Miranda do Douro: “Ser do interior exige mais trabalho e colaboração entre todos” – Ana Abrunhosa

Na sexta-feira, dia 20 de janeiro, aquando da abertura oficial do XXIV Festival dos Sabo(e)res Mirandeses, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa e a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, elogiaram o trabalho dos produtores e artesãos locais, como um exemplo de dinamismo económico.

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, participou na abertura do XXIV Festival dos Sabo(e)res Mirandeses.

No seu discurso, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, começou por elogiar os produtores e artesãos presentes no certame, os quais descreveu como “gente trabalhadora e resiliente”.

A autarca aproveitou a presença da ministra da Coesão Territorial, para alertar o governo para as assimetrias que continuam a ser causa de desigualdade entre o interior e o litoral. Entre as várias reivindicações, Helena Barril, apelou à governante apoio para desbloquear a construção do novo Lar de Idosos de Santa Catarina, em Miranda do Douro.

A presidente do município referiu-se ainda ao Plano Ferroviário Nacional, que a passar pela região, poderá ser uma obra estruturante para o desenvolvimento regional e local.

“Se realmente querem futuro para as regiões do interior há que definir um plano de salvação, tal como foi feito para as regiões dos Açores e da Madeira”, disse.

Helena Barril alertou também a ministra para a atual luta do povo de Miranda pela justiça fiscal, na cobrança dos impostos decorrentes da venda da concessão das barragens no rio Douro.

Sobre a língua local, a autarca de Miranda do Douro solicitou apoio ao governo para criar o Instituto da Língua Mirandesa.

Por sua vez, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, agradeceu o convite para estar presente no XXIV Festival de Sabores Mirandeses, “um evento que promove a identidade do território”, sublinhou.

Tal como Helena Barril já havia feito antes, a ministra destacou o exemplo dos produtores e artesãos locais, que com o seu trabalho contribuem para o dinamismo económico da região.

“Ser do interior exige mais trabalho e mais colaboração entre todos: cidadãos, associações, empresas e instituições”, disse.

A governante deu como exemplo o Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM), que para além de motivar a população para o exercício ativo da cidadania, elaborou também um plano estratégico para o desenvolvimento do território.

“Estamos a iniciar um novo quadro comunitário e em Miranda do Douro sei da urgência em melhorar as infraestruturas e as comunicações móveis e digitais”, indicou.

A governante incentivou ainda os mirandeses a aproveitarem os fundos comunitários para elaborar projetos de cooperação transfronteiriça.

Após os discursos inaugurais, seguiu-se uma visita ao XXIV Festival dos Sabores Mirandeses, onde participaram 60 expositores, com produtos e artigos caraterísticos de Miranda do Douro, como são o fumeiro, a doçaria tradicional, os artigos em burel, a cutelaria, os artigos em madeira, entre outros produtos.

HA

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