Entrevista: «Desde que o homem queira tudo se faz» – Abílio Barril

Dia da Cidade, 10 de julho

Entrevista: «Desde que o homem queira tudo se faz» – Abílio Barril

Abílio Domingues Pires Barril é o atual presidente da freguesia de Miranda do Douro, cargo que lhe foi confiado em quatro mandatos. Ao celebrar o dia da Cidade, 10 de julho, disse que Miranda do Douro (e todo o concelho) tem um enorme potencial para crescer, mas é preciso força de vontade para o realizar.

Abílio Barril, presidente da freguesia de Miranda do Douro.

A política

Começou a participar na política local sem qualquer ambição pessoal. Foi encorajado pelas pessoas que veem nele uma pessoa íntegra, coerente e dedicada. Inspirou-se no exemplo de um amigo espanhol, ex-alcaide de Alcañices que afirmava: “Para mim, a política são as pessoas”. Passados 16 anos de dedicação à causa pública, o atual presidente da freguesia de Miranda do Douro, diz que a primeira condição para exercer um cargo político é a retidão. “Tem que ser-se honesto consigo próprio e com as outras pessoas”, diz.

Ao refletir sobre o que aprendeu na política ao longo dos anos disse que este trabalho não é de uma pessoa só. “É um trabalho de equipa”. Na freguesia de Miranda do Douro, por exemplo, a equipa é constituída pelo presidente, pelo vice-presidente, o secretário e o tesoureiro. “As decisões são tomadas em conjunto”, explicou.

“Para mim, a política são as pessoas”.

Terra de Miranda – Notícias: Miranda do Douro foi elevada a cidade no dia 10 de julho de 1545, pelo rei D. João III. Na sua perspetiva, que momentos foram mais marcantes nestes 476 anos da cidade?

Abílio Barril: Miranda do Douro foi o berço da diocese, aqui foi construída a Sé Catedral e outrora esta cidade foi um importante centro religioso, cultural e económico da região. Nas décadas 1950/ 60, a cidade cresceu muito com a construção das barragens de Picote e de Miranda e por cá passou muita gente boa e amiga. A passagem internacional para a vizinha Espanha permitiu desenvolver o comércio e o turismo. Mas depois, Miranda do Douro parou no tempo e não acompanhou o desenvolvimento de outras cidades.

T.M.N.: Porque razão a cidade não conseguiu desenvolver-se mais?

A.B.: Miranda do Douro foi sempre desprezada pelos sucessivos governos. E refiro, por exemplo, o desmantelamento da linha ferroviária do Sabor, que terminava em Duas Igrejas e que estranhamente nunca chegou à cidade. Agora volta a falar-se da possibilidade de trazer o comboio novamente para Trás-os-Montes.

“Nas décadas 1950/ 60, a cidade cresceu muito com a construção das barragens de Picote e de Miranda e por cá passou muita gente boa e amiga.”

T.M.N.: Em vez de investimento, houve desinvestimento?

A.B.: Sim, e o exemplo do comboio é bem elucidativo. Muitas vigas da linha ferroviária foram roubadas e as estações continuam ao abandono e a degradar-se como é o caso da estação de Duas Igrejas. E é com tristeza que não vejo nem os políticos nem os jovens a interessarem-se pela recuperação deste património edificado na nossa terra.

T.M.N.: O que podem fazer os políticos locais para mudar esta realidade?

A.B.: À autarquia compete chamar à atenção e pressionar o governo para a recuperação destes imóveis de interesse público e que são também locais de interesse histórico e turístico. Quando se reivindica, não perdemos nada! E a autarquia deve começar por aí, por reivindicar. Já o ditado ensina que “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”. Não podemos é ficar calados e mudos.

“À autarquia compete chamar à atenção e pressionar o governo para a recuperação destes imóveis de interesse público e que são também locais de interesse histórico e turístico.”

T.M.N.: Que outros desinvestimentos houve em Miranda do Douro?

A.B.: Também a construção do Itinerário Complementar (IC5) parou inexplicavelmente em Duas Igrejas e não chegou à cidade Miranda do Douro. A instalação do polo universitário da UTAD, que chegou a ter cerca de 500 estudantes, também trouxe muito dinamismo à cidade. Mas passados uns anos encerrou. Temos um centro de saúde, com instalações, valências e condições para funcionar como um hospital, mas na prática, encerra às 22h00. A partir dessa hora, as pessoas doentes são obrigadas a deslocar-se para Mogadouro (46 km) ou para Bragança (72 km). E para agravar ainda mais a situação, em Bragança há falta de médicos especialistas, o que nos obriga a ir para o Porto. Também nos transportes públicos, estamos muito mal servidos. E com a pandemia, as viagens de autocarro para Bragança e para o Porto chegaram mesmo a estar suprimidas.

“A instalação do polo universitário da UTAD, que chegou a ter cerca de 500 estudantes, também trouxe muito dinamismo à cidade. Mas passados uns anos encerrou.”

