Is 63, 16b-17.19b; 64, 2b-7 / Slm 79 (80), 2ac.3b.15-16.18-19 / 1 Cor 1, 3-9 / Mc 13, 33-37
No início do Advento somos geralmente tentados a pensar que já sabemos tudo sobre este tempo. Conhecemos bem a história, admiramos os pormenores, construímos Presépios e encenamos peças que nos recordam o nascimento de Jesus. Contudo, será que estamos a viver o tempo que o Senhor preparou para nós?
Falsamente convencidos de que somos todo-conhecedores deste momento, entregamos os nossos corações ao multiplicar de festas, às romagens aos templos de consumo para comprar presentes, à correria de cumprir prazos no trabalho para poder desligar nos dias do Natal.
Isaías e o salmista pretendem arrancar-nos ao turbilhão com os seus gritos de alerta. Eles pedem ao Senhor que rasgue os céus para que o Salvador desça. E nós? Nós construímos abóbodas sobre as nossas vidas, para que dezembro esteja bem arrumadinho e haja lugar para todas as ocupações.
Só se pode conhecer Jesus, só se pode «saber Advento» se levarmos vidas que tenham «sabor a Advento». Peçamos ao Senhor, desde o início deste Advento, que rasgue o céu de chumbo que construímos com as nossas preocupações, centradas no planeamento cirúrgico da agenda, em que pouco espaço deixamos para o Espírito. Vivamos este Advento abertos à surpresa do Senhor que vem.
Fonte Aldeia: As suecas “Kraja” vão cantar na igreja paroquial
No Domingo, dia 3 de dezembro, a igreja paroquial de Fonte Aldeia (Miranda do Douro) é o palco do concerto de Outono, interpretado pelo grupo de nacionalidade sueca, “Kraja”, um espetáculo que faz parte do festival “Ciclo de Música sem Tempo”.
À semelhança dos concertos de Outono anteriores, a atuação musical agendada para as 17h00 de Domingo, em Fonte Aldeia, tem o propósito de descentralizar a atividade cultural do município de Miranda do Douro e presentear as populações das várias localidades do concelho com eventos musicais.
Com esta iniciativa, o município de Miranda do Douro e a diocese de Bragança-Miranda estão também a divulgar e promover o património de cada localidade, contribuindo assim para uma maior atratividade turística do concelho.
Em Fonte Aldeia, vai atuar o grupo musical “Kraja”, criado em 2001 e constituído pelas músicas de nacionalidade sueca: Linnea Nilsson, Lisa Lestander, Frida Johansson e Eva Lestander.
No seu repertório, as “Kraja” apresentam temas originais e músicas tradicionais suecas e nórdicas, às quais acrescentaram o seu próprio estilo musical.
O nome sueco “Kraja” significa “encontrei o meu lugar”.
A visita deste grupo a Miranda do Douro insere-se no festival “Ciclo de Música Sem Tempo”, que consiste num evento internacional, dinamizado pela associação Cardo, nos municípios de Miranda do Douro, Santo Tirso e Esposende.
Nesta estadia em Miranda do Douro, as “Kraja” vão realizar ainda uma Oficina de Música, que consiste num encontro com o público e os músicos mirandeses para dar a conhecer os instrumentos musicais tradicionais da Suécia. A oficina está agendada para as 18h30, de sábado, dia 2 de dezembro, na Casa da Música Mirandesa.
Na perspectiva do professor de música, Paulo Meirinhos, o encontro com músicos de outros países, são oportunidades de aprendizagem e de enriquecimento musical, cultural e social.
“Estes encontros com músicos de outros países são como um alargar dos horizontes, pois permitem aprofundar o conhecimento musical. Para um músico é muito importante saber, por exemplo, que a gaita-de-foles também existe noutros países e tem características diferentes da nossa, desde os materiais utilizados na sua construção, as próprias peças e até a sua sonoridade”, explicou.
O festival internacional “Ciclo de Música Sem Tempo” foi criado com o objetivo de preservar, divulgar e promover a música tradicional.
Em Miranda do Douro, este festival conta com o apoio do município, através da Casa da Música Mirandesa.
