Turismo: Secretário de Estado sugere reforço do IVA

Turismo: Secretário de Estado sugere reforço do IVA

O secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, sugeriu o reforço do chamado IVA turístico, cujas verbas são transferidas para as câmaras municipais, como alternativa à criação de novas taxas turísticas.

“Há um imposto, que está consagrado na Lei das Finanças Locais, que nós chamamos IVA turístico, que é dado aos municípios e que, se for reforçado, pode, em muitos casos, mitigar o aparecimento da taxa turística”, afirmou o governante.

Pedro Machado foi questionado pelos jornalistas sobre as taxas turísticas que alguns municípios já adotaram, no final da terceira sessão do ciclo “Estratégia Turismo 2035: Construir o turismo do futuro”, realizada em Évora.

Assinalando que “a taxa turística tem sido um instrumento que muitos municípios têm utilizado quase que para financiamento”, o secretário de Estado admitiu ter dúvidas quanto à sua eficácia para mitigar os impactos e aumentar a satisfação dos turistas.

“Não julgo que ela [a taxa turística] seja, de facto, o instrumento mais eficaz para a sustentabilidade, a diminuição da pegada e o grau de satisfação dos residentes sejam resolvidos”, sublinhou.

Ao invés da taxa turística, o governante insistiu no reforço do IVA [Imposto sobre o Valor Acrescentado] turístico para “os municípios aumentarem a prestação de bons serviços àqueles que querem receber, sejam turistas internacionais, sejam nacionais”.

“É matéria que, seguramente, em sede própria, como é o caso da Associação Nacional de Municípios, pode e deve ser equacionada”, defendeu, ressalvando que a decisão sobre as taxas turísticas “faz parte da autonomia dos municípios”.

A par do reforço do IVA turístico, Pedro Machado também defendeu a elaboração de estratégias, aumento da dinâmica de empresas e empresários, capacitação dos migrantes e resolução de problemas, dizendo que é o que o Governo já está a fazer.

Também em declarações aos jornalistas, o presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá, outro dos oradores da sessão, defendeu que a taxa turística, já em estudo no município, deverá servir para “compensar a pegada turística”.

“Se temos muito turismo, a produção de lixo aumenta e a utilização do espaço público, a pressão sobre os monumentos aumenta e é preciso ter capacidade para repor o equilíbrio”, justificou.

Segundo o autarca, a primeira fase do processo, que foi a constituição de interessados, já terminou, seguindo-se, agora, a elaboração de proposta de regulamento, a ser discutida e votada em reunião de câmara, e, depois disso, a discussão pública.

Questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de ser criada uma taxa em Évora, o presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo, José Manuel Santos, também orador da sessão, revelou que o organismo propôs a criação de um comité de acompanhamento e de um portal da transparência.

Um comité de acompanhamento para que “as comunidades locais, através das juntas de freguesia, empresários e a própria ERT, possam ter um papel participativo e decisório na afetação de verbas dos fundos provenientes da taxa turística”, argumentou.

Em relação ao portal da transparência, de acordo com o responsável, este instrumento servirá para que “o empresário turístico, o eborense [cidadão de Évora] ou o próprio turista saiba onde é que está a ser gasta a verba”.

“Veremos qual é a decisão dos órgãos do município, aguardaremos serenamente, mas esperemos que a taxa a ser criada possa ser útil ao desenvolvimento turístico e à sustentabilidade turística de Évora”, acrescentou.

Fonte: Lusa

Natalidade: Diminuiu o número de nascimentos em Portugal

Natalidade: Diminuiu o número de nascimentos em Portugal

Nos primeiros nove meses do ano, Portugal registou menos 430 nascimentos face ao período homólogo de 2023, segundo dados relativos ao “teste do pezinho”, que analisaram 63.237 recém-nascidos, invertendo a tendência dos últimos dois anos.

De acordo com o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), “nos primeiros nove meses deste ano, foram estudados 63.237 recém-nascidos no âmbito Programa Nacional de Rastreio Neonatal (PNRN), menos 430 do que em igual período do ano passado (63.667)”.

Janeiro (7.683), julho (7.460) e agosto (7.268) foram os meses com maior número de recém-nascidos rastreados, enquanto os distritos com mais bebés testados foram Lisboa, Porto, Setúbal e Braga.