T.M.N.: Se todos estes investimentos tivessem permanecido em Miranda do Douro, a cidade seria outra?

A.B.: Não tenho dúvidas que, com o comboio, o IC5, o polo universitário e o hospital, a cidade de Miranda do Douro teria crescido muitíssimo mais e estaria ao nível de Bragança ou outras cidades de média dimensão.

T.M.N.: Acha possível que Miranda do Douro volte a ter novamente um polo universitário?

A.B.: Desde que o homem queira tudo se faz.

T.M.N.: O turismo, e em particular a visita regular dos vizinhos espanhóis, continua a ser a principal atividade económica da cidade?

A.B.: Sim, graças a Deus, vamos sabendo aproveitar e otimizar a passagem internacional com Espanha, o que nos traz muitos espanhóis ao comércio local e à restauração. Mas com a atual pandemia, até esta mais-valia de ser uma cidade fronteiriça está em risco.

“Sim, graças a Deus, vamos sabendo aproveitar e otimizar a passagem internacional com Espanha, o que nos traz muitos espanhóis ao comércio local e à restauração.”

T.M.N.: Como vê a atual luta e reivindicação do Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM) por melhores condições de vida para esta terra e estas gentes?

A.B.: Acho que a reivindicação é mais do que justa. A EDP enriqueceu à custa destas barragens e das condições ímpares que esta região do Douro Internacional oferece para a produção de energia elétrica. Portanto, a região e a sua população tem o direito de usufruir da riqueza aqui produzida.

T.M.N.: Que futuro antevê para Miranda do Douro?

A.B.: No imediato, o mundo tem que vencer esta epidemia. Por isso, vamos esperar que isto passe depressa. Espero que Miranda do Douro se desenvolva, porque a cidade e o concelho têm muito potencial. Gostaria sobretudo de ver a gente nova a fixar-se e a trabalhar no concelho.

T.M.N.: Mas os jovens não querem ficar no interior dado que aqui há poucas oportunidades.

A.B.: Quando ouço dizer que Miranda do Douro é uma cidade do interior e que, por isso, tem dificuldade fixar os jovens, penso nas cidades da Guarda, da Covilhã e tantas outras cidades do interior. Estas cidades têm estabelecimentos de ensino superior, têm hospitais, tem boas vias de comunicação, têm indústrias e serviços, etc.. E nós, porque é que não temos direito a beneficiar das mesmas condições?

“A região e a sua população tem o direito de usufruir da riqueza produzida pelas barragens.”

T.M.N.: As próximas eleições autárquicas estão agendadas para o dia 26 de setembro. Fazendo uso da sua vasta experiência como autarca, que conselho daria aos jovens que decidem participar na vida política?

A.B.: Quem queira participar mais ativamente na vida política, aconselharia a fazê-lo pouco a pouco e a ir aprendendo. Ao exercer um cargo político, temos que aprender a estar com as pessoas e a escutá-las. Há vezes em que temos de as defender. Mas também não podemos dizer “ámen” a tudo. Primeiro há que esclarecer bem as coisas. E depois trabalhar e confiar que tudo se resolve.

T.M.N.: A vida de autarca tira muito tempo para a vida familiar?

A.B.: Se soubermos ser disciplinados, há tempo para tudo, para a família, para o trabalho e para estar com os amigos.

“Ao exercer um cargo político há que aprender a estar com as pessoas e a escutá-las.”


Perfil:

Abílio Domingues Pires Barril nasceu em Miranda do Douro, no dia 15 de março de 1942. O seu pai foi guarda-fiscal em vários postos, o que fez com que frequentasse a escola primária em várias aldeias do concelho. Concluiu a quarta-classe em Miranda do Douro e aos 11 anos foi para estudar para os seminários das Missões Católicas Ultramarinas, em Tomar e depois em Cernache do Bonjardim. Diz que o seminário foi uma autêntica escola. Na vida comunitária aprendeu a ser justo consigo mesmo e com os outros. Foi também no seminário que aprendeu a conhecer melhor a Cristo e a Igreja. E foi graças a essa educação, que ainda hoje guarda e pratica os bons princípios cristãos. “Foi no seminário que aprendi a dar a Deus o primeiro lugar na minha vida”, disse.

Trabalhou na construção das barragens de Miranda do Douro e de Bemposta. E em 1964, foi chamado para cumprir o serviço militar obrigatório, na Escola Prática de Infantaria, em Mafra. Nesse ano, já decorria a guerra nas ex-colónias e Abílio Barril, como tantos outros jovens dessa época, preparava-se para partir para a guerra. Após cinco meses de recruta e a aquisição de várias especialidades, entre as quais a de atirador, integrou um batalhão de Artilharia, em Oeiras, para embarcar para a guerra, em Angola. Aí, combateu ao longo de dois anos.

