Domingo de Ramos na Paixão do Senhor
Fazer o bem sem olhar a quem
Is 50, 4-7 / Slm 21 (22), 8-9.17-18a.19-20.23-24 / Filip 2, 6-11 / Mc 14, 1 – 15, 47 ou 15, 1-39
Como é fugaz a fama! O Domingo de Ramos permite-nos recordar, ano após ano, que os aplausos de pouco servem no caminho do bem. No início desta semana, Jesus é recebido como Messias, numa apoteose que contagia toda a cidade, para, passados poucos dias, ser humilhado, torturado e crucificado, a pedido dessa mesma multidão.
E, contudo, não vemos qualquer ressentimento da parte de Jesus. Não o vemos a gritar ou a apelidar de traidores aqueles que mudaram de opinião. Jesus é um homem encontrado, que assumiu o custo das suas opções de vida. Ele não se deixou iludir pelas luzes da fama ou pelas palavras de outros, vendo toda a sua vida como a travessia da terra rumo a algo maior, algo que foi semeando com cada cura, cada palavra, cada gesto e cada olhar: o reino de Deus.