Sociedade: Mercado automóvel cresce 4,4% até agosto com 168.942 novos veículos – ACAP
Em Portugal, o mercado automóvel cresceu 4,4% até agosto, com 168.942 novos veículos em circulação, segundo dados da ACAP – Associação Automóvel de Portugal.
“De janeiro a agosto de 2024, foram colocados em circulação 168.942 novos veículos, o que representou um aumento de 4,4% relativamente ao mesmo período do ano anterior”, indicou, em comunicado.
Só em agosto foram matriculados 14.338 veículos automóveis, um decréscimo de 8,7% relativamente ao mesmo mês de 2023.
Por categoria, de janeiro a agosto, contabilizaram-se 142.789 matriculas de veículos ligeiros de passageiros, mais 2,5% face ao período homólogo.
Neste período, 53,9% dos veículos ligeiros de passageiros novos eram movidos a outros tipos de energia, nomeadamente, elétricos e híbridos.
Por sua vez, o mercado de veículos ligeiros de mercadorias cresceu 19,5% até agosto, com 21.248 unidades.
Já o mercado de veículos pesados totalizou 4.905 unidades, mais 3,5% relativamente ao mesmo período de 2023.
Ensino: Faltam mais de 800 professores a duas semanas do arranque do ano letivo
A duas semanas do início do ano letivo, faltam nas escolas mais de 800 professores, segundo um balanço da Fenprof, que alerta que, se as aulas começassem hoje, 122 mil alunos não teriam docente a, pelo menos, uma disciplina.
O balanço foi feito pelo secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), numa conferência de imprensa para assinalar o arranque do ano escolar, a duas semanas do início das aulas, e em que Mário Nogueira antecipou um ano letivo “que continuará marcado pelo grave problema da falta de professores”.
Segundo a contabilização feita pela Fenprof, há, pelo menos, 890 horários por preencher, que correspondem a 19.598 horas de aulas, 4.900 turmas e cerca de 122 mil alunos “que, se houvesse aulas hoje, não teriam, pelo menos, um professor”.
Estes horários correspondem apenas àqueles disponíveis na oferta de contratação de escola, a última fase para o recrutamento de professores, somando-se ainda os lugares que ainda estão por ocupar através das reservas de recrutamento.
À semelhança dos anos anteriores, é nas escolas do distrito de Lisboa que faltam mais professores, com 434 dos 890 horários na oferta de contratação de escola, seguindo-se Setúbal, com 205 horários por ocupar, e Faro com 112 horários.
Por disciplina, as maiores carências são a Informática (216 horários), Geografia (92 horários) e Português do ensino secundário (85 horários).
“É um problema que tem vindo a começar a notar-se no Centro e Norte, mas tem uma expressão maior em Lisboa e Vale do Tejo, Algarve e Alentejo”, sublinhou Mário Nogueira.
A escola secundária José Gomes Ferreira, em Lisboa, onde decorreu a conferência de imprensa, é um desses exemplos, com 24 professores em falta.
Também em Lisboa, no agrupamento Eduardo Gageiro (Sacavém), faltam 22 docentes, um cenário que se repete no agrupamento de escolas de Queluz-Belas, com 20 professores em falta, ou, mais a sul, nos agrupamentos de escolas de Odemira e Manuel Teixeira Gomes, em Portimão, onde há uma dezena de horários por preencher.
“Continuam a faltar medidas de efetiva resolução de um problema que, a arrastar-se, porá em causa o direito constitucional à educação e ao ensino de qualidade para todos, cuja responsabilidade é da escola pública”, sublinhou o dirigente da Fenprof, que apontou insuficiências ao plano +Aulas +Sucesso do Governo e aos apoios anunciados para alguns docentes deslocados.
Além da falta de professores, que Mário Nogueira antecipa que poderá agravar-se a partir desta semana na sequência da entrega de baixas médicas, o ano letivo poderá começar também com nova greve de professores, sem impacto nas aulas, ao sobretrabalho, horas extraordinárias e componente não letiva, contra os “abusos e ilegalidades” em relação aos horários de trabalho.
