Epifania do Senhor (Solenidade)

Procurar a Deus

Is 60, 1-6 / Slm 71 (72), 2.7-8.10-13 / Ef 3, 2-3a.5-6 / Mt 2, 1-12

A solenidade deste dia recorda-nos os Magos do Oriente que vêm adorar Jesus no Presépio. Eles representam sábios de todas as nações que procuram o verdadeiro Deus, o verdadeiro conhecimento, a alegria completa. E, conforme a profecia que conheciam, encontram-na em Belém, num menino, entre palhas.

Com este episódio, o Evangelho recorda-nos que Jesus vem para todos, não somente para Israel, o povo escolhido. A Epifania do Senhor deve levar-nos a questionar a qualidade da nossa evangelização. Nós, que fomos ao Presépio adorar o Menino, partimos, como os pastores, a anunciar ao mundo o que vimos? Como poderão os «Magos» dos nossos dias, os não crentes, conhecer Jesus se não existirem profetas que o anunciem?

Não basta dizer que a Igreja está aberta a todos: é necessária a ousadia de anunciar junto daqueles com quem nos cruzamos. Primeiro que tudo, com gestos e palavras bondosas, de quem é amado por um Pai e está comprometido com a missão de compaixão do Filho, cuidando e consolando os que andam tristes e partilhando as suas alegrias.

Em segundo lugar, sendo capaz de explicar que a humanidade se perde muitas vezes do caminho do amor e que fomos criados para muito mais do que resignarmo-nos com os nossos limites.

Deus convocou, em primeiro lugar, os Profetas, que nos alertaram quanto aos nossos desvarios. Ao ver que não escutávamos, o Pai enviou o Filho para nos mostrar a verdadeira felicidade, com gestos e palavras. Rejeitado pela maldade do mundo, Jesus destruiu o pecado e a morte oferecendo a sua vida, mostrando-nos que só a oblação amorosa derrota o mal. E porque isto é demasiado para a nossa frágil natureza, enviou-nos o Espírito Santo, para que, através da sua graça, possamos ser como Jesus.

Não tenhamos medo de partilhar a nossa fé com outros. Apontemos o caminho para o Deus-Menino, começando pela conversão das nossas próprias vidas, falando com o Pai todos os dias e instituindo práticas de oração em família, nas nossas casas, pois é vivendo a fé, e não falando muito dela, que esta se transmite. E procuremos os «Magos» dos nossos tempos, aqueles que procuram sem encontrar, caminhando com eles, ao seu ritmo, ao encontro do nosso Deus.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

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