O Parque Natural de Montesinho recebe este verão cerca de 80 jovens voluntários estrangeiros, no âmbito de um programa europeu que decorre há 26 anos nesta área protegida, que abrange os concelhos de Vinhais e Bragança.
Os voluntários são inseridos nas comunidades, onde realizam “atividades de recuperação e preparação de infraestruturas, tais como pinturas de igrejas e capelas, lavadouros, coretos e fontes”, informou o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF):
Divididos em grupos, os jovens vindos de vários países europeus, realizam ainda “atividades de conservação da natureza, tais como limpeza e manutenção de caminhos, limpeza de linhas de água, limpeza de floresta e limpeza e remarcação de percursos pedestres”.
O programa resulta de uma parceria entre o Parque Natural de Montesinho e o Serviço de Voluntariado Internacional, sediado em Bruxelas, o qual já trouxe, em 26 anos, a esta área protegida 1.404 voluntários de países como a Bélgica, Espanha, França e Holanda.
Política: Municípios recebem verbas dos transportes escolares em julho e das refeições em agosto – Governo
O secretário de Estado da Administração Local assegurou que as despesas dos municípios com os transportes escolares vão ser pagas no mês de julho, mas a verba das refeições e as atualizações salariais dos trabalhadores só será feita em agosto.
“Há situações em que, efetivamente, os municípios têm razão, há subfinanciamento, e esse subfinanciamento está detetado e o Governo tem acordo com a ANMP [Associação Nacional de Municípios Portugueses] para o cobrir. Entre ele está o financiamento para o transporte escolar, que será feito este mês”, disse Carlos Miguel.
A ANMP e os autarcas social-democratas alertaram para o atraso de pagamento, pela Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL), de várias verbas acordadas pelos municípios e o Governo num acordo celebrado há um ano, entre as quais estavam despesas extraordinárias das Câmaras com o transporte de crianças com necessidades específicas de transporte.
“Vai fazê-lo este mês. A dotação da Educação é reforçada em 27 milhões de euros (ME), que vão cobrir os transportes especiais e o apetrechamento das escolas” (verba para consumíveis, como material de laboratório e outros equipamentos escolares), disse o governante.
Quanto às verbas em atraso relativamente ao pagamento de refeições escolares e ainda as verbas relativas ao aumento dos vencimentos dos funcionários transferidos para a administração local e o respetivo aumento do subsidio de refeição, elas só deverão ser pagas no próximo mês.
O Governo e a ANMP acordaram que a administração central assume o pagamento das refeições escolares até ao valor de referência de 2,75 euros, mas pode suportar um valor superior caso o município demonstre que teve mais gastos porque não conseguiu fazer um ajuste por esse valor.
Segundo Carlos Miguel, a DGAL realizou um inquérito junto dos municípios para aferir o valor que estavam a pagar pelas refeições, mas cerca de 30 câmaras, algumas de grande dimensão, não responderam dentro do prazo, o que atrasou o processo.
“[Houve] dificuldade da DGAL em poder fazer contas e apresentar ao Governo um valor, que nós da Coesão Territorial teremos que apresentar junto do Ministério das Finanças, para justificar e pedir o reforço de verbas, algo que iremos fazer num curto espaço de tempo. Por isso, este valor das refeições não será pago ainda este mês, porque as transferências têm de ser feitas até ao dia 20. Mas eu espero que, no próximo mês, já tenhamos as contas acertadas com o Ministério das Finanças para cobrir as refeições já consumidas e também cobrir essas despesas até ao final do ano”, afirmou.
Além do valor das refeições, no próximo mês, o Governo espera também transferir para os municípios as verbas devidas pela atualização dos vencimentos e do subsídio de refeição do pessoal transferido da administração central para a administração local ao abrigo da descentralização.
“Pensamos também que a DGAL já tem essas contas feitas e pensamos que, no próximo mês, possamos ter aqui um novo reforço das verbas não só na Educação – mas essas são as substanciais – mas também na Saúde, na Cultura e na Ação Social, porque em todas elas há transferência de trabalhadores”, concluiu.
