Algoso: Concertos de Natal e presépios comunitários dão vida às aldeias
Na próxima sexta-feira, dia 23 de dezembro, às 21h00, a igreja matriz de Algoso vai ser o palco do primeiro concerto de Natal, integrado na iniciativa “Natal na Unidade Pastoral”, um concerto que vai ser interpretado pelo dueto Ana João e Cristiana, com temas tradicionais transmontanos de Natal.
De acordo com a presidente da União de Freguesias de Algoso, Campo de Víboras e Uva, Cristina Miguel, o concerto de Natal assinala o regresso deste evento musical, após a interrupção forçada por causa da pandemia.
“Desde 2019, por causa das restrições da pandemia, que não realizamos um concerto de Natal em Algoso. Por isso, é com muita alegria que voltamos a embelezar esta época festiva com a música na igreja matriz”, disse.
O concerto de Natal, em Algoso, vai ser interpretado pelo dueto Ana João e Cristiana, que vão utlizar vários instrumentos, como o piano, a guitarra, o violino e a voz.
A professora de música, Ana João, adiantou que o repertório do concerto inclui vários temas tradicionais de Natal.
«Vamos interpretar músicas tradicionais transmontanas, como é o “Beijai o Menino” e outros temas sagrados e profanos”, adiantou.
Nesta época festiva do Natal, a aldeia de Algoso, à semelhança de tantas outras localidades, recebe a visita dos conterrâneos que trabalham noutras regiões do país e dos emigrantes que vivem maioritariamente em países como Espanha, França e Suíça.
Sobre as tradições natalícias que ainda perduram nas aldeias, a presidente da União de Freguesias de Algoso, Campo de Víboras e Uva, Cristina Miguel, referiu-se aos presépios de rua, construídos, comunitariamente, com materiais como a madeira, as rendas ou os cântaros antigos.
“Este ano, nas seis aldeias da união de freguesias: Algoso, Campo de Víboras, Uva, Vale de Algoso, Mora e Vila Chã, continuamos com as oficinas de Natal e as populações locais construíram os presépios comunitários. Curiosamente, foi nas aldeias onde vivem menos pessoas, que houve uma maior participação e envolvimento da comunidade”, indicou.
O concerto de Natal, em Algoso, agendado para o dia 23 de dezembro, faz parte do ciclo de concertos de Natal, que vão realizar-se também em Caçarelhos (27 de dezembro), Vimioso (28 de dezembro) e Pinelo (30 de dezembro). Esta é uma iniciativa da Unidade Pastoral de Nossa Senhora da Visitação, do município de Vimioso e das freguesias de Algoso, Caçarelhos e Pinelo.
Os presépios comunitários nas aldeias de Campo de Víboras, Mora, Uva, Vila Chã da Ribeira, Vale de Algoso e Algoso.
Opinião: “MOVE(R)HRA DAQUI PARA FORA”, por Fernando Vaz das Neves
Desde o início do negócio da venda das seis barragens da EDP ao consórcio liderado pela Engie, que o mesmo levantou, e continua a levantar sérias dúvidas de legalidade no que ao pagamento de impostos diz respeito.
Na minha opinião e na opinião de muita gente, o negócio em causa terá de ser sujeito, como os demais negócios, ao pagamento dos impostos devidos.
No que ao IMI diz respeito, bastará ver o anexo I da Portaria 11/2017 de 9 de Janeiro, para vermos que da lista de prédios sujeitos ao pagamento de IMI, constam, nomeadamente, os Centro electroprodutores, Barragens, etc.
Esta foi, e é, a posição defendida pelo actual Executivo Municipal, sempre transmitida às Autoridades Competentes e aos Representantes da Movhera e da Engie nas sucessivas reuniões ocorridas.
Sempre às claras! Sempre se disse que eram devidos impostos e que o actual executivo tudo faria para que os mesmos fossem pagos.
Fartos de esperar por quem não tem pressa, de decisões de Autoridades Tributárias, Classe Política, etc, decidiu, o Executivo Municipal, e bem, eu meu entender, instaurar acções judiciais contra a EDP, a Movhera a Agência Portuguesa de Ambiente e a Autoridade Tributária.