Regressou a Portugal em agosto de 1967. Casou em 1968 e foi pai de duas filhas. Foi bombeiro voluntário ao longo de 37 anos. Trabalhou no posto zootécnico de Malhadas, como técnico auxiliar, até à idade da reforma. Ao desempenhar essa atividade ligada à pecuária, acompanhou de perto o desinvestimento na agricultura do planalto mirandês. Os campos propícios ao cultivo de cereais passaram a ser ocupados por floresta, ou então, foram simplesmente abandonados. Abílio Barril ainda se recorda-se da construção dos silos de cereais em Mogadouro e em Bragança. “Os silos foram um sinal evidente de que, outrora, o nordeste transmontano era uma potência na produção de cerais, como o trigo e o centeio.”

HA

Homenagem: Trás-os-Montes comemora centenário do pai da agricultura transmontana – Camilo Mendonça

Homenagem: Trás-os-Montes comemora centenário do pai da agricultura transmontana – Camilo Mendonça

A região de Trás-os-Montes vai comemorar, a partir de 7 de julho, o centenário do nascimento de Camilo Mendonça, conhecido como o pai da agricultura transmontana por ter idealizado o que é hoje o setor agropecuário na região.

Na região ficou conhecido como o Engenheiro Camilo Mendonça.

Há 60 anos, foi ele quem elaborou o plano que deu origem à maior reforma agrária de sempre no nordeste transmontano. O antigo complexo do Cachão é a sua maior obra. Mas a sua ação está muito presente em toda a agricultura transmontana.

A região vai prestar-lhe homenagem com um ciclo de conferências, entre 7 e 23 de julho, organizado em conjunto pela Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Montes, o Instituto Politécnico de Bragança (IPB), a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte e organizações da lavoura.

A CIM anunciou que o programa comemorativo integra também uma sessão de homenagem a Camilo de Mendonça, presidida pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na sexta-feira, 09 de julho.

Camilo Mendonça foi padrinho de batismo de Marcelo Rebelo de Sousa, que irá passar, segundo o programa divulgado pela organização, “pelos concelhos com maior ligação ao homenageado”.

A primeira passagem será por Macedo de Cavaleiros, concelho onde casou e residiu Camilo Mendonça e onde será depositada uma coroa de flores junto ao busto do homenageado, seguindo-se Vilarelhos, em Alfândega de Fé, aldeia onde nasceu, e onde se encontra o jazigo da família.

Na aldeia será celebrada uma missa pelo bispo da diocese de Bragança-Miranda, Dom José Cordeiro, e, depois de uma passagem pela barragem do Peneireiro, em Vila Flor, o dia termina com uma sessão em Mirandela.

Esta é apenas uma das etapas do programa comemorativo com um ciclo de conferências, com transmissão online, nos concelhos de Alfândega da Fé, Bragança, Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavaleiros, Vila Flor e Vila Real e que termina a 23 de julho, dia em que Camilo Mendonça faria 100 anos.

Camilo Mendonça nasceu a 23 de julho de 1921 e morreu com 62 anos, tendo deixado como legado uma “revolução” na agricultura da região de onde é natural, apesar de ter vivido nos corredores do poder do Antigo Regime, no qual ocupou vários cargos.

O engenheiro agrónomo pensou, na década de 1960 o redimensionamento das propriedades agrícolas, a mecanização, a introdução de novas culturas, a criação de cooperativas agrícolas, a comercialização de produtos e quase meia centena de barragens para garantir o regadio.

Assim chegaram à região as primeiras ceifeiras debulhadoras, a lavoura ganhou novos produtos como a cereja, morango, pepino ou tomate e o Complexo Agro Industrial do Cachão (CAICA), que deu a conhecer em Lisboa, há 60 anos, produtos locais como a azeitona “negrinha de Freixo”.

Muito do que existe hoje na agricultura transmontana é herança de Camilo Mendonça que não teve tempo de concluir a reforma agrária que idealizou.

Conotado com o Estado Novo, fugiu para o Brasil depois da revolução de 1974 e, por lá, assistiu ao desmantelar do Cachão que funcionou até à década de 1980 e chegou a empregar cerca de mil trabalhadores.

As Câmaras de Mirandela e Vila Flor pegaram no antigo complexo e estão a tentar revitalizar o espaço com um plano de recuperação ambiental e de base tecnológica.

Camilo Mendonça regressou a Portugal doente e morreu, em Oeiras, em 1984.

O “engenheiro” foi presidente do Grémio de Importadores e Armazenistas de Azeite e da Junta de Exportação do Café e foi também o primeiro Presidente da RTP-Rádio Televisão Portuguesa- entre 1956 e 1959.

Foi deputado à Assembleia Nacional, pelas listas da União Nacional, em três legislaturas com enfoque na situação económica e social do interior do país.

A partir de 1962 dedicou-se à construção do Complexo Agroindustrial do Cachão e cooperativas agrícolas do Nordeste Transmontano.

Os organizadores das comemorações do centenário do nascimento salientam que “o legado da sua obra mudou radicalmente o panorama económico e social do nordeste transmontano”.

