Sir 3, 3-7.14-17a / Slm 127 (128), 1-5 / Col 3, 12-21 / Lc 2, 41-52
Dentro da Oitava de Natal, celebramos neste Domingo, a Festa da Sagrada Família.
Maria e José são dois pais comuns que têm a responsabilidade de educar Jesus a crescer em «sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens», como lemos no Evangelho de São Lucas. É por eles que Jesus amadurece a sua vocação messiânica, aprofunda os costumes da época, aprende o ofício de carpinteiro, habitua-se a ler e a conhecer as Sagradas Escrituras. Esta é também a tarefa das nossas famílias cristãs, numa época em que esta instituição é pouco reconhecida.
A vida de Jesus, Maria e José não foi fácil. Família pobre e perseguida, que experimentou o exílio, fala de muitas famílias dos dias de hoje. Ao nosso lado pode haver uma família assim, a precisar do nosso apoio e do nosso testemunho. Se a Sagrada Família de Nazaré se deixou guiar pela confiança em Deus, temos de ajudar outras famílias.
Assentes em Deus, temos ainda de ser elementos construtivos e pacificadores nas nossas famílias, como nos recomenda São Paulo na Epístola aos Colossenses, revestidos de sentimentos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão e de paciência. «Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença» – como recorda o consentimento do rito do Sacramento do Matrimónio –, devemos aprender a viver na concórdia e na paz, à imagem do Amor de Deus.
Provavelmente, ao ler as Sagradas Escrituras, Jesus rezou a passagem do Livro de Ben-Sirá que nos é proposta neste dia, cuja mensagem se mantém muito atual. São os valores que devem existir no seio das famílias cristãs: respeito mútuo, perdão, amparo daqueles que chegam à velhice. Nestas recomendações se sintetizam as qualidades da caridade cristã, que devem ser testemunhadas pela Igreja no seio das famílias e das comunidades cristãs.
Vimioso: “O lobo e a raposa, um conto tradicional”
Em plena época de Natal, a Biblioteca Municipal Dr. Norberto Lopes, em Vimioso, acolhe na tarde desta sexta-feira, dia 27 de dezembro, a iniciativa “Conta-me um conto… Num serão de Natal”, da autoria de Rui Branco Silva.
A sessão cultural tem início às 15h00, destina-se a pais e filhos e o autor vai narrar o conto “O lobo e a raposa, um conto tradicional”.
De acordo com a vice-presidente do município de Vimioso, Carina Lopes, esta é uma iniciativa que visa promover o gosto dos miúdos e graúdos, pela leitura e pela frequência da biblioteca municipal.
“A nossa estratégia é organizar atividades em determinadas épocas do ano, como são as férias do Natal, de modo a oferecer às crianças e jovens a oportunidade de desenvolverem o interesse e o gosto pela leitura”, justificou.
Esta iniciativa cultural resulta do trabalho desenvolvido pela Rede Intermunicipal das Bibliotecas das Terras de Trás-os-Montes (RIBTTM), que integra as Bibliotecas Municipais de Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor e Vimioso.
A RIBTTM nasceu de um acordo de cooperação celebrado entre a CIM das Terras de Trás-os-Montes e a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB).
“Esta rede permite-nos partilhar conhecimentos e atividades entre as várias bibliotecas. Com esta cooperação, podemos otimizar recursos e promover a literacia das populações, na valorização do território”, explicou.
A RIBT-TTM tem como objetivos consolidar os públicos existentes nas bibliotecas municipais e atrair novos utilizadores, promovendo a requalificação de serviços bibliotecários e o trabalho em rede como estratégia para ampliar o impacto das bibliotecas públicas.
Meteorologia: Interior norte com nevoeiro persistente e gelado – IPMA
Os distritos de Bragança, Viseu, Guarda e Vila Real estão sob alerta laranja devido ao nevoeiro, que poderá ser gelado persistente, avisou o IPMA.
De acordo com o comunicado do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), estes quatro distritos estão já sob aviso amarelo devido a nevoeiro com “persistência superior a 48 horas, em especial em zonas de vale”, que é válido até ao final de sexta-feira.
