Miranda do Douro: Jovens podem apresentar candidaturas até 30 de março

Continuam abertas até 30 de março, as candidaturas ao Orçamento Participativo Jovem 2023, uma iniciativa do município de Miranda do Douro que visa incentivar os jovens mirandeses, a participar mais ativamente na governação do concelho, através da apresentação de ideias e projetos inovadores.

O Orçamento Participativo Jovem (OPJ) 2023 é uma iniciativa do município, realizada em conjunto com o Conselho Municipal de Juventude, que visa promover o empreendedorismo jovem e encetar o diálogo entre os jovens e os decisores autárquicos.
De acordo com o vice-presidente do município de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues, esta iniciativa é um modo de promover o espírito empreendedor dos jovens no concelho, desafiando-os a apresentarem projetos inovadores, devidamente idealizados e estruturados, com interesse local.

“Habitualmente, quem apresenta candidaturas são as várias associações juvenis do concelho. No ano passado, por exemplo, os jovens mirandeses elegeram o projeto da Associação Recreativa e Juvenil de Miranda (ARJM), das bicicletas de água para o rio Fresno”, recordou.

Em outras edições do Orçamento Participativo Jovem (OPJ), foram eleitos projetos como as canoas para o cais fluvial dos Pisões, em Sendim; as bicicletas elétricas, também em Sendim: e o ginásio ao ar livre, em Miranda do Douro.

Aos projetos que apresentaram candidaturas e que não foram escolhidos, o autarca, Nuno Rodrigues dirigiu palavras de incentivo para que os jovens não desistam de ter ideias e conceber projetos que sejam uma mais valia para as suas localidades e por conseguinte, para o concelho de Miranda do Douro.

“No ano passado, a associação Caramonico, de Palaçoulo, apresentou um projeto interessante de um parque aventura, que não foi selecionado, mas que este ano pode ser o escolhido”, disse.

Segundo o regulamento do concurso do OPJ 2023, o custo dos projetos juvenis não pode exceder os 10.000€.

Os projetos podem incidir sobre as áreas de intervenção do município de Miranda do Douro, como são o urbanismo; a proteção ambiental e a energia; as infraestruturas rodoviárias, o trânsito e a mobilidade; o turismo, o comércio e o empreendedorismo jovem; a educação; a juventude; o desporto; a ação social; e a cultura.
O regulamento do OPJ 2023 informa ainda que são elegíveis candidaturas de jovens com idades entre os 14 e os 35 anos, residentes, estudantes ou trabalhadores no concelho.
Cada candidatura pode ser individual ou coletiva e cada jovem só pode apresentar/integrar uma candidatura.

Para submeter as candidaturas ao
Orçamento Participativo Jovem (OPJ) 2023 é necessário preencher o formulário de candidatura e entregá-lo no Balcão Único do Município de Miranda do Douro, até 30 de março de 2023.

HA

Miranda do Douro: Município vai registar o número e a antiguidade das Capas d’Honra Mirandesas

No próximo Domingo, dia 26 de março, Miranda do Douro vai voltar a celebrar a Exaltação da Capa d’Honras Mirandesa, numa cerimónia anual, em que o propósito é continuar a promover e valorizar esta peça de vestuário tradicional, tida como um dos símbolos identitários da Terra de Miranda.

Para a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, a cerimónia deste ano dedicada à Capa d’Honras Mirandesa tem ainda mais significado, dada a recente inscrição da arte de confecção desta indumentária, no Inventário Nacional de Património Cultural Imaterial.

“Com a inscrição no património imaterial, a Capa de Honras Mirandesa é considerada uma das peças mais emblemáticas do vestuário tradicional de Portugal. Destaco, por isso, o papel das gentes da nossa região, que fizeram desta peça de vestuário uma das mais representativas marcas identitárias da Terra de Miranda”, justificou.

Para valorizar ainda mais a Capa d’Honras Mirandesa, na cerimónia do próximo Domingo, dia 26 de março, o município de Miranda do Douro vai iniciar o registo do número de capas d’honra existentes e anotar a sua antiguidade.

“Vamos fazer a inventariação de todas as capas d’ honra mirandesas que vão participar no desfile etnográfico. Simultaneamente, queremos recolher informações sobre as datas de confecção das capas, o nome dos artesãos, dos atuais proprietários, etc.”, adiantou.

Com o propósito de assegurar a preservação da arte de confeção da Capa d’Honras Mirandesa, Helena Barril, informou que estão a realizar um trabalho conjunto com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), no sentido de ministrar cursos de aprendizagem de manufaura desta peça de vestuário tradicional.

