Palaçoulo: Incêndio destruiu o telhado da hospedaria do Mosteiro Trapista

No sábado, dia 27 de janeiro, ocorreu um incêndio na casa de acolhimento do Mosteiro Trapista de Santa Maria, a Mãe da Igreja, em Palaçoulo, que provocou a destruição da estrutura do telhado, uma reparação que vai implicar custos avultados.

O incêndio deflagrou na manhã de sábado, dia 27 de janeiro.

“O incêndio, que ainda estamos a investigar, terá começado na lareira e propagou-se à estrutura do telhado. Ardeu parte de toda a estrutura, com danos em alguns quartos”, indicou o adjunto do comando dos Bombeiros Voluntários de Sendim, José André.

Segundo este responsável, o combate ao incêndio, que foi declarado extinto às 10:30, “foi muito demorado, porque há muitas camadas de madeira e esferovite” na construção, o que obrigou os bombeiros a “fazerem a remoção de tudo para conseguir extinguir o incêndio”.

“Não há desalojados, mas os prejuízos são avultados, dadas as camadas de proteção e o isolamento térmico que tem” o edifício, especificou o adjunto do comando que também disse não haver vítimas nem feridos.

Segundo o Comando Sub-regional de Terras de Trás-os-Montes da proteção civil, o alerta foi dado pelas 6:31 de sábado, dia 27 de janeiro e no local estiveram 31 operacionais apoiados por oito veículos dos Bombeiros Voluntários de Sendim, Mogadouro e Miranda do Douro.

No local da ocorrência, em Palaçoulo, concelho de Miranda do Douro, distrito de Bragança, estiveram também elementos da GNR e da proteção civil municipal de Miranda do Douro.

A Casa de Acolhimento do Mosteiro Trapista de Santa Maria, a Mãe da Igreja foi inaugurada no final do ano de 2020. Atualmente, este edifício é a residência das 10 monjas italianas, que aí rezam e trabalham até à conclusão do edifício do mosteiro.

Recorde-se que o Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja pertence à Ordem Cisterciense da Estrita Observância e foi fundado, em 2019, pelo Mosteiro de Vittorchiano; é o primeiro mosteiro trapista em Portugal e vai ter a capacidade para acolher 40 monjas.


Neste momento está construída a Casa de Acolhimento ao Peregrino, cujo telhado foi hoje atingido por um incêndio, onde 10 monjas italianas rezam e trabalham temporariamente.

A Ordem Cisterciense da Estrita Observância, também conhecida como Trapista devido à sua origem estar na região francesa de La Trappe, é uma ordem religiosa católica contemplativa composta por mosteiros de monges e mosteiros de monjas.

Em comunicado, a Diocese de Bragança-Miranda afirma que recebeu “com tristeza” a notícia do incêndio, referindo que “não há perdas humanas a registar, nem feridos, apenas danos materiais avultados”.

“Graças à rápida intervenção das corporações de bombeiros, o incêndio foi controlado e está extinto”, acrescenta o comunicado.

Secretariado das Comunicações Sociais da Diocese de Bragança-Miranda Diocese de Bragança-Miranda refere também que o bispo diocesano, D. Nuno Almeida, “deslocou-se ao Mosteiro, manifestou proximidade e comunhão a toda a comunidade, e inteirou-se dos prejuízos”.

“As monjas trapistas vivem da oração e do fruto do seu trabalho, não tendo meios suficientes para fazer face aos prejuízos decorrentes deste infortúnio. Assim sendo, nesta caminhada quaresmal que se aproxima, apela-se à generosidade das famílias, das comunidades, das empresas e instituições, para que juntos possamos ajudar a reerguer a Casa de Acolhimento”, acrescenta o comunicado.

No comunicado, a Diocese de Bragança-Miranda divulga a número da conta bancária do mosteiro para aqueles que queiram contribuir com donativos: PT50 0045 2260 4029 1080 1063 2 e informa que continuam à venda em vários pontos do país, as compotas e doces confeccionados pelas monjas trapistas.

Fontes: Lusa e Ecclesia

Vídeo e foto: Luís Santiago e António Cangueiro

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