E o raciocínio é muito simples. Como bem explica o vereador Vítor Bernardo, “ou as Barragens são do Domínio Público, e como tal, não podem ser vendidas, ou são do domínio privado, e então têm de pagar os impostos devidos”. Clarinho como a água.
O problema é que a rapaziada das grandes empresas, anda muito mal habituada. Acha que, por ter muito dinheiro, e por ter a cumplicidade do poder político, pode fazer o que bem entender, sem que ninguém ouse afrontar as suas “sábias e doutas” decisões. Uma espécie de deuses do olimpo!!!
Mas desta vez enganaram-se a bateram à porta errada. Compete ao Executivo Municipal a defesa intransigente do interesse público e dos interesses do concelho, sob perigo de, no futuro, poder ele ser processado por não defender o interesse público. E foi isto que o Executivo decidiu fazer. Defender intransigentemente o interesse público e os interesses dos Mirandeses. A este confronto de ideias, não sei se essa rapaziada sabe, chama-se Democracia. A liberdade de cada um defender livremente as suas ideias, e recorrer a todos os meios, previstos num Estado Direito, para essa defesa. Claro que isso deve ser complicado para eles habituados que devem estar, à unanimidade geral, sem qualquer excepção. A democracia deve ser uma coisa que lhe provoca urticária. E tanto assim é que, quando tomaram conhecimento das acções judiciais intentadas pela Câmara Municipal, essa rapaziada mostrou quão pequenos são, amuou como os meninos quando se lhes tira o brinquedo novo, e decidiu suspender Protocolos com Juntas de Freguesia e demais Associações da Sociedade Civil. Mas não me surpreende! Por um lado, porque não sabem mais, e por outro é o modus operandi deles. Tentar aniquilar tudo e todos que lhes façam frente. Também eu, já fui confrontado com tentativas de silenciamento, com recados de que não gostam do que escrevo. Temos pena. Eu também não gosto que venham para aqui armados em Donos Disto Tudo. Mas, infelizmente para eles, bateram na porta errada. Da minha parte, apenas devo obediência à minha consciência, à minha liberdade e lutarei sempre pelos meus valores, princípios e pela defesa intransigente dos interesses do Mirandeses. Enquanto Deputado Municipal, apoiarei incondicionalmente o Executivo Municipal nesta luta.
Fernando Vaz das Neves
(Deputado Municipal na Assembleia Municipal de Miranda do Douro)
Segurança Rodoviária: Apelos à condução “sem pressa, álcool e telemóvel” durante o Natal
A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) apelou a todos os portugueses para que adotem, durante a época de Natal e Ano Novo, “comportamentos seguros” na estrada ao viajarem “sem pressa, sem álcool e sem telemóvel”.
O apelo da ANSR foi lançado a 19 de dezembro, dia em que arrancou a campanha de segurança rodoviária de Natal e de Ano Novo “O melhor presente é estar presente”.
Esta iniciativa vai decorrer até ao próximo dia 2 de janeiro, e será focada no excesso de velocidade, consumo de álcool e drogas durante a condução e uso do telemóvel ao volante.
“A mensagem é claríssima: o único número que é aceitável de vítimas mortais na estrada é zero e para isso temos de trabalhar todos”, disse o presidente da ANSR, Rui Ribeiro, alertando para as consequências da velocidade, álcool e telemóvel.
Segundo o mesmo responsável, a campanha é dividida em dois pontos, designadamente a divulgação da mensagem em órgãos de comunicação social, e os meios da PSP, GNR e Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, que vão estar nas principais estradas do país para garantir a segurança rodoviária de todos os cidadãos que se deslocam nesta altura do ano.
Na sessão pública de lançamento da campanha de Segurança Rodoviária de Natal e Ano Novo “O melhor presente é estar presente”, da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, a Guarda Nacional Republicana e a Polícia de Segurança Pública apresentaram as ações de fiscalização para este período e a ANEPC deu conta das ações de prevenção e socorro previstas.
