10 caminhantes) e o almoço (10 passos) decorrem até 2 de abril e devem ser feitas através do número de telemóvel: 936 364 433 (Sandra Argulho).

A caminhada é uma iniciativa da mordomia de Nossa Senhora de Fátima, que conta com o apoio do município de Miranda do Douro.

HA

Sendim: Carnaval assinalou entrada da Quaresma

Sendim: Carnaval assinalou entrada da Quaresma

A Terça-feira de Carnaval foi festejada em Sendim, com o já tradicional desfile e o enterro do Entrudo, duas atividades organizadas pela freguesia local e que mais uma vez, reuniram centenas de pessoas na praça central da vila, para ver os disfarces, as máscaras e as sátiras dos grupos participantes.

Em Sendim, uma vila tradicionalmente agrícola é habitual enfeitar os tratores com tudo o que há em casa: sacas, toldos, alfaias agrícolas, etc..

O desfile de Carnaval iniciou-se no Largo de São Sebastião, onde se reuniram os oito grupos participantes – Comissão de Festas de Santa Bárbara, Oficina do Idoso, Escola Preparatória de Sendim, Rua Cruz da Canada, Rua de Santo António, Grupo de Fermoselle (Espanha) e o Grupo do Urrós – que em cortejo se dirigiram para a praça central, onde eram aguardados por uma numerosa multidão de pessoas.

De acordo com o presidente de União de Freguesias de Sendim e Atenor, Luís Santiago, (que também se vestiu a rigor para festejar o carnaval!), nesta vila do concelho de Miranda do Douro, a população tem gosto em festejar o carnaval, fazendo uso do humor e da sátira, assinalando alguns acontecimentos ocorridos na vila ao longo do ano.

“Em Sendim, o dia carnaval é uma oportunidade que é aproveitada para fazer algumas críticas, com humor e graça! Costuma dizer-se que neste dia se dizem as verdades a brincar! E o presidente da junta de freguesia também é um alvo dessas sátiras!”, disse com humor.

Após o desfile, ao final da tarde, realizou-se pelas ruas da vila, o “Enterro do Entrudo”, no qual participaram mais de 100 figurantes, cobertos com lençóis brancos e empunhando tochas de fogo.

Durante o cortejo até à praça central, ouviram-se gritos e choros sonoros das carpideiras (as pessoas a quem se pagava para chorar os defuntos durante os funerais).

“O Enterro do Entrudo é uma tradição que estamos a recuperar graças ao saudoso Tio Alfredo Júlio, que nos transmitiu esta herança cultural. O “Entrudo” é um boneco, feito de palha, que após o julgamento e a leitura do testamento é-lhe realizado o cortejo fúnebre.”, disse.

A propósito dos significados do Carnaval ou Entrudo, atente-se que ambas as designações referem-se ao período que antecede a Quarta-feira de Cinzas, que dá inicio à Quaresma.

Carnaval é a expressão mais usada e provém do italiano “carnevale”, que, por sua vez, significa a abstinência de carne durante os quarenta dias da Quaresma.

Já a palavra “Entrudo” deriva do latim “introitus” e significa “entrada”. Entrada onde? Na Quaresma, claro está.

Por isso, o entrudo ou carnaval é um tempo de folia para ganhar ânimo para os quarenta dias de jejum, penitência e oração, até à Páscoa.

HA

Sociedade: Rendas das casas subiram 5,9% em janeiro

Sociedade: Rendas das casas subiram 5,9% em janeiro

As rendas das casas por metro quadrado aumentaram 5,9% em janeiro, face ao mesmo mês de 2023, acelerando face aos 5,1% do mês anterior e com todas as regiões a apresentarem subidas homólogas, indicou o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), em janeiro “todas as regiões apresentaram variações homólogas positivas das rendas de habitação, tendo o Norte e Lisboa registado o aumento mais intenso (6,1%)”.

Em termos mensais, o valor médio das rendas de habitação por metro quadrado registou uma variação de 1,4% (0,3% no mês anterior).

As regiões com a variação mensal positiva mais elevada foram o Norte e o Algarve (1,5%), não se tendo observado qualquer região com variação negativa do respetivo valor médio das rendas de habitação.

Fonte: Lusa

Igreja/Família: Mensagem para o Dia dos Namorados apela a compromisso na «luta do amor»

Igreja/Família: Mensagem para o Dia dos Namorados apela a compromisso na «luta do amor»

A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) deseja que os “jovens enamorados” sejam “felizes” e incentiva-os a acolher “o amor de Deus” e a empenharem-se na “luta do amor”, numa mensagem por ocasião do Dia dos Namorados.

