Legislativas: Quase 300 mil emigrantes votaram por carta
Quase 300 mil eleitores portugueses residentes no estrangeiro votaram por carta para as eleições legislativas de 10 de março, segundo dados recolhidos pela Administração Eleitoral, que começa esta segunda-feira, dia 18 de março, a contar os votos dos emigrantes.
De acordo com um relatório oficial, até 15 de março tinham sido recebidas 299.322 cartas com votos de eleitores residentes no estrangeiro, representando 19,42% dos 1.541.464 eleitores dos dois círculos no estrangeiro – Europa e Fora da Europa – que optaram por votar via postal.
Esta votação é superior em quase cinco pontos percentuais aos 14,49% de votos recebidos no mesmo período nas eleições legislativas de janeiro de 2022.
A maioria dos votos recebidos são provenientes da Europa (230.731, ou 77%), seguida da América (57.345, 19%), da Ásia e Oceânia (9.396, 3%) e de África (1.850, 1%).
Mais de 1,5 milhões de cartas com os boletins de voto foram enviadas para 189 destinos a partir de 4 de fevereiro e os votos começaram a chegar a Portugal em 20 de fevereiro.
No total, 5.283 estavam inscritos para votar presencialmente.
Segundo a Administração Eleitoral, até sexta-feira foram devolvidas 106.950 cartas (6,94% do total enviado), enquanto em 2022 tinham sido devolvidas 142.408 (9,37%) no mesmo período.
A Europa domina, com 101.016 cartas devolvidas (95%). Destinatário “desconhecido” é a principal causa da devolução (59,45%), seguida de “não reclamado” (17,21%).
Esta votação poderá influenciar o resultado final do ato eleitoral, uma vez que a coligação Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM) elegeu 79 deputados e o PS 77 na votação de domingo passado.
Só depois de conhecidos os resultados totais, e de ouvir os partidos com representação parlamentar, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, indigitará o novo primeiro-ministro.
A Aliança Democrática obteve uma vitória tangencial, com 29,5%, nas eleições legislativas nacionais de domingo.
Depois do PS, o Chega foi a terceira força mais votada, com 48 parlamentares, seguindo-se a Iniciativa Liberal (oito mandatos), o BE (cinco), o Livre e a CDU (quatro cada) e o PAN (um).
Fonte: Lusa