Miranda do Douro: Patuscada do caracol volta a dar sabor à festa em honra de São Judas Tadeu

O bairro da Terronha, em Miranda do Douro, vai celebrar no fim-de-semana de 30 de junho, 1 e 2 de julho a festa em honra do apóstolo e mártir, São Judas Tadeu, com a já tradicional festa popular, em que um dos destaques é a 13ª patuscada do caracol.

De acordo com o presidente da comissão de festas da Terronha em honra de São Judas Tadeu, José Carvalho, esta festividade deve-se à iniciativa da antiga padeira do bairro, a senhora Alda Manhonho, considerada a mãe dos pobres, pela ajuda que prestava às famílias mais carenciadas.

“Inicialmente, a festa em honra de São Judas Tadeu era sobretudo uma reunião entre os vizinhos do bairro da Terronha. Depois, com o passar dos anos, o êxito desta festividade atraiu a vinda de pessoas de outros bairros de Miranda. Mais recentemente, a juventude assumiu a responsabilidade de organizar esta festa e introduziu o petisco dos caracóis, que se tornou o chamariz gastronómico desta festa popular”, explicou.

Este ano, a Comissão de Festas da Terronha em Honra de São Judas Tadeu é constituída por cerca de 20 pessoas, que contam ainda com a ajuda de outras pessoas voluntárias. Entre as várias tarefas a realizar, há que contratar os conjuntos musicais, encomendar e cozinhar os vários petiscos como os caracóis, a entremeada, as sardinhas, o caldo verde, o pão e as bebidas.

“Na quinta-feira, dia 29 de junho, os homens começam a montar as estruturas para o bar, o palco para os conjuntos, o som e a iluminação. Por sua vez, as mulheres encarregam-se de preparar os petiscos para depois serem cozinhadas. Este ano, até contratamos um cozinheiro para que os petiscos sejam mesmo saborosos!”, adiantou.

A festa, que vai decorrer ao longo do fim-de-semana, começa na sexta-feira à tarde, dia 30 de junho, com a animação musical do grupo DM e a patuscada com os caracóis, as moelas e as bifanas. À noite, vai realizar-se o concerto da Banda de Música da Força Aérea Portuguesa e o primeiro dia da festa encerra com a música de um dj.

No sábado, dia 1 de julho, a festa prossegue com uma nova patuscada, desta vez com sardinhas assadas, entremeada e caldo verde. Para animar a festa, vai atuar o grupo NV3, seguido do concerto “Oito Mãos – Monumentos com Música Dentro”. O sábado termina com karaoke e a atuação de um dj da casa.

No Domingo, vai celebrar-se a missa campal em honra de São Judas Tadeu, junto ao jardim do Arquivo Municipal e à imagem de São Judas Tadeu, que está instalada no jardim da senhora Alda Manhonho.

“No próximo ano, a Comissão de Festas pretende transladar a imagem de São Judas Tadeu para um nicho que vai ser construído no jardim”, adiantou.

A Festa em Honra de São Judas Tadeu é uma iniciativa da Comissão de Festas da Terronha, que conta com os apoios do município de Miranda do Douro e da freguesia local.

São Judas Tadeu 

São Judas Tadeu foi um dos doze Apóstolos. Segundo o evangelista João, durante a Última Ceia, Judas Tadeu perguntou a Jesus: "Senhor, como Te vais manifestar a nós e não ao mundo?". Ao que Jesus respondeu: "Se alguém me tem amor, há-de guardar a minha palavra; e o meu Pai o amará, e Nós viremos a ele faremos nele morada"(Jo 14, 22-23). A resposta de Jesus significa que Deus deve ser acolhido com o coração. O Senhor quer fazer parte da na nossa vida, mas para que isso aconteça há que abrir-Lhe o coração. 

HA

Saúde: Termas de Vimioso promovem “Caminhadas com o médico”

As Termas de Vimioso vão promover no próximo sábado, dia 1 de julho, a iniciativa internacional “Caminha com o Médico”, uma atividade que consiste numa caminhada na natureza, acompanhados por uma profissional de saúde, que vai dar conselhos para uma vida mais saudável.

Nesta caminhada de uma hora, a médica de família e hidrologista nas Termas de Vimioso, Raquel Diz, vai acompanhar os participantes e prestar informações sobre o tema das alergias como são a asma, a rinite e a sinusite.