A partir das 00:00 de sábado e até às 12:00 de domingo, o alerta passa a laranja para estes distritos, devido a “nevoeiro, que poderá ser gelado, com persistência superior a 72 horas, em especial em zonas de vale”.
O IPMA emitiu ainda um alerta amarelo para o distrito de Faro devido a agitação marítima na costa sul, com possibilidade de “ondas de sueste com 2 a 2,5 metros, em especial no barlavento”. O aviso para Faro está em vigor e é válido até às 06:00 de sábado.
O aviso laranja é emitido pelo IPMA sempre que existe situação meteorológica de risco moderado a elevado.
Já o aviso amarelo, o menos grave de uma escala de três, é emitido sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.
Miranda do Douro: Mural dedicado à Fogueira do Galo
No dia 24 de dezembro, a Freguesia de Miranda do Douro inaugurou um mural dedicado à emblemática “Festa dos Carros da Fogueira do Galo”, uma antiga tradição que põe em destaque o espírito comunitário da juventude mirandesa, na celebração do Natal.
De acordo com o presidente de Freguesia de Miranda do Douro, Francisco Parreira, o mural é uma homenagem ao trabalho e à união de todos os mirandeses que mantêm viva esta tradição cultural.
“Este projeto artístico simboliza a força das nossas raízes e o calor das nossas tradições. Com este mural pretende-se assinalar o compromisso da Junta de Freguesia de Miranda do Douro em preservar e valorizar o património cultural da cidade, perpetuando memórias e inspirando as futuras gerações”, justificou.
Recorde-se que as fogueiras do Natal são um dos elementos mais comuns e caraterísticos da festa do Natal, em várias localidades de norte a sul do país.
Na cidade de Miranda do Douro, esta tradição é muito apreciada pelos jovens, que na manhã de 24 de dezembro, dia de Consoada, vão para o monte cortar lenha. A madeira é depois carregada e transportada nos antigos carros de bois, que são puxados pelos próprios jovens até ao largo da concatedral de Miranda do Douro. E é aí que à noite é acesa a fogueira do Galo ou de Natal.
Nesta jornada de trabalho comunitário, um dos momentos de maior entusiasmo é a passagem dos carros de bois carregados de lenha e puxados pelos rapazes, pelas ruas da cidade de Miranda do Douro. Trata-se de uma façanha que desperta a admiração da população local e a curiosidade dos turistas.
Miranda do Douro: Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Douro (SCMMD) elegeu novos órgãos sociais
Luís Manuel Ramos Tomé é o novo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Douro (SCMMD), na sequência do ato eleitoral que decorreu na assembleia geral ordinária, realizada no dia 20 de dezembro, nas instalações do Arquivo Municipal, em Miranda do Douro.
Na eleição dos novos órgãos sociais da Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Douro (SCMMD) concorreram duas listas, sendo que na votação participaram 250 irmãos com condições de voto, tendo sido registados 158 votos a favor da lista A, 86 votos na lista B, havendo ainda 3 votos em branco e 3 nulos.
Para o quadriénio 2024-2028, os novos órgãos sociais da SCMMD iniciam funções no dia 20 de janeiro de 2025, sendo que a Mesa Administrativa vai ser agora liderada pelo provedor Luís Manuel Ramos Tomé, coadjuvado por Albino dos Santos Pires Afonso e Teresa Maria Gil Batista Cordeiro.
Já a Mesa da Assembleia Geral tem como presidente Manuel Rodrigo Martins, vice-presidente António Jorge Jacoto Lourenço e secretário Arménio Silvestre Rodrigues Gomes.
O Conselho Fiscal da instituição é entregue a Carlos Alberto Raposo Fernandes, Ernesto Garcia Luís e a Nuno Manuel Martins.
A Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Douro (SCMMD) é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) que presta va´rias respostas sociais na cidade de Miranda do Douro, a saber: a Unidade de Cuidados Continuados Integrados, o Lar de Nosso Senhor da Misericórdia, o Serviço de Apoio Domiciliário e o Centro Infantil Menino Jesus da Cartolinha. Nas localidades de Duas Igrejas e em Palaçoulo, a SCMMD tutela o Lar de Nossa Senhora do Monte e o Lar de São Miguel, respetivamente.
