Miranda do Douro: Exposição “Terra Fria, Alma Quente” mostra a beleza do planalto mirandês

Foi inaugurada a 14 de março, em Miranda do Douro, a exposição fotográfica “Terra Fria, Alma Quente”, uma coleção de fotografias de Cláudia Costa, que retratam o dia-a-dia nas localidades rurais do planalto mirandês, onde a natureza, os animais e as pessoas que a habitam são a sua maior beleza.

A inauguração da exposição fotográfica, na Casa da Cultura Mirandesa, contou com a presença da presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, que referindo-se à mostra fotográfica disse que aí está a essência da região.

“Ao contemplar as fotografias da Cláudia Costa vemos as paisagens, os animais, as nossas gentes e as suas tradições, que afinal são os principais elementos identitários da nossa terra. Com esta exposição, a Cláudia, a par do dom artístico e fotográfico, revela uma grande atenção à nossa realidade”, disse.

Helena Barril mostrou-se convencida de que o público que visitar a exposição “Terra Fria, Alma Quente”, certamente vai apreciar, ainda mais, os encantos da ruralidade, na Terra de Miranda.

Sobre a exposição, a artista, Cláudia Costa, informou que através das fotografias quis dar a conhecer o nordeste transmontano e de um modo especial, o planalto mirandês.

“Nestas fotografias procuro mostrar a região ao longo das várias estações do ano: o inverno, a primavera, o verão e o outono. E para quem vê as fotografias de inverno, por exemplo, certamente consegue imaginar o frio que se sente nesta região”, disse.

Referindo-se ao título da exposição “Terra Fria, Alma Quente”, a autora, acrescentou que nas fotografias pretende também destacar o acolhimento, a docilidade e a generosidade das pessoas (e dos animais, como o burro de Miranda!).

“Para contrabalançar com o frio do inverno, quis sublinhar o calor da alma das pessoas”, disse.

Cláudia Costa é natural de Lisboa e em janeiro de 2011 decidiu mudar-se para o planalto mirandês, onde trabalha, desde então, na Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino (AEPGA).

“Tenho uma grande afeição pelo burro de Miranda e em 2011 decidi vir fazer voluntariado na AEPGA. Esta experiência tornou-se depois num trabalho a tempo inteiro, o que me permitiu ir descobrindo paisagens maravilhosas, pessoas incríveis e conhecer de perto a cultura local e as antigas tradições”, disse.

Questionada sobre o problema do despovoamento, Cláudia Costa, partilhou da preocupação geral da população e expressou votos de que haja mais oportunidades profissionais para atrair e fixar mais jovens nesta região.

A exposição “Terra Fria, Alma Quente” vai estar patente ao público de 14 de março a 11 de maio de 2023, na Casa da Cultura Mirandesa, em Miranda do Douro.

HA

Deixe um comentário