“Amar é uma sucessão de atos em cadeia: uma guerra, portanto. Não é por acaso que agápê (amor) e agôn (luta) podem ter a mesma etimologia. Paradoxo do amor, que é uma luta, a luta do amor, do amor novo, que não é contra ninguém, mas a favor de todos: o amor faz-te feliz, matando-te! Quanto mais amas, lutas, e te matas a amar, mais te encontras”, lê-se na mensagem da Comissão Episcopal do Laicado e Família (CELF), organismo da CEP.

A nota assinala que “amar não é só estar apaixonado” e estar apaixonado “não significa necessariamente amar”, porque “estar apaixonado é um estado” e “amar é um ato” e explica que se “sofre um estado; decide-se um ato”.

“É, por isso, que o Deus da Escritura manda amar. Se amar fosse simplesmente apaixonar-se, tal mandamento seria um absurdo, pois ninguém pode exigir a alguém que se apaixone”, refere o texto.

Sede felizes, jovens enamorados! Acolhei o amor de Deus, e, no meio de tantas guerras, empenhai-vos vós na guerra do amor!”

Os membros da Comissão Episcopal do Laicado e Família alertam que se atravessa “uma cultura solipsista e narcisista”, que traz consigo, como obsessão dominante, “viver cada um no seu naco de tempo e para si mesmo”, descurando as gerações precedentes e as seguintes, por isso verifica-se uma “acentuada perda de sentido de integração” numa sucessão de gerações, numa família, numa comunidade, numa Igreja.

Em termos cristãos e eclesiais, acrescentam, qualquer dinâmica pastoral ou mensagem pastoral tem de ter sempre “como trampolim” a Palavra de Deus recolhida na Escritura Santa, e salientam que “é preciso urgentemente trazer de volta a Palavra de Deus” – «Tu és bela, minha amada/terrível como um exército em ordem de batalha» (Cântico dos Cânticos 6,4) -, que não deixa na presença de “um amor banal, de plástico, de bolso, enlatado, mas de um amor que faz estremecer e implica o risco de morrer”.

“O amor verdadeiro é agónico. Implica luta, porque implica decisões a todo o momento. Quando o amor não é agónico, então é egoísta. E, sintomaticamente, no mundo bíblico, a nascente do mal não reside na paixão, no coração que bate forte, mas no coração duro, empedernido, empedrado, esclerosado, um «coração de pedra», oxímoro vertiginoso que o profeta Ezequiel usou para classificar o coração empedernido e embotado de Israel”, desenvolve.

mensagem para o Dia dos Namorados lembra também a história entre a tartaruga, que sai do seu esconderijo para um passeio noturno, e do sapo, que a adverte que a ‘hora não é muito aconselhável sair’: “A tartaruga ensina que não nos podemos contentar em viver mais ou menos tranquilamente com a cabeça enterrada na areia do céu ou da terra”.

Os membros da Comissão Episcopal do Laicado e Família observam que a humanidade “não está destinada a morrer por falta de conhecimento, mas por falta de assombro e de maravilha”, e o mundo “parece todo escuro, desencantado”, sem Deus e sem profetas, sem amor, sem pais nem mães, filhos e irmãos, sem namorados, “só com armas e soldados”.

Liturgicamente, 14 de fevereiro é o dia da festa de São Cirilo e de São Metódio, mas a Diocese de Terni, na Itália, celebra o seu padroeiro, São Valentim – primeiro bispo desta localidade, que morreu como mártir, provavelmente no século IV.

Este nome está ligado a algumas lendas, segundo as quais Valentim teria morrido decapitado por se ter recusado a renunciar ao Cristianismo e por, secretamente, ter celebrado o casamento entre uma jovem cristã e um legionário, apesar da proibição de Cláudio II (século III).

Fonte: Ecclesia

Igreja: Iniciou-se o tempo da Quaresma

Igreja: Iniciou-se o tempo da Quaresma

O Papa assinalou o início do tempo da Quaresma, no calendário litúrgico da Igreja Católica, deixando apelos à mudança interior e à paz.

“Vamos em frente neste processo de conversão na escuta da Palavra de Deus, na atenção aos irmãos e irmãs que precisam da nossa ajuda. E vamos em frente na intensificação da oração, sobretudo para pedir a paz no mundo”, declarou, durante a audiência geral, que decorreu no Auditório Paulo VI.

“Não nos esqueçamos nunca da martirizada Ucrânia, da Palestina e de Israel, que sofrem tanto. Rezemos por estes irmãos e irmãs, que sofrem com a guerra”, acrescentou.

Saudando os peregrinos e visitantes presentes neste encontro semanal, Francisco recordou que, na Polónia, decorre uma recolha de fundos para ajudar a Ucrânia, no começo da Quaresma.