Mogadouro: Efacec concluiu projeto da central fotovoltaica de Tó
A Efacec concluiu o projeto da central fotovoltaica de Mina Tó, numa encomenda avaliada em mais de 14 milhões de euros, informou a empresa.
“A central fotovoltaica de Mina Tó, no concelho de Mogadouro, já está a produzir e a fornecer energia à população e empresas de Trás-os-Montes”, indicou o grupo, salientando que “esta encomenda, avaliada em mais de 14 milhões de euros, comporta mais de 43 mil painéis fotovoltaicos, 93 inversores, três postos de transformação e uma capacidade de produção anual de 45.000 MWh [megawatts hora].
O grupo recordou que esta infraestrutura está situada ao lado da central fotovoltaica de Mogadouro, “que também contou com a participação da Efacec”.
“Com capacidade para fornecer energia a perto de 11 mil habitações, a central está instalada numa área de 56 hectares”, referiu, adiantando que “a ligação à rede elétrica nacional teve lugar em novembro” e que a “utilização desta energia renovável vai evitar a emissão de 17 mil toneladas de CO2 por ano”.
A empresa recordou que a “Smartenergy e a Edisun Power voltaram, assim, a eleger a Efacec para a realização deste projeto, tendo por base o sucesso da central de Mogadouro, com ligação à rede em tempo recorde”.
A Efacec foi neste caso “responsável pela conceção, ‘procurement’, instalação e colocação ao serviço da central fotovoltaica de Mina Tó e da subestação privada de 20 MVA [megavolt amperes] a 30/60 kV [quilovolts] e linha aérea de 60 kV, que faz a interligação com a rede elétrica nacional”, sendo que a central, “com potência máxima de 23,4 MWp [megawatts pico], pode injetar na rede até 18 MVA”.
O grupo recordou que “desenvolve soluções para sistemas solares fotovoltaicos, incluindo autoconsumo, sistemas híbridos e instalações fotovoltaicas de grande escala, em regime chave na mão” com projetos solares, eólicos e hídricos instalados em mais de 10 países.
Sociedade: Imigrantes são imprescindíveis em alguns setores
A diretora do Observatório das Migrações, Catarina Reis Oliveira, defende num estudo agora apresentado que, sem os imigrantes, alguns setores da sociedade entrariam em colapso.
“Os imigrantes assumem um papel fundamental na eficiência dos mercados de trabalho, sendo claro que, sem os imigrantes, alguns setores económicos e atividades entrariam em colapso”, escreveu a autora no Relatório Estatístico Anual de 2022 do Observatório, que contém indicadores de integração desta população.
Na maioria dos países europeus de acolhimento de imigrantes, entre os quais Portugal, os estrangeiros apresentam “taxas de atividade superiores aos nacionais”, refere, exemplificando que, neste domínio, Portugal surge na quarta posição entre os 27 países da União Europeia onde os estrangeiros têm mais elevada taxa de atividade: 75,5% em 2021, representando +17,9 pontos percentuais do que o verificado nos nacionais portugueses naquele ano.
“Porém, os estrangeiros continuam a estar, por comparação aos nacionais, mais representados nos grupos profissionais da base (em 2020, 50,5% dos trabalhadores estrangeiros estavam empregados nos grupos profissionais 7, 8 e 9, enquanto apenas 38% dos trabalhadores portugueses se enquadravam nesses mesmos grupos profissionais), embora se observem melhorias, tendo diminuído a importância relativa dos estrangeiros nesses grupos por comparação ao observado na década anterior”, refere.
Assim, a maioria dos trabalhadores estrangeiros encontra-se associada a atividades económicas de alojamentos, restauração e similares (21,2% em 2019 e 15,9% em 2020, representando +13,3pp e +9pp do que o observado nos trabalhadores portugueses) e atividades económicas administrativas e dos serviços de apoio (21,5% em 2019 e 21,9% em 2020, representando +12pp e +13pp do que os trabalhadores portugueses).
