Miranda do Douro: “Trail Pobo de Miranda” trouxe 120 atletas às arribas do Douro

No passado Domingo, dia 27 de novembro, (de)correu em Miranda do Douro, o 1º “Trail Pobo de Miranda”, uma prova desportiva organizada pela confraria Trotamontes e apoiada pelo município de Miranda do Douro, com os propósitos de incentivar a prática desta modalidade no planalto mirandês e nas arribas do Douro.

Na primeira edição do “Trail Pobo de Miranda”, os 120 participantes percorreram as distâncias de 17 quilómetros (trail) e 7 quilómetros (caminhantes).

Segundo José Moutinho, diretor da prova, o planalto mirandês oferece condições para a prática do “eco-trail”, a corrida na natureza.

“O objetivo desta primeira edição da prova foi sobretudo dar a conhecer aos atletas visitantes, as condições naturais desta região para a prática do ecotrail, que consiste na corrida em trilhos estreitos, onde há obstáculos naturais, como as rochas e a vegetação”, explicou.

O vice-presidente do município de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues, expressou a sua satisfação pela realização de mais uma prova desportiva no concelho, que atraiu a vinda de muitos atletas visitantes.

«Esta primeira edição do trail “Pobo de Miranda” deu a conhecer aos atletas às condições ímpares do nosso território, para a prática da corrida na natureza. Outra mais-valia destes eventos desportivos é a oportunidade de incutir na população local e sobretudo nos mais jovens, o gosto pelo desporto e neste caso pelo atletismo”, disse.

Já o presidente da freguesia de Miranda do Douro, Francisco Parreira, informou que esta prova inseriu-se no calendário da taça de Portugal e destacou a participação de três atletas do Grupo Desportivo Mirandês.

«O trail “Pobo de Miranda” um evento que gostaria que perdurasse em Miranda do Douro, dado que temos excelentes condições para a prática da corrida na natureza», disse.

Um dos atletas, Valter, veio do Porto para participar no trail em Miranda do Douro.

“Vim com os propósitos de fazer desporto e turismo, dado que não conhecia esta região. No começo da prova corremos com o nevoeiro matinal, mas depois de o nevoeiro levantar, fiquei maravilhado com a beleza natural desta região”, disse.

Por sua vez, Maria também veio do Porto, para participar na prova desportiva. A atleta elogiou a beleza natural de Miranda do Douro, bem como a eficiente organização do evento.

“O que torna o trail running especial é a possibilidade de fazer desporto no meio da natureza. E Miranda do Douro tem percursos fantásticos para a prática desta modalidade”, disse.

Já o atleta, natural de Malhadas, César Pires, a correr com as cores do Clube Académico de Bragança, disse que o trail “Pobo de Miranda” foi uma prova rápida, que permitiu percorrer a diferentes velocidades, as belas paisagens das arribas do Douro.

“O concelho de Miranda do Douro, graças a existência de trilhos selvagens, tem excelentes condições para a prática desta modalidade de correr na natureza. Acredito que, em futuras edições, e com a devida divulgação, esta prova poderá atrair a vinda de muito mais gente a Miranda do Douro”, indicou.

O atleta mirandês sugeriu ainda à organização que a próxima edição do trail “Pobo de Miranda” se faça na primavera.

“É a estação do ano mais convidativa para a prática do desporto, em particular da população local, na vertente da caminhada”, sugeriu.

Após a realização da prova, Sandra Martins, atleta do Grupo Desportivo Mirandês, disse que gostou muito de participar no trail, o que lhe permitiu conhecer trilhos até então desconhecidos.

“Gostei muito de correr na minha cidade! O trail foi bastante técnico. E até o frio desperta em nós, atletas, a vontade de correr mais!”, disse.

Por sua vez, o marido, Pedro Pereira, que há nove anos é praticante desta modalidade, disse que a prova em Miranda do Douro foi muito rápida.

“Nas arribas do Douro, onde há vistas deslumbrantes, fiquei na dúvida se deveria correr ou parar para contemplar as belas paisagens!”, gracejou.

Tiago Domingues, de 17 anos, é um jovem atleta do Grupo Desportivo Mirandês. Desenvolveu o gosto pelo atletismo no Centro de Marcha e Corrida e sobre a sua participação na primeira edição do trail “Pobo de Miranda” disse que a prova embora rápida, foi bastante exigente.