Meteorologia: Despois da chuva vem a descida de temperatura
Para esta quinta-feira, dia 30 de novembro, prevê-se chuva, por vezes forte e persistente, devido à passagem de uma frente com um rio atmosférico, enquanto na sexta-feira, dia 1 de dezembro, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê uma descida acentuada da temperatura.
Para quinta-feira (dia 30 de novembro) prevê-se chuva abundante de norte a sul de Portugal continental. Ao longo do dia, no território do continente 13 distritos estão em aviso amarelo por causa da precipitação.
Na sexta-feira, dia 1 de dezembro, o céu vai diminuir gradualmente de nebulosidade, com boas abertas e possibilidade de céu limpo, esperando-se uma descida acentuada das temperaturas.
No dia 2 de dezembro, sábado, não se exclui a possibilidade de aguaceiros ou chuviscos isolados em pontos do Norte e Centro. O temperatura vai ser fria e as geadas vão surgir em várias zonas do interior Norte e Centro.
Legislativas: Alteração do local de voto até 10 de janeiro
Os eleitores que queiram alterar o seu local de voto para as eleições legislativas antecipadas de 10 de março, têm de atualizar a sua morada antes de 10 de janeiro, informou a Comissão Nacional de Eleições (CNE).
“Os cidadãos que tenham mudado a sua residência e queiram alterar o seu local de voto devem atualizar a morada associada ao cartão de cidadão antes de dia 10 de janeiro de 2024”, indicou a CNE em comunicado.
Segundo a comissão, este passo é essencial para garantir que a morada no recenseamento eleitoral é a que consta no cartão de cidadão do eleitor.
De acordo com a CNE, nos casos em que o eleitor reside em território nacional e tem cartão de cidadão, pode proceder à alteração da morada `online´ no portal ePortugal ou, em alternativa, presencialmente nas Lojas do Cidadão ou num balcão do Instituto de Registos e Notariado.
Já para quem reside no estrangeiro e tem cartão de cidadão, além de ter a possibilidade de proceder à alteração da morada `online´, pode também dirigir-se a consulado ou posto consular português da sua área de residência.
A CNE adianta ainda que, nos casos em que o cidadão tem bilhete de identidade, este procedimento pode ser efetuado numa Loja do Cidadão ou num consulado ou posto consular português da sua área de residência, de forma a obter um cartão de cidadão com a morada atualizada.
Todos os eleitores recenseados podem consultar a morada que consta no recenseamento eleitoral junto das respetivas comissões recenseadoras – juntas de freguesia, consulados ou postos consulares – ou ainda `online´ na área reservada do Portal do Eleitor, refere ainda a CNE.
A comissão recorda que os recenseados no estrangeiro podem votar por via postal ou de forma presencial.
Para quem pretender exercer o seu direito de voto presencialmente, deve manifestar essa intenção – caso não o tenha efetuado em eleições anteriores para a Assembleia da República – junto da comissão recenseadora da sua área de residência também antes de 10 de janeiro.
“Se não optar por exercer o seu direito de voto presencialmente, irá receber na morada que consta no recenseamento eleitoral a documentação para exercer o seu direito de voto via postal”, avança o comunicado.
O primeiro-ministro, António Costa, apresentou a sua demissão ao Presidente da República em 7 de novembro, por causa de uma investigação judicial sobre a instalação de um centro de dados em Sines e negócios de lítio e hidrogénio que levou o Ministério Público a instaurar um inquérito autónomo no Supremo Tribunal de Justiça em que é visado.
Marcelo Rebelo de Sousa aceitou de imediato a demissão do primeiro-ministro, embora sem a formalizar, e dois dias depois anunciou que irá dissolver o parlamento e marcar eleições legislativas antecipadas para 10 de março, após ter ouvido os partidos com assento parlamentar e o Conselho de Estado.
Finanças: Autoridade Tributária (AT) alerta para mensagens fraudulentas
A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) alertou que estão a ser enviadas mensagens de correio eletrónicas (‘e-mails’) falsas, referentes a eventuais dívidas fiscais.
Através da rede X (antigo Twitter) e do ‘site’, a AT diz ter tomado conhecimento que alguns contribuintes estão a receber ‘e-mails’ com supostas dívidas, onde é pedido que carreguem num determinado ‘link’.
