PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO DO SENHOR

Santo Deus!

At 10, 34a.37-43 / Slm 117 (118), 1-2.16ab-17.22-23 / Col 3, 1-4 / Jo 20, 1-9

Ainda de noite, Maria Madalena sai de casa para cuidar do seu amigo. As trevas reinam à sua volta e no seu coração. Ao chegar ao túmulo, as trevas adensam-se, pois ao luto da morte acrescenta-se o escândalo da profanação do túmulo, com o roubo do corpo de Jesus. A pedra que selava o túmulo está agora afastada e Maria Madalena corre a chamar os seus amigos.

Maria Madalena não estava minimamente preparada para o escândalo da Ressurreição. Era inimaginável! Diante das evidências, só conseguia conceber que tinham assaltado o túmulo de Jesus à procura de riquezas ou para esconder o seu corpo. Mas o túmulo não tinha sido assaltado. Jesus foi, isso sim, resgatado das garras da morte pelo amor do Pai, através do Espírito Santo.

São muitos os nossos túmulos, aqueles lugares da nossa vida que declaramos mortos, onde insistimos que nunca haverá vida. Lugares que cobrimos com pedras desproporcionais, para evitar que algo saia ou que entremos nessa mansão de dor. Duvidamos do poder curador da bondade de Deus, colocamos entraves à força da Ressurreição e acabamos por nos afastar da vida e alegria plenas. Ficamos à porta, a chorar.

Cristo, mais do que «sofrer» uma morte de cruz, atravessa-a de uma ponta à outra, indo até aos confins mais tenebrosos da desolação mais profunda. Cristo visita os abismos da morte para garantir uma só coisa: nenhum lugar, condição ou pessoa estão fora do alcance e da presença de Deus. Nenhuma experiência é desconhecida do nosso Deus.

Nenhum lugar, condição ou pessoa estão fora do alcance e da presença de Deus. Nenhuma experiência é desconhecida do nosso Deus.

Deixemos que o Senhor descerre os nossos túmulos. Não tenhamos receio de os visitar, acompanhados de amigos, como Tiago e João, ou aguardando a companhia do Senhor, como faz mais tarde Maria Madalena. Confiemos no poder do Senhor para tudo reanimar e reavivar com a sua presença e com a sua graça. Não coloquemos limites a Deus. Ofereçamos-lhe tudo e Ele fará da nossa miséria, uma vez transformada pela misericórdia, instrumento de salvação para muitos. E os nossos desertos ganharão vida, e dos leitos secos dos rios jorrará água, e os filhos de Deus saciarão as suas sedes.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

https://www.redemundialdeoracaodopapa.pt/meditacao-diaria/1665

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