“A inserção dos estrangeiros no mercado de trabalho português continua a não refletir necessariamente as suas qualificações, verificando-se que os trabalhadores estrangeiros, por comparação aos portugueses, têm uma percentagem maior que não usa as suas habilitações nas funções que exercem no mercado de trabalho português: em 2020, 11,4% dos estrangeiros com habilitações superiores (+7,7pp do que os trabalhadores nacionais) estavam incorporados nos grupos profissionais da base, não usando as suas habilitações nas atividades que exerciam”, alerta a docente universitária.
Em 2020, persistiam também “desequilíbrios nas remunerações base médias”. Globalmente os trabalhadores estrangeiros continuavam a ter remunerações médias mais baixas do que os portugueses (-6,7% em 2020 e -8,2% em 2019).
No relatório sublinha-se ainda que, embora a característica dominante no mercado de trabalho português seja o vínculo permanente, este “não é o vínculo laboral principal para a maioria dos trabalhadores de nacionalidade estrangeira”.
Em 2020 mais de dois terços dos trabalhadores portugueses por conta de outrem tinham um contrato de trabalho sem termo (69,8%), quando no caso dos estrangeiros apenas cerca de um terço detinha esse tipo de vínculo laboral (35,1%).
Entre as principais nacionalidades dos empregadores estrangeiros, destacam-se os brasileiros (26,7% dos empregadores estrangeiros registados nos Quadros de Pessoal em 2020) e os chineses (16%).
Apesar de os estrangeiros continuarem a apresentar maiores taxas de desemprego do que os nacionais, viram nos últimos anos “diminuir ligeiramente” a sua taxa de desemprego e a distância face aos nacionais.
Em 2020 a taxa de desemprego para os estrangeiros de países extracomunitários fixou-se nos 14,6%, sendo a taxa de desemprego do total da população de 6,7%.
Nos dois últimos anos, verificou-se um aumento do impacto do desemprego registado entre estrangeiros no total de desempregados em Portugal (de 6,2% em 2019, passaram para 9,8% em 2020 e 10,4% em 2021).
A evolução do desemprego nos dois últimos dois anos deve, no entanto, ser enquadrada pelos impactos da pandemia covid-19 na economia portuguesa.
“Este incremento verifica-se também no crescimento dos beneficiários de prestações de desemprego de nacionalidade estrangeira: quase seis vezes mais em 2020, com taxa de variação anual de +440,5%, atingindo o valor inédito de 106.546 em 2020 (incremento semelhante verificou-se entre os portugueses com +244,5% de beneficiários de prestações de desemprego em 2020), passando os estrangeiros a representar 8,2% dos beneficiários de prestações de desemprego em Portugal em 2020”, lê-se no relatório.
À semelhança do verificado nos restantes países europeus, em Portugal os estrangeiros residentes apresentam maiores riscos de pobreza e vivem com maior privação material.
Nos anos de referência do relatório houve “um agravamento no risco de pobreza ou exclusão social tanto nos estrangeiros residentes em Portugal como nos nacionais”.
Em 2020, o risco de pobreza ou exclusão social dos estrangeiros em Portugal foi de 18,9%, subindo para 35% em 2021 (+16 pontos percentuais face ao ano anterior, e +13pp perante o verificado para os nacionais portugueses).
“Ainda que de 2020 para 2021 se observe um forte incremento, a percentagem de residentes estrangeiros em Portugal em risco de pobreza ou exclusão social está ainda longe do valor assumido em 2015, quando o risco de pobreza dos estrangeiros foi de 45,1% (nesse ano +20 pontos percentuais do que o observado para os nacionais portugueses)”, segundo os dados incluídos no estudo.
“Estes resultados associados à maior vulnerabilidade, pobreza e privação dos estrangeiros não induzem, contudo, à sua maior dependência pela proteção social do país”, conclui a autora.
Os estrangeiros, por comparação ao total de residentes em Portugal, continuam a ter menos beneficiários de prestações sociais por total de contribuintes: em 2021, no caso dos estrangeiros a relação é de 50 por cada 100 contribuintes, quando para o total dos residentes a relação é de 77 beneficiários por cada 100 contribuintes.
