V Domingo da Quaresma

Bondade

Jer 31, 31-34 / Slm 50 (51), 3-4.12-15 / Hebr 5, 7-9 / Jo 12, 20-33

O Evangelho deste domingo começa com um grupo de gregos que quer conhecer Jesus. Encontram Filipe, que procura André, e juntos apresentam a Jesus este pedido. E Jesus responde de forma enigmática, referindo-se à glória, à sua glória.

A palavra «glória» evoca imagens de vitória, de suprema exaltação, de herói aplaudido pelos seus feitos. Contudo, Jesus fala de uma glória que implica morrer a si mesmo, dar a vida e servir. Jesus pede-nos que abandonemos a lógica do produto, a ditadura do resultado, e rumemos em direção ao horizonte do fruto.

É quase inevitável que nos nossos dias impere a vontade de alcançar objetivos bem definidos, de acordo com um programa de vida prático. Mas Jesus mostra que a verdadeira vida mede-se pelo fruto que esta dá, que a glória só se alcança a posteriori e é semeada em impercetíveis gestos de bondade, que implicam dar a vida.

Cristo mostra-nos a única sabedoria que tem para oferecer: a sua própria vida, o Evangelho, que é o grande convite à liberdade do fruto e à glória da Cruz. Só cruzando a cruz podemos alcançar a vida nova, a ressurreição, a nossa forma definitiva. E os passos da nossa vida devem medir-se, não pelos resultados, mas sim pela sua direção, pela forma como semeiam esperança e bondade no mundo.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

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