“Perante tantas guerras, não fechemos o nosso coração aos necessitados. Que a oração, o jejum e a esmola sejam o caminho para construir a paz”, apelou.

A Quaresma, que tem início hoje, com a celebração de Cinzas, é um tempo litúrgico, de 40 dias (a contagem exclui os domingos), marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência; serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão (este ano a 31 de março).

Mensagem do bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida para a Quaresma 2024

Tempo para crer, esperar e amar

A Quaresma é caminho de conversão para renovarmos a nossa fé, obtermos a «água viva» da esperança e recebermos com o coração aberto o amor de Deus que nos transforma em irmãos e irmãs em Cristo. Na noite de Páscoa, renovaremos o nosso Batismo, para renascer como mulheres e homens novos por obra e graça do Espírito Santo. 

A Quaresma é um tempo para acreditar, ou seja, para receber a Deus na nossa vida permitindo-Lhe «fazer morada» em nós (cf. Jo 14, 23). Acolher e viver a Verdade manifestada em Cristo significa, antes de mais, deixar-nos alcançar pela Palavra de Deus, que nos é transmitida de geração em geração pela Igreja.

Viver uma Quaresma com esperança significa sentir que, em Jesus Cristo, somos testemunhas do tempo novo em que Deus renova todas as coisas (cf. Ap 21, 1-6), «sempre dispostos a dar a razão da [nossa] esperança» (1 Ped 3, 15): a razão é Cristo, que dá a sua vida na cruz e Deus ressuscita ao terceiro dia. É também ter esperança naquela reconciliação a que nos exorta apaixonadamente São Paulo: «Reconciliai-vos com Deus» (2 Cor 5, 20). Recebendo o perdão no Sacramento que está no centro do nosso processo de conversão, tornamo-nos, por nossa vez, doadores do perdão. O perdão de Deus, através também das nossas palavras e gestos, possibilita viver uma Páscoa de fraternidade.

No recolhimento e oração silenciosa, a esperança é-nos dada como inspiração e luz interior, que ilumina desafios e opções da nossa missão; por isso mesmo, é fundamental recolher-se para rezar (cf. Mt 6, 6) e encontrar, no segredo, o Pai da ternura.

Viver uma Quaresma de caridade significa cuidar de quem se encontra em condições de sofrimento, abandono ou angústia. Ofereçamos, juntamente com a nossa obra de caridade, uma palavra de confiança e façamos sentir a todos que Deus o ama como um filho e como filha.

Queridos irmãos e irmãs, cada etapa da vida é um tempo para crer, esperar e amar. Que este apelo a viver a Quaresma como percurso de conversão, oração e partilha dos nossos bens, nos ajude a revisitar, na nossa memória comunitária e pessoal, a fé que vem de Cristo vivo, a esperança animada pelo sopro do Espírito e o amor cuja fonte inexaurível é o coração misericordioso do Pai.

A sensibilidade ao outro, tal como manifestada em Jesus Cristo, exprime-se na comunhão de bens, fruto de um desapego ao supérfluo e da assunção, como nossas, das carências do próximo. É o que designamos por “Renúncia ou Partilha Quaresmal”, componente muito forte da preparação para a Páscoa. Na privação voluntária daquilo que não é essencial, copiamos as atitudes do Senhor Jesus que deu tudo e se deu a Si mesmo. 

Como é do conhecimento de todos, na madrugada de sábado, dia 27 de janeiro, as Monjas do Mosteiro Trapista da Palaçoulo foram atingidos por um grave incêndio que, alastrando rapidamente, comprometeu a zona central da hospedaria (telhado, sótão e grande parte do primeiro andar). A zona mais atingida foi o sótão (que servia de arrecadação) e os quartos, que ocupavam enquanto aguardam a conclusão da construção do mosteiro. Algumas salas eram utilizadas como escritórios e áreas de trabalho (escritório da Madre, escritório das irmãs ecónomas, lavandaria, armazém e embalagem da confeitaria) e o incêndio danificou-as gravemente, inutilizando parcial ou totalmente as salas, as máquinas e o material armazenado.

O fruto da Renúncia e Partilha Quaresmal de 2024, na Diocese de Bragança-Miranda, será na íntegra para ajudar a reconstruir o que o incêndio destruiu na Hospedaria do Mosteiro de Palaçoulo. Apelamos à generosidade de todos!

Que Maria, Mãe do Salvador, fiel aos pés da cruz e no coração da Igreja, nos ampare com a sua solícita presença, e a bênção do Ressuscitado nos acompanhe no caminho rumo à luz pascal. 

+Nuno Almeida
Bispo de Bragança-Miranda

Fonte: Ecclesia e DBM