Em 2021, os estrangeiros passaram a representar 10,1% do total de contribuintes do sistema de segurança social de Portugal, “importância relativa inédita” e “mais expressiva do que a que seria de esperar”, atendendo a que “só representam 6,8% da população residente”.
“A população estrangeira residente em Portugal continua a ter um papel importante para contrabalançar as contas do sistema de Segurança Social, contribuindo para um relativo alívio do sistema e para a sua sustentabilidade”, argumenta.
Sociedade: Lei da eutanásia aprovada no Parlamento «é perversa»
A presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP) afirmou em declarações à Agência ECCLESIA que lei da eutanásia aprovada no Parlamento “é perversa”, por garantir a morte a pedido, sem assegurar “cuidados adequados”.
Presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos afirma que, mais do que garantir a morte a pedido, a legislação deveria assegurar «cuidados adequados»
“Estamos perante um texto que quer permitir à pessoa, com uma doença grave e avançada, poder antecipar a sua morte, porque tem um sofrimento que não tolera. A essa pessoa não garantimos os cuidados adequados, mas vamos passar a garantir a morte a pedido”, alerta Catarina Pazes.
A presidente da APCP lamenta que a associação não tenha sido ouvida pelos partidos que tiveram a iniciativa legislativa sobre a despenalização da eutanásia e considera que os cuidados paliativos são a forma de garantir ao doente a decisão sobre o “processo de fim de vida a pedido”.
“Defendemos que o doente deve participar muito ativamente no seu processo de doença, participar nas decisões, quando a sua vida é marcada por uma doença grave. O acompanhamento por cuidados paliativos facilita esse processo de participação, porque garante ao doente maior conhecimento de toda a situação e planeamento para o futuro”, afirma a enfermeira de cuidados paliativos.
“Um debate sobre a autonomia e sobre a liberdade tem de implicar toda a vivência do processo de doença e não apenas a escolha sobre o momento da morte, se é antecipada ou não, face àquilo que é a natureza”.
Em entrevista emitida no programa Ecclesia (RTP2) esta segunda-feira, Catarina Pazes alerta que “um doente que está num sofrimento intenso e que pede a morte” justifica “a intervenção de uma equipa especializada em tratar sofrimento” e é obrigação do Estado garantir esse acesso, através de equipas de cuidados paliativos.
A presidente da APCP referiu que perto de 100 mil pessoas necessitam de cuidados paliativos e que apenas 30% desses portugueses têm acesso a esse “tratamento adequado”, ficando o sofrimento dos restantes sem “ser atendido”.
“A expressão de ‘desejo de morte’ não significa querer a eutanásia, na esmagadora maioria dos casos. A expressão do desejo de morrer significa um pedido de ajuda, significa que o doente está no sofrimento e não reconhece que este sofrimento esteja a ser atendido”.
Catarina Pazes considera a legislação sobre a eutanásia “extemporânea e incompreensível” e lamenta que a Assembleia da República “tenha assumido esta como uma prioridade” e não enfrente os “problemas gravíssimos” no Sistema Nacional de Saúde para garantir o acesso aos cuidados de saúde “para todos”.
“No contexto que temos, viver no nosso país e ter uma lei da eutanásia, vai ser muito difícil, vai ser impossível proteger os mais frágeis e os mais vulneráveis”, afirmou a enfermeira que há 12 anos trabalha em cuidados paliativos, em Beja, e é presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos.
Miranda do Douro: Piscina municipal apresentou as bicicletas de água
No decorrer do “Natal Aquático” realizado no passado sábado, dia 17 de dezembro, na piscina municipal coberta de Miranda do Douro, foram apresentadas as novas bicicletas de água, para praticar a modalidade de Aqua Training.
O evento desportivo “Natal Aquático”, promovido pelo município de Miranda do Douro, iniciou-se às 9h00, com uma aula de hidroginástica, destinada às pessoas séniores. Às 10h00, houve festa de Natal, na piscina, para as crianças. E a apresentação das bicicletas de água estava marcada para as 11h00.
De acordo com o diretor técnico da Escola de Natação, Francisco Parreira, a piscina municipal de Miranda do Douro é frequentada, semanalmente, por cerca de 300 pessoas.