O trail Pobo de Miranda foi organizado pela Confraria Trotamontes e contou com o apoio do município de Miranda do Douro.

Para além do trail “Pobo de Miranda”, a confraria Trotamontes organiza vários trails em Portugal, com destaque para o Ultra Trail Serra da Freita, em Arouca; o trail Geira Via Nova Roma, no Minho; e o Trotamontes Backyard Ultra, em Oliveira de Azeméis.

HA

Futsal: Mirandeses sofreram pesada derrota

No jogo relativo à 6ª jornada do campeonato distrital de futsal, o então líder, Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) recebeu a visita do Águia Futebol Clube de Vimioso e num jogo muito físico, os vimiosenses impuseram uma pesada derrota aos mirandeses por 1-5.

A equipa de Vimioso inaugurou o marcador (0-1), aos 16 minutos, por intermédio de Diogo.

O desafio realizou-se no serão de sexta-feira, dia 25 de novembro, no pavilhão multiusos de Miranda do Douro, onde os visitantes supreenderam pela entrada autoritária no jogo. Logo aos 3 minutos, a equipa de Vimioso criou a primeira oportunidade de golo, mas o remate final não levou a direção da baliza mirandesa.

De seguida, os mirandeses responderam por intermédio de Ricky, com um remate colocado que rasou o poste da baliza vimiosense.

Aos 4 minutos, o visitante, Pedro Diz, rematou para defesa do guarda-redes, Pina.

Na jogada seguinte, Ricky combinou bem com Castro e daí resultaram dois remates consecutivos que foram interceptados pela defesa do Vimioso.

Até aos 10 minutos da primeira parte, a toada do jogo manteve-se com ambas as equipas a procurarem, com determinação, a baliza adversária para se adiantarem no marcador.

Aos 11 minutos, Vitó rodou bem sobre um adversário, mas o remate final saiu à figura do guardião vimiosense, Francisco.

E aos 14 minutos, o Vimioso chegou finalmente ao golo, 0-1, através de Diogo, que isolado, aproveitou um desequilíbrio defensivo dos mirandeses.

A equipa da casa respondeu de imediato, numa jogada ensaiada com o remate final a ser intercetado na linha de golo pela defesa vimiosense.

Mas esta reação dos mirandeses sofreu um novo revés, aos 17 minutos, quando Ricardo, aproveitou uma nova desatenção defensiva adversária, para aumentar a vantagem dos visitantes, para 0-2.

O segundo golo abalou a equipa de Miranda do Douro e antes do intervalo, os vimiosenses dispuseram de uma nova oportunidade de golo, numa recuperação de bola e rápida transição, mas desta vez, o remate final foi defendido pelo guardião Pina.

Com o intervalo, a equipa de Vimioso foi para o descanso com uma vantagem confortável de dois golos.

Na segunda parte do jogo, a equipa liderada por Vitor Hugo entrou muito pressionante e a procurar a bola logo à saída da área do Vimioso. E a estratégia resultou, pois aos 22 minutos, Diogo, reduziu a desvantagem para 1-2, num remate forte e colocado dentro da área vimiosense.

Após o intervalo, o Clube Desportivo de Miranda do Douro, ainda reduziu para 1-2, através de Diogo.

No entanto, quando os jogadores (e o público) de Miranda do Douro começavam a acreditar na reviravolta, eis que noutro desacerto defensivo mirandês, os visitantes ampliaram a vantagem para 1-3, por intermédio de Pedro Diz, aos 23 minutos.

De novo, com a vantagem confortável de dois golos, o Vimioso optou por gerir o jogo, dando a iniciativa aos mirandeses e saindo em transições rápidas sempre que recuperava a bola. Do outro lado, a equipa de Miranda de Douro, teve muitas dificuldades em ultrapassar a muralha defensiva do Vimioso.

Aos 33 minutos, Nickas, num livre direto rematou forte à barra da baliza visitante.

No minuto seguinte, Diogo obrigou o guardião vimiosense a aplicar-se para evitar o segundo golo mirandês.

A cinco minutos do final do jogo, quando a equipa de Miranda do Douro estava balanceada para o ataque e a jogar com o guarda-redes avançado, num 5 para 4, o Vimioso fez o 1-4, num remate de baliza a baliza, da autoria do guarda-redes, Francisco.

O 5-1 final, aconteceu nas mesmas cicunstâncias, num remate de longe de Diogo, a aproveitar a baliza aberta dos mirandeses, dado o avanço do guarda-redes, que jogava novamente no 5 contra 4.

A vitória dos vimiosenses premiou a sua maior combatividade, o acerto defensivo e a eficácia nos golos. Já a pesada derrota da equipa de Miranda do Douro, revelou algumas fragilidades da equipa, como as situações de desacerto defensivo e a menor capacidade física nos duelos individuais.

Equipas

Clube Desportivo de Miranda do Douro: Pina, Vitó, Nickas, Ricky, Miguel, Gui, Renato, Couto (cap.), André, Diogo, Caio, Gaby e Rúben.

Treinador: Vitor Hugo

“No início do jogo, ambas as equipas entraram concentradas e houve oportunidades de golo para os dois lados. Numa desatenção defensiva da nossa equipa, o Vimioso aproveitou para se adiantar no marcador. O golo visitante afetou-nos e acabamos por sofrer um segundo golo. No intervalo. procuramos corrigir alguns movimentos. Na segunda parte, entrámos bem, conseguimos reduzir a desvantagem para 1-2 e criar mais algumas oportunidades. No entanto, o guarda-redes do Vimioso opôs-se bem às nossas investidas. No final, tivemos que arriscar jogar 5 para 4 e acabamos por sofrer mais dois golos. Diria que o resultado do jogo, fez-se sobretudo na primeira parte. Devido à nossa desatenção defensiva o Vimioso adiantou-se no marcador e contra jogadores experientes no futsal a nossa tarefa de recuperar da desvantagem tornou-se ainda mais difícil.” – Vitor Hugo

Águia Futebol Clube de Vimioso: Rafael Neves, Tiago Ventura, Tiago Veira, Luís Gonçalves, Nuno Esteves, Sérgio Miranda, Ricardo Ferreira, David Cameirão, Francisco Preto, Pedro Diz (cap.), Diogo Fernandes e Miguel Diz.

Treinador: Bruno Sobrinho

“Tal como prevíamos, foi um jogo muito disputado e com grande entrega de ambas as equipas. Hoje, o Vimioso foi mais feliz, pois os meus jogadores estavam com muita vontade de vencer este jogo. E é esta atitude que queremos manter em todos os jogos. Quero também felicitar a equipa de Miranda do Douro pela combatividade e pelo grande jogo de futsal de proporcionaram” – Bruno Sobrinho.

Equipa de arbitragem

1º Árbitro: Valter Piino

2º Árbitro: Diogo Silva

Cronometrista: Ricardo Sapage

6ª jornada – resultados

CD Miranda Do Douro1-5Águia FC Vimioso
 Sp. Moncorvo4-4ACRD Ala
 GD Torre Dona Chama7-4CSP Vila Flor
 Alfandeguense1-7Arnaldo Pereira (Bragança)
Pioneiros Bragança0-1GD Sendim

Classificação

PJVEDGMGSDG
1GD Torre Dona Chama1364112415+9
2Águia FC Vimioso1163212420+4
3CD Miranda Do Douro1163212014+6
4GD Sendim10631216160
5Arnaldo Pereira (Bragança)1063121915+4
6Sp. Moncorvo962312922+7
7ACRD Ala862222219+3
8CSP Vila Flor662042128-7
9Alfandeguense361051330-17
10Pioneiros Bragança361051221-9

7ª Jornada

09/12ACRD AlavsCD Miranda Do Douro
 GD SendimvsSp. Moncorvo
 CSP Vila FlorvsPioneiros Bragança
 Arnaldo Pereira (Bragança)vsGD Torre Dona Chama
31/03Águia FC VimiosovsAlfandeguense

Agricultura: Ministra esclarece que direções regionais não vão ser extintas

A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, esclareceu que as direções regionais de Agricultura não vão ser extintas no âmbito da transferência de competências para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR).

“Vamos esclarecer de uma vez por todas: não há extinção das direções regionais, ninguém vai concentrar no Porto ou em Évora ou em Coimbra ou em Lisboa ou em Faro as direções regionais. Aquilo que vamos fazer é manter a estrutura tal qual está, mas o senhor diretor vai passar a integrar o órgão da comissão de coordenação para haver articulação de políticas verdadeiramente”, afirmou a governante, que falava em Boticas, à margem das comemorações dos 70 anos da cooperativa agrícola local.

O Governo aprovou na semana passada, em Conselho de Ministros, a resolução que dá início à transferência e partilha de competências de serviços regionais do Estado para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), em nove áreas, estimando que a reforma esteja concluída até ao final do primeiro trimestre de 2024.

As atribuições a transferir dizem respeito às áreas da economia, da cultura, da educação, da formação profissional, da saúde, da conservação da natureza e das florestas, das infraestruturas, do ordenamento do território e da agricultura.

Durante a última semana foram várias as organizações do setor agrícola que criticaram duramente a reforma anunciada pelo Governo e apontaram para a extinção das Direções Regionais de Agricultura e Pescas (DRAP) e para o afastamento dos serviços do território.

Hoje, Maria do Céu Antunes fez questão de salientar que não há extinção das DRAP.

Segundo a ministra, o diretor será “o interlocutor com o Ministério da Agricultura, que continuará a definir a política agrícola para Portugal”.

“E depois, à semelhança do que já acontece hoje, são os nossos diretores regionais, são os nossos serviços desconcentrados que vão continuar a implementar essa mesma política”, sustentou.

Questionada sobre o falado encerramento de edifícios ligados aos serviços de agricultura, a ministra respondeu com um “não”.

“A sede da DRAPN em Mirandela vai continuar a ser em Mirandela e a senhora diretora, que continuará a ser a senhora diretora de Agricultura, pese embora possa estar noutra função, nomeadamente de coordenação no âmbito das CCDR, vai continuar a fazer aquilo que sabe fazer tão bem, que é andar em todo o território Norte a ajudar os nossos agricultores a encontrarem soluções e oportunidade para continuaram a trabalhar”, explicou.

Esta é, frisou, uma reforma inscrita no programa do XXIII Governo, que quer “aprofundar a descentralização, melhorar a democracia e os serviços públicos”. Áreas como a educação, a saúde, a cultura, a conservação da natureza e florestas, a formação profissional, as infraestruturas, mas também a agricultura e as pescas vão fazer parte deste pacote, acrescentou.

“Porque o desenvolvimento regional se faz para além da agricultura, mas não se faz sem agricultura. E cá estamos nós também neste processo, a integrar esta estrutura para podermos trabalhar, continuando a ter serviços de grande proximidade porque queremos verdadeiramente desenvolver a agricultura em Portugal”, salientou.

A ministra indicou que para a região de Trás-os-Montes está previsto “aumentar os apoios em cerca de 30%”.

“Para que mais agricultura, mais agricultura sustentável possa ser feita neste território e, com isso, podermos alcançar um desenvolvimento económico e social que seja consentâneo com aquilo que a cooperativa de Boticas está a fazer há 70 anos a esta parte”, salientou.

Maria do Céu Antunes associou-se à celebração dos 70 anos da Cooperativa Agro Rural de Boticas (CAPOLIB), no norte do distrito de Vila Real, que tem 1.024 associados e trabalha nas áreas da carne barrosã, do cabrito, do mel e das florestas.

Fonte: Lusa

Sociedade: Cáritas lamenta falta de «apoios públicos para a ação social»

A Cáritas Portuguesa lamentou a falta de “apoios públicos para a ação social”, uma posição tomada após o Conselho Geral da organização católica.

“Num momento de partilha de realidades e de expectativas face às dificuldades esperadas para o ano de 2023, o conselho manifestou a sua preocupação provocada pela insuficiência de apoios públicos para a ação social e uma manifesta dificuldade de diálogo e articulação, nomeadamente, por parte do Instituto da Segurança Social”, refere o documento conclusivo.

A Cáritas Portuguesa considera que “esta situação dificulta uma ação social com dignidade para os mais vulneráveis”.

O Conselho Geral da Cáritas decorreu desde 25 de novembro, na Diocese do Funchal, reunindo representantes de 17 das 20 Cáritas Diocesanas.

O encontro abordou o “impacto do movimento crescente do fluxo migratório” em Portugal e debateu o papel da Cáritas nesta intervenção.

“Ficaram evidenciadas como principais dificuldades a habitação seja pelos valores elevados, como pela sua precariedade; a desresponsabilização dos serviços públicos e o difícil acesso ao emprego”, assinalam os participantes.

O encontro incluiu um encontro com o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, o qual destacou o trabalho realizado pela Cáritas, e uma conferência com a participação de entidades da cidade do Funchal e de toda a região, proferida por José Manuel Rodrigues, presidente da Assembleia Legislativa Regional da Madeira.