De acordo com esta profissional de saúde, caminhar na natureza é uma das atividades que mais benefícios traz para o coração, cérebro, ossos, pulmões, músculos e previne várias doenças.

“A caminhada é a atividade física mais fácil de realizar e com a menor taxa de desistência. Por isso, é recomendada para pessoas com problemas ortopédicos, cardíacos ou com excesso de peso. A prática regular da caminhada tem muitos benefícios para a saúde”, disse.

Raquel Diz acrescentou que na atividade “Caminha com o médico”, os participantes também têm a oportunidade de estabelecer relações com outras pessoas, aprofundar o sentido de pertença a um grupo e assim agir contra o isolamento, a tristeza e a depressão.

Por sua vez, o responsável pelas Termas de Vimioso, Francisco Bruçó destacou os efeitos terapêuticos das águas termais e os benefícios dos tratamentos nos sistemas músculo esquelético, dermatológico, reumático e do aparelho respiratório (ORL).

A participação na atividade “Caminha com o Médico” é gratuita, vai iniciar-se às 9h00, nas Termas de Vimioso e aos participantes recomenda-se o uso de roupa e de calçado confortável. Para realizar a inscrição deve contatar as Termas de Vimioso através do endereço de email: termasdevimioso@cm-vimioso.pt

As próximas “Caminhadas com o Médico” estão agendadas para o dia 5 de agosto, dedicada ao tema “Insónias: conselhos para um sono mais tranquilo”; a 16 de setembro, o tema da caminhada é “Artroses: o que deve fazer?”.

A iniciativa “Caminha com o médico” (Walk with a Doc) surgiu em 2005, nos EUA, pelo cardiologista David Sagbir, que desenvolveu este projeto com o objetivo de promover um estilo de vida saudável, através da participação conjunta de profissionais de saúde e dos seus utentes em caminhadas.
Slide: Raquel Diz

HA

Miranda do Douro: Comemorações do Dia da Cidade decorrem de 30 de junho a 10 de julho

Na próxima sexta-feira, dia 30 de junho, Miranda do Douro vai iniciar as comemorações dos 478 anos de elevação a cidade, com um programa cultural que decorre até 10 de julho e no qual se destacam os concertos, a missa solene presidida pelo novo bispo da diocese, a reabertura da biblioteca municipal e a apresentação da candidatura dos “Pauliteiros de Miranda” a património imaterial.

Em 1545, D. João III solicitou a criação de uma diocese no nordeste de Portugal e escolheu a então vila de Miranda do Douro, para ser a sede do novo bispado. O então Papa, Paulo III, acedeu ao pedido do rei e foi assim, que por carta régia de 10 de Julho de 1545, o rei D. João III fez de Miranda do Douro uma cidade.

Para comemorar os 478 anos deste feito histórico, o município de Miranda do Douro, elaborou um variado programa cultural, que vai iniciar-se no dia 30 de junho, com o concerto da Banda de Música da Força Aérea Portuguesa, que terá lugar no jardim do Arquivo Municipal, às 21h30.

Ainda no serão desta sexta-feira, a programação das comemorações inclui a Festa em honra de São Judas Tadeu, onde se destaca o tradicional convívio da “Patuscada do caracol”.

No dia seguinte, sábado, o jardim do Arquivo Municipal volta a ser o palco de um novo concerto, desta vez interpretado pelos Quarteto Lulavai, com o espetáculo “Festival de Oito Mãos, Monumentos com Música Dentro”.

No Domingo, dia 2 de julho, a programação começa com o passeio “L Carril de L Praino”, ao longo da antiga linha ferroviária, entre Duas Igrejas e Sendim.

De Domingo até quarta-feira estão programados vários concertos musicais, que vão decorrer no Largo Dom João III, no centro da cidade, onde vão atuar grupos como os Sons Portucalenses, Charango, Hardança e Músicas da Raya.

Na quinta-feira, dia 6 de julho, o destaque é o espetáculo “Deus Ex Machina”.

No serão de sexta-feira, dia 7 de julho, vai ser apresentado no miniauditório, às 22h00, a peça de teatro “Atrapalharte”, que conta com a participação da artista Micaela.

No sábado, o destaque é o desfile dos Pendões “La misma Tierra”, seguida da assinatura do protocolo com a Associação da Língua e Cultura Mirandesa (ALCM).

Para o serão de sábado está programada a atuação da Tuna da Universidade Sénior e o Festival de Folclore.

