No terceiro trimestre deste ano, totalidade dos concelhos tinha cobertura 5G, bem como 62% das freguesias do país, de acordo com dados da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).
“No final do 3.º trimestre de 2023, de acordo com a informação reportada à Anacom, o número de estações de base instaladas no território nacional com tecnologia 5G ascendia a 8.226, distribuídas por 308 concelhos (a totalidade dos concelhos no país) e por 1.924 freguesias (62% das freguesias no país)”, informou a entidade reguladora.
Entre junho e agosto, o número de estações de base 5G instaladas teve um acréscimo de 5% face ao trimestre anterior, correspondendo a 395 novas estações.
Já o número de freguesias em que existem estações 5G cresceu em 5%, das quais mais 10% em freguesias de baixa densidade, correspondendo a 86 novas estações, e 1% em freguesias nas Regiões Autónomas, com mais duas novas estações.
A área total das freguesias onde não existem estações 5G representa 27% do território nacional e, de acordo com o Censos 2021, corresponde a cerca de 10% da população nacional.
Segundo o regulador, a NOS continua a ser o operador que, até à presente data, instalou mais estações de base 5G, sendo seguida pela Vodafone e pela MEO.
Já no que diz respeito à variação do número de estações instaladas face ao trimestre anterior, a NOS cresceu 4% (+ 164 estações), a Vodafone 7% (+ 181 estações) e a MEO 4% (+ 50 estações).
Tomando como referência o final do 3.º trimestre, a NOS é o operador que instalou um maior número de estações de base 5G, num total de 3.889 estações (47%), seguindo-se a Vodafone com 2.950 estações (36%) e a MEO com 1.387 estações (17%).
Quanto à densidade de estações de base 5G em Portugal, observou-se que no final do trimestre em análise esta era, em média, de aproximadamente uma estação de base por cada 11 km2.
Mogadouro: Município entrega 1.ª casa recuperada de 32 previstas
O município de Mogadouro entregou a primeira casa recuperada de um conjunto de 32 no concelho, no âmbito do programa 1.º Direito, integrado na Estratégia Local de Habitação (ELH), informou o presidente da câmara municipal, António Pimentel.
“Nesta primeira fase prevemos a recuperação de 32 habitações de famílias que vivem em condições menos condignas, que foram sinalizadas pelas respetivas juntas de freguesia. A primeira casa foi entregue a uma família na aldeia de Bruçó”, disse António Pimentel.
De acordo com o autarca social-democrata, esta medida é suportada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), na sua totalidade.
“Desde o registo da propriedade, passando pela fase de projeto até à recuperação das habitações, todas as etapas são financiadas a 100% por fundos do PRR. Este é um processo em que o município de Mogadouro serve de exemplo para todo o Norte do país, de acordo com os responsáveis do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IRHU)”, indicou António Pimentel.
No concelho de Mogadouro, as habitações a recuperar através deste programa foram sinalizadas pelas Juntas de Freguesia e pelos parceiros sociais, prevendo-se, numa primeira fase, a recuperação de 32 habitações de famílias que, sendo os proprietários legais de uma casa, não dispõem de uma situação económica que lhes permita fazer obras que tornem essa casa habitável, com condições dignas.
“O montante a investir nas habitações de várias tipologias poderá situar-se entre os 60 mil euros e os 140 mil euros, estando mais cinco em fase final de intervenção. Há ainda mais de uma dezena de projetos que estão adjudicados”, esclareceu o autarca transmontano.
Todas as candidaturas à ELH têm que ficar aprovadas até março de 2024, por força da nova legislação em vigor.
O 1.º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à Habitação, é gerido pelo IRHU e visa apoiar a promoção de soluções para pessoas que vivem em condições habitacionais indignas e que não dispõem de capacidade financeira para suportar o custo do acesso a uma habitação adequada.
A Câmara de Mogadouro constituiu uma equipa para implementar este projeto, composta por uma coordenadora da ELH na autarquia, trabalhadores sociais, pessoal administrativo, engenheiros e serviços jurídicos, de forma a tornar a execução das obras projetadas o mais ágil possível.
Numa 2.ª fase, e dadas as carências habitacionais do concelho, foi decidido construir um prédio com 24 apartamentos, orçado em mais de três milhões de euros, de várias tipologias (T1, T2 e T3), destinado a casais jovens.