Segundo o Arquivo Distrital de Bragança. a fundação da Misericórdia de Miranda do Douro deve-se à iniciativa da rainha D. Leonor (1458-1525), esposa do rei D. João II. Esta obra de assistência social baseia a sua existência nas 14 Obras de Misericórdia.
Miranda do Douro: “Geada” no fim-de-semana de 28 e 29 de dezembro
A cidade de Miranda do Douro volta a ser o palco do festival de música e tradição “Geada”, agendado para o fim de semana de 28 e 29 de dezembro, numa edição em que o maior destaque são as relações de proximidade e culturais com a província espanhola de Castela e Leão.
“Este ano decidimos apostar na relações com a vizinha Espanha, principalmente, com a província vizinha de Castela e Leão”, disse à agência Lusa Nuno Coelho, da organização do festival, especificando que vai haver “uma banda e músicos de rua espanhóis, no cartaz”, para assim haver “maior aproximação entre os dois território ibéricos”.
No sábado, dia 28 de dezembro, vão atuar as bandas Uxu Kalhus e Zíngaros.
No domingo, dia 29, o palco fica reservado para os mirandeses Trasga e os espanhóis Eskorzo. Haverá ainda tempo para músicos ibéricos de rua e para a animação diurna que vão espalhar pelas ruas da cidade de Miranda do Douro.
Segundo Nuno Coelho, o Festival Geada está inserido nas celebrações do solstício de inverno, sendo uma manifestação cultural e social de grande relevância para Miranda do Douro e para a região transmontana.
Organizado pela Associação Recreativa da Juventude Mirandesa (ARJM), o festival vai já para a 14.ª edição e visa continuar a oferecer um conjunto diversificado de atividades que promovem a cultura, a língua mirandesa e as tradições locais, reforçando simultaneamente o desenvolvimento sustentável da região e a coesão social.
“Neste sentido, a edição de 2024 ambiciona não só manter a tradição, mas também elevar o festival a um novo patamar de inovação cultural e impacto socioeconómico, alinhando-se com as estratégias de desenvolvimento local e regional defendidas por entidades como a Câmara Municipal, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte [CCDR-N], entidades cuja associação procura trabalhar e ativamente criar parcerias e sinergias estratégicas”, indicou.
O Festival Geada, aposta ainda numa integração e criação de parcerias com associações e instituições locais, e com o grupo das Pauliteiras de Miranda do Douro, trazendo “uma nova dimensão à ARJM e, consequentemente, ao próprio festival, reforçando o compromisso de promover a cultura mirandesa de forma inclusiva e inovadora”.
“É de destacar a clara aposta na realização de múltiplas atividades centradas na dança, na cultura e na língua mirandesa que, indubitavelmente, irão enriquecer ainda mais a programação cultural do festival”, disse Nuno Coelho, ao mesmo tempo que sublinhou “a importância destes vetores como parte integrante da identidade da associação, da tradição local e da importância da promoção deste património imaterial para a região e para as suas pessoas”.
Para a ARJM, é importante que o Festival Geada se afirme como agente de coesão, ao envolver toda a comunidade e os visitantes numa “experiência imersiva”, com espaços de participação ativa para todas as faixas sociais e etárias.
De acordo com a organização, o festival gera um impacto económico positivo ao atrair visitantes e fomentar o comércio local, a restauração e a hotelaria e promove a sustentabilidade através da adoção de práticas ecológicas, como a promoção de produtos locais, a utilização de transportes públicos e o controlo da ‘pegada ambiental’ em termos de resíduos.
O Geada, que vai cumprir a 14.ª edição, tem como lema, em mirandês, “Bamos derretir l caraimbelo!” (“Vamos derreter o gelo”, em português), com o objetivo de se afirmar uma referência dos festivais de inverno no Norte de Portugal e no território raiano do interior.
Fiscalidade: Caducidade do Imposto de selo pela venda das barragens
O Movimento Cultural de Terra de Miranda (MCTM) alertou que no final deste mês de dezembro, vai caducar o direito do Estado de exigir 110 milhões de euros do Imposto do Selo, pela venda da concessão das seis barragens transmontanas, por parte da EDP à francesa Engie.