O programa de Domingo, dia 9 de julho, inicia-se com a homenagem aos combatentes do Ultramar. Segue-se o desfile dos estandartes e cruzes até à concatedral, para a celebração da Missa Solene, que este ano coincide com a apresentação do novo bispo da diocese de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida.

Na tarde de Domingo, vai ser apresentado na antiga estação ferroviária de Duas Igrejas, o livro ”Ferrovia em Trás-os-Montes – Memória do Passado, Luta de Presente”, da autoria do ex-autarca de Bragança, Jorge Nunes.

O programa deste dia encerra às 22h00, no adro da concatedral, com um espetáculo promovido pela Associação de Municípios do Douro Superior, a “Visitação à ópera Madama Butterfly”, com música do compositor italiano, Puccini.

Chegados ao dia 10 de julho, Dia da Cidade e feriado municipal em Miranda do Douro, o programa inicia-se às 10h00 da manhã, com o hastear da bandeira, ato acompanhado pela Banda Filarmónica Mirandesa.

De seguida, vai realizar-se a reabertura da Biblioteca Municipal António Maria Mourinho, onde vai ser apresentado o projeto CHATGPT “Pauliteiros de Miranda”. À tarde, vai ser tonada pública a candidatura dos “Pauliteiros de Miranda” a património cultural imaterial.

Como acontece todos os anos, o município de Miranda do Douro vai homenagear as instituições e personalidades cujo trabalho tem contribuído para o desenvolvimento do concelho de Miranda do Douro. Este ano, o município vai prestar homenagem à FRAUGA – Associação para o Desenvolvimento Integrado de Picote, à Associação da Língua e Cultura Mirandesa (ALCM), ao Movimento Cultural da Terra de Miranda, à Diretora Regional de Cultura do Norte (DRCN), Laura Castro; Manuel Alves, músico na Banda Filarmónica Mirandesa; e a dois oficiais do Exército e da Força Aérea, naturais do concelho de Miranda do Douro.

De acordo com a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, os homenageados, nas diferentes áreas de atuação, contribuíram para a elevação da cidade e do concelho de Miranda do Douro.

Na tarde de Domingo, as comemorações do Dia da Cidade prosseguem na Biblioteca Municipal António Maria Mourinho, com a inauguração da exposição “Celebrar o Douro.

Segue-se a apresentação dos livros “L Segredo Las Antriteiras – Geografia Hagiológica das Incertezas”, “A vingança da mão fatal” e Os ramos de oferenda e as lojas devocionais da Terra de Miranda”.

O Dia da Cidade encerra com a atuação do Grupo Folclórico da Camacha (Madeira) e do concerto da Orquestra Ligeira do Exército”.

“O programa das comemorações dos 478 anos de elevação de Miranda do Douro a cidade destina-se a toda a população do concelho e também às pessoas que nos visitam. Agradeço a dedicação e o trabalho dos funcionários do município, que cuidadosamente estão a tratar de toda a logística e a preparar, ao pormenor, as comemorações do Dia de Cidade”, disse a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril.

HA

Justiça: Procurador-geral regional do Porto critica desinvestimento na justiça

O procurador-geral regional do Porto, Norberto Martins, critica o desinvestimento na justiça e no sistema judiciário, alertando que, assim, mais cedo ou mais tarde, nenhuma democracia resiste.

No relatório da Procuradoria-Geral Regional do Porto (PGRP) referente ao trabalho desenvolvido em 2022, hoje publicado na Internet, o procurador aponta dificuldades, em especial a “gritante escassez de magistrados” do Ministério Público (MP) e de funcionários.

“Estas notas relativas às dificuldades, ao desinvestimento na justiça e no judiciário (…), que há muito são carta de apresentação de quem decide, não pretendem ser nenhuma desculpa para erros próprios; apenas servem o objetivo de mais uma vez chamar à atenção, clamar, gritar se for necessário, que nenhuma democracia, cedo ou tarde, resiste a uma justiça desvalorizada, esquecida, desinvestida que apenas parece correr atrás de modernismos de impacto digital”, afirma Norberto Martins.

O magistrado aponta como exemplo o caso de Vila Nova de Gaia (Porto), onde, em maio de 2023, estavam parados por autuar 1.781 inquéritos, autos de notícia e contraordenações, “porque os funcionários são menos de metade dos necessários para assegurar o normal funcionamento dos serviços”.