“Este projeto é dirigido a casais jovens, sendo financiado em 1,5 milhões de euros a fundo perdido e em 1,4 milhões de euros através de um empréstimo do IRHU a juros bonificados. O município investirá mais de 400 mil euros”, indicou o autarca.
Nos nove primeiros meses do ano, 1.778 médicos reformaram-se no Serviço Nacional de Saúde (SNS), mais 139 do que em igual período de 2022, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde (MS).
Relativamente ao mesmo período de 2021, em que se aposentaram 1.965 profissionais, reformaram-se menos 187 médicos este ano, até setembro, referem os dados publicados na nota explicativa da proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) para o setor da saúde, publicada no portal do parlamento.
O Ministério da Saúde refere que, de um modo geral, a estimativa de aposentações dos médicos especialistas hospitalares acompanha a dos médicos de medicina geral e familiar, sendo que em “ambos os casos esse potencial manter-se-á ainda elevado ao longo dos próximos anos”.
A concretizarem-se estas reformas, o número de médicos diminui, uma situação que “está na génese das dificuldades que o SNS enfrenta hoje em determinados serviços e regiões do país, adianta.
“No entanto, importa salientar que, a médio e longo prazo, esta situação será compensada pelo crescimento da entrada de novos médicos no sistema que se tem verificado ao longo dos últimos anos”, lê-se no documento que serve de suporte à apreciação na especialidade da proposta do OE2024, que no caso da Saúde será com a audição no parlamento do ministro Manuel Pizarro.
Em setembro de 2023, o SNS contava com 149.893 profissionais, representando um acréscimo líquido de 24,9% face a dezembro de 2015 (+ 29.895 efetivos) e de +10,7% face a dezembro de 2019 (+ 14.470 efetivos), período pré-pandemia da covid-19.
O grupo profissional dos enfermeiros continua a ser o mais representativo, com aproximadamente 34% do total, seguindo-se o grupo dos médicos (incluindo internos) com 21% e os assistentes operacionais com 20%.
“No que diz respeito à distribuição por idades do grupo profissional de enfermagem, existe uma concentração de recursos humanos nas faixas etárias mais jovens, o que evidencia uma menor probabilidade de constrangimentos decorrentes da passagem à aposentação nos próximos anos”, refere o ministério.
No documento, o Ministério da Saúde divulga também a recuperação da atividade assistencial nos primeiros nove meses deste ano.
Em 2023, os números disponíveis até setembro evidenciam “um crescimento” das consultas médicas presenciais realizadas nos cuidados de saúde primários (+5,3% do que em 2022), apesar de não atingirem ainda o volume de atividade pré-pandemia (-12,4% do que em 2019), ao contrário do que acontece com as consultas não presenciais, que já atingem valores muito superiores aos anteriormente registados (+64,4% do que em 2019).
As consultas hospitalares realizadas até setembro de 2023 registaram “o valor mais elevado dos últimos anos”, representando um aumento de 4,1% face ao período homólogo de 2022, de 22,4% face a 2020 e de 8,7% face a 2019.
O mesmo acontece com as intervenções cirúrgicas, que cresceram 9,6% face a 2022, 49,3% face a 2020 e 19,3% face a 2019.
Quanto aos episódios de urgência, o MS destaca o aumento de 2% face a 2022 e de 33,7% face a 2020, com o volume de atividade a ficar abaixo do registado no período homólogo de 2019 (-2,0%).
Barrocal do Douro: Hardança deram vida à capela do Moderno Escondido
A capela do Moderno Escondido, no Barrocal do Douro, foi o palco do concerto de Outono, protagonizado pelo grupo “Hardança”, que na tarde de Domingo, dia 5 de novembro, presenteou o público com um repertório de músicas, muitas delas cantadas na língua mirandesa e inspiradas no amor às gentes e tradições da Terra de Miranda.
“Hardança” é uma palavra mirandesa, que significa “herança”. Segundo Fabíola Mourinho, este nome foi escolhido para agradecer a herança cultural da Terra de Miranda.
Na tarde de Domingo, dia 5 de novembro, o quarteto “Hardança”, constituído por Fabíola Mourinho, Bruno Berça, Licínio Castro e Amadeu Soares iniciaram o concerto agradecendo a oportunidade de atuar num espaço tão emblemático, como a capela que integra o complexo habitacional, dos antigos construtores da barragem de Picote.