Por sua vez, Beja, Bragança, Guarda e Vila Real foram os distritos com menor número de recém-nascidos rastreados, com valores mensais abaixo de uma centena.

Os nascimentos em Portugal registaram em 2021 o menor número de que há registo (79.217), mas subiram nos dois anos seguintes, para 83.436 em 2022 e 85.764 em 2023, tendência que se inverteu nos primeiros nove meses deste ano.

O “teste do pezinho” permitiu identificar, em 2023, 150 casos de doenças raras entre os 85.764 bebés estudados, dos quais 54 são de doenças hereditárias do metabolismo, 50 de hipotiroidismo congénito, seis de fibrose quística, 34 de drepanocitose e seis de atrofia muscular espinal.

Coordenado pelo INSA, através da sua Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética, do Departamento de Genética Humana, o PNRN rastreia, desde 1979, 28 patologias, tendo até final de 2023 identificado 2.692 casos de doenças raras, na sequência do rastreio realizado a 4.224.550 recém-nascidos.

Segundo o instituto, a identificação da doença possibilitou que “todos os doentes iniciassem de imediato um tratamento específico, evitando défice intelectual e outras alterações neurológicas ou extraneurológicas irreversíveis, com a consequente morbilidade ou mortalidade”.

Apesar de não ser obrigatório, o programa tem atualmente uma taxa de cobertura de 99,5%, sendo o tempo médio de início do tratamento de cerca de 10 dias.

O “teste do pezinho” é efetuado a partir do terceiro dia de vida do recém-nascido, através da recolha de umas gotículas de sangue no pé da criança.

Fonte: Lusa

Política: Primeiro-ministro destaca responsabilidade do PS com abstenção ao orçamento

Política: Primeiro-ministro destaca responsabilidade do PS com abstenção ao orçamento

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, saudou “democraticamente” o anúncio feito pelo líder do PS, Pedro Nuno Santos, da abstenção na votação ao Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), destacando o “sentido de responsabilidade” do principal partido da oposição.

“Aquilo que posso dizer, do ponto de vista democrático, é saudar o sentido de responsabilidade e de prevalência do interesse nacional que o PS expressa ao viabilizar este importante instrumento que pode contribuir para a execução do programa de Governo”, declarou Luís Montenegro.

Falando aos jornalistas portugueses, no final de um Conselho Europeu, de 12 horas em Bruxelas, ocasião na qual teve conhecimento da proposta de sentido de voto do líder do PS, o chefe de Governo acrescentou que tal anúncio “só pode ser saudado democraticamente”.

Luís Montenegro vincou o “esforço muito significativo de aproximação às preocupações essenciais do PS”, dada a “humildade” do Governo em reconhecer que não tem maioria absoluta.

“Vejo com esperança a decisão do PS, de respeito pela vontade do povo e de não contribuir para acrescentar incertezas”, adiantou.

A reação surge depois de o líder do PS, Pedro Nuno Santos, ter anunciado esta noite que vai propor à Comissão Política Nacional que o partido se abstenha na votação do OE2025, quer na generalidade quer na votação final global.

Em conferência de imprensa na sede do partido, o líder do PS justificou esta decisão apenas com duas razões: o facto de terem passado apenas sete meses sobre as últimas eleições e um eventual chumbo conduzir o país às terceiras legislativas em menos de três anos.

Fonte: Lusa

Vimioso: Projeto “Acelerar o Norte” despertou o interesse dos empresários

Vimioso: Projeto “Acelerar o Norte” despertou o interesse dos empresários

Os empresários do concelho de Vimioso participaram na apresentação do projeto “Acelerar o Norte”, uma iniciativa cujo objetivo é incentivar a transição digital das micro, pequenas e médias empresas, dos setores do comércio, dos serviços pessoais e da restauração e similares.

A apresentação do projeto, que é financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), decorreu no serão do dia 16 de outubro, no auditório do pavilhão multiusos de Vimioso e contou a participação do presidente do município, António Santos, assim como das responsáveis pela “Aceleradora do Comércio Digital de Bragança”, Ana Fragoso e Anabela Anjos.

Perante uma grande afluência de empresários e comerciantes do concelho, o autarca vimiosense aproveitou a oportunidade para apelar à iniciativa empresarial e sublinhou a importância da presença digital, para divulgar os produtos e serviços existentes no concelho e chegar a um mercado mais alargado.