Governo e autarcas realizaram uma reunião para balanço do processo de descentralização de competências na Educação e na Saúde, um ano depois da assinatura de um acordo setorial sobre estas áreas, que, segundo o governante, “foi muito positivo”.
“As intervenções foram muito poucas e, as poucas que foram, a maior parte delas foram elogiosas”, salientou Carlos Miguel, realçando que continuam a ser feitas “correções” no processo de descentralização “e há abertura para aperfeiçoar as verbas necessárias”.
O Governo iniciou em 2019 a transferência de competências para os municípios do continente em 22 áreas, entre as quais na Educação, na Saúde, na Ação Social e na Cultura.
A conclusão do processo tem tido diversos revezes desde o início porque os municípios têm considerado insuficientes as verbas atribuídas às áreas a descentralizar, sobretudo quanto à Educação e à Saúde.
Segurança rodoviária: Campanha sobre perigos do uso do telemóvel na condução
A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), a GNR e a PSP iniciam a 18 de julho uma campanha de segurança rodoviária para alertar os condutores para as consequências, por vezes fatais, do uso indevido do telemóvel durante a condução.
A campanha de segurança rodoviária “Ao volante, o telemóvel pode esperar” vai decorrer até dia 24 e, segundo a ANSR, Polícia de Segurança Pública e Guarda Nacional Republicana, o uso do telemóvel durante a condução aumenta em quatro vezes a probabilidade de acidente.
“A 50 km/h, olhar para o telemóvel durante três segundos é o mesmo que conduzir a uma distância de 42 metros com os olhos vendados, o equivalente a uma fila de 10 carros”, precisam em comunicado aquelas três entidades, sustentando também que “não vale a pena arriscar perder três pontos na carta de condução”.
A campanha, inserida no Plano Nacional de Fiscalização de 2023, vai integrar ações de sensibilização da ANSR em Portugal Continental, assim como dos organismos e serviços das administrações das regiões autónomas dos Açores e da Madeira e operações de fiscalização, pela GNR e pela PSP, com especial incidência em vias e acessos com elevado fluxo rodoviário.
As ações de sensibilização ocorrerão em simultâneo com as operações de fiscalização e vão decorrer a 18 de julho, nas portagens de Carcavelos, sentido Lisboa-Cascais, em duas ruas de Castelo Branco (dia 19), nas portagens de Coimbra Norte/IP3 (dia 20), em Espinho (dia 21) e em Santarém (dia 24).
A ANSR, a GNR e a PSP insistem que o uso do telemóvel ao volante é um risco para a segurança do próprio e dos outros, lembrando que os condutores que utilizam o telemóvel durante a condução são mais lentos a reconhecer e a reagir a perigos.
“A sinistralidade rodoviária não é uma fatalidade e as suas consequências mais graves podem ser evitadas através da adoção de comportamentos seguros na estrada”, acrescentam.
Vimioso: Águia Futebol Clube reelegeu direção e mantém aposta única no futsal
O Águia Futebol Clube de Vimioso elegeu os novos órgãos sociais, para o triénio 2023-2026, tendo o presidente reeleito, Otávio Rodrigues, comunicado a decisão de voltar a apostar unicamente no futsal, devido à falta de recursos humanos e financeiros para apresentar uma equipa de futebol de 11.
No decorrer da assembleia geral, realizada na sexta-feira, dia 14 de julho, às 21h00, na freguesia de Vimioso, a direção do Águia Futebol Clube de Vimioso, liderada por Otávio Rodrigues começou por apresentar o relatório de atividades e contas relativo ao triénio 2020-2023. No que concerne às contas do clube vimiosense, a direção informou que estão a pagar uma dívida à Associação de Futebol de Bragança (AFB), no valor de 2968 euros.
Após a apresentação do relatório de atividades e contas, seguiu-se o ato eleitoral, com uma única lista, apresentada por Otávio Rodrigues, que dirige o clube há 14 anos.
Para o triénio 2023-2026, o presidente reeleito do Águia Futebol Clube de Vimioso, conta com a seguinte equipa:
Numa abordagem à época desportiva 2023/2024, a direção do Águia Futebol Clube de Vimioso decidiu não apresentar equipa para competir no campeonato distrital de futebol de 11, devido à falta de recursos humanos e financeiros.