“Foi um gosto enorme puder atuar aqui e dar vida a este espaço, que por causa do despovoamento não é muito utilizado para estes fins culturais. A par disso, para nós, os Hardança, é sempre um motivo de grande felicidade levar a música a localidades e a pessoas que vivem mais isoladas e não têm muitas oportunidades de assistir a um concerto musical”, disse a vocalista, Fabíola Mourinho.
Na plateia da capela do Moderno Escondido, estavam algumas pessoas do Barrocal do Douro, onde atualmente vivem cerca de 50 habitantes. Margarida Vale é a zeladora da capela de Santa Bárbara. Veio na década de 1950 para esta região, acompanhando os pais, que vieram trabalhar na construção da barragem de Picote.
“Tinha cinco anos quando viemos da Póvoa do Lanhoso para Picote. O complexo habitacional do Moderno Escondido, merece ser visitado. Este concerto aqui na capela (que pertence à EDP), é um modo de dar a conhecer a beleza arquitetónica deste espaço”, disse.
Recorde-se que o complexo habitacional de Picote, edificado por ocasião da construção das centrais eléctricas do Douro, entre os anos de 1953 e 1964, é da autoria dos arquitetos Archer de Carvalho, Nunes Almeida e Rogério Ramos
Noutros tempos, este complexo habitacional, também conhecido como “Moderno Escondido: Arquitetura das Centrais Hidroelétricas do Douro” incluiu uma zona com habitações para operários, uma escola, uma igreja, um centro comercial, casas para o pessoal dirigente e uma pousada.
A capela de Santa Bárbara, mantém as linhas originais e no seu interior existem três esculturas em madeira de Cristo, de Nossa Senhora e de Santa Bárbara, peças esculpidas em madeira por Salvador Barata Feyo, um escultor modernista português.
No concerto de Outono realizado nesta capela, os “Hardança” presentearam o público com músicas como “Baile no terreiro”, “À porta da Tia Maria”, Serrobico, bico, bico”, “Nasceu o Menino” e encerreram a sua atuação com “Daqui não saio”, uma canção que é um hino à resiliência do povo transmontano.
No final do concerto, o público estava visivelmente impressionado com a “simbiose” entre a atuação musical dos Hardança e a funcionalidade da capela do Moderno Escondido. Foi o caso de Glória Fidalgo, que veio acompanhada da filha, Maria.
“Vim pelo concerto, porque o grupo Hardança faz músicas inspirando-se no Cancioneiro Tradicional Mirandês e por isso tem um mensagem para todos os que vivemos nesta região. E vim também pela singularidade e beleza deste espaço arquitetónico, que é a capela do complexo habitacional do Moderno Escondido”, disse.
Para o presidente da freguesia de Picote, Jorge Lourenço, eventos culturais como este concerto de Outono, são sempre iniciativas que despertam o interesse das pessoas e atraem público às localidades.
“Aliar a música ao património, como aconteceu hoje na capela do Barrocal do Douro, onde para além da excelência da arquitetura deste edifício existem ainda esculturas de grande valor do escultor Barata Feio, são motivos suficientes para a vinda de público a esta localidade”, disse.
Na perspectiva do autarca, para fomentar estas visitas ao património existente no Barrocal do Douro é necessário um trabalho conjunto entre o município, a freguesia e as empresas proprietárias, como são a EDP e a atual concessionária do empreendimento hidroelétrico, a Movhera.
A presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, sublinhou que o propósito dos concertos de Outono é convidar as pessoas a reunirem-se à volta da música, nas igrejas e espaços mais emblemáticas de cada localidade do concelho.
“Com estes concertos queremos promover, simultaneamente, a música, os músicos locais e o património religioso. E nesta tarde, com o concerto dos Hardança, na Capela do Moderno Escondido, no Barrocal do Douro, ficou mais uma vez evidente que a cultura atrai o público e é um fator de desenvolvimento local”, justificou.
O ciclo de Concertos de Outono prossegue no serão do próximo sábado, dia 11 de novembro, às 21h00, na concatedral de Miranda do Douro, com a “Ópera na Academia e na Cidade – Boccherini e Mozart”.
Futsal: Vimioso surpreendido pelo Alfandeguense na taça distrital
No jogo da primeira eliminatória da Taça Distrital de futsal, o Vimioso foi surpreendido em casa, ao ser derrotado por 2-3, no confronto com o Alfandeguense, que assim leva vantagem para o segundo jogo desta eliminatória, agendado para 24 de novembro, em Alfândega da Fé.
