Ambiente: Abutre-preto devolvido à natureza no Douro Internacional
Um abutre-preto (Aegypius monachus), vítima de um tiro na asa e que passou por um processo de recuperação durante meses, foi devolvido à natureza no dia 10 de agosto, em pleno Parque Natural do Douro Internacional (PNDI).
Segundo a Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural esta ave é o maior dos abutres europeus e está em risco de extinção no território nacional.
“Esta ave está em risco de extinção e teve a oportunidade de regressar à natureza graças ao trabalho conjunto, desenvolvido por todas as entidades envolvidas na sua recuperação”, sublinhou Iván Gutiérrez, biólogo da Palombar, destacando a importância da colocação do dispositivo GPS no abutre para garantir a sua monitorização.
O momento de devolução à natureza deste abutre contou com a presença da equipa do projeto e membros das várias entidades envolvidas no seu resgate, recuperação e monitorização, nomeadamente do CRAS-UTAD, do CRFS, do ICNF, do CIARA e ainda com Vigilantes da Natureza do ICNF no Parque Natural do Douro Internacional.
O projeto LIFE Aegypius return (https://4vultures.org/life-aegypius-return/) iniciou-se em setembro de 2022 e tem como principais objetivos aumentar a população de abutre-preto e melhorar o seu estado de conservação em Portugal.
“Pretende-se, num prazo de seis anos (2022-2027), duplicar a sua população reprodutora em Portugal, para passar dos atuais 40 casais reprodutores, para 80, bem como aumentar as colónias de quatro para cinco”, adianta a Palombar.
Este projeto é desenvolvido por um consórcio que integra as seguintes entidades: Vulture Conservation Foundation – organização coordenadora do projeto -, Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural, Herdade da Contenda, Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, Liga para a Proteção da Natureza, Associação Transumância e Natureza, Fundación Naturaleza y Hombre, Guarda Nacional Republicana e Associação Nacional de Proprietários Rurais, Gestão Cinegética e Biodiversidade. É financiado em 75% pelo Programa LIFE da União Europeia e cofinanciado pela Viridia – Conservation in Action e pela MAVA – Foundation pour la Nature.
Fonte: Palombar