Tal como na época passada, o Águia Futebol Clube de Vimioso vai competir apenas no futsal e a direção agora reeleita confirmou o regresso do treinador, Paulo Gonçalves, ao comando técnico da equipa.
“Na preparação para a nova época, para além do treinador, já contratamos 11 jogadores, sendo que o Miguel Diz decidiu voltar a jogar futebol de 11, no Argozelo; e o Ricardo, tomou a decisão de deixar de jogar futsal”, informou, Otávio Rodrigues.
Sobre o plantel para a nova época, Rafael Esteves e Sérgio Xé vão continuar a representar o clube vimiosense. Quanto às entradas, destaque para Pedro Alves, ex-jogador da Escola Arnaldo Pereira e André Meneses, que regressa a Vimioso, após uma época, no Clube Académico de Mogadouro.
Na recente assembleia geral foram ainda abordados outros assuntos como a necessidade de atualizar os estatutos do clube; adaptar as quotas dos associados ao futsal; e confirmar o ano da fundação do clube, por ocasião da possível comemoração dos 50 anos do Águia Futebol Clube de Vimioso, que terá sido fundado a 18 de agosto de 1973, segundo o site do município de Vimioso.
Is 55, 10-11 / Slm 64 (65), 10-14 / Rom 8, 18-23 / Mt 13, 1-23
“Saiu o semeador a semear.”
Jesus gosta de contar-nos histórias, sendo que poucas são fáceis de entender a primeira vez que as encontramos (ou na décima vez). Ele sabe que uma boa história alcança muito mais do real das nossas vidas do que um conselho, uma ideia, uma ordem ou uma lei.
No Evangelho de hoje acontece algo raro: diante da insistência dos discípulos, Jesus explica a parábola do semeador. Esta diz-nos que quando o semeador sai a semear, espalhando a semente pelo campo, há sementes que caem à beira do caminho e são comidas pelas aves; outras entre pedras e secam; algumas entre espinhos e sufocam; e umas quantas em boa terra e dão fruto.
Jesus afirma que a semente que cai à beira do caminho é aquela palavra de Deus que não conseguimos entender. E porque não conseguimos? Porque para a entender, temos de ter referências. Temos de ter a história de Deus com o seu povo presente, a história de Israel, da Igreja e a nossa própria história. Esta amnésia da história da salvação priva-nos do futuro. Como não entendemos, não confiamos; como não confiamos, não arriscamos; e porque não arriscamos, não damos fruto.
A semente que cai entre pedras é aquela palavra que começa por ser acolhida com grande alegria, mas que seca quando encontra dificuldades. Jesus alerta-nos para a fugacidade dos entusiasmos vazios, que tendem a minguar e desaparecer diante dos primeiros obstáculos. Como qualquer agricultor sabe, é preciso perseverança para alcançar o fruto.
A semente sufocada entre espinhos corresponde à nossa incapacidade de correr em direção à meta, de caminhar com rumo. Preferimos o comodismo do sofá a pegar a cruz e seguir Jesus. Quando isso acontece, seja pelo «amor» ao conforto, à honra, ou ao dinheiro, a palavra de Deus é abafada e não dá fruto.
Por fim, encontramo-nos com a palavra que encontra boa terra. Esta boa terra não é obra do acaso. Esta boa terra foi preparada com as práticas que faltaram aos três terrenos antecedentes: uma consciência da história da salvação, que leva à confiança; a perseverança na adversidade, que leva à fidelidade; o sentido de rumo no quotidiano, negando-nos a nós mesmos, que leva a vivermos no amor.
Temos nesta parábola um guia prático para crescermos como discípulos. Dediquemos algum tempo, nas nossas semanas, ao estudo da história da salvação. Aproveitemos as dificuldades para nos exercitarmos na perseverança. Peguemos na cruz e lancemo-nos ao caminho com Cristo. Exercitando-nos nestas virtudes, seremos boa terra, onde toda a semente dá fruto, «ora cem, ora sessenta, ora trinta por um».
Na quinta-feira, dia 13 de julho, a vila de Sendim celebrou o 33º aniversário de elevação a vila, uma efeméride que a freguesia e população local continuam a assinalar com entusiasmo, não obstante os desafios que a localidade enfrenta para fixar a população, manter os serviços existentes e dinamizar as atividades socio-económicas e culturais.
O Grupo Folclórico da Casa do Povo da Camacha (Madeira) presenteou a população de Sendim com uma atuação.
As comemorações do 33º aniversário de elevação de Sendim à categoria de vila iniciaram-se ao final da tarde do dia 13 de julho, na praça central da localidade, com a exposição dos trabalhos realizados ao longo do ano, na Oficina do Idoso.
Entre os trabalhos expostos, as pessoas idosas de Sendim mostraram peças em madeira, trabalhos em crochet, bolsas para senhora, almofadas, panos de cozinha, quadros, entre outras peças de artesanato.
Depois, às 18h30, na igreja matriz de Sendim, celebrou-se a missa, em sufrágio de todos os sendineses já falecidos, uma celebração religiosa que contou com a participação do executivo municipal de Miranda do Douro, liderado pela presidente, Helena Barril, e a equipa da União de Freguesias de Sendim e Atenor, presidida por Luís Santiago.
Na homília da missa, o padre António Pires, pároco de Sendim, agradeceu o legado dos sendineses já falecidos e numa alusão ao evangelho, disse que cabe agora à atual população de Sendim continuar a “elevar “a vila, quer no âmbito espiritual, dos valores como a justiça e a retidão, que no âmbito material, trabalhando por proporcionar melhores condições de vida à população.
Após a missa, a junta de freguesia de Sendim ofereceu a toda a população um jantar-convívio, com caldo verde e porco no espeto.
Sobre as comemorações do 33º aniversário de elevação de Sendim a vila, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, lembrou que na década de 1990, a população sendinesa acalentava a esperança de ver reconhecida a grandeza da localidade.
Questionámos alguns sendineses sobre o significado das comemorações da Elevação de Sendim a Vila.
Manuel Santiago, por exemplo, em 1990, fazia parte da assembleia de freguesia de Sendim. O antigo autarca recordou que a elevação de Sendim a vila gerou uma enorme satisfação na população local.
“Na altura, o presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Júlio Meirinhos, trabalhou afincadamente para que Sendim fosse elevado a vila. No entanto, no dia-a-dia das pessoas, este reconhecimento de pouco valeu, já que com o passar dos anos verificou-se um crescente despovoamento e consequentemente um declínio económico na localidade”, disse.
Segundo Manuel Santiago, na década de 1990, vivia muita gente em Sendim, que se dedicava sobretudo à agricultura (ao cultivo da vinha, dos olivais e à produção de cereais), mas também aos serviços (oficinas, sapatarias, etc.) e ao comércio.
Por sua vez, Fernando Palhau, advogado, natural de Sendim, corroborou da opinião que a elevação de Sendim a vila, trouxe poucas vantagens à localidade.
“No dia 13 de julho de 1990, viveu-se uma grande alegria em Sendim, pois a localidade passou de aldeia à categoria de vila. Contudo, desde então e paradoxalmente, fomos perdendo habitantes e consequentemente o dinamismo daquela época”, disse.
As comemorações do 33º aniversário da vila de Sendim, continuaram no decorrer do serão, com as atuações do Grupo Folclórico da Casa do Povo da Camacha (Madeira) e do Rancho Folclórico e Etnográfico de Sendim.
Depois das atuações, a União de Freguesias de Sendim e Atenor entregou lembranças os 22 alunos que concluíram o ciclo de estudos na Escola B 1/2/3 de Sendim.
As comemorações deste ano encerraram com o concerto final do grupo de rock sendinês, “Pica & Trilha”.
Mogadouro: Festival Terra Transmontana é dedicado às comunidades migrantes
O município de Mogadouro dedica a edição de 2023 do Festival Terra Transmontana às comunidades migrantes, um evento que vai decorrer na zona histórica desta vila, entre 21 e 23 de julho.
“Mogadouro foi um concelho de emigrantes durante várias décadas e atualmente acolhe pessoas de vários pontos do mundo. Temos gente que emigrou e levou consigo as tradições locais. Por outro lado, temos imigrantes que chegaram a Mogadouro que trouxeram um pouco da cultura”, disse o presidente da Câmara Municipal de Mogadouro, António Pimentel.
Mogadouro acolhe atualmente cidadãos de várias nacionalidades, como Brasil, China, Paquistão, Índia, Ucrânia, Espanha, França e Alemanha, entre outras, e por este motivo o tema de edição deste ano do Festival Terra Transmontana (FTT) é “Migrações e Tradições”.
“São comunidades que escolheram Mogadouro para fazer a sua vida, sendo que alguns começam a ganhar raízes afetivas e importa dar visibilidade a este fenómeno social”, contou o autarca.
Para António Pimentel, a demografia do concelho é uma preocupação e “que tudo quanto o que se puder fazer para estabilizar a população residente no concelho já é muito bom”.
O FTT tem uma particularidade única, já que se realiza no centro histórico da vila, junto ao velho castelo Templário desta localidade construído entre 1160 a 1165, segundo alguns investigadores, e onde os visitantes marcam encontro com a história e as tradições seculares deste território.
“Toda a política cultural que o município tem levado a efeito ajuda à sustentabilidade económica do concelho”, explicou António Pimentel.
De acordo com a vereadora com o pelouro da Cultura no município de Mogadouro, Márcia Barros, o FTT conta uma forte componente de entretenimento, proporcionando também o contacto com a natureza, com as ritualidades, as tradições, artes e ofícios, autenticidades locais, as sonoridades e as sensações provocadas pelos sabores que caracterizam a Terra Transmontana.
Com esta edição, disse, “pretende-se também proporcionar oportunidades de mostrar a comercialização de produtos locais, com diversas tendas e bancas de expositores, no casco histórico da vila transmontana”.
Para Márcia Bairros, durante o FTT há casas desabitadas que ganham vida, para acolher os visitantes que assim têm acesso a uma experiência genuína e imersiva da cultura local.
“Nesta zona da vila há casas particulares transformadas em espaços gastronómicos onde só é permitido a confeção e venda de produtos regionais, o que faz movimentar a economia local e manter a tradição”, indicou a vereadora.
De acordo com Márcia Barros, o FTT abre no dia 21 com a música dos Curinga Folk, Zingarus e DJ Gaiteiro. No dia seguinte sobem ao palco os Crua e Pé na Terra.
“Pelo meio haverá animação de ruas com vários artistas, espaços infantis, pauliteiros, banda filarmónica de Mogadouro, gaiteiros, espetáculos de fogo, entre outras atividades lúdicas e culturais”, descreveu.
O último dia do FTT (23 de julho) fica reservado para o desfile etnográfico, com figurantes vestidos de acordo com o tema do festival, a que se juntam gaiteiros tradicionais e carros alegóricos das mais diversas freguesias e associações do concelho.
Segurança rodoviária: Dístico do seguro no vidro do carro já não é obrigatório
A partir de 10 de julho deixou de ser obrigatório afixar o dístico do seguro automóvel no vidro do carro, após a aprovação do projeto de lei no parlamento, o que pressupõe o fim das coimas associadas a esta não fixação.
Segundo o Automóvel Clube de Portugal, esta alteração legislativa não significa que seja possível circular sem seguro automóvel ativo.
“A presente lei elimina a obrigação de afixação do dístico do seguro automóvel, que institui o regime do sistema de seguro obrigatório de responsabilidade civil automóvel”, refere a Lei n.º 32/2023, publicada a 10 de julho.
O projeto de lei refere que no contexto atual de restrições financeiras,não se justifica que “o Estado cobre centenas de euros apenas pelo esquecimento de um simples papel que apenas transmite informações que já se encontram na posse de quem autua”, lê-se na exposição que justifica a revogação dos artigos.
A anterior lei relativa ao dístico do seguro considerava contraordenação “a circulação do veículo sem o dístico”, sendo esta punida com uma coima de 250 a 1250 euros.