Os alfandeguenses alcançaram a vitória 2-3, com o golo de Emanuel Ferreira, ao 38 minuto.
O primeiro jogo da eliminatória da taça distrital de futsal realizou-se na sexta-feira, dia 3 de novembro, às 21h30, no pavilhão multiusos de Vimioso, onde a equipa visitante esteve melhor na primeira parte, mostrando mais coesão e objetividade.
Aos 9 minutos, os alfandeguenses criaram a sua primeira oportunidade de golo, mas o guardião vimiosense, Ferro, não permitiu o golo visitante.
Três minutos depois, os visitantes chegaram mesmo ao golo, 0-1, por intermédio de Vitor Santos, que dentro da área aproveitou uma defesa incompleta do guarda-redes local.
Embalados pelo golo inaugural, a equipa de Alfandega da Fé chegou ao 0-2, ao aproveitar um erro defensivo dos vimiosenses, aos 16 minutos.
O alfandeguense, Hugo Rego, ampliou a vantagem para 0-2.
Até ao intervalo, a equipa do Vimioso apenas conseguiu levar a bola a embater no poste da baliza adversária, na sequência de uma jogada individual de Pedro Alves.
Na segunda parte do jogo, aos 25′ minutos, os visitantes voltaram a criar perigo, num remate que embateu no poste da baliza vimiosense.
No entanto, na jogada seguinte, os vimiosenses surpreenderam e reduziram a desvantagem para 1-2, através de uma recarga de cabeça de Hugo, dentro da área alfandeguense.
O Vimioso reduziu a desvantagem 1-2, por intermédio de Hugo, aos 26 minutos de jogo.
Motivados pelo golo, a equipa de Vimioso alcançou o empate logo a seguir, 2-2, numa jogada individual de Pedro Alves.
A equipa do Vimioso chegou ao empate (2-2) por intermédio de Pedro Alves, aos 27 minutos de jogo.
A partir daqui a equipa comandada pelo treinador Paulo Gonçalves bem tentou ir à procura do golo da vitória. Aos 37 minutos, dispôs de um livre direto, mas na conversão, Hugo, rematou muito por cima da baliza alfandeguense.
Quando ambas as equipas procuravam a vitória, as visitantes surpreenderam ao marcar o 2-3, numa boa combinação entre Pedro Borges e Emanuel Ferreira, que num toque de classe levou a bola a passar por cima do guarda-redes, Chico.
A equipa de Alfândega da Fé alcançou a vitória 2-3, graças ao golo de Emanuel Ferreira, aos 38 minutos.
Nos festejos do golo, o jogador alfandeguense foi expulso por gestos provocatórios para o banco adversário. Com a expulsão, a equipa visitante viu-se reduzida a 4 jogadores nos dois últimos minutos do jogo.
Mesmo em desvantagem numérica, a equipa de Alfandega da Fé conseguiu defender e assegurar a vitória. Com este triunfo, os alfandeguenses levam vantagem para o segundo jogo desta eliminatória da Taça Distrital de Futsal, que está agendado para o dia 24 de novembro, em Alfândega da Fé.
HA
Equipas:
Águia Futebol Clube de Vimioso: Chico, Ferro, Menezes, Hugo, Diogo, Pedro Diz (cap.), Pedro Alves e Daniel Pires.
Treinador: Paulo Gonçalves
“Dadas as limitações no plantel, as ausências e a lesão do Diogo no decorrer do jogo, já antevíamos que seria um desafio muito difícil. No final da primeira parte estávamos a perder por 0-2. Mas na segunda parte, conseguimos reagir, empatámos e fomos à procura da vitória. Infelizmente, contra-a-corrente do jogo a equipa adversária foi mais feliz e chegou ao terceiro golo. Apesar da desvantagem na eliminatória, estou muito orgulhoso dos meus jovens jogadores pela seu esforço e entrega ao jogo. Agora compete-nos dar a volta à eliminatória no jogo da segunda mão, em Alfândega da Fé.” – Paulo Gonçalves
A.R. Alfandeguense: Daniel, Luís Neves, Pedro Carvalho, Pedro Borges, Rui Pacheco (cap.), João Lopes, Xavier Simões, Vitor Santos, Hugo Rego, Emanuel Ferreira, Rodrigo e Tota
Treinador: Fernando Macedo
“Estivémos muito bem na primeira parte e poderíamos inclusive ter marcado mais golos. Na segunda parte, não fomos tão pressionantes. O Vimioso ao fazer o primeiro golo, ganhou confiança. Conseguiu mesmo empatar. Mas no final, conseguimos estar concentrados e isso valeu-nos esta vantagem nesta primeira eliminatória da Taça Distrital” – Fernando Macedo.