“Felicito os empresários e comerciantes do concelho de Vimioso, que com a sua atividade e empreendedorismo contribuem para o desenvolvimento local. A transição digital é um passo importante para uma maior divulgação dos vossos produtos e serviços e uma maior eficiência da vossa atividade empresarial”, disse.

De seguida, as responsáveis pela “Aceleradora do Comércio Digital de Bragança”, Anabela Anjos e Ana Fragoso, apresentaram o projeto aos empresários vimiosenses.

“Perante o despovoamento existente no distrito de Bragança, a presença digital (como a criação de um site, páginas nas redes sociais ou a presença no market place) pode ser uma estratégia para ir ao encontro de novos públicos, aumentar as vendas dos produtos e serviços e fazer crescer os negócios”, explicou Ana Fragoso.

Ana Fragoso, da “Aceleradora do Comércio Digital de Bragança”, esclareceu os empresários vimiosenses.

O projeto Acelerar o Norte visa facilitar a adoção de estratégias e soluções digitais e disponibiliza, gratuitamente, ferramentas para avaliar o nível de maturidade digital do negócio, prestar apoio na elaboração de planos de transição digital, disponibilizar vouchers até 2 mil euros para acesso a serviços de transição digital e promover sessões de informação.

Os beneficiários deste projeto são as micro, pequenas e médias empresas do comércio, da restauração e serviços pessoais, com os seguintes Códigos de Atividade Económica (CAE): 

CAE 46: Comércio por grosso (inclui agentes), exceto de veículos automóveis e motociclos;
CAE 47: Comércio a retalho, exceto de veículos automóveis e motociclos;
CAE 56: Restauração e similares;
CAE 79: Agências de Viagens, operadores turísticos, outros serviços de reservas e atividades relacionadas (com estabelecimento);
CAE 95: Reparação de computadores e de bens de uso pessoal e doméstico;
CAE 96: Outras atividades de serviços pessoais

A elegibilidade das empresas ao projeto “Acelerar o Norte” obriga a ter a situação financeira regularizada perante a Autoridade Tributária (AT) e a Segurança Social.

O projeto tem um investimento de 19 milhões de euros e a duração de dois anos.

As empresas que pretendam beneficiar do apoio para a transição digital, devem manifestar o interesse à “Aceleradora do Comércio Digital de Bragança”, através do formulário disponível na página principal do site www.aceleraronorte.pt.

Além do incentivo financeiro em vouchers, as empresas beneficiam de acompanhamento no desenvolvimento do projeto e de formação na utilização das plataformas digitais.

O objetivo final é que as empresas sejam mais competitivas nos mercado nacional e internacional.

HA

Ifanes: População vacinada contra a gripe e a covid-19

Ifanes: População vacinada contra a gripe e a covid-19

Esta quinta-feira, dia 17 de outubro, a Unidade Móvel de Saúde deslocou-se à aldeia de Ifanes, no concelho de Miranda do Douro, para ministrar a vacinação contra a gripe e a covid-19, às pessoas com idades entre os 60 e os 84 anos.

Ao início da manhã desta quinta-feira, cerca de 20 pessoas aguardavam a chegada dos profissionais de saúde a Ifanes, para receber a vacinação contra a gripe e a covid-19. A senhora Isabel Maria da Igreja Cabreiro, com 76 anos, foi uma das primeiras habitantes da aldeia a chegar ao largo da sede da freguesia, onde estacionou a Unidade Móvel de Saúde.

“Há já muitos anos que eu e o meu marido recebemos a vacina contra a gripe. E na verdade, apesar de algumas constipações, a vacina é uma proteção contra sintomas mais graves como as dores no corpo e a febre. Contra a covid-19, abdiquei da vacina”, disse.

Questionada sobre o que faz no dia-a-dia para manter-se saudável, Isabel Cabreiro, respondeu que procura manter-se ativa, indo todos os dias para o campo.

“Apesar de ter sofrido alguns problemas no coração e no estômago, faz-me bem sair de casa diariamente e continuar a trabalhar na agricultura. Quando regresso a casa ao final do dia, sinto-me cansada mas também revigorada”, disse.

Para o presidente da União de Freguesias de Ifanes e Paradela, Nélio Seixas, a deslocação da Unidade Móvel de Saúde às localidades do concelho do Miranda do Douro é um serviço de proximidade muito útil para as populações, maioritariamente pessoas idosas.