“Dada a urgência em salvaguardar este património cultural imaterial que é a Capa d’Honras Mirandesa, o município de Miranda do Douro, tudo fará para promover e proteger este legado”, disse.

A autarca de Miranda do Douro sublinhou que esta peça de vestuário remete para outras marcas identitárias da região, como são a pastorícia, a língua e as tradições.

“É por isso um elemento cultural agregador, que merece ser apoiado”, justificou.

O evento “Angrandecimiento de la Capa d’Honras Mirandesa”, agendado para o próximo Domingo, dia 26 de março, é uma das iniciativas do município de Miranda do Douro, para promover e dar maior visibilidade à capa d’honras.

Segundo o programa, a cerimónia vai iniciar-se às 9h00 de Domingo, com a concentração dos participantes na avenida Aranda del Duero. Aí reunidos, os cerca de 200 participantes esperados, poderão fazer a inscrição para o almoço (20€), na sede da freguesia de Miranda do Douro.




Às 10h00, vai iniciar-se o desfile etnográfico, com os participantes a envergar as capas d’honra, pelas ruas da zona histórica da cidade. Este desfile vai ser acompanhado com as atuações dos pauliteiros de Malhadas, do grupo de Danças Mistas de Prado Gatão, do Grupo de Gaiteiros da Póvoa e do Agrupamento Folclórico de Monteros e Monteras de Aliste (Espanha).

Às 11h00, toda a comitiva vai participar na Eucaristia Dominical, na Concatedral de Miranda do Douro. No decorrer da celebração religiosa, o grupo de gaiteiros da Póvoa vai interpretar o hino a Nossa Senhora “Miraculosa”. No ofertório, vão ser oferecidos pão e espigas, vinho e uvas, cestos de lá e burel e uma pomba branca. No final de celebração, o coro infantil da Escola Básica de Miranda do Douro, orientado pelo professor Paulo Meirinhos, vai oferecer um momento musical.

Após a missa, segue-se a sessão solene da Exaltação da Capa d’Honras Mirandesa, durante a qual vão ser proferidos vários discursos pelas autoridades locais.

A cerimónia na concatedral vai concluir-se no adro, com novas atuações dos grupos etnográficos convidados e com uma fotografia de grupo, com todos os participantes envergando as capas d’ Honra.

O encontro termina com o almoço no Restaurante Estalagem Santa Catarina, onde serão entregues a todos os participantes o diploma de participação, um folheto documental sobre a história da Capa d’Honras Mirandesa e uma oferta protocolar.

HA

Cultura: Jovens acreditam na sobrevivência do mirandês

A geração mais nova de Miranda do Douro acredita na sobrevivência da língua mirandesa e apela à salvaguarda deste idioma que pode estar perdido dentro de 20 anos, segundo um estudo da Universidade de Vigo.

No concelho de Miranda do Douro há gente jovem que se mostra apaixonada pela língua e pela cultura mirandesas. Alguns destes jovens sentem-se “mais livres” por falar mirandês e que dizem que “é fixe” aprendê-lo.

O mirandês, porém, está numa situação ”muito crítica”, devido ao abandono desta forma de falar por parte de entidades públicas e privadas, segundo as conclusões de um estudo elaborado pela Universidade de Vigo (UVigo), em Espanha, revelado no passado mês de fevereiro.

Lançado no terreno em 2020, o estudo estimou em cerca de 3.500 o número de pessoas que conhecem a língua, com cerca de 1.500 a usá-la regularmente, identificando uma rotura com este idioma, sobretudo nas gerações mais novas, através de uma “forte portugalização linguística”, assente em particular na profusão dos meios de comunicação nas últimas décadas, e na identificação do mirandês com a ruralidade e a pobreza locais.

O empresário Henrique Granjo, 30 anos, dirigente da Associação Recreativa da Juventude Mirandesa, disse que o estudo recentemente apresentado “é real” e não se pode negar “esta ameaça”, mas ainda se vai a tempo de contrariar esta tendência que paira sobre o mirandês.

“Há gente jovem que se mostra apaixonada pela língua e cultura mirandesas. Há pessoas que regressam às origens e ainda vamos contrariar as tendências reveladas neste estudo. Para travar toda esta realidade será importante um forte investimento das entidades públicas na salvaguarda do idioma”, vincou o empresário e dirigente associativo.

Henrique Granjo refere ainda que, se houver investimento na salvaguarda da língua mirandesa nas próximas duas décadas, a situação poderá estar acautelada: “É importante investir em setores como a educação e cultura que são os patamares para a preservação do mirandês aos quais acrescem medidas concretas para dinamização do interior para assim contornar as indicações do estudo divulgado”.

