Sociedade: Mais de 88 por cento das famílias têm ligação à Internet em casa – INE

Mais de 88 por cento das famílias portuguesas têm ligação à Internet em casa, sendo que 84,6% possuem uma ligação de banda larga, segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Realizado entre junho e agosto de 2022, o inquérito à utilização de tecnologias da informação e da comunicação pelos agregados familiares registou aumentos face a 2021. A conexão à internet aumentou de 0,9 pontos percentuais. E a ligação por banda larga cresceu 0,5%.

Em relação à média dos 27 estados-membros da União Europeia na ligação por banda larga, que foi de 90% em 2021 (estatística mais recente disponível), Portugal permanece aquém do valor comunitário, apesar da diminuição da distância, que era de 10 pontos percentuais em 2019 e de 7,3 em 2020.

O acesso à Internet e com ligação por banda larga é, de acordo com os dados registados pelo INE, mais elevado nas famílias com crianças até aos 15 anos, atingindo 99,2% e 97%, respetivamente. Essa conectividade é também registada nos agregados familiares com maiores rendimentos.

Quanto à utilização do telemóvel para aceder à Internet, 81,8% das pessoas entre os 16 e os 74 anos disseram usar telemóvel/smartphone para essa finalidade.

A proporção de pessoas nessa faixa etária que usou a Internet nos três meses anteriores ao inquérito foi de 84,5% em Portugal, embora na União Europeia fosse já de 89% em 2021.

O inquérito revelou também que mais de três quartos dos utilizadores de Internet mantiveram equipamentos tecnológicos obsoletos em casa (76,3%), sendo que apenas 26,1% dos utilizadores procuraram descartar-se do equipamento para reciclagem de lixo eletrónico.

As preocupações ambientais já se notaram também na procura de equipamentos novos, já que 58,6% dos utilizadores tiveram em conta pelo menos uma característica com impacto ambiental.

A característica mais citada foi a eficiência energética do equipamento (48%), seguida da conceção do produto com preocupações ambientais (29,1%).

No entanto, o preço (84,9%) e as características do equipamento (78,5%) continuam a ser os fatores mais ponderados na aquisição de um novo equipamento pelos utilizadores inquiridos.

A principal utilização da Internet é ao nível da comunicação e do acesso à informação nas pessoas entre os 16 e os 74 anos – seja para trocar mensagens instantâneas online, envio de emails, uso de redes sociais ou pesquisa de informação -, superando a procura da Internet para ouvir música (69,5%) ou usar serviços bancários (68%).

Os dados recolhidos evidenciaram ainda um aumento de 11,4 pontos percentuais para atividades relacionadas com a saúde entre os utilizadores de Internet (acesso a registos pessoais, marcação de consultas, obtenção de receitas, etc.) face ao último ano em que esta informação foi recolhida (2020). Em sentido inverso, a pesquisa de informação sobre saúde baixou em 2022 para 58,5%, depois de atingir os 62,6% em 2020.

Em 2022, 68,7% das pessoas dos 16 aos 74 anos utilizaram a internet nos 12 meses anteriores à entrevista para a interação com organismos públicos, sendo mais frequente entre os homens (70,2%) do que nas mulheres (67,4%).

Por último, a utilização da Internet para fazer encomendas – que foi um dos aspetos mais potenciados pela pandemia de covid-19 – abrandou este ano, com 42,7% das pessoas entre os 16 e os 74 anos a efetuarem encomendas pela internet no trimestre anterior, mais 2,3 pontos percentuais do que em 2021 (40,4%), mas abaixo do crescimento registado nos anos mais impactados pela pandemia (7 pontos percentuais em 2020 e 5,2 em 2021).

As estimativas apresentadas pelo INE foram recolhidas de uma amostra de 6.594 agregados domésticos com pelo menos uma pessoa com idade dos 16 aos 74 anos e igual número de pessoas nesse intervalo etário.

Fonte: Lusa

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