Lusa | HA

Investigação: Buscas em 11 locais para apurar venda das barragens pela EDP

Investigação: Buscas em 11 locais para apurar venda das barragens pela EDP

O Ministério Público e a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) realizaram buscas em 11 locais no país, no âmbito da investigação ao negócio da venda da concessão de seis barragens pela EDP, a um consórcio francês.

Uma nota publicada na página da internet do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), que dirige o inquérito, refere que as buscas se realizaram em Lisboa, Porto, Amadora e Miranda do Douro, numa investigação que está a ser efetuada pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).

Segundo o DCIAP, estas buscas decorreram em instalações de barragens, escritórios de advogados, um organismo do Estado, uma sociedade de contabilidade e sociedades ligadas ao setor hidroelétrico.

Na nota, o Ministério Público não avança qual o organismo do Estado que está a ser alvo de buscas.

O DCIAP avança que o processo investiga factos relacionados com o negócio da transmissão de seis barragens do grupo EDP para o consórcio francês integrado pela Engie, Crédit Agricole Assurances e Mirova (Grupo Natixis), estando em causa suspeitas da prática de crime de fraude fiscal.

Na operação intervieram 29 inspetores da Unidade dos Grandes Contribuintes (UGC), 37 inspetores da Direção de Serviços de Investigação da Fraude e de Ações Especiais (DSIFAE), incluindo 10 especialistas do núcleo de informática forense, contando ainda com 28 militares da Unidade de Ação Fiscal da GNR, incluindo dois especialistas em informática forense.

Nas diligências participam sete magistrados do Ministério Público e cinco magistrados judiciais.

O DCIAP precisa ainda que o inquérito se encontra em segredo de justiça.

A EDP já tinha confirmado à Lusa ter sido alvo de uma operação de busca da Autoridade Tributária (AT), por alegada fraude fiscal, no âmbito do negócio da venda de seis barragens no rio Douro.

Em causa está a venda, concluída em 17 de dezembro, por 2,2 mil milhões de euros de seis barragens da EDP na bacia hidrográfica do Douro (Miranda, Bemposta, Picote, Baixo Sabor e Foz-Tua) ao consórcio francês.

Lusa | HA

Vimioso: Mantas para o turismo de natureza

Vimioso: Mantas para o turismo de natureza

A tradicional manta da merenda nas jornadas agrícolas, está a ser recuperada em Vimioso como um atrativo turístico e ambiental.

“Lançar a Manta” é o nome do projeto turístico-ambiental, que permite conhecer os locais de interesse no concelho de Vimioso enquanto saboreia uma merenda na “manta” deste belo território.

Segundo a autarquia local, no concelho vimiosense oito há oito locais de visita obrigatória: o Castelo de Algoso, o parque temático PINTA, a atalaia, o parque de merendas de Pinelo, o santuário de São Bartolomeu de Argozelo, a aldeia de São Joanico, o parque de merendas de Angueira, os cabanais de Caçarelhos e a Capela de Santa Bárbara.

A requisição da manta por parte dos turistas pode ser feito no PINTA e também nas unidades hoteleiras e de restauração aderentes, pressupondo uma caução de 20 euros ou documento de identificação.

A manta pode também ser usada pelos turistas nos percursos pedestres do concelho de Vimioso, todos eles passam por locais de paisagens deslumbrantes onde apetece descansar, merendar e desfrutar da tranquilidade que estes locais proporcionam.

Com a iniciativa “Lançar a manta”, o município de Vimioso pretende dar visibilidade a uma peça artesanal presente “em todas as casas transmontanas, muito associadas aos trabalhos agrícolas, porque a meio da jornada de trabalho são estendidas e sobre elas é disposta a merenda”.

Depois da merenda comida, a manta serve ainda para alguns momentos de descanso, antes de regressar ao trabalho.

“São peças artesanais, construídas com sobras de diversos tecidos, que depois de cortados em tiras, tantas vezes juntas com nós, se enrolam de maneira a fazer novelos e poderem ser trabalhadas nos teares tradicionais, ainda bem presentes no concelho de Vimioso”, informa o município, em comunicado.

Apesar da utilidade, estas mantas não são consideradas “uma peça de valor, mas o município de Vimioso acredita que, não só lhe vai reconhecer o devido valor, como pode fomentar o seu uso com a criação de um novo produto que vai complementar a oferta turística do concelho ligada à natureza”.

O município propõe-se ainda “incentivar os estabelecimentos do setor do turismo, restauração e similares a criar o serviço de preparação de piqueniques, feitos à base de produtos regionais”.