“Na piscina municipal praticam-se várias modalidades, entre as quais a escola de natação, que é dirigida especialmente para as turmas das crianças, mas também há uma turma de pessoas séniores. Há ainda aulas de natação adaptada para pessoas com incapacidade; natação para bebés; hidrosénior, para pessoas com mais de 55 anos; e há ainda três turmas de hidroginástica, sendo que muitos utentes são os nossos vizinhos espanhóis”, indicou.
Com a aquisição das 10 biclicletas de água, o município de Miranda do Douro, pretende diversificar a prática desportiva na água, ao oferecer aos utentes a modalidade do aquatraninig.
Um dos utentes das piscina municipal de Miranda do Douro, Sérgio Gonçalves, acompanhados dos dois filhos, referiu que a atividade física na água permite, simultaneamente, praticar desporto, divertir-se e também é terapeutico.
“O contato com a água tem um efeito revigorante e liberta-nos do stress. Para as crinças é motivo de diversão. E as biclicletas trouxeram mais novidade e variedade aos exercícios que realizamos dentro de água, disse.
Segundo Francisco Parreira, o investimento na aquisção das bicicletas de água resultou de uma parceria com a empresa Portugal Aquatraining.
“Em maio de 2022, organizámos o I Congresso Internacional “Trás-os-Montes Internacional AquaExpo”, dedicado às atividades aquáticas. No próximo ano, pretendemos organizar a II edição do congresso, de modo a valorizar a piscina municipal e e atrair a vinda de pessoas de todo o mundo”, adiantou.
Para além da prática das vertentes do ensino e da terapia, as piscinas municipais cobertas de Miranda do Douro, têm sido o local de realização de vários estágios das seleções de polo aquático e de natação acrobática.
“Queremos continuar a estabelecer parcerias com as seleções com o objetivo de receber a visita dos jovens atletas em Miranda do Douro”, disse.
As piscinas municipais cobertas de Miranda do Douro funcionam de segunda-feira a sábado, das 9h00 às 12h30. E das 15h00 às 20h00. As aulas de natação são ministradas de terça-feira a sábado.
A primeira aula de aquabike foi ministrada no sábado, dia 17 de dezembro, na piscina municipal de Miranda do Douro.
Futsal: Sendim não conseguiu defender a vice-liderança
Num dos jogos da 8ª jornada do campeonato distrital de futsal, o Grupo Desportivo Sendim recebeu a visita do ACDR Ala e num jogo intenso e discutido até ao final, o desempenho dos guarda redes acabou por ditar a vitória da equipa de Macedo de Cavaleiros.
Os visitantes inauguram o marcador (0-1), aos 11 minutos, na sequência de um passe longo com o desvio final de cabeça.
O jogo realizado no serão do dia 16 de dezembro, no multiusos de Miranda do Douro, iniciou-se com sucessivos ataques de ambas as equipas.
O primeiro ataque com perigo foi da equipa sendinesa, com Quitério a recuperar a bola à defesa visitante, mas o remate final saiu desenquadrado da baliza.
Os visitantes responderam de seguida com um remate defendido pelo guardião sendinês.
Aos 7 minutos, o Sendim volta a criar perigo numa jogada coletiva, com o remate final de Jantarada a ser interceptado pelo guarda-redes do ACDR Ala, Marcelo, que viria a destacar-se nesta primeira parte do jogo.
No minuto seguinte, o guardião visitante impede, com duas defesas consecutivas, o golo aos sendineses.
Aos 10 minutos, o Sendim rematou forte ao poste da baliza adversária.
E quando o Sendim parecia mais próximo do golo, eis que os visitantes inauguram o marcador (0-1), aos 11 minutos, na sequência de um passe longo com o desvio final de cabeça.
No minuto seguinte, os sendineses responderam e obrigaram o guarda-redes visitante a nova defesa apertada. Mas neste balanceamento para o ataque sendinês, a equipa de Macedo de Cavaleiros aproveitou para ampliar a vantagem (0-2), aos 12′, com o guardião Celso, a ser mal batido.