Leonor Gomes e Leonor Martins são suas jovens estudantes de 10.º ano de escolaridade que mostram orgulho na sua cultura e na sua língua, por ser uma herança cultural dos seus antepassados, e sentem vaidade em falar mirandês, apesar de, por vezes, esta forma de comunicar não ser bem entendida por outros grupos de jovens de outras regiões do país.

“Ao falar mirandês sinto-me mais livre e mais rural. Sinto-me como se estivesse na pele dos meus avós e na tranquilidade de uma aldeia mirandesa”, confessou Leonor Gomes.

Leonor Martins, por seu lado, afiança que está habituada a que as pessoas com mais idade falem sempre em mirandês e por vezes “é fixe” também aprender a língua.

As duas jovens não demonstram dúvidas na perpetuação do mirandês e justificam que se trata de uma tradição que tem raízes num passado que faz parte de uma identidade cultural única.

“São as nossas origens, e não queremos perdê-las. É algo que nasceu connosco e faz parte da história dos nossos antepassados e da nossa terra, e temos receio que a língua mirandesa desapareça, porque cada vez mais o idioma não é falado no dia-a-dia”, argumentam as jovens estudantes, que também aprendem mirandês na escola.

Apesar de se identificarem com a língua mirandesa, o mais natural para estas duas jovens “é falar português”.

No reverso da medalha, estão os mais velhos e o abandono das aldeias. Se para os jovens, o mirandês ainda poderá ter salvação, para os mais velhos, embora a língua ainda faça parte do seu quotidiano, a condenação parece impor-se, com o desaparecimento de pessoas das aldeias raianas.

O despovoamento de localidades do concelho de Miranda do Douro como São Martinho, Cicouro, Constantim, Aldeia Nova e Ifanes, circunscreve o mirandês ao ambiente familiar e a conversas de circunstância entre amigos. E é essa a perspetiva dos seus habitantes.

É por estas paragens, na parte mais interior de Portugal, que o mirandês ainda vai mantendo alguma expressão, como reconhece Duarte Cristal, de 63 anos, residente em São Martinho, que sempre foi dizendo como esta língua faz parte do seu dia-a-dia, falada em ambiente familiar.

Para este habitante da raia mirandesa, um dos principais inimigos do mirandês é a baixa taxa de natalidade: “Se não houver novas gerações de falantes, a língua mirandesa poderá estar mesmo condenada” e não ter continuidade, “por causa do abandono das aldeias por pessoas que procuram a vida noutras paragens”.

Domingos Torrão, um octogenário de Cicouro, fez questão de responder em mirandês.

“Há cerca de duas décadas, o mirandês era bem aceite. Falávamos muito o mirandês aqui na raia. Agora, cada vez somos menos, e a este ritmo, e apesar de ser a segunda língua oficial em Portugal, o risco é iminente”, frisou este falante da língua mirandesa.

Para a Universidade de Vigo, a manter-se a situação, “a este ritmo é possível que o mirandês morra antes [dos próximos] 30 anos”, conservando-se apenas como “um latim litúrgico para celebrações”, sem ser “língua para viver a diário”, como se lê no estudo que ainda não tem data para apresentação oficial.

A língua mirandesa é uma língua oficial de Portugal desde 29 de janeiro de 1999, data em que foi publicada em Diário da República a lei que reconheceu oficialmente os direitos linguísticos da comunidade mirandesa.

Fonte: Lusa

Saúde: Má saúde oral causa doenças e cancros

Uma má saúde oral está diretamente relacionada com 23 doenças sistémicas, entre as quais a diabetes, a obesidade e a asma, e cinco tipos de cancro, revela uma investigação agora divulgada.

A conclusão faz parte do mais recente estudo “Uma revisão global da evidência que relaciona a saúde oral e as doenças sistémicas não transmissíveis”, publicado na Nature Communications pelo centro de investigação da Egas Moniz School of Health and Science e divulgado no Dia Mundial da Saúde Oral.

O relatório conclui que “uma saúde oral comprometida está diretamente relacionada com 23 doenças sistémicas e cinco tipos de cancro, nomeadamente o do pulmão, do pâncreas, da mama, da próstata, da cabeça e do pescoço.

Entre as doenças que podem surgir em pacientes que tenham uma má saúde oral surgem a diabetes, doenças cardiovasculares, neurodegenerativas, reumáticas, inflamatória intestinal, e ainda, obesidade e asma, refere a Egas Moniz School of Health and Science em comunicado.

“Esta é a primeira investigação que, combinando toda a informação científica produzida mundialmente, demonstra existir associação entre a saúde oral e 28 patologias distintas, reforçando a importância que esta tem para a saúde em geral e justificando porque deve ser parte integrante do acompanhamento clínico”, salienta.