De acordo com o autarca local, em Ifanes, residem permanentemente cerca de 70 pessoas. E a vinda dos profissionais de saúde à aldeia faz com que os seus habitantes não tenham que deslocar-se a Miranda do Douro, para ser vacinados no centro de saúde ou na farmácia.

“Muitas vezes, estas pessoas idosas têm os familiares longe e têm dificuldade em deslocar-se a sede de concelho. Ou vão de manhã no autocarro escolar e têm que passar lá todo o dia ou têm que recorrer a um táxi”, explicou.

No concelho de Miranda do Douro, a deslocação da Unidade Móvel de Saúde às várias localidades, para ministrar a vacinação contra a Gripe e a Covid-19, resulta de um protocolo entre a Unidade Local de Saúde do Nordeste ULSN), o Município de Miranda do Douro e a Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Douro (SCMMD).

Esta iniciativa prossegue até ao final do mês de outubro e segundo o vice-presidente do município de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues, este serviço é de particular importância nesta época do outono/inverno.

“A vacinação contra a gripe e contra a covid-19 é essencial para evitar infecções mais graves. Ao mesmo tempo, a deslocação dos profissionais de saúde às várias localidades do concelho, permite-lhes inteirar-se do estado de saúde das pessoas e realizar um melhor acompanhamento médico”, destacou.

Este ano, a vacinação contra a gripe (com dose reforçada) é alargada às pessoas com 85 ou mais anos de idade, para além das pessoas residentes em lares de idosos, na rede nacional de cuidados continuados integrados (RNCCI) e pessoas com patologias de risco.

A vacinação nas unidades do SNS também é recomendada a grávidas e profissionais dos serviços de saúde (públicos e privados) e de outros serviços prestadores de cuidados de saúde, estudantes em estágio clínico, bombeiros envolvidos no transporte de doentes, prestadores de cuidados a pessoas dependentes e profissionais de distribuição farmacêutica, pessoas em situação de sem abrigo e estabelecimentos prisionais.

Segundo os dados mais recentes da Direção-Geral da Saúde (DGS), mais de um milhão de pessoas já foram vacinadas contra a gripe e 760 mil receberam o reforço contra a covid-19, sendo que a maioria da vacinação ocorreu nas farmácias.

HA



Palaçoulo: Tanoaria J.M.Gonçalves celebra 100 anos

Palaçoulo: Tanoaria J.M.Gonçalves celebra 100 anos

Neste ano de 2024, a Tanoaria J.M.Gonçalves, localizada em Palaçoulo, está a celebrar o centenário, evocando o início da atividade do seu precursor Abílio dos Reis Gonçalves, que em 1924, na profissão de carpinteiro e tanoeiro, começou a fabricar barricas para os agricultores transmontanos armazenarem o vinho.

O centenário da empresa visa homenagear o avô dos Gonçalves, de Palaçoulo, nascido a 19 de dezembro de 1904, que no século XX, como carpinteiro e tanoeiro fabricava mobiliário (mesas, cadeiras, armários, camas), alfaias agrícolas, carros de bois e também as pipas ou barricas para armazenar o vinho.

“Naqueles anos, o meu avô já tinha o conhecimento de que a qualidade da secagem da madeira era fundamental para o fabrico e qualidade das barricas. Nesta arte utilizava uma técnica inovadora que consistia em colocar a madeira na água corrente da ribeira, com o objetivo de acelerar a secagem e paralelamente suavizar a madeira, para não marcar tanto os vinhos”, explicou José Abílio Gonçalves, sócio-gerente da tanoaria.

Naquela época, os clientes de Abílio dos Reis Gonçalves eram os agricultores da região de Trás-os-Montes e também da vizinha Espanha.

A dedicação plena à tanoaria deu-se com a aquisição de conhecimentos e técnicas profissionais, junto de tanoeiros da zona Vila Nova de Gaia, que produziam pipas para o Vinho do Porto.

Nos finais da década de 1940, transmitiu ao filho, José Maria Gonçalves, a arte da tanoaria que aperfeiçoou depois ao longo de 20 anos. Em meados dos anos 60, José Maria Gonçalves emigrou para França, onde trabalhou nas mais conceituadas tanoarias francesas.