“Esta decisão foi comunicada ao ministro no dia 30, assim como foi comunicada a nossa disponibilidade para reunir e encontrar soluções que regularizem os horários de trabalho dos docentes em todas as escolas”, disse o dirigente sindical, lembrando que a greve ao sobretrabalho e horas extraordinárias decorre há mais de sete anos.
A partir de 23 de setembro, e durante duas semanas, a Fenprof vai realizar plenários distritais para preparar os processos negociais no âmbito da revisão da carreira docente.
O secretário-geral da Fenprof falou ainda sobre a recuperação do tempo de serviço congelado, para anunciar a criação de um “Mail Verde”, uma plataforma disponível no ‘site’ da federação para os docentes comunicarem problemas que serão depois levados à comissão de acompanhamento do processo.
Sendim: Cooperativa Ribadouro recebe uvas de 19 de setembro até 6 de outubro
Nas vindimas deste ano, a Cooperativa Agrícola Ribadouro, em Sendim, vai começar a receber uvas no próximo dia 19 de setembro até 6 de outubro, numa campanha em que se prevê uma redução de 20% na colheita de uvas.
A presidente da cooperativa Ribadouro, Regina Nobre, dirigiu a assembleia geral.
A assembleia geral ordinária da cooperativa Ribadouro realizou-se ao ínicio da tarde de sábado, dia 31 de agosto, no pavilhão multiusos, em Sendim e contou com a participação de uma centena de associados.
No início da assembleia, a presidente de Ribadouro, Regina Nobre, leu o Regulamento de Vindima 2024, informando os associados que a cooperativa vai começar a receber as uvas no dia 19 de setembro e a campanha prolonga-se até ao dia 6 de outubro.
A direção da Ribadouro informou que o trabalho de receção das uvas decorre de terça-feira a Domingo, com descanso semanal à segunda-feira.
“De terça-feira a sexta-feira, o horário é das 14h00 às 19h30. No sábado e Domingo, o horário de receção das uvas é das 11h00 às 19h30”, informaram.
Vitoriano Teresinho é um dos agricultores associados da cooperativa Ribadouro, proprietário de seis hetares de vinha na vila de Sendim.
“A quantidade de uvas não é a mesma do ano passado, mas ainda assim prevejo uma boa colheita, apesar da escassez de chuva neste verão. Vamos iniciar as vindimas a 20 de setembro, pelo que tenho que contratar 12 a 14 pessoas, durante uma semana. No ano passado paguei a jornada de trabalho a 60 euros. No entanto, há falta de mão de obra para as vindimas”, adiantou.
Questionado sobre se o cultivo da vinha é uma atividade rentável, o agricultor sendinês mostrou-se preocupado com o baixo consumo de vinho e a muita concorrência no setor vinícola.
Também presente na assembleia da Ribadouro, o jovem vitivinicultor, António Picotês, disse prever uma quebra de 20% na colheita de uvas deste ano.
“O ano não foi o melhor para as vinhas. A geadas tardias e o escaldão ocorrido em alguns dias no verão levou a uma quebra na produção de uvas”, explicou.
António Picotês indicou que vai iniciar as vindimas nas vinhas plantadas nas arribas do Douro, onde o clima é mais quente e favorece a maturação das uvas.
Sobre o atual momento do setor do vinho, o jovem produtor indicou que há muita oferta e o público procura vinhos mais frescos, com mais acidez e menor taxa de álcool.
“Antigamente, havia o hábito consumir vinho diariamente, o que favorecia a venda de vinho a granel. Mas hoje em dia, já não é assim, pois as pessoas procuram vinhos mais leves, como os brancos. Por isso, estou convencido de que o caminho é procurar a qualidade e não a quantidade”, disse.
Neste sentido, António Picotês informou que outra das preferências do público são os vinhos palhete, que resultam da mistura de uvas de castas brancas com castas tintas, o que cria vinhos tintos mais leves.