Lusa | HA

Reportagem: Jovens empreendedores

Reportagem: Jovens empreendedores

Ser empreendedor é ser capaz de transformar dificuldades em oportunidades. Para isso, é necessária a capacidade de planear e executar, a resiliência e a criatividade. Foi o que fizeram Isabel Sá e Alfredo Cordeiro, dois jovens que com a lã das ovelhas e a fruta dos pomares criaram os projetos “Lhana” e “Cristus”. (Por Hugo Anes)

O projeto “Lhana”, da autoria de Isabel Sá, surgiu em 2012, quando a jovem engenheira do ambiente, trabalhava pela associação ALDEIA, junto dos criadores de ovinos de raça churra galega mirandesa. Da comunicação com os pastores apercebeu-se que a lã dos ovinos, que antigamente era utilizada na confeção do vestuário, era um encargo para os criadores, pois não sabiam o que fazer com essa matéria-prima. Isso surpreendeu-a bastante. “Como é que a lã não tem utilidade?” – questionou-se. A partir daí debruçou-se sobre este problema e veio a concluir que, para além do valor histórico e cultural, a lã poderia ser reaproveitada para novos usos.

A oportunidade

Isabel Sá decidiu ela própria investir no aproveitamento e transformação da lã dos ovinos. Começou por comprar a lã aos criadores a um preço justo. E de seguida, recuperou antigos ofícios, como a fiação manual, a tecelagem e confeção de malhas. Para realizar este trabalho encontrou muitas senhoras que ainda sabem fiar e tecer à mão. No entanto, constatou que apenas as pessoas mais velhas saibam estes ofícios e não se transmita este conhecimento aos mais jovens. “Este conhecimento merece ser preservado, valorizado e transmitido”, alerta.

“Como é que a lã não tem utilidade?” – questionou-se. A partir daí debruçou-se sobre este problema e veio a concluir que, para além do valor histórico e cultural, a lã poderia ser reaproveitada para novos usos.

O ciclo da lã

Isabel Sá aprendeu a manusear a lã e agora transmite este conhecimento através do workshop “O ciclo da lã”. Nesta atividade, a engenheira ambiental dá a conhecer as diversas fases de manuseio desta matéria-prima, onde são feitas demonstrações de lavagem, cardação, fiação, tinturaria, malha e tecelagem.

“A lã dá muito trabalho” – diz. E explica que o ciclo da lã começa no pastoreio. “Depois da tosquia, a lã tem que ser lavada, aberta, cardada ou penteada dependendo do objetivo de fazer fio ou feltro”. Outras tarefas são a fiação manual com a roca e o fuso, a tinturaria e a tecelagem. “Todas estas etapas são demoradas”, disse.

Os vários produtos

No projeto ‘Lhana’ transforma-se a lã em vários produtos finais: fios de lã, estojos didáticos, sabonetes esfoliantes e artigos em feltro.

Atualmente, Isabel Sá está a desenvolver novos produtos com a técnica do feltro. “Tenho aproveitado este período da pandemia para fazer várias formações online, com gente de todo o mundo e depois aplico esse conhecimento no desenvolvimento de novos produtos”, revelou.

“A lã dá muito trabalho. O ciclo começa no pastoreio e depois da tosquia, a lã tem que ser lavada, aberta, cardada ou penteada dependendo do objetivo de fazer fio ou feltro.”

Ser empreendedor

Os produtos do projeto ‘Lhana’ já estão à venda nos Museus da zona norte e também noutras lojas espalhadas pelo país. Simultaneamente, Isabel Sá, está a trabalhar na construção de um site, que sirva de montra digital e permita um contato mais direto com o público.

Em 2018, o projeto ‘Lhana’ foi vencedor do Prémio Empreendedorismo e Inovação Crédito Agrícola. Este prémio foi um reconhecimento do projeto de Isabel Sá, como uma boa prática ligada à sustentabilidade ambiental. Perguntámos à premiada, o que é preciso para ser-se empreendedor, ao que a jovem engenheira ambiental respondeu: “Ter gosto pelo que se faz, ser curioso e interessado é meio caminho andado!”

Em 2018, o projeto ‘Lhana’ foi vencedor do Prémio Empreendedorismo e Inovação Crédito Agrícola.

Política: PJ fez buscas em várias Câmaras Municipais do Douro Superior

Política: PJ fez buscas em várias Câmaras Municipais do Douro Superior

A Polícia Judiciária (PJ) efetuou na terça-feira, dia 15 de junho, diligências no âmbito de investigações, nos municípios de Torre de Moncorvo, Freixo de Espada à Cinta, Mogadouro e Miranda do Douro, informaram as autarquias.

Para além das autarquias também foram solicitados à Associação de Municípios do Douro Superior (AMDS), vários documentos relacionados com uma investigação a uma sociedade de advogados.

O presidente da Câmara de Torre de Moncorvo, Nuno Gonçalves, disse que foram solicitados vários documentos que foram entregues aos inspetores.

“Foram solicitados documentos relacionados com processo em causa entre o período de 2011 até 2021”, indicou o também presidente da AMDS.

A PJ também passou pela Câmara de Miranda do Douro, no âmbito de uma outra investigação, relacionada com a sinalética e limpeza da Rota Pedestre do Douro Internacional, informou o presidente da Câmara, Artur Nunes.