Com a revolução de abril de 1974, José Maria Gonçalves, juntamente com a família, regressaram a Portugal. E em Palaçoulo, começou o seu próprio negócio com o objetivo de fundar uma tanoaria de alta qualidade. Inicialmente, começou a trabalhar numa pequena oficina instalada na sua garagem, onde trabalhou afincadamente, com a ajuda dos seis filhos.

Ao longo dos anos e em virtude da dedicação ao trabalho, a tanoaria foi crescendo e transformou-se numa empresa moderna e inovadora. Hoje exporta os seus produtos (barricas, tonéis e alternativos) para todo o mundo, destacando-se em países como Espanha, França, Alemanha, Estados Unidos da América, países da América do Sul e outros do continente asiático.

Um dos mais recentes investimentos da tanoria J.M.Gonçalves, Lda. é a autossutentabilidade na produção de energia elétrica, através da instalação de painéis fotovoltaicos de autoconsumo.

“A partir de março deste ano, a tanoaria produziu 195 mil kilowatts de energia, o que lhe permite ser doravante autossustentável energeticamente”, explicou Sérgio Gonçalves, sócio-gerente da Tanoaria J. M. Gonçalves.




Outra novidade é a barrica “Aqua Pure”, um novo produto fabricado com tecnologias de última geração, utilizando vapor de agua com essências de rochas, a temperaturas e tempos controlados.

“A mais valia desta nova barrica é o modo de fabrico totalmente ecológico, sem emissão de dióxido de carbono, graças ao aquecimento da barrica com recurso ao vapor de água e uma tosta sem combustão ou fogo tradicional”, explicou.

De acordo com os gerentes da tanoaria J.M.Gonçalves, Lda., a empresa de Palaçoulo trabalha apenas com madeiras nobres, devidamente certificadas e com um processo de secagem, 100% natural, que se prolonga por mais de 24 meses.

“Atualmente, somos a tanoaria mais certificada no mundo e fabricamos barricas com diferentes perfis, respeitando a casta, o vinho e os objetivos de cada enólogo”, asseguram.

HA

Angueira: II Feira do Mel e dos Produtos da Terra promove o comércio e o convívio

Angueira: II Feira do Mel e dos Produtos da Terra promove o comércio e o convívio

Após o sucesso da primeira edição, no fim-de-semana de 19 e 20 de outubro, volta a realizar-se em Angueira, no concelho de Vimioso, a II Feira do Mel e dos Produtos da Terra, um certame que tem como maiores atrativos a montaria ao javali, a caminhada interpretativa pelo vale do rio Angueira e o convívio que se gera na aldeia.

Numa antevisão ao certame, o presidente de União de Freguesias de Caçarelhos e Angueira, Licínio Martins, adiantou que vão participar 30 expositores, entre os quais quatro apicultores do concelho de Vimioso, dado que o produto em destaque é o mel.

“Estas feiras temáticas têm sido um sucesso no concelho de Vimioso, pois promovem simultaneamente, o comércio dos produtos locais, a divulgação das tradições e o convívio entre as gentes de várias localidades. Recordo que as nossas aldeias sofrem com o despovoamento e o envelhecimento da população e por isso, eventos como a Feira do Mel e dos Produtos da Terra são oportunidades de convivência social”, justificou.




Sobre os produtos que é possível adquirir na feira de Angueira, o autarca local, indicou o mel, produtos hortícolas, frutos secos, doçaria tradicional, vinho, azeite, pão, queijos, fumeiro, compotas, artesanato, entre outros produtos e artigos.

Em Angueira, a II Feira do Mel e dos Produtos da Terra inicia-se na manhã de sábado, dia 19 de outubro, com a montaria ao javali. Esta atividade cinegética é segundo o presidente da União de Freguesias de Caçarelhos e Angueira, Licínio Martins, muito apreciada pelos aficionados da caça e também é importante do ponto de vista económico.

“Este ano, havia 130 portas para a batida ao javali e as inscrições encerraram em apenas 48 horas. Economicamente, esta atividade cinegética também é muito importante, pois atrai a vinda de muitos caçadores que vêm acompanhados das suas famílias à nossa região. Dado que a montaria ao javali está inserida na Feira do Mel e dos Produtos da Terra, estes visitantes aproveitam para comprar alguns dos nossos produtos, caraterísticos desta época do ano, como o mel, o fumeiro e as castanhas”, disse.