Outro assunto discutido na assembleia da cooperativa foi a situação financeira. Segundo o tesoureiro, André Xavier, a cooperativa tem uma dívida de 700 mil euros aos bancos e de 300 mil euros a fornecedores. O tesoureiro informou também que aos associados falta pagar 10% da campanha de 2022 e a totalidade da campanha de 2023.
“As vendas de vinho continuam muito baixas e a cooperativa Ribadouro tem em stock, um milhão de litros de vinho. Estamos à procura de compradores para vender o vinho a granel”, indicou.
Exposta a situação financeira da cooperativa, Camilo Raposo, associado da Ribadouro disse ter ficado esclarecido e consciente das enormes dificuldades financeiras da adega sendinesa.
“Para a nossa região, seria muito importante que a cooperativa Ribadouro conseguisse ultrapassar as atuais dificuldades financeiras”, disse.
O agricultor, Camilo Raposo, acrescentou que a cooperativa agrícola Ribadouro, para ser competitiva no mercado vinícola, precisa do contributo de profissionais e de mais conhecimento em áreas como a enologia, a gestão, o marketing e as vendas.
“Para vendermos os nossos vinhos temos que saber quais são as preferências dos consumidores. Temos que acompanhar a evolução do setor vinícola e estar atentos à procura do mercado, que atualmente prefere vinhos equilibrados, em acidez e teor de açúcar”, disse.
A Adega Cooperativa Ribadouro , em Sendim, foi constituída em 1959 e atualmente produz os vinhos “Ribeira do Corso”, “Lhéngua Mirandesa”, “Mirandum” e “Pauliteiros”.
Vimioso: Concurso Nacional premiou os melhores bovinos de raça mirandesa
Uma centena de criadores de vários concelhos participaram no XXXIII Concurso Nacional de Bovinos de Raça Mirandesa, que decorreu no recinto da Feira de Gado, em Vimioso, de 30 de agosto até 1 de setembro.
No concurso nacional participaram criadores dos concelhos de Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mogadouro, Vimioso e Vinhais.
Segundo a Associação de Criadores de Bovinos de Raça Mirandesa (ACBRM), este concurso nacional visa selecionar os melhores animais desta raça autótone e proporcionar o convívio entre todos os criadores.
Neste ano. o XXXIII Concurso Nacional de Bovinos de Raça Mirandesa contou com a participação uma centena de criadores do solar, que trouxeram até Vimioso, 150 animais, nas várias seções de touros, vacas e novilhos.
De acordo com o secretário técnico da Associação de Criadores de Bovinos de Raça Mirandesa (ACBRM), Valter Raposo, este ano, o número de animais é mais reduzido por causa do problema sanitário provocado pela doença hemorrágica epizoótica, que está a afetar alguns criadores, sobretudo nos concelhos de Vinhais e de Bragança.
Sobre esta doença, o também médico veterinário, Valter Raposo, indicou que já existem repelentes do mosquito transmissor da doença e uma vacina homologada em Espanha e autorizada pela Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).
“A vacina já está autorizada pela DGAV, mas esta não é a melhor época do ano para proceder à vacinação, dado que é no verão que existem mais mosquitos e ocorre o maior número de infeções. Resta-nos esperar pelo tempo frio, quando não houver mosquitos, para realizar a vacinação dos bovinos”, indicou.
No XXXIII Concurso Nacional de Bovinos de Raça Mirandesa, que decorreu em Vimioso, de 30 de agosto a 1 de setembro, os animais participantes foram os vencedores dos concursos concelhios.
“Nestes concursos é avaliado o padrão morfológico dos bovinos de raça mirandesa, que se distinguem por ser animais compridos, largos e musculados. A pelagem no dorso e lombo é aloirada e vai escurecendo para as extremidades. Os machos são mais escuros que as fêmeas. Outras caraterísticas dos bovinos mirandeses são a dimensão pequena da cabeça, o pescoço curto e membros direitos”, lê-se no regulamento do concurso.