Recorde-se que durante vários anos foi obrigatório colocar três selos no carro: imposto de selo, seguro e inspeção periódica. Entretanto, o imposto de selo passou a designar-se por Imposto de Circulação e a colocação deixou de ser obrigatória. Com a recente alteração legislativa referente ao seguro, atualmente nenhuma destas colocações é obrigatória.
O projeto de lei foi originalmente apresentado pela Iniciativa Liberal (IL) e aprovada no Parlamento, a 2 de junho, com os votos favoráveis do PS, PCP, BE e PAN, um voto contra do Chega e as abstenções de PSD.
Miranda do Douro: Festa em honra de Santa Catarina
No fim-de-semana de 15 e 16 de julho, Miranda do Douro vai celebrar a festa em honra de Santa Catarina, uma mulher nascida no ano 300 D.C., que padeceu o martírio por causa da fé cristã e que é considerada modelo e protetora dos estudantes, intelectuais e filósofos.
Segundo o programa festivo, divulgado pela comissão de festas em honra de Santa Catarina, no sábado, dia 15 de julho, vai realizar-se um jantar convívio, cuja ementa é porco no espeto e presunto. Para o serão está programado o concerto musical do grupo NV3.
No Domingo, dia 16 de julho, vai celebrar-se a Missa, às 11h00, na capela de Santa Catarina. A comissão de festas informa que o transporte (ida e volta), desde a catedral de Miranda do Douro até à capela, vai ser assegurado pelo autocarro do município, a partir das 10h30.
Santa Catarina
Catarina de Alexandria, também conhecida como “A Grande Mártir Santa Catarina” foi uma mulher cristã, nascida pagã no ano de 300 d.C., na cidade egípcia de Alexandria, filha do rei local, Costes. Estudou filosofia, teologia e outras ciências. Além de muito inteligente e culta, era dotada de singular beleza.
Catarina viveu no tempo da cruel perseguição de Diocleciano aos cristãos. No Egito, a perseguição alcançou tal crueldade que até os pagãos se compadeciam dos cristãos e procuravam ajudá-los.
Santa Catarina foi instruída na fé cristã por um eremita de nome Ananias, que a batizou. Ela começou a sofrer a perseguição quando Maximino Daia, encantado pela sua beleza, apaixonou-se por ela a ponto de divorciar-se apenas para se casar com ela. Mas, Catarina rejeitou-o. Inconformado, o imperador romano convocou 50 filósofos com a missão de convencerem Catarina, de que jamais poderia considerar Deus. um homem que havia morrido crucificado.
Catarina, com apenas 17 anos, fazendo uso da sua inteligência, dos seus conhecimentos filosóficos e sobretudo amparada na sua fé cristã, reverteu a situação e acabou por convencer e converter os 50 filósofos ao cristianismo. Por esta razão, Santa Catarina é invocada pelos filósofos e estudantes.
Irritado e sentindo-se derrotado, o imperador Maximino mandou trucidar os 50 sábios e sem conseguir submeter Catarina aos seus caprichos, condenou-a a morrer triturada, sob um carro de rodas com pontas de ferro. Conta a lenda que, no contato com o corpo de Catarina, as pontas de ferro dos carros se dobraram como se fossem vime. Ela foi então levada para fora da cidade para ser degolada.
A festa em honra de Santa Catarina foi incluída no calendário cristão, no século XIV, pelo Papa João XXII.
Bragança-Miranda: Diocese acolhe mais de 700 jovens de todo o mundo
A Diocese de Bragança-Miranda vai acolher mais de 700 jovens provenientes de vários países como o Brasil, Espanha ou Itália, que chegam a Portugal para participar na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), agendada para a semana de 1 a 6 de agosto, em Lisboa.
Na semana que antecede a JMJ acontecem os “Dias nas Dioceses”. Trata-se de encontros de jovens de todo o mundo, entre os dias 24 e 31 de julho e vão decorrer em 17 dioceses de Portugal continental e nas ilhas.
No nordeste transmontano, os mais de 700 jovens que vão ficar alojados na diocese vão distribuir-se entre Bragança, Mirandela, Vila Flor, Vimioso e Vinhais.