Segundo o investigador João Botelho, do Egas Moniz Center for Interdisciplinary Research, os resultados deste estudo coincidem com o Relatório Global de Saúde Oral da Organização Mundial de Saúde (OMS) 2022, que alerta para “a urgente necessidade de se incorporar definitivamente, não só cuidados de saúde oral, mas também a educação para a mesma nos sistemas de saúde”.

“Neste sentido, tendo por base a nossa investigação, pretendemos não só confirmar a correlação entre a saúde oral e outras patologias, mas também reforçar a importância do papel da medicina dentária como garantia da saúde em geral e da aposta na prevenção como complemento ao cuidado e tratamento”, sublinha João Botelho.

Para o investigador, esta questão é de “extrema importância” quando se verifica que “os cuidados de saúde oral, mesmo os básicos, não são acessíveis a todos”.

Segundo o Relatório Global da Saúde Oral da OMS, as doenças que afetam a cavidade oral são as mais comuns, afetando metade da população mundial.

Neste sentido, a investigação da Egas Moniz reforça a necessidade de prevenção de doenças sistémicas com impacto na qualidade de vida dos doentes, e estima que o número de doenças associadas à saúde oral negligenciada possa aumentar, consoante o número de estudos realizados.

Os investigadores alertam também para a prevalência destas patologias em Portugal, que atinge valores elevados quando comparada a outros países europeus.

Defendem ainda que medidas preventivas em saúde oral têm impacto económico, dando como exemplo que, só em 2018, a periodontite, doença que afeta as gengivas, causou uma perda económica na União Europeia estimada em 159 biliões de euros.

O Egas Moniz Center for Interdisciplinary Research tem atualmente 18 laboratórios totalmente equipados e de última geração, 80 membros integrados e mais de 100 colaboradores regulares.

Fonte: Lusa

Política: Presidente da República defende maior representação de jovens e imigrantes no poder político

O Presidente da República defendeu que é fundamental renovar os sistemas políticos, com a participação de jovens e que os imigrantes em Portugal também deveriam estar mais representados nos órgãos de poder político.

Marcelo Rebelo de Sousa emitiu estas declarações, no encerramento da conferência “Querer e crescer: acelerar o crescimento e Portugal”, iniciativa da associação Business Roundtable Portugal (BRP).

No seu discurso, o Presidente da República referiu, em tom crítico, que “os representantes dos migrantes em Portugal, que são 700 mil, não têm representação em praticamente nenhuma esfera significativa do poder”.

“Não existem, são clandestinos, mesmo quando têm dupla nacionalidade”, disse.

Segundo o chefe de Estado, a sub-representação dos imigrantes “é uma questão mental” que Portugal tem de ultrapassar, assim como a da participação política dos jovens.

Marcelo Rebelo de Sousa argumentou que os jovens trazem “ideias de mais sociedade civil, de mais abertura, mais abertura internacional, mais abertura de ideias, mais abertura em termos económicos, sociais, culturais e políticos”, e contestou que se questione a sua capacidade para assumir cargos de responsabilidades.

“Os sistemas políticos fizeram-se com jovens. Todas as grandes vitórias da História de Portugal foram feitas com jovens, não com velhinhos. A democracia foi feita por quem tem vinte, no máximo trinta anos”, apontou.

Fonte: Lusa

Futsal: Mirandeses consolidaram a liderança no campeonato

No jogo grande da 14ª jornada do campeonato distrital de futsal, o líder, Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD), venceu em casa, a Escola de Futsal Arnaldo Pereira, por 3-2, consolidando assim a liderança na competição, quando faltam quatro jornadas para o fim.

Nos minutos finais do jogo, o mirandês, Castro, confirmou a vitória do CDMD, ao apontar o terceiro golo.

O jogo realizado no serão de sexta-feira,, dia 17 de março, no pavilhão multiusos, em Miranda do Douro, foi um reencontro entre os recém-finalistas da taça distrital de futsal, pelo que havia muita expetativa para ver este novo confronto entre as duas equipas.

Os mirandeses entraram melhor no desafio e aos 7 minutos, Finha, chegou um pouco atrasado a um remate efetuado por Ricky, ao segundo poste da baliza adversária.

A equipa brigantina, da Escola de Futsal Arnaldo Pereira, respondeu com um remate que testou a atenção do guardião mirandês, Guilherme.

O primeiro golo do jogo (1-0) surgiu aos 15 minutos, por intermédio do mirandês, Finha, num bom trabalho individual, no meio dos defesas contrários, concluído com um remate rasteiro e colocado.
O mirandês, Finha, inaugurou o marcador, 1-0, aos 15 minutos de jogo.