A raça de bovinos mirandeses têm-se mantido viva graças à paixão dos criadores. No concelho de Miranda do Douro, Celso Martins, tem uma exploração de 40 bovinos mirandeses, na localidade de São Pedro da Silva. O jovem criador participa há três anos no prestigiante Concurso Nacional de Bovinos de Raça Mirandesa e nesta edição trouxe a concurso sete animais.
“Os bovinos de raça mirandesa produzem uma carne de excelente qualidade, macia, tenra e muito saborosa. Se por um lado, o rendimento da carcaça destes animais não é tão elevado como noutras raças, a qualidade da carne mirandesa é indiscutivelmente melhor”, disse.
Outro motivo que leva os criadores a participarem no Concurso Nacional de Bovinos de Raça Mirandesa é o encontro com outros criadores.
“O convívio entre os criadores é muito bom! É reconfortante estar com amigos de outras localidades e partilharmos experiências, conhecimentos e dificuldades”, disse.
Sobre a doença hemorrágica epizoótica, o criador mirandês indicou que, em 2023, registou a morte a cinco animais adultos e três crias, na sua exploração pecuária, em São Pedro da Silva.
Em Caçarelhos, António Vicente, tem uma exploração pecuária com 60 animais adultos. O filho, o professor, Licínio Martins, trouxe alguns destes animais até Vimioso, para participar no XXXIII Concurso Nacional de Bovinos de Raça Mirandesa.
“Este concurso já se realiza desde o século XIX e tem como objetivos a promoção e a melhoria desta raça originária da Terra de Miranda. O concurso é por isso, um incentivo para que os criadores cuidem e selecionem os melhores animais da sua exploração pecuária”, disse.
No concelho de Vimioso, Licínio Martins, afirmou que os criadores de bovinos mirandeses beneficiam de apoios financeiros por parte do município, aquando da realização do concurso concelhio.
“Neste ano, o município de Vimioso, voltou a melhorar o valor dos prémios no concurso concelhio de Bovinos de Raça Mirandesa, que se realizou no decorrer do feriado municipal e da feira de São Lourenço. A par Bragança, o concurso de Vimioso é o que reúne maior número de animais e e é o melhor do solar”, pela sua organização disse.
A concurso foram touros, vacas e novilhos de raça mirandesa, consoante a idade.
Da aldeia de Talhas, no concelho de Macedo de Cavaleiros, veio o jovem criador, Luís Reis, proprietário de uma exploração com 50 bovinos de raça mirandesa. Questionado sobre a importância do concurso, o também engenheiro agrónomo afirmou que estes certames são um modo de valorizar o trabalho que os criadores de bovinos de raça mirandesa realizam ao longo do ano.
“Para apresentar os animais em boas condições a concurso, é necessário muito trabalho ao longo do ano, na alimentação e na sanidade animal. E estes cuidados assumem ainda mais importância neste momento em que nos deparamos com a doença hemorrágica epizoótica, o que obriga a redobrada atenção para detectar precocemente possíveis sintomas”, disse.
Atente-se que os bovinos de raça mirandesa são uma fonte de rendimento para os criadores, através da comercialização da carne, considerada um produto de excelente qualidade. No entanto, os criadores queixam-se da falta de lucro, exigindo um aumento do preço da carne mirandesa, de modo a assegurem a continuidade da atividade pecuária.
“No meu entender, os municípios do solar da raça deveriam apoiar mais os criadores, dado que esta raça autóctone, para além do valor cultural para o território, também ajuda a cuidar na natureza e é um dos motores de desenvolvimento económico da região. No que concerne aos apoios, deveriam seguir o exemplo do município de Vimioso, que está a apoiar bastante bem os criadores do seu concelho”, disse Luís Reis.
Outro problema que põe em causa a preservação dos bovinos de raça mirandesa é a idade avançada dos seus criadores e a escassez de jovens na atividade pecuária.
O Concurso Nacional de Bovinos de Raça Mirandesa é uma iniciativa anual da ACBRM, que conta com os apoios dos seis municípios do solar da raça: Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mogadouro, Vimioso e Vinhais.
Na organização do evento participam ainda a Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), a Cooperativa Agropecuária Mirandesa, a Guarda Nacional Republicana (GNR) e os Bombeiros Voluntários de Vimioso.