“Estas mensagens são falsas e devem ser ignoradas. O seu objetivo é convencer o destinatário a aceder a páginas maliciosas carregando nos ‘links’ sugeridos. Em caso algum deverá efetuar essa operação”, alerta a AT.
A AT aconselha os contribuintes a consultarem, no Portal das Finanças, informações sobre segurança.
Nessa informação é pedido, nomeadamente, aos contribuintes que suspeitem de ‘links’ e ficheiros enviados por mensagens eletrónicas ou SMS e que confirmem junto da fonte sempre que, através de SMS ou de ‘sites’ da Internet, seja pedida qualquer ação ou interação.
“Em caso de dúvida, não responda às mensagens, não clique em ‘links’, nem descarregue ou abra ficheiros; não forneça ou divulgue as suas credenciais para acesso ao Portal das Finanças”, são outros dos conselhos.
Santulhão: Há menos azeitona e um menor rendimento em azeite
Este ano, os olivicultores do lagar em Santulhão indicam que há uma quebra na colheita de azeitona e na extração de azeite verifica-se um menor rendimento, por causa do excesso de água e da insuficiente maturação da azeitona.
De acordo com o responsável pelo lagar de Santulhão, Adrião Rodrigues, este ano, apesar da quebra na quantidade de azeitona, a produção melhorou em comparação com ano anterior. No entanto, avançou que a azeitona está a ter um menor rendimento de azeite por causa do excesso de água.
A laborar desde 2006, o lagar de azeite de Santulhão recebe as colheitas de cerca de 900 olivicultores dos concelhos de Vimioso, Macedo de Cavaleiros, Mogadouro, Miranda do Douro e Bragança.
Tal como no ano anterior, a maquia para os olivicultores que extraem o azeite no lagar de Santulhão é de 20%. Ou seja, cada agricultor deixa no lagar 1/5 da sua produção de azeite.
Em 2023, o lagar de Santulhão extraiu cerca de 200 mil quilos de azeite, que foram comercializados para todo o mundo, nas marcas “Terras do Sabor”, “Oliveiras Golden” e “Quinta de Arufe”.
“Atualmente, o preço do garrafão de azeite de 5 litros custa 41€. Já a garrafa, dependendo da qualidade, vai até aos 12 a 13€/litro.”, indicou o responsável pelo lagar de Santulhão.
Este ano, foram introduzidas inovações na empresa, com a contratação de mais funcionários e a montagem de uma nova linha de extração de azeite, com o objetivo de prestar um melhor serviço aos clientes. Atualmente, trabalham no lagar de Santulhão seis pessoas, sendo que três trabalham durante o dia, duas no período noturno e uma outra pessoa ao fim-de-semana.
“Com a nova linha de extração de azeite pretendemos aumentar e agilizar a produção durante o dia. Dado que grande parte dos nossos cliente são pessoas de idade avançada, pretendemos evitar tenham que estar no lagar durante a noite”, justificou.
Na perspectiva de Adrião Rodrigues, o lagar de Santulhão deve laborar até ao início de janeiro de 2024.
Os olivicultores
António Alves é natural de Santulhão e é proprietário de um restaurante em Bragança, onde serve o azeite extraído da sua colheita. Questionado sobre a produção deste ano, respondeu que a quantidade foi regular, mas a qualidade não é a melhor dada a pouca maturação da azeitona.
Sobre os cuidados que tem com o seu olival ao longo do ano, indicou que após a apanha realiza a poda ou limpa das oliveiras e depois seguem-se as lavras e a adubagem.
“Tendo em conta estas despesas, por vezes penso que seria mais barato comprar o azeite. No entanto, também sei que o azeite biológico da nossa região tem uma qualidade superior”, destacou.
Sobre o aumento no preço do azeite, o olivicultor de Santulhão corroborou da opinião que é importante dar o devido valor aos alimentos produzidos na região.
“Hoje em dia há muita procura dos produtos locais, que têm um sabor e uma qualidade diferenciada. Daí que é inteiramente justo este acerto do preço do azeite”, disse.
A apanha da azeitona é um trabalho fisicamente exigente e nem sempre é fácil contratar pessoas para esta tarefa. O olivicultor de Santulhão confirmou esta realidade e mostrou-se muito preocupado com o futuro da olivicultura na região.