Se do lado visitante, o guarda redes, Marcelo, estava a garantir um bom resultado para a equipa de Ala, do outro lado, o guardião sendinês, Celso, voltaria a cometer um erro, aos 16 minutos, permitindo assim o 0-3.
Chegados ao final da primeira parte, o resultado desnivelado espelhava sobretudo o acerto defensivo dos visitantes, em que o protagonista foi o seu guarda-redes. Do lado, do Sendim, o guardião Celso, estava a ter uma noite desacertada.
Na 2ª parte, o Sendim reduziu a desvantagem para 1-3, por intermédio de Branquinho.
No reatar do jogo, o Sendim entrou melhor, mais espevitado e aos 26 minutos, reduziu a desvantagem para 1-3, por intermédio de Branquinho, num remate forte, cruzado e a meia altura, que ultrapassou finalmente o guardião visitante
Contudo, os visitantes não se atemorizaram, e aos 28′, restabeleceram novamente a diferença de três golos, ao marcar o 4-1, numa transição rápida em que estavam em superioridade numérica.
Aos 30 minutos, o Sendim, conseguiu reduzir para 2-4, numa boa iniciativa de Tiquinho e finalizada por Jantarada.
Os sendineses ainda conseguiram chegar ao 3-4, numa jogada de insistência, que foi concluída por Elvis, aos 36 minutos.
Nos quatro minutos finais, os jogadores sendineses e o público ainda acreditaram que seria possível chegar pelo menos ao empate. Mas os visitantes demonstraram ser uma equipa experiente e habituada a lidar com a pressão e numa transição rápida sentenciaram o jogo ao fazer o 5-3 final.
HA
Equipas
Grupo DesportivoSendim: Branco, Ângelo, Tiquinho, Gaby, Elvis, Daniel, Diogo, Celso, Rúben, Hélder, David, Nélson, Altino e António.
Treinadora: Bina Rodrigues
“Hoje não fomos felizes, quer a defender, quer a atacar, dado que não conseguimos concretizar as oportunidades de golo que criámos. E do outro lado estava uma boa equipa, o Ala, que é constituída por jogadores experientes e com qualidade. Esta derrota faz parte do percurso e continuamos motivados e focados no campeonato de futsal.” – Bina Rodrigues
ACDR Ala: Marcelo, Ricardo, Marcos, Paulo, Pedro, Luís, Rúben, Pedro, Leonardo, Aguiar, Sequeira, Bispo e Antony.
Treinador: Bruno Costa
“Tal como esperávamos viemos defrontar o Sendim, que é uma equipa com qualidade, organizada e acima de tudo muito aguerrida e que luta sempre pelos três pontos, tal como nós. O Ala vem de uma série positiva de bons resultados e quisemos expressar esse bom momento. Neste jogo fomos mais felizes, defendemos bem, jogamos com critério, fomos organizados, jogamos com muita vontade e fomos eficazes na finalização. Um jogo de futsal decide-se cada vez mais nos pormenores e nos duelos individuais.” – Bruno Costa
Emprego: IEFP antecipa candidaturas aos estágios Ativar.pt
As candidaturas aos estágios Ativar.pt abriram no dia 16 de dezembro, com uma dotação orçamental de 75 milhões de euros, depois de o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) ter decidido antecipar a data de abertura em um mês.
A abertura de candidaturas (inicialmente prevista para 16 de janeiro) decorre de 16 de dezembro até 31 de maio de 2023, segundo o aviso de abertura publicado na página do IEFP.
A dotação orçamental afeta a este período de candidaturas é de 75 milhões de euros mas, caso seja atingido o limite da dotação, o IEFP “poderá deliberar por um reforço extraordinário desta dotação ou determinar o encerramento antecipado do período de candidatura”, define o aviso.
A antecipação da data de candidaturas aos estágios profissionais financiados pelo IEFP ocorre depois de ter sido publicada, na segunda-feira, uma portaria do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social em Diário da República que altera algumas regras da medida.