A “dantesca falta de funcionários”, acrescenta, é também muito sentida nas comarcas de Aveiro e Braga, bem como em departamentos especializados na investigação de crimes de natureza urgente, como violência doméstica, no Porto e em Matosinhos, “onde jazem milhares de documentos, requerimentos, informações policiais, etc.”.

Norberto Martins queixa-se ainda de problemas em instalações, como as do Departamento de Investigação e Ação Penal do Porto (DIAP), ou o caso de Barcelos, onde “na realização de um julgamento de mais de uma centena de arguidos, magistrados, funcionários, largas dezenas de advogados trabalham há um ano no salão dos bombeiros voluntários locais”.

“Não há digitalizadores em número suficiente, a velocidade da Internet ombreia com a das tartarugas, os magistrados mendigam veículos, como sucede no DIAP do Porto”, acrescenta o procurador-geral regional.

Norberto Martins diz ainda que, por falta de quadros, há muitos magistrados a acumular serviços, fazendo “trabalho para além do que lhes está originalmente atribuído, que se desdobra em centenas de horas extraordinárias, as quais, legalmente, têm de ser pagas e cujos valores são fixados por quem tem legitimidade para o fazer”.

“Porém, arrogantemente, em absoluto desrespeito pelos magistrados, pelo seu trabalho e pela lei, um organismo do Ministério da Justiça – a DGAJ [Direção Geral da Administração da Justiça] – adia, ignora, recusa efetuar o pagamento, em alguns casos há quase dois anos”, salienta.

Para o magistrado, “adiamentos, atrasos, prescrições, uma justiça degradada, sempre à mão para o enxovalho de ‘experts’ do mediatismo, serve bem a alguns”.

“E todos sabemos a quem beneficia. Não serve o desenvolvimento nem a democracia”, escreve.

Para o procurador, da coragem e resiliência dos magistrados do Ministério Público se retira a certeza da reinvenção necessária para suplantar todas as dificuldades e indiferenças.

A PGRP inclui as comarcas de Aveiro, Porto, Porto Este, Braga, Bragança, Vila Real e Viana do Castelo.

Administrativamente, a área está dividida em 87 municípios que representam mais de 21 mil quilómetros quadrados (cerca de 24% do território nacional do continente) e onde residem 4,2 milhões de pessoas.

Fonte: Lusa

Agropecuária: Comissão Europeia propõe 11 ME para Portugal

A Comissão Europeia propôs um apoio de 11 milhões de euros para os agricultores em Portugal, de um total de 330 milhões de euros para 22 Estados-membros da União Europeia (UE) afetados por fenómenos climáticos adversos, como seca.

“A Comissão propõe a mobilização de financiamento comunitário adicional para os agricultores da UE afetados por fenómenos climáticos adversos, custos elevados dos fatores de produção e diversas questões relacionadas com o mercado e o comércio”, anuncia a instituição numa nota à imprensa.

Ao todo, o novo pacote de apoio (que é mobilizado com base numa reserva de crise) consistirá em 330 milhões de euros para 22 Estados-membros e, desta verba, cerca de 11,6 milhões de euros dizem respeito a Portugal e à sua situação de seca.

“Os agricultores da UE da Bélgica, República Checa, Dinamarca, Alemanha, Estónia, Irlanda, Grécia, Espanha, França, Croácia, Itália, Chipre, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Áustria, Portugal, Eslovénia, Finlândia e Suécia beneficiarão deste apoio excecional de 330 milhões de euros do orçamento da Política Agrícola Comum”, explica o executivo comunitário.

Caberá às autoridades nacionais distribuir estas verbas “diretamente aos agricultores para os compensar pelas perdas económicas devidas às perturbações do mercado, às consequências dos elevados preços dos fatores de produção e da rápida descida dos preços dos produtos agrícolas e, se for caso disso, pelos prejuízos causados pelos recentes fenómenos climáticos, particularmente graves na Península Ibérica”, indica a instituição.

Além disso, “os países podem complementar este apoio da UE até 200% com fundos nacionais”, adianta.

A proposta surge depois de os Estados-membros terem partilhado com Bruxelas as suas avaliações das dificuldades enfrentadas pelos respetivos setores agrícolas.

Por se tratar de uma reserva de crise, a medida será votada pelos países na próxima reunião do comité para a organização comum dos mercados agrícolas.