“Caduca no final de dezembro, o direito de o Estado exigir à EDP o pagamento dos 110 milhões de euros do Imposto do Selo devidos pelo negócio das barragens. Este Governo é o culpado desta enorme perda para a Terra de Miranda e para o país. Foi alertado para a ilegalidade do comportamento da AT [Autoridade Tributária], que se recusou a exigir o imposto, mas nada fez” indica o movimento cívico.
O Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM) considera ainda que a caducidade deste imposto é “uma traição” à Terra de Miranda, que abrange os concelhos de Mogadouro, Miranda do Douro e Vimioso.
“Nunca nos esqueceremos dos responsáveis por esta traição às nossas gentes e ao nosso território”, salienta o MCTM.
Os membros do movimento transmontano fazem ainda referência às notícias desta semana sobre liquidação do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) das barragens.
“Esta liquidação foi feita com manha e de má vontade. Além disso, foi convenientemente fragilizada por uma estranha declaração do primeiro-ministro [Luis Montenegro] afirmando que a lei em que se sustenta é duvidosa, por outra do ministro das Finanças [Joaquim Miranda Sarmento] afirmando que essa lei necessita de ser alterada e pela manutenção em vigor de instruções ilegais da própria AT, que contrariam as avaliações que estão na base destas liquidações”, lê-se na nota.
Segundo o MCTM, a sdeclarações do primeiro-ministro, do ministro das Finanças e a não revogação das instruções da AT, que o anterior secretário de Estado Nuno Félix declarou ilegais, “farão as delícias dos advogados das concessionárias para arrasarem essas liquidações nos tribunais”.
“E assim se dão argumentos que as concessionárias usarão para nada pagarem, apesar de a lei ser muito clara para todos. O comportamento deste Governo, bem como do anterior, também no que respeita ao IMI, é ilegal, ilegítimo e ofensivo do interesse público”, defnde a organização.
A 20 de dezembro, os autarcas transmontanos reuniram-se com a secretária de Estado dos Assuntos Fiscais garantindo que receberam indicações por parte da governante de que foram emitidas notas de liquidação de IMI relacionadas à transação das barragens.
Nesta reunião marcaram presença os presidentes das câmaras de Carrazeda de Ansiães e Torre de Moncorvo e o vereador do município de Miranda do Douro, com tutela da Obras Públicas.
A vertente fiscal das barragens começou a ser discutida há quatro anos, na sequência da venda pela EDP de seis barragens em Trás-os-Montes (Miranda do Douro, Picote, Bemposta, Baixo Sabor, Feiticeiro e Tua), por 2,2 mil milhões de euros, a um consórcio liderado pela Engie.
Política: Primeiro-ministro promete valorizar os salários e rigor nas contas públicas
O primeiro-ministro defendeu que 2024 foi “um ano de viragem e de mudança” e assegurou que a “nova política de baixar os impostos e valorizar os salários e as pensões” está a ser realizada “com rigor e equilíbrio orçamental”.
Na sua primeira mensagem de Natal enquanto primeiro-ministro, Luís Montenegro inclui nas prioridades para o futuro a promoção de uma “imigração regulada” e o combate à criminalidade – sem ligar os dois temas -, a par do reforço dos serviços de saúde, educação, transportes e da execução do “maior investimento em habitação pública desde os anos 90”.
O primeiro-ministro considerou que o governo PSD/CDS-PP que lidera desde 2 de abril “trouxe novas prioridades e novas opções”, numa mensagem gravada na residência oficial, em São Bento e transmitida pela RTP.
“Não viemos para olhar ou criticar o passado. Viemos para cuidar do presente e construir o futuro”, afirmou.
Montenegro passou em revista várias decisões do executivo, como a valorização salarial geral e de várias carreiras, medidas específicas para jovens e idosos e deixou uma garantia sobre as contas públicas.
“Esta nova política de baixar os impostos e valorizar os salários e as pensões é realizada com rigor e equilíbrio orçamental. E é um elemento de política económica e social”, referiu.
O primeiro-ministro assegurou que Portugal “é um referencial de estabilidade e um país de oportunidades” num “mundo em convulsão” e “numa Europa apreensiva com a estagnação da Alemanha e o défice e o endividamento da França”.
Na parte mais virada para o futuro, Montenegro afirmou que o Governo pretende “continuar a reforçar os serviços de saúde e a garantir uma escola pública de qualidade, desde a creche até à universidade, sem esquecer o ensino profissional e tecnológico”.
Melhorar os transportes públicos e executar “o maior investimento em habitação pública” desde os anos 90 são outras das promessas, numa mensagem em que também se refere às políticas de imigração e de segurança.
“Vamos promover uma imigração regulada para acolher com dignidade e humanismo aqueles que escolherem viver e trabalhar no nosso país”, referiu Montenegro.
Mais à frente, o primeiro-ministro prometeu o combate à “criminalidade económica, o tráfico de droga e a criminalidade violenta”.
“Somos um dos países mais seguros do mundo, mas temos de salvaguardar esse ativo para não o perdermos”, reiterou.
O chefe do Governo defendeu que “Portugal tem tudo para vencer e criar mais riqueza”, determinante para conseguir “juntar os pais e os avós com os filhos e netos de Portugal em Portugal” e para “continuar a salvar o Estado Social, cumprindo a essência da democracia e da justiça, que é a igualdade de oportunidades”.
Na mensagem em que começou por desejar festas felizes a todos os portugueses, o primeiro-ministro deixou “uma palavra especial” aos que estão sozinhos e desprotegidos, às vítimas de violência – “em particular as muitas mulheres e crianças que vivem ou viveram o terror desumano do ataque à sua dignidade” -, aos doentes, desempregados, presos e aos que vivem em situação de pobreza.
“Saúdo também os que estão a trabalhar nos hospitais, nas forças de segurança, nas instituições sociais, nos bombeiros, na comunicação social e em todas as demais atividades que permitem o bem-estar de todos nestes dias”, disse, reiterando o reconhecimento aos soldados que se encontram ausentes do país e integram as Forças Nacionais Destacadas em missões de paz e segurança.
Montenegro terminou a mensagem recordando várias efemérides que se assinalaram em 2024, como os 500 anos do nascimento de Luís de Camões e da morte de Vasco da Gama, os 50 anos do 25 de Abril e os 90 e 100 anos de nascimento de Francisco Sá Carneiro e Mário Soares, “dois artífices da democracia”.
“O Governo acredita na capacidade de superação de todos vós, no vosso espírito de solidariedade e tolerância. Trabalhamos juntos para não deixar ninguém para trás”, concluiu.
Palaçoulo: Matilde e Columba são as novas Monjas Trapistas
A comunidade trapista do Mosteiro de Santa Maria, Mãe da Igreja, em Palaçoulo, têm duas novas monjas trapistas, as jovens portuguesas Matilde e Columba, que descobriram na vocação religiosa um compromisso, o sentido de pertença e um outro nível de felicidade.
As novas monjas trapistas, Matilde e Columba receberam o hábito, nos dia 24 e 30 de novembro, respetivamente, aquando da solenidade de Cristo Rei e da festa do apóstolo Santo André.
Matilde Santos é natural de Lisboa e conheceu a comunidade das Monjas Trapistas de Palaçoulo, em 2022, numa visita com amigos, ao mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja. Questionada sobre o que gostou na vida religiosa, a jovem portuguesa disse que a atraiu a vida regrada da ordem e a paixão das monjas por Cristo.
Durante os dois anos de postulantado, a jovem Matilde, teve a oportunidade de conhecer o modo de vida das monjas trapistas.
“O postulantado é como num namoro, é um tempo para conhecer a comunidade, antes de assumir um maior compromisso. Ao longo destes dois anos de postulantado tive a oportunidade de conhecer e experimentar os trabalhos e a experiência espiritual das irmãs. No fundo, é um tempo de discernimento para apurar se se quer enveredar por esta vida”, disse.
A seu lado, a irmã Columba, também natural de Lisboa, disse que desde os tempos dos estudos universitários, sempre teve interesse pela vida monástica e o carisma cisterciense. