Sendim: Sendineses querem voltar a dançar no Grupo Etnográfico
Com o objetivo de dar nova vida ao grupo Renascer Grupo Etnográfico de Sendim, realizou-se na tarde de Domingo, dia 15 de maio, uma reunião no pavilhão multiusos, para averiguar a disponibilidade e o interesse dos sendineses em participar e dinamizar este histórico grupo cultural.
Segundo Sandra Nobre, o encontro “Preservar o Passado para seguir o Futuro”, realizado no pavilhão multiusos, em Sendim, permitiu trocar ideias e escutar várias opiniões da população sendinesa, sobre a possibilidade de reativar o rancho folclórico local e por conseguinte o Centro Cultural.
O Centro Cultural de Sendim é uma das mais antigas associações da vila, tendo sido constituída a 5 de dezembro de 1980.
Segundo Sandra Nobre, esta associação cultural e recreativa chegou a ter cerca de 200 associados e integrava grupos como o Renascer Grupo Etnográfico de Sendim e os Pauliteros locais. Posteriormente, o grupo de pauliteiros viriam a criar uma associação própria.
Com o passar dos anos e devido à dificuldade em fixar os jovens na vila, o Centro Cultural de Sendim e os seus grupos sofreram um acentuado declínio nas atividades.
Aqui chegados e para inverter esta tendência, um grupo de sendineses liderado por Sandra Nobre, pretende agora realizar eleições para os órgãos sociais desta associação local.
No encontro “Preservar o Passado para seguir o Futuro” , realizado no passado Domingo, dia 15 de agosto, participaram personalidade ilustres da vila de Sendim, como os professores José Mourinho, António Carção e José Campos e o investigador Mário Correia.
De acordo com o antigo presidente do Centro Cultural de Sendim, José Mourinho, esta coletividade dinamizou, ao longo dos anos, o rancho folclórico local e realizou também outras atividades, com destaque para as representações teatrais, no Natal e na Páscoa.
Para reanimar esta histórica associação cultural e recreativa, José Mourinho recomendou que, em primeiro lugar, se deve realizar a eleição dos novos órgãos sociais.
“Após a eleição da nova direção e dado o interesse em reativar o rancho etnográfico, sugiro que o grupo seja misto, ou seja, que integre adultos, jovens e crianças. E posteriormente, quando houver uma maior adesão, então sim, podem formar-se grupos por faixas etárias”, sugeriu.
O professor António Carção mostrou-se otimista quanto à possibilidade de dar nova vida ao rancho etnográfico de Sendim e afirmou que “quando os pais virem as crianças e jovens a dançar, facilmente vão aderir ao desafio”, indicou.
Por sua vez, José Campos chamou a atenção para o número reduzido de crianças e jovens que vivem atualmente, em Sendim, e para enfrentar este problema sugeriu que haja uma maior cooperação entre as várias associações existentes na vila.
Na sua intervenção, o investigador Mário Correia, sugeriu que as atividades do Centro Cultural de Sendim não devem limitar-se apenas à reativação do rancho folclórico e etnográfico.
“Há outras atividades que podem gerar a participação da comunidade, como a tradição da Encomendação das Almas, as vindimas, a matança do porco, a corrida da rosca, etc”, apontou.
Paula André, vice-presidente da União de Freguesias de Sendim e Atenor, também ela uma entusiasta com a ideia de reanimar o grupo Renascer Grupo Etnográfico de Sendim, informou da disponibilidade e interesse da autarquia em sensibilizar a população para uma maior participação cívica e cultural.
HA