Também, no Conselho de Agricultura, os ministros da UE aprovaram um pacote de apoio de 100 milhões de euros para os agricultores da Bulgária, Hungria, Polónia, Roménia e Eslováquia, com base numa outra proposta de Bruxelas.

“Várias outras medidas, incluindo a possibilidade de pagamentos antecipados mais elevados, deverão apoiar os agricultores afetados por fenómenos climáticos adversos”, de acordo com a Comissão Europeia.

O setor agrícola tem estado sob pressão desde a pandemia de covid-19 e o aumento dos preços da energia e dos fatores de produção agrícola, como os fertilizantes, na sequência da invasão russa da Ucrânia, cenário ao qual se tem juntado a severa seca na Península Ibérica.

Fonte: Lusa

Alimentação: Crianças consomem doces quatro ou mais vezes por semana

Uma em cada cinco crianças consome quatro ou mais vezes por semana bolachas, doces, bolos, e 72,4% fá-lo até três vezes semanalmente, revela um estudo agora divulgado, que aponta também um aumento do consumo diário de fruta.

O estudo COSI Portugal, sistema de vigilância nutricional infantil da Organização Mundial da Saúde/Europa, coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), foi realizado no ano letivo de 2021/2022 e avaliou 6.205 crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico, entre os 6 e os 8 anos.

O estudo verificou que, entre 2019 e 2022, o consumo diário de fruta aumentou de 63,1% para 71,2% e o consumo até três vezes por semana de refrigerantes açucarados diminuiu de 71,3% para 69,1%.

Também o consumo de cereais de pequeno-almoço até três vezes por semana subiu de 41,5% para 45,8%, tendo igualmente aumentado o consumo diário destes cereais, de 19,3% para 23,7%.

Segundo o inquérito, 81% das crianças tomam o pequeno-almoço diariamente, tendo-se verificado uma percentagem ligeiramente inferior no Alentejo (75,%), Madeira (78,8%) e Centro (80,1%), contrariamente à região de Lisboa e Vale do Tejo (83,2%)

Em 2022, as crianças portuguesas dos seis aos oito anos disseram consumir diariamente preferencialmente leite magro (67%) ou meio gordo (4,5%). O consumo diário de iogurtes, sobremesas lácteas ou outros produtos lácteos foi de 25,2%, o consumo de queijo de 11,5%, e carne foi consumida diariamente mais frequentemente (32,3%) do que peixe (20,6%).

Relativamente ao consumo de hortofrutícolas, o consumo diário de fruta foi mais frequente (71,2%) do que de legumes (69%).

Na ronda 2021/2022 foi averiguado pela primeira vez o consumo de porções de fruta fresca e/ou legumes pelas crianças, concluindo-se que 55,5% consome uma a duas porções diárias e apenas 7,2% ingere cinco ou mais porções por dia, sendo as regiões dos Açores e do Algarve as que apresentam as menores percentagens.

Quando analisado o ambiente escolar, em comparação com o estudo anterior (2019), verificou-se uma diminuição da disponibilidade de alimentos como ‘snacks’ doces e salgados (de 11,1% para 5,7%), refrigerantes açucarados, sumos de fruta e bebidas com gás açucaradas dentro do recinto escolar (de 4% para 1%). Pelo contrário, verificou-se um aumento da disponibilidade de legumes (de 32,4% para 43,9%) e fruta fresca (de 62,2% para 72,2%).

Outros resultados do estudo apontam que 69,2% das crianças iam de automóvel para a escola e 20,3% deslocava-se a pé, tendo o mesmo cenário sido verificado no regresso a casa (65,2% e 22,1%, respetivamente). A duração média da deslocação de casa até à escola é de oito minutos e de escola a casa é de nove minutos, sendo que 59,2% não considerava o caminho seguro.

De 2019 para 2022, todos os parâmetros estudados relativamente às atividades sedentárias registaram um aumento de entre 2,2 pontos percentuais e 9,3 pontos percentuais%, com o maior aumento verificado no uso de computadores para jogos eletrónicos (dias da semana), pelo menos duas horas por dia, de 18,1% para 27,4% entre os dois períodos.

Segundo o estudo, 45,5% das crianças praticam uma a três horas semanais de exercício físico em clubes desportivos, sendo que as maiores percentagens encontram-se nas regiões do Norte (48,0%) e de Lisboa e Vale do Tejo, (46,4%).

