Paradela: Festa de São Sebastião com cantar do Ramo e leilão do fumeiro

A aldeia mais oriental de Portugal, Paradela, no concelho de Miranda do Douro, está a celebrar a festa em honra do mártir, São Sebastião, uma festividade que se iniciou a 9 de janeiro e culmina neste sábado, dia 18, com missa solene, o cantar do ramo e o leilão do fumeiro.

Em Paradela, a festa dedicada a São Sebastião, começou a 9 de janeiro, com a tradicional novena, uma oração diária que se recita durante nove dias consecutivos.

No dia 11 de janeiro, a mocidade da localidade assumiu a responsabilidade da recolha da lenha, para fazer a fogueira, na noite de 17 de janeiro.

Uma das marcas distintivas da festa em honra de São Sebastião, em Paradela, é a confeção de doces tradicionais, que vão ornamentar o ramo dedicado ao santo, uma tarefa realizada pelas mulheres da localidade.

A 16 de janeiro, a comunidade de Paradela, organizou o acolhimento aos (e)migrantes que regressam à terra natal, para participar na festa em honra de São Sebastião.

Esta sexta-feira, dia 17 de janeiro, conclui-se a oração da novena, acende-se a fogueira e começa a animação musical com os concertos de Ls Surriagos, Manaita e o DJ.

No sábado, o dia grande da festa começa com a alvorada dos gaiteiros, às 10h00 celebra-se a missa em honra de São Sebastião e no final da celebração religiosa canta-se o ramo e leiloa-se o fumeiro. A festa prossegue durante a tarde e ao serão há baile animado pelo grupo Midnes, sorteiam-se as rifas e a festividade termina ao som da música do DJ.

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São Sebastião

A festa em honra de São Sebastião, que veio a tornar-se soldado de Jesus Cristo, celebra-se a 20 de janeiro, data do seu martírio: 20 de janeiro do ano 300.

Para os católicos, a vida de São Sebastião é um exemplo de como a fé ajuda a ultrapassar os obstáculos da vida. Para este santo, o amor de Deus é mais forte que tudo.

Descendente de uma família nobre, terá nascido em Narbona, sul de França, em meados do século III. Segundo a maioria dos estudiosos, os seus pais eram de Milão, onde cresceu até se mudar para Roma.

Em nome da religião enveredou por uma carreira militar, para desse modo defender os cristãos que sofriam uma terrível perseguição. As suas qualidades são amplamente elogiadas: figura imponente, prudência, bondade, bravura, era estimado pela nobreza e respeitado por todos.

De Milão, o jovem soldado deslocou-se para Roma, onde a perseguição era mais intensa e feroz, para testemunhar a fé e defender os cristãos.

O imperador Diocleciano, reconhecendo nele a valentia e desconhecendo a sua religião, nomeou-o capitão general da Guarda Pretoriana. Animava os condenados para que se mantivessem firmes e fiéis a Jesus Cristo.

Primeiro cai nas graças do imperador, mas a defesa da fé cristã e a intercessão pelos cristãos perseguidos desencadeiam a sua morte. Cada mártir tornava-se um alento e um desafio para Sebastião. Foi denunciado por Fabiano, então Governador Romano. Diocleciano acusou-o de ingratidão. Foi cravado por flechas e chicoteado até à morte. Faleceu a 20 de janeiro do ano 300. Logo após o seu martírio começou a ser venerado como santo.

A iconografia deste santo é inconfundível: São Sebastião é representado com o corpo pejado com várias setas e preso a um tronco de árvore.

Fonte: Diocese de Lamego

São Sebastião testemunhou a fé, com coragem e alegria e como jovem soldado, cristão, mostrou que santidade é possível em qualquer trabalho, em qualquer vocação, em qualquer compromisso humano.

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