Ensino: Programação gratuita para 120 mil alunos e três mil professores
Mais de 120 mil alunos de escolas portuguesas vão poder aprender gratuitamente programação, assim como três mil professores, para quem já existem 200 bolsas de formação, através da organização sem fins-lucrativos Code-org.
Criado há 10 anos nos Estados Unidos, o movimento internacional Code.org chega agora a Portugal com o objetivo de alargar o ensino da programação a crianças e professores, revela a Fundação Santander Portugal que é parceira deste projeto.
Contando com os professores neste processo, o programa tem já disponíveis 200 bolsas de formação para que os docentes possam aprender noções básicas de programação e aplicá-las nas suas salas de aulas, independentemente das disciplinas que lecionam.
Todos os professores, desde o pré-escolar ao secundário, podem inscrever-se em https://exitoeducativo.com/cd/index_pt.php, sendo que a meta é dar formação a três mil docentes nos próximos três anos.
Para isso, existem conteúdos gratuitos disponíveis na plataforma da Code.org: São 28 módulos ‘online’, que os professores podem assistir ao seu ritmo, e quatro webinars para ajudar a implementar um projeto final na sala com os seus alunos.
A formação, acreditada pelo Centro de Formação da Associação Nacional de Professores de Informática, terá uma duração de 50 horas e conta para a progressão de carreira dos professores, garante a Fundação Santander.
“Sendo uma plataforma aberta e gratuita, a Code.org está a contribuir para reparar o elevador social, proporcionando o acesso a todos e contribuindo para uma sociedade mais inclusiva. A programação deve tornar-se cada vez mais numa linguagem que se aprende desde muito cedo, tal como outras línguas essenciais. No futuro, todos vamos precisar de saber ‘falar’ a linguagem da programação”, afirmou Inês Oom de Sousa, presidente da Fundação Santander Portugal.
Será também lançada a campanha “Hora do Código”, que consiste em eventos de uma hora em que as crianças podem contactar pela primeira vez com a programação, através de vídeos, jogos e atividades.
A ideia é ensinar crianças e jovens a programar preparando-as para as profissões do futuro, tendo em conta o recente relatório do Fórum Económico Mundial, que estimou que serão eliminados 83 milhões dos atuais 673 milhões postos de trabalho e que as profissões mais procuradas no futuro serão na área tecnológica (desde analistas e cientistas de dados, a especialistas em big data ou em Inteligência Artificial e profissionais de segurança cibernética).
A Code.org conta com vários embaixadores, desde Barack Obama, Joe Biden, Bill Clinton e o canadiano Justin Trudeau a Bill Gates, Jeff Bezos, Mark Zuckerberg, Susan Wojcicki ou Sheryl Sandberg.
O cantor Bono, a ativista Malala, o empresário inglês Richard Branson ou a presidente executiva do Grupo Santander, Ana Botín, são outros dos embaixadoras de iniciativa que surgiu há uma década nos Estados Unidos da América e hoje conta com a participação de mais de 80 milhões de alunos.
Na plataforma da Code.org estão registados mais de 80 milhões de alunos e mais de 100 milhões já participaram em iniciativas “Hour of Code” a nível global, refere o Santander.
Miranda do Douro: MCTM acusa AT e APA de beneficiar EDP na venda de barragens
O Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM) acusou os dirigentes da Autoridade Tributária (AT) e da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) de pretenderem beneficiar a EDP na venda de barragens.
“Não temos qualquer explicação para este comportamento dos dirigentes da APA e da AT, mas tudo isto nos lembra uma palavra: Marosca. Parece estar montado um esquema muito inteligente e sofisticado para que a EDP e as restantes concessionárias continuem sem pagar o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) das barragens”, indicou aquele momento cívico num comunicado enviado à Lusa
O movimento acusa a cúpula da AT de excluir o valor dos equipamentos na avaliação das barragens para efeitos de IMI, referindo que as leis da República e os contratos de concessão estabelecem que as barragens da Terra de Miranda (Picote, Bemposta e Miranda) estão sujeitas ao IMI.