No dia 24, um grupo de 20 ciclistas, proveniente de França, chega a Bragança e vai pernoitar no Colégio do Sagrado Coração de Jesus (que também será o Centro de toda a logística diocesana). No dia seguinte segue caminho com destino a Lisboa.
À cidade do Tua (Mirandela), também no dia 24, chega um grupo de 25 jovens que integra um programa da Companhia de Jesus (MAGIS Jesuítas). Até à sua partida para Lisboa (dia 29) vão dinamizar ações sociais e de contato com as populações.
O terceiro contingente, o maior (583), chega a Bragança no dia 26, quarta-feira. Pertence aos Colégios Mater Salvatoris, e vão ficar alojados nas residências do Instituto Politécnico de Bragança e da Calouste Gulbenkian, e no Colégio de Santa Clara. Devido à sua dimensão, este grupo será fraccionado. Estão previstas atividades de convívio e de contacto com a natureza, nos concelhos de Bragança e de Vinhais. Os jovens vão participar em catequeses (Catedral) e promover ações junto das comunidades rurais e em instituições particulares de solidariedade social (IPSS’s).
No dia 26 de julho chega a Vila Flor um primeiro grupo de jovens (32), oriundo da Polónia, e um grupo de jovens do Brasil e do Peru (6) é esperado em Vimioso. Vão realizar ações sociais com idosos, em IPSS’s, dinamizar uma peregrinação e uma ação num bairro daquele concelho.
O segundo contingente polaco (60) chega dia 29, também ao concelho de Vila Flor. Vão realizar atividades de contato direto com as populações.
No nordeste transmontano são ainda esperados dois sacerdotes, provenientes de Moçambique e da Mauritânia. O sacerdote da Mauritânia será o representante do seu país na Jornada Mundial e integra o programa “Igrejas Irmãs” que permite a participação de jovens na JMJ oriundos de países onde a igreja católica é perseguida.
O novo Bispo da Diocese, D. Nuno Almeida, estará presente no acolhimento e em algumas atividades juvenis.
O Prelado vai presidir, no dia 22, ao envio dos voluntários e dos membros do coro, às 10h30, em Vilarinho da Castanheira.
No dia 23, domingo, participará na Vigília de Oração “23 a caminho”, no Santuário de Nossa Senhora das Graças, em Bragança, às 21h00.
No dia 30, domingo, pelas 10h30, presidirá à Celebração de Envio de todos os jovens estrangeiros, e dos jovens diocesanos, que vão à JMJ. Será na Catedral, em Bragança.
Os “Dias na Diocese” de Bragança-Miranda são coordenados pelo Secretariado diocesano da Pastoral Juvenil Vocacional (SDPJV) e contam com o forte apoio das autarquias de Bragança, Vinhais, Mirandela, Vimioso e Vila Flor, bem como do Instituto Politécnico de Bragança, das Juntas de Freguesia do concelho de Bragança, da Junta de Freguesia de Vimioso, das diferentes Unidades Pastorais, do clero, de várias IPSS’s e congregações, e da Diocese de Bragança-Miranda.
PROGRAMA
22 julho (Vilarinho da Castanheira) – Celebração de Envio dos voluntários. Preside D. Nuno Almeida
23 julho (Vimioso) – Vigília de Oração "23 a caminho"
23 julho (Bragança) – Vigília de Oração "23 a caminho". Preside D. Nuno Almeida.
24-25 julho (Bragança) – Grupo francês de ciclistas
24-29 julho (Mirandela) – Jovens do Programa inaciano "Magis 2023" (Jesuítas)
26-31 julho (Bragança e Vinhais) – Jovens dos Colégios "Mater Salvatoris"
26-31 julho (Vila Flor) – Jovens da Polónia
26-31 julho (Vimioso) – Jovens do Brasil e do Peru
29-31 julho (Vila Flor) – Jovens da Polónia
30 julho (Bragança) – Celebração de Envio, 10h30, Catedral. Presença de todos os jovens que vão à JMJ. Preside D. Nuno Almeida
Fonte: Secretariado das Comunicações Sociais da Diocese de Bragança-Miranda