De acordo com a portaria, os estágios do Ativar.pt vão poder ser encurtados de nove para três meses, mediante acordo entre as partes e desde que cumpridas algumas condições.
“Quando a entidade promotora e o estagiário considerem que os objetivos do estágio e o plano de estágio já foram atingidos, a conclusão do estágio e a respetiva certificação pode ser antecipada, mediante acordo escrito entre as partes” desde que tenham decorrido, pelo menos, três meses do estágio, prevê a portaria.
O Governo explica, no preâmbulo, que as alterações refletem os “bons resultados” do programa, sublinhando o atual contexto “de maior competição pelo talento mais qualificado por parte das empresas, e considerando que o objetivo último do estágio é a efetiva integração dos estagiários no mercado de trabalho”.
No âmbito do prémio ao emprego, a portaria prevê que, nas situações em que o estágio seja antecipadamente concluído, “a concessão do prémio ao emprego determina a obrigação de manter o contrato de trabalho e o nível do emprego durante 12 meses a que acresce o período remanescente de estágio não efetivado”.
A portaria estabelece também majorações na comparticipação financeira dos estágios, em função da composição das famílias com filhos (até aos 17 anos) em situação de vulnerabilidade.
Os estágios Ativar.pt arrancaram em 2020 e, de acordo com um balanço feito pelo Ministério do Trabalho em agosto de 2022, até essa altura a medida tinha resultado em 95.083 estágios.
Em 2022, o primeiro período de candidaturas, que ocorreu entre 01 de março e 30 de junho, contou com 21.398 candidaturas que resultaram em 26.761 estágios.
Os valores das bolsas de estágio variam consoante o nível de qualificações, entre cerca de 576 euros para estagiários sem nível de qualificação e cerca de 1.108 euros para quem tem doutoramento.
As candidaturas são apresentadas pelas empresas e as bolsas de estágio são financiadas pelo IEFP em 65% ou 80%, consoante os casos, podendo ainda ser majoradas até 95% quando se trate de pessoas com deficiência, famílias monoparentais, refugiados, entre outras situações.
Podem aderir desempregados inscritos nos serviços de emprego, nomeadamente jovens até aos 30 anos ou pessoas com mais de 30 anos e até aos 45 anos que se encontrem desempregadas há mais de 12 meses com determinado grau de qualificação e pessoas com deficiência e incapacidade.
Economia: Preço do pão deverá voltar a subir em 2023
O preço do pão deverá voltar a subir em 2023, em função do aumento dos custos das matérias-primas e da energia, mas também impactado pela atualização do salário mínimo nacional, adiantou a Associação do Comércio e da Indústria da Panificação (ACIP).
“Muito dependerá da variação dos preços das matérias-primas e energias, mas será muito provável que aumente, até pelo impacto do aumento do salário mínimo”, perspetivou a direção da Associação do Comércio e da Indústria da Panificação (ACIP).
De acordo com a associação, apenas uma parte dos aumentos tem sido refletida no preço pago pelo consumidor, o restante tem sido suportado pelos produtores que, por sua vez, registam uma quebra nas margens de lucro.
Entre janeiro e outubro, verificou-se um crescimento no consumo de pão e pastelaria em Portugal, impulsionado pelo turismo.
Porém, sobretudo no último trimestre do ano, a inflação veio penalizar esta evolução positiva.
Os consumidores passaram assim a escolher produtos mais económicos, de menores dimensões e também numa quantidade mais reduzida.
“O cliente procura pães mais baratos. Não deixa de comprar produtos de pastelaria, mas nota-se uma redução do consumo deste tipo de produtos”, sublinhou a ACIP.
Apesar de não avançar números, a associação estima que as encomendas para a época do Natal vão estar abaixo das realizadas no ano passado.
Em outubro, no âmbito do acordo de médio prazo de melhoria de rendimentos, o Governo avançou com uma proposta para aumentar o salário mínimo dos atuais 705 euros para 760 euros em janeiro de 2023.
O executivo propõe que o salário mínimo evolua para 760 euros em 2023, para 810 euros em 2024, para 855 euros em 2025 e para 900 euros em 2026.