Segundo o Movimento, as cúpulas da AT e da APA violaram sucessivamente a lei e um parecer vinculativo da PGR, bem como um despacho governamental que mandou a AT liquidar o IMI.
“Essa exclusão”, prevê o Movimento, vai conduzir a que as concessionárias impugnem as liquidações do IMI para os tribunais e venham a ganhar “daqui a 10 anos, porque barragens sem equipamentos não são prédios”.
Este movimento reitera que a Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu um parecer em 2006, consagrando essa obrigatoriedade de sujeição à cobrança de IMI. Tanto a lei como este parecer vinculam a AT e a APA, considera.
“Ambas asinstituições violaram essas leis e o parecer da PGR”, lê-se na mesma nota.
No passado mês de fevereiro, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais (SEAF) deu ordens escritas à AT para que cobrasse o IMI sobre as barragens e deixasse de violar a lei e o parecer da PGR. A AT não cumpriu essa ordem e o SEAF emitiu um novo despacho.
O MCTM aponta ainda que esta situação é em tudo parecida com a do IMI das estações de energia eólica, que, por idêntico erro da cúpula da AT, continuam sem pagar o IMI há mais de 10 anos.
Os dirigentes dos MCTM garantem que “os protagonistas são também os mesmos”.
O MCTM já tinha acusado em outubro a AT de dar indicações ilegais sobre o modo de avaliação das barragens para a cobrança de IMI, por excluir equipamentos indispensáveis à produção de energia, como por exemplo as turbinas.
Esta organização indicava que a lei estabelece “expressamente que os equipamentos, como elevadores, sistemas de climatização e mesmo outros equipamentos de lazer integram o valor das avaliações”.
O MCTM já tinha pedido em meados de outubro a demissão da diretora-geral da AT, Helena Borges.
A vertente fiscal das barragens saltou para a agenda mediática na sequência da venda pela EDP de seis barragens em Trás-os-Montes (Miranda do Douro, Picote, Bemposta, Baixo Sabor, Feiticeiro e Tua), por 2,2 mil milhões de euros, a um consórcio liderado pela Engie.
Há vários objetos que apontam para além deles mesmos: um iPhone, um carro da marca Jaguar, uma mala Prada, não são meros utensílios. São indicadores de um certo estatuto. Mesmo entre os nossos mais remotos antepassados, encontramos artigos, não tão luxuosos, mas que pretendem indicar poder, como as presas de um animal usadas numa coroa ou num colar, indicando destreza física e argúcia como caçador.
Temos uma necessidade instintiva de ser vistos e reconhecidos. E isto não tem nada de mal: o bom Deus bem nos vê, e não se incomoda com este tipo de tropelias. Grave é, neste momento da ditadura da imagem, que nos centremos na aparência e menosprezemos a essência, isto é, que nos esforcemos mais por parecer interessantes, bons e piedosos do que na conversão do coração.
É esta a crítica que Jesus hoje faz aos escribas e aos fariseus. Eles apontam caminhos árduos para os outros, mas vivem acomodados; eles desejam ser tidos por piedosos, sem deixar que Deus toque o íntimo do coração; eles procuram reconhecimento, títulos, privilégios, lugares de honra, reverência… tudo coisas boas quando merecidas, mas que, quando nos tornamos dependentes delas, têm o mesmo efeito que uma droga: tornamo-nos dependentes e vivemos na ansiedade por mais.
Nós precisamos de ser amados e queridos. Temos a marca do amor inscrita em nós e esta necessidade vital é insuprimível. Mas, como todos os instintos, também este tem de ser ordenado, ou facilmente se tornará o nosso mestre.
Nas leituras deste domingo, é traçado o caminho que evitará que este desejo de ser visto nos domine: a simplicidade de vida. Malaquias, na primeira leitura, recorda-nos que somos todos filhos do mesmo Pai, que este ama todos e que não necessitamos de viver à espera de reconhecimento: Ele vê-nos e ama-nos. E isso basta. O salmista canta o seu contentamento em esperar pelo Senhor, «sossegado e tranquilo, como criança ao colo da mãe», não desejando mais do que a presença d’Ele, enquanto Paulo, na segunda leitura, faz memória do caminho trilhado em Tessalónica para evangelizar: «fizemo-nos pequenos no meio de vós».
