Sociedade: Portugueses e espanhóis estudam sociedades mais velhas
O Conselho Económico e Social português e o homólogo espanhol juntaram-se para estudar as sociedades cada vez mais velhas e perceber como atuar perante a perspectiva dos dois países se tornarem dos mais longevos do mundo.
O compromisso foi assumido num Acordo-Quadro de colaboração para três anos, que integra também o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e Fundação Geral da Universidade de Salamanca, contando com um orçamento global de 3,6 milhões de euros.
O projeto “Novas Sociedades Longevas”, coordenado pelo Centro Internacional sobre o Envelhecimento, reuniu-se hoje, pela primeira vez, na sede do Conselho Económico e Social, em Lisboa.
O objetivo, explicam as quatro entidades em comunicado, é “contribuir para a procura das respostas mais adequadas à necessidade de compreender as repercussões económicas e sociais desta mudança sociodemográfica”.
De acordo com o Instituto de Métricas e Avaliação da Saúde da Universidade de Washington, citado no comunicado, os dois países ibéricos poderão integrar, em 2040, os cinco mais longevos do mundo, com uma esperança média de vida acima dos 84,5 anos.
Entendendo a longevidade sobretudo como uma fonte de oportunidades, a colaboração entre os conselhos Económico e Social ibéricos pretende “compreender, conhecer e atuar nas sociedades longevas”.
Para isso, foi constituído um comité de organização, que integra representantes das quatro entidades, e será também criado um grupo de trabalho que ficará responsável por apresentar um projeto no âmbito do Programa de Cooperação Transfronteiriça Interreg Espanha-Portugal, 2021-2027.
“O projeto procurará respostas para alguns dos desafios existentes, tais como o elevado desemprego, a falta de competitividade económica e a fragilidade do sistema investigação e desenvolvimento”, acrescenta o comunicado.
Pretende-se, nesse sentido, a melhoria da excelência da investigação e inovação, bem como a criação de redes de conhecimento e cooperação entre instituições de investigação e as empresas.
Fonte: Lusa