A nível nacional, observou-se que a grande maioria das crianças (98,3%) dormia mais de nove horas por dia e 80,5% dedicavam até uma hora por dia a realizar trabalhos de casa ou para a leitura, sendo que 25,4% destas passam cerca de duas horas por dia.

Fonte: Lusa

Vimioso: Concerto da Banda de Música da Força Aérea impressionou a população

No serão do dia 26 de junho, a Banda de Música da Força Aérea Portuguesa esteve em Vimioso, para presentear a população local com um concerto, no pavilhão multiusos, inserido nas comemorações do 71º aniversário da Força Aérea Portuguesa.

A Banda de Música da Força Aérea Portuguesa foi criada em 31 de dezembro de 1957.

As comemorações do 71º aniversário da Força Aérea Portuguesa estão a decorrer em Bragança, de 24 de junho até ao dia 2 de julho e neste âmbito, a Banda de Música da Força Aérea Portuguesa está a realizar vários concertos pelos municípios do distrito.

Assim sendo, no passado dia 26 de junho, os militares e músicos da Força Aérea Portuguesa atuaram no pavilhão multiusos, em Vimioso, onde marcaram presença cerca de 300 pessoas para assistir ao espetáculo.

De acordo com a vereadora da cultura do município de Vimioso, Carina Lopes, a presença da Banda de Música da Força Aérea Portuguesa era um espetáculo imperdível, dado o gabarito desta formação musical.

“Não obstante, o concerto ter sido realizado no serão de uma segunda-feira, o município quis aproveitar esta oportunidade e presentear a população local com a atuação da conceituada Banda de Música da Força Aérea Portuguesa”, disse.

Segundo o maestro da banda, o major, António Rosado, a Banda de Música da Força Aérea Portuguesa foi criada em 31 de dezembro de 1957 e tem como missão participar nas cerimónias militares e contribuir para a divulgação musical em todo o país e também no estrangeiro.

“Dentro da Força Aérea existem várias especialidades, entre as quais a música e a nossa missão é proporcionar momentos de alegria às pessoas”, disse.

Em Vimioso, o concerto iniciou-se com a interpretação de uma marcha. Ao longo da atuação, os militares da Força Aérea interpretaram várias correntes musicais, entre os quais as tradicionais canções populares portuguesas, como o “Malhão, malhão”, “Menina estás à janela” e até temas de rock, dos Xutos e Pontapés. O concerto encerrou com uma marcha militar.

Sobre as atuações pelo distrito de Bragança, o major António Rosado, acrescentou que outro dos objetivos é despertar nos mais jovens o interesse e o gosto pela música.

Questionado sobre as mais-valias da carreira militar, o major da Força Aérea Portuguesa destacou a formação assente em valores como a disciplina, a lealdade e a camaradagem.

“Ingressei na Força Aérea em 2002 e é uma grande honra servir esta instituição e porconseguinte o país. Para ingressar na Força Aérea, há que estar atentos à abertura de vagas e preparar-se para a realização de provas físicas, teóricas e práticas. Assim, como para os exames psicológicos e médicos”, disse.

Os concertos da Banda de Música da Força Aérea Portuguesa prosseguem no dia 28, em Mogadouro. Na sexta-feira, dia 30 de junho, a conceituada banda de música vai atuar no jardim do Arquivo Municipal, em Miranda do Douro, às 21h30.

No sábado, 1 de julho é o dia em que a Força Aérea celebra os 71 anos. Neste dia realiza-se o concerto oficial pela Banda de Música da Força Aérea, no Teatro Municipal de Bragança.

No último dia das comemorações, domingo, 2 de julho, celebra-se a Missa de Ação de Graças e Sufrágio, na Catedral de Bragança. As comemorações do aniversário da Força Aérea, em Bragança, encerram no final da tarde de Domingo, com o arriar das Bandeiras Nacional, do Município e da Força Aérea.

HA

Malhadas: Criadores de bovinos mirandeses preocupados com a falta de forragens

No passado sábado, dia 24 de junho, o mercado de gado, em Malhadas, acolheu o Concurso Concelhio de Bovinos Mirandeses, um certame anual de homenagem aos criadores desta raça autóctone, que dizem estar a enfrentar sérias dificuldades por causa dos longos períodos de seca que prejudicam a colheita de forragens para os animais.

Por causa da seca e da falta de forragens, os criadores de bovinos mirandeses veem-se obrigados a vender ou abater os seus animais.

No concurso deste ano, em Malhadas, participaram criadores de várias aldeias do concelho de Miranda do Douro e na sua maioria referiram que a seca não tem permitido armazenar forragens para alimentar os animais.

“Este ano, as chuvas vieram tarde e por isso a aveia e o feno não cresceram, razão pela qual no próximo inverno não vamos ter forragens para os animais”, disse António Gonçalves.

Questionado sobre os custos inerentes à pecuária, este criador de Malhadas, respondeu que a atividade para ser lucrativa exige uma exploração extensiva, no minímo com 30 a 40 animais.

É o caso da exploração de 45 bovinos mirandeses, de Armandino Delgado Lopes, em Fonte Ladrão. Questionado sobre a atual situação no setor pecuário, o jovem criador respondeu que as despesas são muitas, os preços dos produtos continuam a aumentar e o rendimento que se retira desta atividade é escasso.

“Para agravar ainda mais a situação, os recorrentes períodos de seca dificultam a colheita de forragens nos campos como a aveia, o feno, o milho, as abóboras, as beterrabas, etc., que servem alimento para os animais”, disse.

Apesar destas dificuldades, Armandino Lopes, revelou que é o gosto pela pecuária que o motiva a não desistir da criação de bovinos de raça mirandesa.

Atenta a estas dificuldades, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, que esteve presente no Concurso Concelhio de Bovinos Mirandeses, em Malhadas, mostrou-se consciente das dificuldades que os criadores do concelho voltam a enfrentar por causa do mau ano agrícola.

“O município de Miranda do Douro está a acompanhar de perto a situação no setor agrícola e pecuário. Recordo que para além do apoio na realização deste concurso anual de bovinos mirandeses, também apoiamos os criadores com os custos da sanidade animal ao longo do ano”, indicou.

Por sua vez, o presidente da freguesia de Malhadas, Camilo Raposo, acrescentou que os prémios do Concurso Concelhio de Bovinos Mirandeses, visam sobretudo reconhecer o esforço dos criadores na preservação desta raça autóctone da Terra de Miranda.

Questionado sobre a importância da agricultura e da pecuária nesta região, o autarca de Malhadas, afirmou que estas duas atividades são fundamentais para a fixação de pessoas nas aldeias e também para o desenvolvimento económico da região, dada a qualidade dos produtos locais, como é o caso da Carne Mirandesa.

“Para que a demografia e a economia cresçam na Terra de Miranda é um imperativo que o governo crie estímulos para manter e desenvolver a agricultura e a pecuária. Se assim não for, o despovoamento a que continuamos a assistir será ainda mais grave e levará ao completo abandono das terras”, alertou.

HA

Ciclismo: Ivo Oliveira sagrou-se campeão nacional de fundo em Mogadouro

O ciclista Ivo Oliveira (UAE Emirates) sagrou-se pela primeira vez, campeão português de ciclismo de fundo, ao vencer isolado a prova de elites dos Nacionais, disputados em Mogadouro.

Ivo Oliveira percorreu os 169,6 quilómetros com o tempo de 4 horas 16 minutos e 19 segundos e o seu irmão gémeo Rui Oliveira (UAE Emirates), chegou no segundo lugar, a 1 minutos e 6 segundos do vencedor, enquanto em terceiro lugar ficou Luís Gomes (Kelly-Simoldes-UDO), a 1 minuto e 15 segundos.

O vencedor andou mais de 160 quilómetros em fuga, cerca de 50 destes em solitário e conseguiu chegar à vitória, numa corrida que se começou a decidir logo de início, com uma fuga de 10 corredores.

Mais tarde, outros quatro ciclistas saíram do pelotão e o grupo de 14 unidades na frente foi ganhando vantagem em relação ao pelotão, onde apenas a Rádio Popular-Paredes-Boavista trabalhava.

A cerca de 50 quilómetros da meta Ivo Oliveira, de 26 anos, atacou e ninguém conseguiu responder, com o ciclista a suceder ao colega de equipa João Almeida, que venceu a prova de fundo em 2022 e que na sexta-feira conseguiu o título nacional de contrarrelógio.

Os ciclistas da UAE Emirates dominaram os Nacionais de elites, ao conseguirem os dois primeiros lugares das provas que estiveram em disputa em Mogadouro.