Minutos depois, o mesmo Finha combinou bem com o companheiro de equipa, Castro, que efetuou um remate desviado para canto. Na conversão do pontapé de canto, Castro assistiu Finha e este bisou, ampliando a vantagem dos mirandeses para 2-0.

Até ao final da primeira parte, o jogo foi muito disputado por ambas as formações mas o resultado manteve-se inalterado.

No reatar da segunda parte do jogo, os mirandeses voltaram a imprimir mais intensidade no jogo e logo a abrir Diogo rematou por duas vezes obrigando o guarda-redes brigantino a aplicar-se.

À medida que o tempo ia decorrendo, os mirandeses optaram por defender a vantagem, dando a iniciativa ao adversário para sair em transições rápidas.

Numa desta transições, Ricky assistiu Diogo, mas o remate final foi interceptado por um defesa contrário.

Nos minutos finais do jogo, os brigantinos arriscaram jogar num 5 contra 4 e reduziram a desvantagem para 2-1, através de um remate rasteiro e colocado junto ao poste da baliza mirandesa.

Os brigantinos reduziram a desvantagem para 2-1, aos 36 minutos.

Ainda os visitantes estavam a festejar o golo, quando na jogada seguinte, o experiente, Castro, numa transição rápida, conduziu a bola com o pé direito e rematou com o esquerdo para o fundo da baliza contrária (3-1), repondo assim a diferença de dois golos.

No último minuto, Finha falhou por pouco o hat-trick, ao rematar ao poste da baliza brigantina.

Na resposta, a equipa adversária reduziu para 3-2, fixando assim o resultado final.

A vitória dos mirandeses premiou a solidez defensiva e a eficácia ao aproveitar as oportunidades de golo. Do outro lado, a equipa de Bragança demonstrou ter jogadores jovens, evoluídos tecnicamente, mas falta-lhes mais objetividade no ataque à baliza adversária.

Equipas:

Clube Desportivo de Miranda do Douro: Guilherme, Finha, Ricky, Diogo, Castro, Pina, Rúben, Diniz, Couto (cap.), André, Vitor Hugo, Ricardo, Gaby e Firmino.

Treinador: Paulo Gonçalves

“Neste novo confronto com a Escola de Futsal Arnaldo Pereira, ambas as equipas protagonizaram, mais uma vez, um excelente jogo de futsal. A equipa brigantina está recheada de jovens jogadores bem formados, técnica e taticamente. Mesmo em desvantagem a equipa adversária acreditou sempre e a jogar num 5 para 4, conseguiram reduzir a diferença no marcador. Quero dar os parabéns à minha equipa pela seriedade e a entreajuda que demonstraram ao longo de todo o jogo. Cumprimos mais um objetivo que era a vitória neste jogo” – Vitor Hugo

Escola de Futsal Arnaldo Pereira: Ferro, Arlindo, Hugo, Pinheiro, Alves, Rui, Mário, Neto, Branco, Diogo, Araújo e Dani.

Treinador: Manuel Rodrigues

“Foi um jogo bem disputado entre duas belas equipas. Na primeira parte não conseguimos ser acutilantes no ataque. Já na segunda parte, foi diferente, empurrámos mais o Miranda para o seu meio-campo. Conseguimos reduzir para 2-1, mas logo a seguir consentimos um novo golo aos mirandeses o que impediu a nossa aproximação. Relembro que somos uma equipa jovem, que está a evoluir e a adquirir experiência com os jogos” – Diogo Ferraz

Equipa de arbitragem:

1º Árbitro: Diogo Silva

2º Árbitro: Vitor Coelho

Cronometrista: Ricardo Sapage

14ª jornada – resultados

Alfandeguense5-3CSP Vila Flor
 GD Torre Dona Chama8-0GD Sendim
  CD Miranda Do Douro 3-2 EF Arnaldo Pereira (Bragança)
  Águia FC Vimioso 4-2ACRD Ala
Pioneiros Bragança2-2Sp. Moncorvo

Classificação

PJVEDGMGSDG
1CD Miranda Do Douro301410225631+25
2DD Torre Dona Chama29147335730+27
3 Sporting Moncorvo 23146534435+9
4EF Arnaldo Pereira22146445443+11
5 Águia FC Vimioso 201462549490
6GD Sendim19146174555-10
7 ACRD Ala 18 145 364342+1
8Pioneiros Bragança17145274150-9
9Alfandeguense121440103664-28
10CSP Vila Flor61320123557-22

15ª Jornada (24/ 03/ 2023)

EF Arnaldo Pereira (Bragança) vs Alfandeguense
  CSP Vila Flor vs GD Torre Dona Chama
  GD Sendim vs Pioneiros Bragança
  ACRD Ala vs Sporting Moncorvo
 Águia FC Vimiosovs CD Miranda Do Douro

HA

Cultura: Associação Língua Mirandesa apela à ratificação da carta das línguas minoritárias

A Associação de Língua e Cultura Mirandesa (ALCM) reiterou a necessidade urgente de o Estado fazer a retificação da Carta Europeia das Línguas Regionais e Minoritárias do Conselho da Europa, para assegurar o futuro da língua mirandesa.