Economia: Galp vai aumentar preços da eletricidade e do gás
A partir de 1 de outubro, a fatura da eletricidade e do gás vai aumentar em média, 9% e 16% para os clientes da Galp, refletindo o aumento do custo de aquisição de energia, adiantou a petrolífera.
“A Galp vai proceder a 1 de outubro a uma atualização dos preços de eletricidade e de gás natural com subidas médias de 9% e 16%, respetivamente, na fatura mensal para as potências contratadas e escalões mais representativos”, avançou fonte da Galp.
Para um casal sem filhos, com uma potência contratada de 3,45 kilovoltamperes (kVa), pode estar em causa uma subida média de 2,6 euros na fatura mensal de eletricidade.
Já para um casal sem filhos no primeiro escalão de consumo de gás natural pode representar um aumento médio de 2,3 euros, sendo que a estes valores acrescem o IVA e outras taxas.
Segundo a empresa, não se registam subidas nas tarifas desde outubro de 2023 e os agravamentos agora anunciados refletem o aumento do custo de aquisição da energia nos mercados internacionais.
Conforme detalhou, estas subidas vão incluir o aumento de 5% das tarifas de acesso à rede (TAR) de gás natural, que também entra em vigor em outubro.
A Galp enviou uma nota aos seus clientes a dar conta destes aumentos.
Ensino: Iniciou-se a recuperação do tempo de serviço para 5.327 professores
Iniciou-se a 1 de setembro, a recuperação do tempo de serviço congelado dos professores, que vai decorrer ao longo de quatro anos, com cerca de cinco mil professores com dados confirmados, menos de 10% dos que já acederam à plataforma para reconhecimento desse tempo de trabalho.
O Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) confirmou que os efeitos da recuperação integral do tempo de serviço vão começar a chegar aos professores dos ensinos básico e secundário “já em setembro, cumprindo com o compromisso assumido pelo Governo”.
Segundo a tutela, até ao momento, “7.154 professores já validaram os seus dados, dos quais 5.327 têm os dados confirmados pelas escolas e estão em condições de receber o respetivo acerto salarial em setembro”.
Os restantes 1.827 processos também já foram validados pelos docentes, mas ainda estão “a aguardar a confirmação pelo diretor da escola”, segundo informações do gabinete de imprensa.
O prazo para a conclusão de cada processo, com vista ao pagamento dos acertos salariais em setembro, foi alargado até 1 de setembro.
A recuperação dos seis anos, seis meses e 23 dias de trabalho que ficou congelado durante o período de Troika foi uma das principais bandeiras da luta dos docentes nos últimos anos, levando milhares de professores para a rua e a marcação de muitas greves.
A atual equipa do ministério da Educação chegou a acordo com os sindicatos em maio, num modelo que prevê uma recuperação faseada ao longo de quatro anos.
Miranda do Douro: Passeio para a festa de Nossa Senhora do Naso
O passeio pedestre “Planalto Mirandês”, entre Miranda do Douro e o santuário do Naso, na Póvoa, agendado para este Domingo, dia 1 de setembro, volta a anunciar a festa em honra de Nossa Senhora do Naso, que vai celebrar-se no fim-de-semana de 6, 7 e 8 de setembro.
De acordo com o programa do passeio, o posto de turismo, em Miranda do Douro, é o local de encontro ((8h00) e de partida, para uma caminhada que vai passar pelas aldeias do Palancar, Póvoa, vale do Picão, com chegada ao Santuário do Naso prevista para as 11h30/12h00.
Antigamente, este percurso de 15 quilómetros era conhecido como o “caminho vicinal” ou da “mufalha”, sendo muito percorrido pelas gentes das aldeias, nas suas peregrinações até ao santuário do Naso.
Aos caminhantes, a organização recomenda o uso dechapéu, calçado e roupa confortável e água.
Após a caminhada de 3h30 minutos, segue-se o almoço no recinto do santuário.