Outro dos destaques do certame é a caminhada interpretativa, agendada para a manhã de Domingo, dia 20 de outubro. Segundo a organização, o passeio pelo vale do rio Angueira tem uma distância de 12 quilómetros, entre as aldeias de Angueira e Serapicos.

“A caminhada interpretativa vai ser orientada por técnicos da Palombar, que vão dar a conhecer a flora e a fauna existente ao longo do rio Angueira. As inscrições são feitas no próprio dia, no largo da feira e têm um custo de 15€, com direito a uma merenda a meio do percurso, um brinde e no final o almoço”, informou, Licínio Martins.

Ao longo do fim-de-semana, a II Feira do Mel e dos Produtos da Terra, em Angueira, vai ser animada com as danças dos pauliteiros, o concerto do grupo feminino “7 Saias”, a atuação do Rancho Folclórico de Vimioso, as chegas de touros mirandeses e o certame encerra com o já tradicional magusto.

HA

Agricultura: Valor económico da castanha obriga a investir conta doenças do castanheiro

Agricultura: Valor económico da castanha obriga a investir contra doenças do castanheiro

Na antevisão da XIX Rural Castanea – Festa da Castanha, que se realiza de 25 a 27 de outubro, o município de Vinhais indicou que no corrente ano já investiu mais de 300 mil euros nos tratamentos das doenças do castanheiro.

“No tratamento das doenças do castanheiro, entre a vespa e o cancro, estamos a falar já entre 300 a 350 mil euros até esta altura”, referiu Luís Fernandes, que recordou que o município fez uma candidatura a fundos comunitários no valor de cerca de 780 mil euros para tratar o cancro, e que permitiu intervencionar até ao momento milhares de árvores.

O processo ainda está em curo. O presidente da câmara municipal de Vinhais salientou, no entanto, que a candidatura não chega para cobrir todo o território, até porque a cultura está em expansão.

“Ao longo de vários anos, o município já investiu mais de meio milhão de euros na questão do castanheiro. E bem, porque tem uma importância muito grande”, acrescentou Luís Fernandes.

A cultura da castanha representa, num ano com médias de produção consideradas normais, entre 12 a 15 milhões de euros para a economia local de Vinhais. Estima-se que sejam mais de dois mil os produtores, no concelho com cerca de 7.800 habitantes, segundo dados dos últimos censos.

O governante vinhaense sublinhou que há outras doenças a surgir, ligadas às alterações climáticas, como o fungo da podridão que atacou na época passada. Luís Fernandes informou que reuniram com várias entidades para serem feitos estudos e levantamentos sobre as novas enfermidades que estão a aparecer.

Luís Fernandes avançou que, em reunião com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), que agora tutela os fundos da área da agricultura, foi sugerida a possibilidade de serem abertos avisos específicos para tratamentos ou ajudas direcionadas para cada concelho.

“Quando abrem avisos para tratamentos ou produção, deveriam ser direcionados em função daqueles que são os produtos essenciais de cada localidade ou região”, defendeu Luís Fernandes.

O autarca deu como exemplo a castanha em Vinhais, que destacou como o produto com mais importância em termos económicos naquela zona da Terra Fria Transmontana.

“Se abrir um aviso direcionado para as suas doenças ou produção, é muito mais benéfico do que se for genérico. Porque aí poderá não ser tão fácil ter condições para aceder a essas candidaturas”, explicou Luís Fernandes.

Às portas de mais uma campanha, o dirigente disse que o concelho ainda está na expectativa no que toca à produção.

“Fruto até das alterações climáticas, muitas vezes muda tudo de um dia para o outro (…). Vamos aguardar. É melhor não fazer grandes perspetivas, sendo certo que desejamos que seja um ano bom e melhor do que o ano passado. Porque um ano bom de castanhas, é um ano bom para a economia e para as pessoas do concelho”, afirmou à Lusa Luís Fernandes.

Vinhais vai comemorar no final deste mês a XIX Rural Castanea – Festa da Castanha, com datas marcadas entre 25 a 27 de outubro.

Luís Fernandes adiantou que este ano vão ser 100 os expositores, um número mais elevado do que na edição transata, sendo que entre 50 a 60 são produtores de castanha.