Fazer as coisas por amor e confiar no Senhor. Isto basta. Claro que vamos sentir uma carência profunda, mas só nesta confiança vamos encontrar paz. Ousemos seguir o Senhor pelo caminho das pequenas coisas, como Teresinha do Menino Jesus o batizou. E acreditemos no Evangelho: há um só Pai, que nos ama a todos, e podemos viver como crianças ao colo da mãe enquanto esperamos a vinda de Jesus. Vem, Senhor Jesus.
Barrocal do Douro: Hardança levam música à igreja paroquial
Na tarde de Domingo, dia 5 de novembro, a Igreja Paroquial do Barrocal do Douro, em Picote, vai ser palco do concerto musical do grupo Hardança, um evento inserido no ciclo de Concertos de Outono, promovidos pelo município de Miranda do Douro, com o objetivo de levar a música às várias localidades do concelho.
De acordo com a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, os “Concertos de Outono” visam descentralizar a atividade cultural e apoiar os músicos do concelho, retribuindo o seu esforço e dedicação à música, em especial, à música tradicional mirandesa.
Para a realização destes concertos, a autarca de Miranda do Douro agradeceu a colaboração da Diocese de Bragança-Miranda, ao permitir que os espetáculos se realizem nas várias igrejas paroquiais do concelho.
O concerto do próximo Domingo, dia 5 de novembro, no Barrocal do Douro, está agendado para as 16h00 e vai ser interpretado pelo grupo musical “Hardança” (“Herança”, em português).
Segundo a compositora e vocalista do grupo, Fabíola Mourinho, no seu repertório, os “Hardança” interpretam temas originais, cantados em português e em mirandês e outras canções provenientes do Cancioneiro Tradicional Mirandês.
Uma das músicas mais conhecidas dos “Hardança” é o tema “Daqui não saio, daqui ninguém me tira”, composto em fevereiro de 2020, para o Dia Internacional dos Museus.
Bragança-Miranda: Semana dos Seminários decorre de 5 a 12 de novembro
O bispo de Bragança-Miranda lançou uma nota pastoral a assinalar a Semana dos Seminários, que decorre entre 5 e 12 de novembro, sublinhando que “mais do que uma casa ou instituição, o Seminário é causa”.
Na nota pastoral enviada à Agência ECCLESIA, D. Nuno Almeida faz referência às palavras de Cristo: “Não tenhas medo. Serás pescador de Homens” (LC 5,10), destacando que “o Seminário é uma causa decisiva que diz respeito às famílias, às comunidades cristãs e a cada um”.
“O Seminário é a condição com que a família diocesana pode implementar o futuro de uma igreja inspiradora de renovação espiritual; é a contribuição com que cada comunidade local espera alimentar a garantia da sua continuidade; é a tarefa com que cada cristão e respetiva família devem assumir para ajudar a construir uma Igreja sinodal, comunidade de comunidades”, pode ler-se na mensagem.
Na Semana dos Seminários, D. Nuno Almeida revela que o amor pela instituições “manifesta-se em gestos de oração, de afeto e de partilha generosa”.
“Queremos agradecer e rezar pelos benfeitores e formadores que ao longo dos tempos têm dado vida aos nossos Seminários”, afirmou o bispo, salientando que esta “é uma feliz ocasião para agradecer a Deus o dom da vocação ao presbiterado e tomar maior consciência da importância do Seminário, o coração da Diocese, na vida da Igreja”.
A juntar à celebração da Semana dos Seminários, o seminarista Nélson Vale, que se prepara para o sacerdócio, vai ser instituído no ministério de acólito, no dia 12 de novembro, às 18h00, na Catedral de Bragança.
Natural de Carção, concelho de Vimioso, o jovem encontra-se em estágio pastoral na Paróquia de S. João Batista, em Bragança, depois de já ter concluído a formação em teologia.
No final de fevereiro deste ano, Nélson Vale defendeu a tese “O sonho de uma Igreja missionária”, a propósito do mestrado em Teologia, pela Faculdade de Teologia de Braga, na Universidade Católica Portuguesa.
O jovem foi instituído no ministério de leitor, no dia 30 de abril deste ano, no Santuário da Senhora das Graças, em Bragança.