Às 15h00, celebra-se a Eucaristia Dominical e o ofício cantado da Lutuosa Geral, em memória dos irmãos falecidos da confraria de Nossa Senhora do Naso.
Finalizada a celebração religiosa, o transporte de regresso a Miranda do Douro é assegurado pelo município.
No próximo fim-de-semana de 6, 7 e 8 de setembro, vai celebrar-se no santuário mariano, a Festa em honra de Nossa Senhora do Naso. Este ano, os maiores destaques da festa são no dia 6, o concurso de asininos e a procissão das velas. E no Domingo, dia 8 de setembro, o bispo, Dom Nuno Almeida vai presidir à missa campal na festa da Natividade da Virgem Santa Maria.
O passeio pedestre “Planalto Mirandês” é uma iniciativa organizada pelo município de Miranda do Douro, em colaboração com a empresa “Douro Pula Canhada” e a Confraria de Nossa Senhora do Naso.
Política: Maria Luís Albuquerque tem currículo para comissária europeia – António Vitorino
No âmbito da sua participação no Summer CEmp, que está a decorrer em Miranda do Douro, o antigo comissário europeu, António Vitorino, defendeu que a ex-ministra Maria Luís Albuquerque tem o currículo e qualidades para desempenhar o cargo de comissária europeia.
“Eu entendo que a doutora Maria Luís Albuquerque tem o currículo e qualidades que lhe permitirão exercer as funções de membro da Comissão Europeia e aproveito para a felicitar pela sua designação e desejar-lhe a melhor das sortes, como acho que todos o devemos fazer, porque é uma portuguesa que é chamada a desempenhar um importante cargo internacional”, disse à Lusa António Vitorino.
O ex-comissário europeu para a Justiça e Assuntos Internos acrescentou ainda que esta nomeação acontece numa altura em que a Europa está confrontada com muitos desafios “e em que manifestamente é necessário reforçar a unidade e a coesão de todos aqueles que se reveem no projeto europeu”.
Antigo ministro e deputado do Partido Socialista, Vitorino observou ainda que teria “sido mais prudente da parte do primeiro-ministro [Luís Montenegro] ter procurado um maior consenso em torno do nome”.
“Mas a competência nesta matéria é do primeiro-ministro e ele exerceu-a da forma que entendeu que deveria ter exercido e a partir do momento em que o órgão com legitimidade constitucional, que é o Governo, toma a decisão, é obviamente a posição portuguesa”, vincou António Vitorino.
O ex-comissário europeu prestou estas declarações em Miranda do Douro, no decorrer do “Summer CEmp”, a escola de verão da Representação da Comissão Europeia em Portugal, um evento que decorre nesta cidade transmontana até 31 de agosto.
Maria Luís Albuquerque, 56 anos, foi ministra de Estado e das Finanças durante o período em que Portugal estava sob assistência financeira da ‘troika’, sucedendo a Vítor Gaspar em julho de 2013 e mantendo-se até final do executivo liderado por Pedro Passos Coelho.
No PSD, foi vice-presidente durante a liderança de Passos Coelho e cabeça de lista dos candidatos a deputados pelo PSD em Setúbal em 2011 e 2015.
Atualmente é membro do Conselho Nacional do PSD – segundo nome da lista da direção de Luís Montenegro, logo a seguir a Carlos Moedas -, e membro do Conselho de Supervisão da subsidiária europeia da empresa norte-americana Morgan Stanley.
O PS considerou na quarta-feira que Maria Luís Albuquerque tem um legado de “política de austeridade” e um perfil político distinto das prioridades da União Europeia, criticando a ausência de auscultação aos partidos.
“É um perfil que, no plano técnico, pode eventualmente representar aquilo que o Governo deseja, mas politicamente está diametralmente num campo distinto das opções e das prioridades que a União Europeia terá neste momento”, disse aos jornalistas o vice-presidente do PS, Pedro Delgado Alves.
O socialista lamentou que no processo decisão do Governo PSD/CDS-PP não tenha havido uma auscultação prévia aos partidos, o que “teria sido democraticamente mais saudável e desejável”.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu que Maria Luís Albuquerque passou a ser a candidata de Portugal a comissária europeia a partir do momento em que foi escolhida pelo Governo.
Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou ainda que nesta escolha do Governo, apenas foi “informado e não consultado”.
O Presidente da República disse ainda que não comenta as posições dos partidos, justificando que, “como em tudo na vida, há quem concorde e quem discorde”, mas não tem de se pronunciar.
Fonte: Lusa
Foto: Representação da Comissão Europeia em Portugal
Incêndios: Produtores de castanha e apicultores esperam pelos apoios para compensar as perdas
Os produtores de castanha, de floresta e os apicultores da área consumida pelo incêndio, nos concelhos de Vimioso e de Miranda do Douro, estão expectantes em relação aos apoios anunciados pelo Governo para compensar a perda de produção causada pelo fogo.
“O relatório do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) identifica uma perda de 1.700 hectares de floresta na nossa freguesia. Só de castanheiro em produção são 90 hectares. Na floresta de pinhal haverá regeneração nos próximos anos, e solicitamos investimento direto à perda de produção na parte agrícola, como é o caso do castanheiro. Os jovens agricultores que vivem sobre a fileira da castanha, principalmente, estão aflitos e precisam de medidas concretas”, disse o presidente da Junta de Freguesia de São Martinho de Angueira Lisis Gonçalves.
O autarca da freguesia do concelho de Miranda do Douro, acrescentou ainda que, no respeita à produção, está muito preocupado com a perda de rendimento.
“Como acompanhámos a par e passo o relatório elaborado pelo ICNF, precisamos, agora, que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento regional do Norte (CCDR-N), avance com o relatório da parte agrícola para serem enquadradas em medidas do Plano Estratégico da Política agrícola Comum 2023-2027 (PEPAC) outras medidas”, indicou o Lisis Gonçalves.
O autarca, que é também produtor de castanha, pede agora celeridade para medidas de apoio às culturas dos frutos secos, como a castanha, avelã e amêndoas, serem consideradas “perdas totais.
Por seu lado, Vítor Ferreira, técnico da Associação de Apicultores do Douro Internacional, refere que no decurso do incêndio que teve início no passado dia 10, em Caçarelhos no concelho de Vimioso, e que depois alastrou a Miranda do Douro, perderam-se mais de 500 colmeias.
“Para além desta perda, há um conjunto de apiários que foram afetados porque as abelhas deixaram de ter alimento, devido à devastação das manchas de carvalho e outras espécies arbóreas, e a flora espontânea desapareceu, e agora o território está desertificado para abelhas”, vincou o técnico apícola.
Segundo o representante dos apicultores dos concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta e Vimioso, no distrito de Bragança, é preciso ajudas para alimentar as abelhas para manter a produção de mel.
“São necessários mais de 15 anos para que haja uma regeneração ambiental, para que tudo volte à normalidade no setor neste território. Temos de ser resilientes ”, vincou
O Governo anunciou um pacote de meio milhão de euros para o início, a curto prazo, da recuperação e consolidação da área ardida nos incêndios florestais que afetaram os concelhos de Bragança, Miranda do Douro e Vimioso.
Este anúncio, feito após uma reunião em Miranda do Douro, no distrito de Bragança, que juntou autarcas, Autoridades Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), bombeiros, GNR, juntas de freguesia, associações florestais entre outras entidades, para fazer um ponto de situação ao incêndio deflagrou no passado dia 10, na União de Freguesias de Caçarelhos e Angueira, em Vimioso, e que depois se alastrou às freguesias vizinhas de São Martinho, Angueira e Cicouro, em Miranda do Douro.
O Governante demonstrou ainda preocupação no restauro da biodiversidade e das captações de água nestes territórios afetados pelo fogo.
No terreno estão já em curso trabalhos de recuperação de caminhos agrícolas, consolidação do terreno, limpeza de pontos de água os quais estão a ser levados a cabo por elementos do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).