D. José Traquina, presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, abriu os trabalhos realçando o empenho da rede nacional Cáritas, considerando-a “uma marca credível de cuidado”.

Já a presidente da Cáritas Portuguesa, Rita Valadas, apontou aos “muitos tipos de pobreza provocados por um arrastar de crises”, que os membros da organização católica são “desafiados a vencer”.

A sessão de abertura contou com um momento de homenagem de agradecimento à família Artur Barreto, que desde 1980 é benemérita da rede Cáritas, em particular das dioceses do Funchal, Lisboa, Leiria-Fátima e Setúbal. No ano de 2023, a Semana Nacional Cáritas irá decorrer entre os dias 5 e 12 de março e o Concelho Geral reafirmou como tema central ‘Cáritas, o Amor que Transforma’.

O Conselho Geral terminou com a celebração eucarística, presidida por D. Nuno Brás, bispo do Funchal, e incluiu o gesto simbólico de entrega da Luz da Paz associado à campanha de Natal ‘10 Milhões de Estrelas – Um Gesto pela Paz’.

Fonte: Ecclesia

Solidariedade: Bancos Alimentares contra a Fome recolheram 2.086 toneladas de alimentos

Os Bancos Alimentares contra a Fome recolheram 2.086 toneladas de alimentos, durante o fim de semana de 26 e 27 de novembro, em que decorreu a campanha nacional, informou a organização.

O valor representa um aumento de 24% em relação à campanha realizada em igual período de 2021, de acordo com um comunicado da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome.

A segunda campanha de recolha de alimentos realizou-se em 2 mil supermercados em todo o país, depois do confinamento imposto pela pandemia da covid-19, e envolveu cerca de 40 mil voluntários dos 21 Bancos Alimentares.

A presidente da federação, Isabel Jonet, elogiou a “congregação de boas vontades, quer dos voluntários que deram o seu tempo, quer dos milhares de doadores que doaram alimentos, quer ainda de muitas empresas que apoiaram”.

A federação sublinhou “as necessidades acrescidas de apoio com que se confrontam muitas famílias portuguesas, cujos rendimentos se veem cada vez mais pressionados devido ao aumento generalizado dos preços e das taxas de juro”.

Os alimentos recolhidos vão começar a ser distribuídos já a partir da próxima semana, contribuindo para ajudar a suprir as necessidades alimentares de cerca de 400 mil pessoas, apoiadas por 2.600 instituições, quer através de cabazes de alimentos, quer através de refeições confecionadas, indicou a federação.

Até 4 de dezembro está a decorrer em todos os supermercados a campanha “Ajuda de Vale”. Quem pretenda ajudar, cada vale de compras tem um código de barras específico, correspondente ao alimento selecionado para doação, cujo valor é acrescentado no ato do pagamento. Em alternativa, poderá fazer a sua doação através do portal de doações ‘online www.alimentestaideia.pt.

No ano passado, os 21 Bancos Alimentares em atividade em Portugal distribuíram 34.551 toneladas de alimentos (com o valor estimado de 48 milhões de euros), num movimento médio de 105 toneladas por dia útil.

Portugal registou um aumento de 10,2% da inflação homóloga, em outubro, o valor mais alto desde maio de 1992, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE).

A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação, atingiu a 25 de novembro 2,374%, um máximo desde janeiro de 2009.

Em 2020, quase dois milhões de portugueses estavam em risco de pobreza, mais 200 mil pessoas do que no anterior, indica um relatório divulgado pelo INE em janeiro.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: “Há Feira do Nabo” na praça

Miranda do Douro: “Há Feira do Nabo” na praça

O evento “Há Feira na Praça” deste sábado, dia 26 de novembro, no Largo dom João III, em Miranda do Douro, é dedicado à comercialização do nabo, um produto hortícola caraterístico desta época do ano, na Terra de Miranda.

Para além do nabo e dos produtos hortícolas, no certame é possível adquirir outros produtos locais como o pão, o mel, o azeite, os frutos secos, a bola doce mirandesa, o folar, os roscos e os sodos, o fumeiro, os vinhos e os licores, o artesanato e muitos outros produtos.

De acordo com a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, a iniciativa “Há Feira na Praça” visa, simultaneamente, apoiar os pequenos agricultores a escoar o excedente de produtos hortícolas e assim imprimir maior dinamismo à economia local.