No dia 23 de junho, João Almeida foi o mais forte no contrarrelógio, enquanto Ivo Oliveira ficou no segundo posto, a 35 segundos do vencedor.

Almeida chegou aos Nacionais depois de conseguido o feito histórico de terminar no pódio da Volta a Itália deste ano, conquistando o terceiro posto.

Na prova de fundo, Almeida defendia o título, mas ficou em 14.º, a mais de cinco minutos do primeiro, e foram os gémeos Oliveira que conseguiram o protagonismo, eles que são também ciclistas de créditos firmados na pista, com Ivo a levar a camisola de campeão nacional que vai agora envergar.

Fonte: Lusa

Saúde: Unidades de cuidados continuados queixam-se de burocracia

Os responsáveis pelas unidades de cuidados continuados queixam-se de estar sobrecarregados com tarefas burocráticas, relativas ao dia a dia de utentes que têm a seu cargo por decisão judicial, porque não têm família nem autonomia para tomar decisões.

Com uma população envelhecida e muitas situações de demência, são cada vez mais os casos em que as instituições – em muitos casos o diretor da instituição – acabam por ficar responsáveis por tratar de assuntos pessoais dos utentes relacionados, por exemplo, com rendas de casa, contas de água e luz ou até problemas no banco, contou Dulce Vargas, diretora da Unidade de Cuidados Continuados da Cercitop em Algueirão-Mem-Martins, no concelho Sintra.

A responsável refere que, nestes casos, é preciso dar entrada na justiça do chamado processo de maior acompanhado, que antigamente levava a que fosse nomeado um tutor.

“Não havendo familiar presente, ou não havendo ninguém, mesmo da rede de vizinhança, que queira assumir essa responsabilidade, acaba por cair sobre nós”, conta a responsável.

E explica: “Perante um caso social que tem de ser referenciado para uma ERPI [Estrutura Residencial para Idosos] da segurança social, para se fazer essa inscrição, tem de haver uma assinatura, tem de haver alguém que represente o utente. E só depois de termos o número do processo de maior acompanhado é que se consegue fazer a inscrição para a pessoa ficar a aguardar vaga”.

Até que o processo arranque, o utente está na unidade de cuidados continuados, a ocupar um lugar cujo custo é calculado pela segurança social. Não tendo acesso à sua pensão para pagar a parte que lhe compete, fica com uma dívida à instituição.

É precisamente para resolver esta dívida, acedendo à pensão do utente, que se avança com o processo de maior acompanhado. Contudo, explica Dulce Vargas, o Ministério Público acaba muitas vezes por nomear o próprio diretor da instituição como responsável por essa pessoa, o que – lamenta – prejudica o trabalho de gestão da instituição.

“Sou contactada pelo Ministério Público, não só para resolver os casos em que a família assume esse acompanhamento, e em que também passa tudo por nós, mas também aqueles casos em que, no fundo, acabo por ser eu a nomeada”, conta.

Reconhecendo que não tem forma de rejeitar – “isto é uma forma de ajudar o utente, para conseguir ficar na rede até ter uma vaga na segurança social” – sublinha que esta responsabilidade acrescida prejudica o seu trabalho diário.

“Tenho que abrir uma conta conjunta com o utente (…), tenho de ir a casa do utente, pois se já está fora de casa desde o internamento hospitalar há algum tempo é preciso perceber se a casa tem condições, se há ainda contratos de eletricidade, de água ou de gás que têm de ser cancelados”, exemplifica.

Todas estas tarefas acabam por prejudicar o trabalho de gestão da unidade: “Eu e os meus colegas que trabalham na rede, porque sei de outros casos, noutras unidades, deixamos de trabalhar para a rede para trabalhar para estas situações do Ministério Público”.

Para o presidente da Associação de Cuidados Continuados (ANCC), José Bourdain, a solução seria “uma boa liderança”, “capacidade de decisão” e “uma equipa competente”.

“Uma equipa com boa liderança, de gente competente, que gerisse tudo o que é apoio domiciliário, centros de dia, centros de noite, ERPI e os cuidados continuados, em articulação com a rede hospitalar”, afirma.

Se isso acontecesse, diz que tudo seria melhor para os utentes: “Resolvíamos este problema e (…) o dinheiro dos nossos impostos seria muito menor para gastar nestas áreas do que é atualmente. Acho que deitamos muito dinheiro fora”.

Fonte: Lusa