“A autarquia colaborou com os inspetores tendo disponibilizado toda a documentação solicitada”, acrescentou o autarca.

Lusa | HA

Reportagem: Ora et labora

Reportagem: Ora et labora

As Irmãs da Ordem Cisterciense da Estrita Observância (OCSO), conhecidas como monjas trapistas, chegaram a Portugal em outubro de 2020 para fundar o Mosteiro de Santa Maria, Mãe da Igreja, em Palaçoulo, um local que já é uma referência de oração e de trabalho, com a identidade do Evangelho. (por Hugo Anes)

A comunidade das Irmãs Trapistas, em Palaçoulo. (HA)

A Irmã Giusy Maffini é a superiora do novo mosteiro trapista de Santa Maria, Mãe da Igreja, em Palaçoulo. Ela foi uma das primeiras irmãs a chegar a Portugal e contou que esta aventura começou com um desejo que havia na ordem Cisterciense da Estrita Observância (OCSO): o de voltar a ter uma presença em Portugal.

Este desejo começou a tornar-se realidade em 2017, aquando do centenário das Aparições de Nossa Senhora, em Fátima. Nesse ano, a comunidade de monjas trapistas, ligada ao Mosteiro de Vitorchiano, em Itália, encontrou-se com o Bispo de Bragança-Miranda, Dom José Cordeiro, que se disponibilizou para acolher o mosteiro trapista, na diocese transmontana. Este acolhimento foi para as irmãs um “sinal de Deus”.

No ano seguinte, em 2018, o Mosteiro de Santa Maria, Mãe da Igreja, começou a ser construído no lugar do Alacão, na freguesia de Palaçoulo (Miranda do Douro). Os terrenos foram doados pela paróquia de S. Miguel de Palaçoulo, em colaboração com 25 paroquianos e a junta de freguesia local.

Para a superiora da comunidade das irmãs trapistas, a irmã Giusy, esta localização é a ideal para a forma de vida das religiosas. “A ordem cisterciense sempre procurou lugares desertos e isolados, onde pudessem dedicar-se com maior disponibilidade à oração e ao trabalho”, disse.

A hospedaria do mosteiro já está construída e começou a receber os primeiros hóspedes: estudantes, pessoas que querem fazer retiros e até mesmo famílias, todos podem hospedar-se no novo espaço. Aí, os hóspedes podem partilhar com as irmãs trapistas um tempo da sua vida, em retiro, individualmente ou em grupo, ao acompanhar as religiosas nos momentos de oração, na capela.

Pela estadia na hospedagem não existe um preço estabelecido. “As pessoas oferecem o que quiserem. Há pessoas que oferecem muito mais do que aquilo que precisamos. E outras oferecem menos. Nós seguimos a regra de São Bento, que nos ensina a acolher os hóspedes como se fosse o próprio Cristo”, revelou a superiora da comunidade trapista.

“Seguimos a regra de São Bento, que nos ensina a acolher os hóspedes como se fosse o próprio Cristo” – Irmã Giusy Maffini

Se a hospedaria já está funcionamento, o mosteiro vai começar a ser construído no final do verão e vai decorrer ao longo dos próximos anos. Esta construção vai ser financiada pela ordem religiosa cisterciense e espera pelo apoio outras congregações religiosas, de donativos e da venda de alguns produtos.

“Ainda não temos todo o dinheiro necessário para a construção do mosteiro. A nossa ordem disponibilizou-se para ajudar e também agradecemos a generosidade das pessoas. Confiamos que aquilo que Deus inicia, também vai concluir”, disse a irmã Giusy.

A par da vida de oração, as monjas trapistas procuram ganhar a vida com o seu trabalho. Para além dos produtos de confeitaria, como são as compotas, bolachas e doces, também fabricam peças de artesanato, como os terços, livros e outros artigos religiosos.

O dia-a-dia das irmãs começa muito cedo. Às 3h30 da manhã rezam a oração das vigílias, é a primeira oração do dia, durante a qual relembram o amor de Deus pelo povo de Israel e pela humanidade. “O nosso primeiro trabalho é procurar a Deus e tentar viver o Evangelho entre nós. Esta é a nossa principal missão, que consiste em viver numa autêntica comunhão entre nós para assim converter o nosso coração”, explicou a irmã Giusy.

De segunda a sexta-feira, a eucaristia é celebrada às 8h00 da manhã, pelo pároco da aldeia, o padre António Pires. Aos sábados, cabe ao Bispo da diocese, Dom José Cordeiro ou ao vigário geral, Monsenhor Adelino Paes presidir à celebração eucarística, às 12h00. Ao Domingo, a Eucaristia Dominical celebra-se às 8h30.

O mosteiro é um lugar de contemplação, de silêncio e de paz e quem se aproxima deste local recebe a vida que cativou estas mulheres corajosas. – Dom José Cordeiro, Bispo de Bragança-Miranda

A Irmã Giusy, superiora da comunidade trapista revelou que as irmãs estão a gostar de viver em Palaçoulo. “Sim, vale sempre a pena servir a vida, em qualquer lugar do mundo. O que mais gosto nesta região de Palaçoulo é o sossego. A natureza é lindíssima. E a alma repousa neste ambiente.”

Num mosteiro de vida monástica, a comunidade das irmãs trapistas vive para a oração, o trabalho e o acolhimento. Se para muitos este estilo de vida causa estranheza, para as religiosas é uma vida cheia de sentido e de beleza. “É verdade que é uma vida de ascese, mas é também uma vida linda”, revelou a irmã Giusy.

De acordo com o monsenhor Adelino Paes, vigário-geral da diocese de Bragança-Miranda, o mosteiro e a presença das irmãs trapistas, em Palaçoulo, já é uma referência. “Aqui reza-se. Aqui as pessoas encontram-se com Deus, descansam e sentem-se bem. As irmãs, com a sua oração, trabalho e ação contínua são como um para-raios para benefício deste concelho e de toda a diocese.”

“É verdade que é uma vida de ascese, mas é também uma vida linda” – Irmã Giusy Maffini


Celebração da eucaristia, na capela da hospedaria do Mosteiro de Santa Maria, Mãe da Igreja, em Palaçoulo.

Cultura: «A pintura também se aprende» – Balbina Mendes

Cultura: «A pintura também se aprende» – Balbina Mendes

Após vários meses sem mostras culturais por causa da pandemia, a Casa da Cultura de Vimioso inaugurou a exposição de pintura “O Rosto, Máscara intemporal”, da autoria de Balbina Mendes, que pode ser visitada até 18 de julho.

A artista Balbina Mendes apresentou a coleção “O rosto, máscara intemporal”

A apresentação da exposição realizou-se no serão do dia 3 de junho, e estiveram presentes o presidente da Câmara Municipal de Vimioso, Jorge Fidalgo e demais membros do executivo, assim como inúmeras pessoas que puderam contemplar as obras da artista plástica, ao som do grupo musical “Hardança” e da interpretação poética de Duarte Martins.

Terra de Miranda – Notícias: Balbina Mendes nasceu em 1955, em Malhadas, Miranda do Douro. Quando descobriu o gosto pela pintura?

Balbina Mendes: Sempre tive uma aptidão natural para a imagem e as artes visuais. E quando tive oportunidade aprofundei os conhecimentos sobre a pintura, o que se revelou muito importante, pois a pintura também se aprende. E assim, o que inicialmente era uma tendência e uma vontade de pintar, hoje é algo mais pensado e assente no conhecimento.

T.M.N.: Decidiu estudar e concluiu um Mestrado em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP). O que se aprende na Faculdade de Belas Artes?

B.M.: Na faculdade de Belas Artes, no Porto, aprendi muito porque tive professores de excelência. E também aprendi muito com os colegas. Para além disso, o ambiente académico exige o trabalho de investigação, onde me confrontei e analisei outras linguagens e abordagens, o que foi muito importante. Em suma, a pintura também se aprende, também se estuda e é assim que se evolui nesta área.

T.M.N.: Em 1989, no Porto, mostrou pela primeira vez os seus trabalhos numa exposição coletiva, que viria a ser um êxito. Foi esta exposição que a motivou a enveredar pela carreira artística?

B.M.: Sim, foi a minha primeira participação como artista autodidata numa exposição coletiva com outros artistas. Correu muito bem, o que me deu ânimo para continuar. Depois, em 1995, fiz a primeira exposição individual, no centro Paulo Quintela, em Bragança.

T.M.N.: Atualmente Balbina Mendes dedica-se em exclusivo à pintura. Mas antes foi professora, é assim?

B.M.: Sim, fui professora do primeiro ciclo e trabalhei com crianças durante muitos anos. Foi uma experiência muito enriquecedora, porque as crianças são muito criativas e aprende-se muito com elas. Algumas destas crianças, antigos alunos com quem mantenho contato, dizem-me que optaram pela carreira artística, inspirados pelas exposições, pelos ateliers de artistas e práticas de arte dramáticas que realizámos na escola. É gratificante saber isso.

T.M.N.: Para se dedicar por inteiro à pintura teve que deixar o ensino?

B.M.: Sim, não era possível compatibilizar as duas atividades. Na altura, já tinha idade e tempo de serviço suficiente para sair do ensino com alguma tranquilidade financeira, o que me permite dedicar-me por inteiro à pintura.

T.M.N.: Que exposição é esta “O Rosto, Máscara Intemporal”?

B.M.: Esta exposição é uma evolução do processo dedicado às máscaras. A primeira máscara que pintei foi a máscara medonha do chocalheiro de Bemposta. Essa primeira pintura deu aso a que pintasse as quarenta máscaras dos rituais de inverno de Trás-os-Montes e Alto Douro. A atual exposição “Rosto, Máscara Intemporal” é uma evolução e significa que o conceito “máscara” não tem tempo, não tem limite, não esgota. É, portanto, um manancial.

T.M.N.: Esta coleção intima-nos a ver. Nestas pinturas sobressai o olhar?

B.M.: Sim, esta exposição é diferente. Eu senti necessidade de agarrar o olhar do representado, uma vez que ele está atrás de uma máscara. E esse olhar comunica com o interlocutor, com o público, confrontando-o. Curiosamente, é pelo olhar que eu começo cada pintura. Se eu conseguir que aquele olhar comunique comigo, eu avanço com a pintura. Se não, se aquele olhar ficar insípido ou desviado não avanço e recomeço outra pintura. É importante que o olhar do mascarado comunique com quem o está a ver.

T.M.N.: Tem realizado muitas exposições do seu trabalho em Trás-os-Montes. Sente-se acarinhada pelos transmontanos?

B.M.: Sim, sinto-me muito acarinhada. Creio que já expus em todas as cidades e vilas transmontanas. A minha pintura, por norma, é facilmente interpretável. Esta nova coleção, talvez nem tanto e por isso, em algumas das pinturas coloquei uma pequena memória descritiva para ajudar as pessoas nessa interpretação. Está programado que esta série de pinturas seja exibida em todas as cidades e vilas transmontanas, até 2023.

Até 18 de julho, a exposição “O Rosto, Máscara Intemporal” pode ser visitada na Casa da Cultura de Vimioso, de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 12h30 e das 13h30 às 17h00. Aos sábados, Domingos e feriados o horário de visita é das 14h30 às 17h30 horas.

Perfil:

Balbina Mendes, artista plástica

Nasceu em 1955, em Malhadas (Miranda do Douro). Concluiu um mestrado em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Reside e tem atelier em Vila Nova de Gaia. Realizou diversas exposições individuais em Portugal e no estrangeiro. Participou em inúmeras exposições coletivas. Para mais informação consultar: www.balbinamendes.com

HA

Vimioso: Reabilitação do Posto Territorial da G.N.R.

Vimioso: Reabilitação do Posto Territorial da G.N.R.

Foi assinada a empreitada de reabilitação do edifício do posto territorial da G.N.R de Vimioso, cujas obras vão custar 750 mil euros.

Na cerimónia de assinatura do auto de consignação da empreitada, realizada no dia 28 de maio, no edifício do Posto Territorial da G.N.R de Vimioso, estiveram presentes o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, a secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira e o comandante geral da G.N.R, Tenente General Rui Clero.

Em comunicado no sítio eletrónico do município, o executivo vimiosense “congratula-se com o início das obras, atendendo ao estado avançado de degradação do Posto da G.N.R de Vimioso”.

De acordo com a autarquia local as obras permitirão que os profissionais de segurança tenham “condições de conforto e de trabalho condignas, para o desempenho das suas funções”, pode ler-se.

De acordo com a informação veiculada pelo município de Vimioso, as obras de requalificação do Posto Territorial da G.N.R, foram adjudicadas à empresa Madureira Azevedo – Sociedade de Construções – Lda.

HA

Edital – Freguesia de Palaçoulo

Edital


HASTA PÚBLICA PARA VENDA DOS LOTES DE TERRENO N.º 3, 9, 10 e 11 do Loteamento das Eiras de Baixo – Palaçoulo

Manuel Guerra Gonçalves, Presidente da Freguesia de Palaçoulo, torna público que, de acordo com a deliberação tomada na reunião Junta de Freguesia, realizada no dia 24 de abril de 2021, no uso da competência e respeitando o Regulamento de Alienação de Lotes do Loteamento das Eiras de Baixo, vai proceder-se à venda, por hasta pública, de quatro lotes de terreno, sitos no referido loteamento, propriedade desta Freguesia.

A venda será efetuada de acordo com as respetivas condições previstas no regulamento de venda, disponível na página da freguesia em: 

https://palacoulo.jfreguesia.com/regulamentos.php

assim descriminados:

Lote nºÁrea do loteValor base de licitação
3294 m224,00€/ m2
9360 m240,00€/m2
10341 m230,00€/m2
11358 m230,00€/m2
Quadro de áreas

São admitidos apenas lanços mínimos 1,00 € (1 Euro) por metro quadrado

Após o término da praça da Hasta Pública, os arrematantes têm que prestar o pagamento de 50% do valor global de arrematação do lote, sendo os restantes 50% pagos no ato de escritura.

São da responsabilidade dos adjudicatários, as obrigações fiscais respeitantes à transmissão dos bens, nomeadamente o pagamento do Imposto Municipal sobre Transmissão de lmóveis e do lmposto de Selo, bem como as despesas inerentes à celebração da escritura de compra e venda.

A praça da Hasta Pública realizar-se-á na Sede da Junta de Freguesia de Palaçoulo, sito no Largo da Cruz, Palaçoulo, no dia 20 de junho de 2021, iniciando-se pelas 15 horas.

Palaçoulo, 31 de maio de 2021

O Presidente: Manuel Guerra Gonçalves