“O nosso propósito é realizar o “Há Feira na Praça” todos os últimos sábados de cada mês, dando a conhecer a excelência dos produtos mirandeses e aproveitando a animação das atuações mensais dos pauliteiros de Miranda”, explicou.

Aos sábados, o evento decorre das 10h00 às 17h00, no Largo Dom João III, a praça central da cidade de Miranda do Douro, onde são instalados os stands para os produtores do concelho.

O município de Miranda do Douro informa que os produtores do concelho interessados em expor os seus produtos no “Há Feira na Praça”, devem inscrever-se no Balcão Único da Câmara Municipal.

HA

Cultura: 1.º Encontro Nacional do Património Cultural Imaterial

Cultura: 1.º Encontro Nacional do Património Cultural Imaterial

O 1.º Encontro Nacional do Património Cultural Imaterial realiza-se sexta-feira e sábado, em Lisboa, visando fazer “um balanço” e “dar um contributo para uma maior consciência deste vasto e rico património”, segundo a organização.

O Encontro vai decorrer na Gare Marítima de Alcântara, em Lisboa, e é aberto ao público, sendo possível a participação presencial e através de Internet, estando prevista a presença de técnicos da Divisão de Património Móvel e Imaterial da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).

Além das comunicações, o Encontro conta com a participação de expressões do património cultural imaterial, e é organizado pela Associação Portuguesa para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial (APSPCI), contando com a colaboração de mais de uma dezena de organizações como a Associação Portuguesa de Antropologia, a Junta de Freguesia de Lavacolho, no distrito de Castelo Branco, e o Museu do Fado, em Lisboa.

“No encontro teremos a parte teórica e a parte viva de algumas dessas expressões culturais imateriais. Não ficamos apenas pelas intervenções escritas, mas complementamos com expressões culturais imateriais”, disse o antropólogo Luís Marques, presidente da ASPCI, referindo-se a atuações como as dos Pauliteiros de Miranda e de cante alentejano pelo grupo Planície Cantada.

O encontro abre pelas 09:00, com a atuação dos Bombos de Lavacolhos, e ainda no primeiro dia, entre outras matérias, será abordada “A prática sineira em Portugal”, pelo musicólogo Rodrigo de Paula, que faz parte da equipa de investigação do projeto “Patrimonialização da Paisagem Sonora de Évora”.

Macau, que em 2017 inscreveu na lista da UNESCO as procissões católicas do N. S. Bom Jesus dos Passos e de N. S. de Fátima, vai estar presente neste encontro, com uma comunicação da arqueóloga Mariana Pereira sobre as “Celebrações do 24 de junho na diáspora macaense em Portugal”.

Outras manifestações abordadas passam pelo culto de N. S. da Saúde, por Pedro Pereira, do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, investigador do Centro em Rede de Investigação em Antropologia, “O Fracasso de Salvaguardado Património do Aproveitamento Hidráulico do Baixo Sabor”, por Lois Ladra, responsável pelo projeto “Corgoral”, de recolhas e estudo do Património Cultural Imaterial no Município do Corgo.

No encontro vão a debate a calçada portuguesa, a importância das Tunas na tradição oral, os pauliteiros de Miranda do Douro, e questões gastronómicas como “Sardinhas assadas com batatas fritas e favas guisadas com salada de tomate, a tradição deturpada”, pela antropóloga Ana Piedade, professora no Instituto Politécnico de Beja e coordenadora do grupo de trabalho relativo à Dieta Mediterrânica.

O antropólogo Jean-Yves Durand, do Centro em Rede de Investigação em Antropologia, leva ao encontro uma questão: “Inventário nacional do Património Cultural Imaterial, será a cultura solúvel na burocracia?”.

A questão é colocada pelo próprio Luís Marques, que reclamou a necessidade de haver planos de salvaguarda nos municípios, e de o papel do poder central ter de ir além da inventariação do património, de modo a inverter a “grande inércia, desvalorização e atitude pouco dinâmica”, nesta área.

“A grande lacuna é a inexistência de um Plano para Salvaguarda do Património Cultural Imaterial. Em Portugal não existe e até agora não existiu”, sublinhou o antropólogo.

No contexto das grandes linhas políticas para esta área, assumidas por diferentes governos, Luís Machado questionou se “será também a DGPC a melhor maneira de agir no âmbito da salvaguarda do Património Cultural Imaterial”.

“A política do património cultural imaterial não se pode circunscrever a um mero inventário, isso é algo que deve estar ao serviço de uma outra coisa mais geral, faz-se um inventário com algum sentido […]; dever-se-ia olhar para aquilo que é a representação desta área patrimonial”.

“Deverá existir também planos de salvaguarda a nível municipal. Cada município não pode estar à espera que o poder central vá resolver o problema na sua área territorial. Compete ao município fazer ações de salvaguarda, ter uma ação que seja sistemática, que não seja só uma coisa pontual ou casuística, nomeadamente haver uma atitude numa determinada altura, depois deixa de haver, pela força política”.

Segundo Luís Marques, “dever-se-ia olhar para aquilo que é a representação desta área patrimonial (…) senão tem-se a ideia de que tudo se circunscreve ao inventário e, preenchendo-se aqueles itens que estão ‘online’, não é preciso fazer mais nada”.

O antropólogo qualificou esta situação como “muito redutora”, tanto mais que Portugal tem inscrito nove manifestações culturais imateriais na lista da UNESCO, como património da humanidade, entre elas, o Fado, o Cante Alentejano, o Cantar Polifónico do Alentejo, o Carnaval de Podence, o Barro Figurado de Estremoz, as Festas do Povo de Campo Maior e a Falcoaria.

O encontro em Lisboa será “o primeiro de muitos”, e realiza-se depois de vários “encontros regionais” efetuados, nomeadamente, no Médio Tejo, Algarve, Alentejo, Beira Interior e no Norte.

A DGPC, por seu lado, como entidade responsável pelo Inventário Nacional do Património Imaterial, disse ter em curso “a realização do levantamento de diagnóstico do Património Cultural Imaterial 2022, mediante consulta de todos os municípios portugueses”.

No contexto da “implementação da Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial [PCI]”, acompanha igualmente “e dá apoio a proponentes e detentores de pedidos de inventariação”.

Entre as ações que a DGPC destaca, numa resposta por escrito sobre as ações nesta área, contam-se ações “de proximidade com as realidades propostas e detentores do saber/conhecimento”, assim como “visitas regulares dos técnicos da equipa Património Cultural Imaterial (PCI) ao terreno”.

A capacitação de profissionais com responsabilidades na pesquisa e produção de conteúdos para o pedido de inventariação, a proposta de organização de ‘workshops’ descentralizados junto das entidades proponentes são outras ações destacadas.

A DGPC faz parte do Grupo de Trabalho do PCI da Comissão Nacional da UNESCO, mantém representação noutros grupos de trabalho nacionais e internacionais e mantém um processo “contínuo de divulgação, comunicação e promoção do PCI e do Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial”, acrescentou.

O encontro “Medidas de Salvaguarda para o Património Cultural Imaterial Desafio UNESCO”, que no ano passado reuniu representantes de diferentes manifestações a nível nacional, e das direções regionais de Cultura, foi também destacado pela DGPC, assim como a participação noutras iniciativas, promovidas por municípios, direções regionais de Cultura e entidades como a Federação de Folclore Português, a Associação de Desenvolvimento Turístico – Aldeias Históricas de Portugal e o encontro dos Museus do Médio Tejo.

Fonte: Lusa

Bragança-Miranda: Diocese convida a fazer “Coroas e Percursos de Advento” para preparar o Natal

Bragança-Miranda: Diocese convida a fazer “Coroas e Percursos de Advento” para preparar o Natal

No próximo sábado, 26 de novembro, inicia-se um novo ano litúrgico-pastoral com o começo do Advento e a diocese de Bragança-Miranda convida todos os diocesanos a participar na atividade digital “Coroas e Percursos de Advento”.

Recorde-se que o Advento é o primeiro tempo do ano litúrgico da Igreja Católica, decorre ao longo de quatro semanas e tem como propósito a preparação para o Natal, o Nascimento de Jesus.

“Leigos, sacerdotes, diáconos e consagrados são todos convidados a fotografar os arranjos de advento das suas casas, paróquias, unidades pastorais e instituições, e a enviar as fotografias, até dia 19 de dezembro, para: comunicacao.diocesebm@gmail.com”, informa o comunicado.

As fotografias dos arranjos de Advento devem ser acompanhadas de um texto que identifique o local, bem como o autor da fotografia.

«Com esta iniciativa queremos continuar a motivar os agentes pastorais das 18 unidades da diocese, para que vivam com esperança este tempo litúrgico do Advento, que antecede e prepara a celebração do Santo Natal», salientou Bruno Rodrigues, diretor do Secretariado das Comunicações Sociais.

Segundo o secretariado, todas as fotografias vão ser publicadas na página de facebook da Diocese www.facebook.com/diocesebraganca.miranda), no dia 20 de dezembro, e vão estar em votação até dia 22 de dezembro.

«À semelhança do que aconteceu nos anos anteriores, o jornal diocesano “Mensageiro de Bragança” vai publicar as 3 fotografias com mais reações.», informam.

As fotografias dos arranjos de Advento mais votadas vão ser premiadas com a oferta de um livro.

Fonte: SCS e HA

Palaçoulo: Criação artística reflete sobre o outono

Palaçoulo: Criação artística reflete sobre o outono

No sábado, dia 26 de Novembro, às 21h00, o salão da Caramonico, em Palaçoulo, vai ser o palco do espetáculo “Sementes de Outono”, uma criação artística da Lerias e de outras associações, cujo propósito é promover uma reflexão coletiva sobre o significado desta estação do ano, no ciclo da natureza.

“Já fomos um, outrora. Homem – Natureza, numa relação tão próxima, tão íntima, como uma mão a enterrar-se na terra acabada de molhar. Precisamos voltar a sentir a terra mãe que nos alimenta, a terra casa que nos abriga. Sentir o doce canto dos nossos avós. Sentir que nada somos, se estamos sós. Voltar à terra é preciso. Urge. Porque senão, a casa deixa de proteger e a fome ganha força. Fecha-se o ciclo para nunca mais começar…”, lê-se no comunicado.

Com entrada livre, “Sementes de Outono” é um espetáculo colaborativo e multidisciplinar, criado e interpretado por cerca de 100 pessoas entre professores e alunos de várias associações culturais.

São elas: a Lérias – Associação Cultural, a Associação Cultural Tirsense, a Buscapólos, a Associação Cultural, a Cardo-Amarelo Escola de Música Tradicional, o Centro de Teatro da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto.

O espetáculo é dirigido e produzido pela Cardo, uma associação que tem como principal objetivo intervir artística e pedagogicamente na sociedade através da música, focando grande parte do seu trabalho na preservação, divulgação e promoção da música tradicional portuguesa.

Para além de Palaçoulo, o espetáculo “Sementes de Outono” vai ser apresentado a 1 de Dezembro, às 18h30, no auditório municipal de Vila do Conde; a 4 de Dezembro, às 18h30, na Fábrica de Santo Thyrso, em Santo Tirso; e a 8 de Dezembro, às 18h30, na Praça da República, em Cabeceiras de Basto.

A criação artística conta com os apoios da Direção Geral das Artes, da Câmara Municipal de Vila do Conde, da Câmara Municipal de Santo Tirso e da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto.

HA

Miranda do Douro: Seminário “Capa de Honras, do saber fazer à marca identitária”

Miranda do Douro: Seminário “Capa de Honras, do saber fazer à marca identitária”

O município de Miranda do Douro vai promover nos dias 3 a 4 de dezembro, o seminário “Capa de Honras, do saber fazer à marca identitária”, uma iniciativa que tem como objetivo destacar o valor cultural desta peça de vestuário tradicional da Terra de Miranda.

O foco desta iniciativa é reforçar a candidatura da Capa d’Honras Mirandesa ao Inventário Nacional de Património Cultural Imaterial.

“A Capa de Honras é uma das peças mais emblemáticas do vestuário tradicional português, com uma dimensão identitária única. As gentes desta região fizeram desta peça de vestuário um símbolo da “proua” (garbo) dos mirandeses, sendo hoje reconhecida como uma das mais representativas marcas identitárias da Terra de Miranda”, indica o município, em comunicado

De porte majestoso, as origens da Capa de Honras remontam aos tempos medievais, derivando da capa de “asperge ou capa pluvial”, inicialmente utilizada por clérigos e dignitários eclesiásticos.  

Segundo o Museu da Terra de Miranda, a Capa de Honras é executada em lã, que depois de tosquiada e lavada, passa por um conjunto de processos de transformação (carmeagem, cardagem, fiação em torno ou em roca, tecelagem e pisoagem) que permitem um pano final espesso e irregular, bastante impermeável e térmico.

Fonte: Lusa e HA