O prémio atribuído em concurso à castanha da variedade longal, a predominante no concelho, também aumenta este ano, de 100 para 150 euros no primeiro lugar, em sinal da importância dada ao fruto seco em Vinhais, segundo disse o autarca local.

Na animação musical, a feira conta este ano com Toy e Bárbara Bandeira.

Fonte: Lusa

Política: Municípios afirmam que Orçamento cumpre transferência de verbas

Política: Municípios afirmam que Orçamento cumpre transferência de verbas

A proposta de Orçamento do Estado para 2025 cumpre a transferência de verbas prevista para as autarquias, afirmou a presidente da Associação de Municípios Portugueses, Luísa Salgueiro, salientando porém que o parecer final carece de uma análise mais detalhada.

“Nos temas mais significativos, em termos financeiros, de transferência de verbas, [a proposta de Orçamento do Estado] cumpre”, disse a presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Luísa Salgueiro, que falava após uma reunião do conselho diretivo da instituição, em Coimbra.

Segundo a responsável, é cumprida “a Lei das Finanças Locais”, assim como a proposta de “nenhum município receber menos do que no ano passado [2024] e cobrir pelo menos a taxa de inflação de 2023, que é o ano que está em causa”.

Luísa Salgueiro recordou que a taxa de inflação em 2023 foi de 4,3% e que a proposta do Governo apresenta “um mínimo de 4,8% e um máximo de 15,5%”, cumprindo aquilo que era defendido pelos municípios.

“Há também um aumento de 11,2% do Fundo de Financiamento da Descentralização. No total, são respondidas várias reivindicações da Associação e outras não são respondidas. Portanto, estamos a fazer ainda a avaliação mais fina, mas as grandes rubricas são cumpridas”, referiu.

Luísa Salgueiro vincou que a ANMP irá ainda fazer uma “análise mais detalhada e aprofundada” de todos os pontos e referiu que algumas das reivindicações estão previstas, mas outras não.

Entre outras questões, a ANMP defendia um aumento da capacidade de endividamento dos municípios, redução do IVA sobre a iluminação pública e refeições escolares, assim como a redução do IVA na proteção civil e reabilitação urbana.

A ANMP deve apresentar o seu parecer daqui a 15 dias.

Fonte: Lusa

Saúde: Mais de um milhão de pessoas vacinadas contra a gripe

Saúde: Mais de um milhão de pessoas vacinadas contra a gripe

Desde 20 de setembro, mais de um milhão de pessoas já foram vacinadas contra a gripe e 760 mil receberam o reforço contra a covid-19, sendo que a maioria da vacinação ocorreu nas farmácias, avançou a Direção-Geral da Saúde (DGS).

De acordo com o relatório da DGS, desde o início da campanha de vacinação sazonal, 1.070.975 pessoas receberam a vacina contra a gripe, 660.184 das quais nas farmácias e as restantes 410.747 nas unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Na última semana, mais 343.522 pessoas foram vacinadas contra a gripe.

Já um total de 768.785 pessoas receberam a dose de reforço contra a covid-19, 474.879 das quais nas farmácias e as restantes 293.878 nos centros de saúde.

De 9 a 15 de outubro, mais 243.191 pessoas receberam vacina contra a covid-19.

O grupo etário de 85 ou mais anos é o que apresenta uma maior cobertura vacinal, 33,82% para a covid-19 e 42,09% para a gripe.

Em sentido contrário, apenas 16,82% das pessoas entre os 60 e 69 anos tinham recebido a dose de reforço da covid-19, enquanto a cobertura para a gripe era de 22,99% nessa faixa etária.

A campanha de vacinação sazonal iniciou-se em 20 de setembro, com quase cinco milhões de vacinas contra a gripe e a covid-19 para administrar.

Este ano aderiram mais 25 farmácias, num total de 2.519 que vão funcionar em complementaridade com os centros de saúde, administrando as vacinas a utentes entre os 60 e os 84 anos e aos seus profissionais de saúde.

Na campanha 2024/2025, a vacinação contra a gripe com dose reforçada é alargada às pessoas com 85 ou mais anos, para além das pessoas residentes em lares de idosos, similares e da rede nacional de cuidados continuados integrados (RNCCI).

O Governo vai gastar 7,6 milhões de euros com a vacinação contra a covid-19 e a gripe nas farmácias e quer ter mais pessoas vacinadas até ao final de novembro do que em 2023.

Fonte: Lusa