“É mesmo muito difícil contratar pessoas para a apanha da azeitona. Eu apanhei a minha colheita apenas com a ajuda do meu irmão”, disse.
Por sua vez, Manuel Martins, também de Santulhão, indicou que teve uma redução de 50% na sua colheita de azeitona.
“Apesar da azeitona parecer que está bem desenvolvida, depois verifica-se que tem muita água e por isso não produz muito azeite”, explicou.
Para a apanha da azeitona viu-se obrigado a contratar três pessoas, sendo que a jornada de trabalho, com almoço incluído, custou 70€ por trabalhador.
Já um olivicultor de Carção, Felisberto Lopes, indicou que teve uma quebra de 50% na sua colheita de azeitona, por causa da chuva aquando da floração das oliveiras.
Sobre a apanha da azeitona, o olivicultor de Carção informou que este ano viu-se obrigado a contratar a máquina.
“As despesas na olivicultura aumentam com a subida dos combustíveis, dos adubos e das lavras com o trator. E só com um ajustamento do preço do azeite é possível continuar com esta atividade”, sublinhou.
O casal de ex-emigrantes, António Pires e Cesarina Xavier, com 76 e 70 anos, estão há uma semana a apanhar a azeitona nos seus olivais, em Santulhão. Todos os anos, dizem colher em média 4500 quilos de azeitona, mas este ano contam com uma redução para metade da habitual produção.
“Esta redução deveu-se às condições climatéricas na época da floração em junho, quando a chuva abundante fez cair a flor”, indicaram.
Para a apanha da azeitona, este casal de ex-emigrantes em França vai realizando este trabalho, pouco a pouco, em cada dia.
“Gostávamos de ter a ajuda dos três filhos e oito netos que vivem em França, mas por motivos profissionais não é possível”, lamentaram.
Mogadouro: Associação Comercial vai distribuir 500 ‘vouchers’
No âmbito da campanha “Seja a Estrela deste Natal, escolha o Comércio Local”, a Associação Comercial e Industrial de Mogadouro (ACISM) vai sortear 500 ‘vouchers’ no valor de 10 euros cada, totalizando 5.000 euros.
“A campanha ‘Seja a Estrela deste Natal, escolha o Comércio Local’ tem como intuito potenciar um maior número de vendas no comércio local mas também recompensar os consumidores que preferem este tipo estabelecimentos”, disse o presidente da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Mogadouro (ACISM), João Neves.
De acordo com o dirigente da ACISM, este ano, e como já vem sendo tradição, o objetivo passa por promover, apoiar e dinamizar o Comércio Local de Mogadouro e a iniciativa irá decorrer de 1 de dezembro 2023 a 6 de janeiro de 2024.
Esta iniciativa pretende chegar a todos os estabelecimentos comerciais de Mogadouro. Os ‘vouchers’ poderão depois ser trocados em qualquer estabelecimento comercial do concelho.
Cultura: Aprovada criação de unidade orgânica para promover língua mirandesa
Os deputados aprovaram uma proposta do Livre, de alteração ao Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), para criação de uma unidade orgânica para promoção da língua mirandesa, com uma dotação de 200 mil euros.
A proposta do Livre foi aprovada na Comissão de Orçamento e Finanças sem votos contra, a abstenção do IL e do PSD e votos favoráveis dos restantes partidos.
“Em 2024, e após um processo de consulta envolvendo a autarquia de Miranda do Douro, a Associaçon de la Lhéngua i Cultura Mirandesa, as escolas com ensino de Mirandês, define e operacionaliza estratégias de proteção e promoção da língua mirandesa como língua viva, promovendo a criação de uma unidade orgânica própria”, pode ler-se na iniciativa.
De acordo com a proposta, cuja nota justificativa está escrita na língua mirandesa, “o Governo prevê dotação orçamental específica para financiamento das medidas definidas nos termos do número anterior, no montante de 200.000 euros”.
Futsal: Mirandeses vencem em Vimioso e sobem ao 1º lugar do campeonato
No jogo em atraso da segunda jornada, o Águia Futebol Clube de Vimioso recebeu no serão do dia 27 de novembro,a visita do campeão, Clube Desportivo de Miranda do Douro, que entrou a perder, mas logrou a reviravolta e a vitória graças à solidez defensiva da equipa e a irreverência atacante de Leo.
O mirandês, Leo, foi o autor do terceiro golo do CDMD, que assegurou a vitória em Vimioso.
No pavilhão multiusos de Vimioso, os vimiosenses entraram melhor no jogo e logo aos 20 segundos inauguraram o marcador 1-0, na sequência de um remate de Rafael, que o guardião mirandês, Pina, interceptou, mas na recarga Diogo, encostou a bola para o fundo da baliza.
O vimiosense, Diogo, inaugurou o marcador aos 20 segundos.
A resposta mirandesa surgiu aos 5 minutos de jogo, numa transição rápida entre Castro, Couto e Nickas, com este último a tirar um adversário do caminho e a rematar rasteiro e colocado para fazer o 1-1.
Duma boa combinação entre os mirandeses Castro, Couto e Nickas, surgiu o empate a 1-1.
Cinco minutos depois, a equipa de Vimioso voltou a adiantar-se no marcador, 2-1, novamente na sequência de uma remate fora da área, que desta vez deu origem a um autogolo de Diogo.
O Vimoso voltou a adiantar-se no marcador através de um autogolo de Diogo.
Nos minutos finais da primeira parte, o mirandês Leo entrou no jogo e trouxe mais energia e irreverência à sua equipa. Foi assim, que aos 16 minutos, o reforço brasileiro assistiu o companheiro Vitor Hugo, que numa execução técnica recebeu a bola com o pé direito e rematou com o esquerdo, para empatar novamente o desafio a 2-2.
Vitor Hugo voltou a empatar o jogo, a dois golos para cada equipa.
Antes do apito para o intervalo, Leo operou a reviravolta no marcador dos mirandeses, 2-3, ao concluir com êxito um cruzamento para dentro da área vimiosense.
Após o descanso, o Vimioso como lhe competia foi à procura do golo para anular a desvantagem. No entanto, os mirandeses, bem organizados, dificultaram muito as movimentações ofensivas dos adversários e aproveitaram para sair em transições rápidas. Por esta razão, ao longo de toda a segunda parte as melhores oportunidades de golo couberam aos visitantes.
Aos 31 minutos, Nickas, que atravessa um bom momento de forma, desperdiçou uma soberana oportunidade para ampliar a vantagem, mas o remate final saiu desenquadrado da baliza vimiosense.
A equipa do treinador Paulo Gonçalves respondeu aos 34′, numa jogada de insistência, que levou a bola a embater no poste da baliza mirandesa.
Aos 35 minutos, foi a vez de Vitor Hugo procurar aumentar a vantagem mirandesa, mas o guardião adversário, Chico, efetuou uma defesa atenta.
Antes do final do jogo, o mirandês, Leo voltou a estar em destaque, aos 37′, ao rodar sobre o adversário direto mas o potente remate não levou a direção da baliza do Vimioso.
Com esta vitória, o Clube Desportivo de Miranda do Douro subiu ao primeiro lugar do campeonato distrital de futsal, num percurso de cinco vitórias, com 23 golos marcados e sete sofridos.
Por sua vez, a equipa sénior do Águia Futebol Clube de Vimioso ocupa atualmente o quinto lugar na classificação. Nos seis jogos já disputados, os vimiosenses registaram três vitórias, um empate e duas derrotas.
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Equipas:
Clube Desportivo de Miranda do Douro: Pina, Couto (cap.), Vitor Hugo, Nickas, Chuva, Guilherme, Cristal, André, Castro, Dinis, Caio, Leo.
Treinador: Nélson Moreira
Treinador-adjunto: Ricardo Rocha
Fisioterapeuta: Zélia Martins
“Foi mais um bom espetáculo de futsal, com alternância no marcador, diante de uma equipa competitiva e bem organizada como é o Vimioso. Desta vez, a vitória sorriu-nos a nós e penso que fomos uns justos vencedores. Dou os parabéns à minha equipa. Sobre a prestação do Leo, ele integrou-se bem na equipa, tal como todos os outros jogadores” – Vitor Hugo.
Águia Futebol Clube de Vimioso: Francisco, Sérgio, Daniel, Diogo, André, Hugo, Ferro, Luís, Pedro Alves e Rafael.