O montante de 500 mil euros anunciados pelo Governo para esta primeira fase vai até novembro, sendo distribuídos 300 mil euros para os concelho de Miranda do Douro e Vimioso e 200 mil euros para o incêndio que deflagrou na mesma altura no Parque Natural de Montesinho (PNM), no concelho de Bragança.
Incêndios: 500 mil euros para recuperar área ardida em Bragança, Vimioso e Miranda do Douro
O Governo anunciou um pacote de meio milhão de euros para o início da recuperação e consolidação da área ardida nos incêndios florestais que afetaram os concelhos de Bragança, Miranda do Douro e Vimioso.
“Nos próximos dias pretendemos concluir os trabalhos de levantamento dos prejuízos e danos provocados pelos incêndios e colocá-los na respetiva Unidade de Gestão, para abrir avisos concretos, para que os municípios possam candidatar-se com 100% de financiamento para implementar a estratégia técnica apurada pelas nossas equipas, com uma dotação inicial de 500 mil euros para os três concelhos afetados”, explicou o secretário de Estada da Florestas, Rui Ladeira.
Este anúncio, feito após uma reunião em Miranda do Douro, que juntou autarcas, Autoridades Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), bombeiros, GNR, juntas de freguesia, associações florestais entre outras entidades, para fazer um ponto de situação ao incêndio deflagrou no passado dia 10, na União de Freguesias de Caçarelhos e Angueira, em Vimioso, e que depois se alastrou as freguesias vizinhas de São Martinho, Angueira e Cicouro, em Miranda do Douro.
“Estamos a falar de uma área ardida próxima dos 2.000 hectares, que trouxe impactos muito relevantes e que nós identificámos e ouvimos, para dar resposta para se fazer um trabalho conjunto, não só curto prazo como a médio e longo prazo, porque o impacto de um incêndio não se pode medir só no momento”, vincou o secretário de Estado das Florestas.
O Governante demonstrou ainda preocupação no restauro da biodiversidade e das captações de água nestes territórios afetados pelo fogo.
“É necessário fazer uma estabilização de emergência daquilo que são as cinzas que podem contaminar os recursos hídricos e captações de água como é o caso do concelho de Vimioso”, frisou Rui Ladeira.
No terreno estão já em curso trabalhos de recuperação de caminhos agrícolas, consolidação do terreno, limpeza de pontos de água os quais estão a ser levados a cabo por elementos do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).
O montante de 500 mil euros anunciados pelo Governo para esta primeira fase vai até novembro, sendo distribuídos 300 mil euros para os concelho de Miranda do Douro e Vimioso e 200 mil euros para o incêndio que deflagrou na mesma altura no Parque Natural de Montesinho (PNM), no concelho de Bragança.
“Este montante poderá ter alguma oscilação, visto que ainda não temos os resultados finais de todo o levantamento”, explicou o governante.
No que diz respeito ao incêndio no PNM, o relatório foi definido na mesma dimensão do que aconteceu nos concelhos de Miranda do Douro e Vimioso.
“Tivemos o mesmo foco na minimização dos impactos quer ambientais e do todo o ecossistema que tem de ser acautelado. Estamos a falar de uma área ardida de cerca de 500 hectares”, disse.
Só nestes dois incêndios foram consumidos cerca de 2.500 hectares de floresta, soutos, mato e áreas agrícolas.
No combate ao fogo que deflagrou na União de Freguesias de Caçarelhos e Angueira, em Vimioso, estiveram envolvidos ao longo de três dias cerca de 625 operacionais que foram apoiados por 207 veículos, 11 máquinas de rasto e 17 meios aéreos portugueses e espanhóis.
Apesar do “ataque musculado”, o fogo acabou por alastrar a São Martinho de Angueira e Cicouro, já em Miranda do Douro, causando sobressalto nestas aldeias raianas, dada a intensidade das chamas e as mudanças repentinas do vento.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) classificou na quarta o incêndio que deflagrou no dia 10 de agosto no concelho de Vimioso, como o maior registado desde janeiro.
No incêndio do PNM estiveram, durante três dias, envolvidos 621 operacionais, 217 veículos, quatro máquinas de rastos e 12 meios aéreos.