“Portugal assinou a Carta Europeia das Línguas Regionais e Minoritárias do Conselho da Europa, mas ainda não a ratificou. O processo estará a andar mas não temos informação se estará a andar com a velocidade desejada”, explicou o presidente da ALCM, Alfredo Cameirão.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) anunciou a 7 de setembro de 2021 que Portugal assinara a Carta Europeia de Línguas Regionais e Minoritárias do Conselho da Europa, que visa proteger e promover as línguas regionais e minoritárias históricas do continente.

De acordo uma nota do MNE, emitida nesta data, a língua mirandesa esteve na base da assinatura.

De acordo com Alfredo Cameirão, a Carta Europeia das Línguas Regionais e Minoritárias do Conselho da Europa é um documento que já vem desde 1992, que “elenca uma série de premissas com que os Estados-membros” desta organização, se comprometem para “a salvaguarda e defesa das várias línguas minoritárias que eventualmente cada país tenha no seu território”. “No caso de Portugal, foi dito, no ato da assinatura, que o motivo deste ato foi a defesa da língua mirandesa, a liga minoritária existente no nosso país”, vincou Alfredo Cameirão.

Para o responsável, a retificação da Carta é fundamental e exemplifica algumas das premissas, como o caso de o Estado português se comprometer “a oferecer a tradução de português para mirandês nos tribunais, caso o cidadão assim o entenda”.

“Este documento estabelece ainda que haja uma avaliação periódica do cumprimento das alíneas contidas nesta carta para se fazer um ponto de situação da sua implementação, por peritos internacionais”, disse Alfredo Cameirão.

Para o presidente da ALCM, a ratificação da Carta Europeia das Línguas Regionais e Minoritárias do Conselho da Europa seria o reassumir da defesa da língua mirandesa por parte do poder central.

“Vamos imaginar um curso técnico profissional de turismo, por exemplo, ministrado na Terra de Miranda. Para nós faz todo o sentido que uma das línguas utilizadas na formação dos alunos seja o mirandês, mas como língua curricular e não operacional”, destacou.

Outra das valias com a retificação da Carta poderá incidir em pessoas que falem e escrevam o mirandês corretamente na candidatura a um posto de trabalho na Câmara Municipal de Miranda Douro ou outro serviço público local.

Portugal é um dos poucos países europeus que ainda não ratificou esta Carta Europeia.

“Quando se fala do mirandês em Lisboa é quase um não assunto, porque tem pouco peso político e votos”, frisou Alfredo Cameirão.

Um estudo da Universidade de Vigo (UVigo), Espanha, aponta para a ratificação da Carta Europeia das Línguas Minoritárias e para a necessidade de uma nova Lei do Mirandês, atualizada de acordo com ações e medidas planificadas e orçamentadas em educação, justiça, administração local e regional, serviços públicos, meios de comunicação, atividades e equipamentos sociais, economia e intercâmbios transfronteiriços, como ponto de partida para que a língua mirandesa ganhe de novo vitalidade.

Segundo o município de Miranda do Douro e os representantes da ACLM, foram avaliados os 39 princípios mínimos da Carta Europeia de Línguas Regionais e Minoritárias do Conselho da Europa, com que Portugal tem de se comprometer.

Para o presidente do Agrupamento de Escolas de Miranda Douro, António Santos, o futuro da língua mirandesa passará sempre pelo seu ensino.

“É preciso um planalto de choque para que o mirandês sobreviva nas próximas décadas”, vincou.

Apesar do reconhecimento oficial através de lei, em 1999, o mirandês continua “a não ter um enquadramento institucional adequado”, apontam os linguistas que se dedicam ao estudo desta língua.

Fonte: Lusa

Cultura: Museu da Terra de Miranda integra Rede Euterpe

Vinte organismos culturais, entre os quais o Museu da Terra de Miranda, compõem a Rede Euterpe, um fórum de museus e coleções de música e de som, que foi apresentado em Lisboa.

De acordo com a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), a Rede Euterpe foi impulsionada pelo Museu Nacional da Música, para pôr em diálogo museus, bibliotecas, associações e outras estruturas culturais que detenham coleções de som e música.

O objetivo é “atuar como um fórum de encontro, de discussão e de desenvolvimento de projetos” entre os membros da rede e promover “sinergias e ações de apoio à preservação, inventariação, estudo e comunicação de acervos”, refere a DGPC em nota de imprensa.

Para o lançamento da Rede Euterpe juntaram-se vinte participantes, como os museus nacionais da Música, de Etnologia e dos Coches, o Museu do Fado – todos em Lisboa -, o Museu da Música Mecânica (Palmela), o Museu da Música Portuguesa (Cascais), o Museu do Cante (Serpa), o Museu da Terra de Miranda (Bragança) e o Museu de Etnomúsica da Bairrada (Aveiro).

A estes juntam-se ainda o Museu da Música de Coimbra, a Casa Memória Lopes-Graça (Tomar), o Museu da Rádio (Oliveira do Bairro), a Casa-Museu Amália Rodrigues (Lisboa), o Hot Clube de Portugal (Lisboa), a Sociedade de Geografia de Lisboa e o Museu-Biblioteca da Casa de Bragança (Oeiras).

A Rede conta também com duas bibliotecas: a Biblioteca Nacional de Portugal, em Lisboa, e as bibliotecas da Universidade de Aveiro.

Entre os fundadores da Rede Euterpe estão também dois projetos que estão ainda em desenvolvimento: o Arquivo Nacional do Som, que terá sede em Mafra, e o Museu das Máquinas Falantes, um projeto do município de Alcobaça.

Segundo a DGPC, esta rede está aberta à entrada de instituições que tenham coleções de som e música, sejam públicas ou privadas, “museológicas ou não”.

A Rede Euterpe é coordenada pelo Museu Nacional da Música, onde foram apresentadas algumas das entidades participantes.

A diretora do Museu da Terra de Miranda, Celina Pinto, destacou que com esta rede ou fórum, pretende-se gerar uma maior colaboração entre todas as entidades, de modo a criar exposições, desenvolver políticas e sinergias, bem como um arquivo nacional de som.

Referindo-se à coleção de música e som existentes no Museu da Terra de Miranda, Celina Pinto, destacou a especificidade dos instrumentos musicais desta região, como são as gaitas-de-foles, com as ponteiras da padronização; as flautas pastoris; os tamboris; mas também as guitarras do Tiu Lérias, construídas com materiais reciclados.

A diretora do Museu da Terra de Miranda acrescentou que no âmbito do projeto de cooperação transfronteiriço Termus – Territórios Musicais, foi possível recolher e preservar música tradicional do planalto mirandês e da província espanhola de Zamora.

“O projeto Internacional Termus- Territórios Musicais veio dar maior visibilidade ao museu na área da música. Recordo que ao longo de três anos conseguimos publicar os cancioneiros, foram adquiridos instrumentos musicais e equipamentos multimédia, realizaram-se workshops de dança, o festival e um congresso”, indicou.

Na perspectiva de Celina Pinto, a cooperação transfronteiriça entre o Museu da Terra de Miranda e o Museu de Etnologia de Castela e Leão (Zamora) foi um sucesso, o que leva as duas entidades a planear uma nova candidatura conjunta a fundos europeus.

Sobre as atuais obras de remodelação e ampliação que estão a decorrer no museu, em Miranda do Douro, a diretora avançou que os trabalhos estão a decorrer a muito bom ritmo.

“Atualmente, estão a realizar-se obras estruturantes no Museu da Terra de Miranda, como o derrubar paredes para ganhar novos espaços. Prevê-se que as obras decorram até ao final de 2023. Depois, segue-se o trabalho de desenvolvimento do projeto de museografia”, informou.

Esta intervenção representa um investimento de cerca 1,1 milhão de euros, cofinanciados pelo Programa Operacional Norte 2020 e resulta de uma candidatura apresentada pela Direção Regional de Cultura do Norte para remodelação do MTM.

Atualmente, o Museu da Terra de Miranda encontra-se, temporariamente, instalado no antigo Paço Episcopal, em Miranda do Douro.

Fonte: Lusa

Meteorologia: Primavera com temperaturas até aos 24 graus

A primavera começa no dia 20 de março, com previsões de céu geralmente pouco nublado e temperaturas a oscilar entre os 17 e os 24 graus Celsius em Portugal continental, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

O equinócio de primavera começa às 21:24 horas (hora de Lisboa).

As previsões do IPMA para este primeiro dia de primavera são, para Portugal continental, de céu geralmente pouco nublado, tornando-se muito nublado no Minho e Douro Litoral no fim do dia.

Está também previsto vento fraco a moderado do quadrante leste, rodando para o quadrante oeste a partir da tarde, e neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais, em especial do litoral oeste.

As previsões apontam ainda para uma pequena subida da temperatura.

As temperaturas mínimas vão oscilar entre os 4 graus Celsius (em Bragança) e os 12 (em Faro) e as máximas entre os 17 (em Viana do Castelo) e os 24 (em Évora e Beja).

Para o arquipélago da Madeira está previsto céu geralmente muito nublado, diminuindo temporariamente de nebulosidade durante a tarde, e possibilidade de ocorrência de aguaceiros fracos, em especial nas vertentes norte e nas terras altas e até final da manhã.

Está ainda previsto vento fraco a moderado de nordeste, soprando por vezes forte nas terras altas e nos extremos leste e oeste da ilha da Madeira, em especial a partir da tarde.

Nos Açores, para os grupos ocidental (Flores e Corvo) e central (S. Jorge, Faial, Pico, Graciosa e Terceira) o IPMA prevê períodos de céu muito nublado com boas abertas, chuva fraca ou chuvisco a partir da tarde, condições favoráveis à formação de neblinas e vento oeste bonançoso a moderado.

No grupo oriental (S. Miguel e Santa Maria) a previsão aponta para períodos de céu muito nublado com boas abertas e vento oeste bonançoso a moderado, rodando para sudoeste para o fim do dia.

No dia 21 de junho, a primavera dá lugar ao verão.

Fonte: Lusa

IV DOMINGO DA QUARESMA

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1 Sam 16, 1b.6-7.10-13a / Slm 22 (23) 1-3a.3b-4.5.6 / Ef 5, 8-14 / Jo 9, 1-41

No nosso percurso quaresmal, entramos hoje no chamado Domingo «Laetare», isto é, Domingo da Alegria. Sabemos que a Quaresma é um tempo penitencial para preparar o coração para a celebração das festas pascais. Mas hoje fazemos uma pausa nas práticas quaresmais, para nos darmos conta que caminhamos para a alegria da Páscoa. É aí que encontramos o sentido para este caminho.

O tema central da celebração de hoje é a luz. A passagem do Evangelho de São João traz-nos a história de um cego de nascença a quem Jesus restitui a vista. Para percebermos, este texto vem no seguimento do discurso de Jesus aos judeus, onde diz: «Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida» (Jo 8, 12). A restituição da vista ao cego significa a abertura a uma nova forma de ver a realidade com o olhar da fé. O cego não vê porque está fechado na sua lógica, nos seus problemas, na sua escuridão, como acontece connosco quando, diante de um problema difícil de resolver, dizermos que não vemos como sair dessa situação. Neste tempo de Quaresma, devemos interrogar-nos sobre as nossas cegueiras, as dimensões mais sombrias da nossa vida. É aí que o Senhor ressuscitado quer entrar com a sua luz.

A restituição da vista ao cego significa a abertura a uma nova forma de ver a realidade com o olhar da fé. O cego não vê porque está fechado na sua lógica, nos seus problemas, na sua escuridão, como acontece connosco quando, diante de um problema difícil de resolver, dizermos que não vemos como sair dessa situação.

Ao redor do homem cego encontramos algumas personagens. Em primeiro lugar, temos os vizinhos, que não querem acreditar na realidade da cura operada por Jesus, incrédulos diante dos frutos da fé. Em seguida, encontramos os fariseus, judeus observantes da lei, que negam a realidade porque sobrepõem a lei à verdade, permanecendo inflexíveis e agarrados à sua ideologia. Temos ainda os pais do cego, com medo de se comprometerem com a cura de Jesus diante do «politicamente correto». Por fim, o cego é a única personagem verdadeiramente livre e que se deixa curar por Jesus. Só ele experimenta a alegria verdadeira. A Epístola de São Paulo aos Efésios sintetiza esta história com a seguinte afirmação: «Outrora vós éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Vivei como filhos da luz, porque o fruto da luz é a bondade, a justiça e a verdade».

O Primeiro Livro de Samuel traz-nos a unção de David como o escolhido do Senhor para futuro rei de Israel. O profeta é enviado à casa de Jessé e a escolha não é imediata. Vai ao encontro dos irmãos de David, de belo aspeto, mas o Senhor tinha reservado para si o irmão mais novo, que está a guardar o rebanho. Diz o texto que «Deus não vê como o homem: o homem olha às aparências, o Senhor vê o coração». A alegria encontra-se na profundidade das relações e na verdade, não nas aparências. Deixemos, por isso, que o Senhor venha trazer nova luz à nossa vida e rezemos como o salmista: «O Senhor é meu pastor: nada me faltará».

Fonte: https://www.redemundialdeoracaodopapa.pt/meditacao-diaria/2009