Treinador: Paulo Gonçalves
“Foi um excelente jogo de futsal, durante o qual estivemos muito bem nos primeiros dez minutos da primeira parte. Nos restantes 10 minutos, o CDMD superiorizou-se. Na segunda parte, houve um grande equilíbrio entre as duas equipas e a prova foi que não houve mais golos. Apesar da derrota, felicito todos os intervenientes no jogo que demonstraram que neste campeonato distrital pratica-se bom futsal” – Paulo Gonçalves.
Política: CIM-TTM apresentou plano estratégico para o investimento até 2030
A Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM) apresentou dez áreas de investimento estratégico, no Plano de Ação das Terras de Trás-os-Montes, para o próximo quadro comunitário de financiamento até 2030.
O plano foi apresentado no seminário “Terras de Trás-os-Montes Pensar o Presente, Projetar o Futuro”, que decorreu no auditório da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, no Instituto Politécnico de Bragança.
Foram escolhidos uma dezena de domínios temáticos – conhecimento, inovação e competitividade; turismo, cultura e património; desenvolvimento rural; ambiente e ecossistemas; energia; conectividade e acessibilidade; desenvolvimento urbano; educação e formação; saúde e respostas sociais e capacitação e modernização da Administração Local e Intermunicipal.
Mário Rui Silva, responsável pela elaboração do plano, com coordenação da CIM-TT, disse que este é “mais ambicioso e mais abrangente” do que o antecessor.
“O anterior [plano] foi feito mais na perspetiva daquelas tipologias cuja gestão depois iria ser contratualizada entre a autoridade de gestão do Programa Regional do Norte e a CIM-TTM”, começou por explicar.
“Este, no âmbito dos 10 domínios temáticos, abrange essas tipologias, mas também muitas outras, que têm apoio potencial noutros programas [de financiamento] e até algumas, por exemplo no domínio das acessibilidades, têm apoio potencial no Orçamento do Estado, através da Infraestruturas de Portugal”, concluiu. Mário Rui Silva.
Como as “três grandes apostas em termos de especialização”, Mário Rui Silva destacou o turismo, o desenvolvimento rural e o ambiente.
Os principais objetivos desta estratégia são inverter o declínio demográfico, manter e preservar a qualidade ambiental e tornar a região mais competitiva a nível empresarial, em setores como o turismo, a agroindústria ou na economia circular ligada ao ambiente, como os biomaterioais.
Em termos de financiamentos, a região tem já garantidos cerca de 110 milhões de euros, do Plano de Ação do Investimento Territoriais Integrados. “Uma boa meta era Trás-os-Montes conseguir, até 2030, ter acesso a cerca de 400 a 500 milhões de fundo. Seria muito importante para atingir os objetivos”, considerou Mário Rui Silva.
Este plano, que “não é uma rotura com o anterior”, recupera projetos que não tiveram execução, como a criação de um aeroporto na capital de distrito: “Corresponde, no fundo, a um upgrade do atual aeródromo de Bragança, para permitir a operação de uma classe superior. À escala nacional, é um investimento relativamente pequeno”, frisou Mário Rui Silva.
Ainda nas acessibilidades, destaque para a ferrovia, considerada por Mário Rui Silva como “o grande projeto estruturante” para o futuro, ainda que sem previsão de conclusão já nesta década.
O presidente da CIM-TTM, Jorge Fidalgo, avançou que cada um dos municípios já apresentou as suas prioridades.
Contudo, salientou que os acordos de parceria que foram assinados pelo país com a União Europeia em julho do ano passado colocam “algumas limitações”, atendendo à especificidade da região.
Para Jorge Fidalgo, os critérios apresentados “arranjam os mesmos remédios para doenças diferentes”, com critérios de alocação de recursos iguais para todos os territórios.
“A estratégia adapta-se à região porque fizemos um esforço muito grande para a adaptar o melhor possível”, explicou Jorge Fidalgo, que defendeu que “deveriam existir um plano com financiamento multifundos” com os setores agrícola, industrial e social interligados, para poder fixar gente.
“Cada um desses setores tem trabalhado separadamente. Tem que haver uma estratégia diferente. É aquele velho chavão – para realidades diferentes, tem que haver estratégias diferentes e financiamentos diferentes”, afirmou aos jornalistas.
A CIM-TTM integra nove concelhos do distrito de Bragança -Bragança, Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais.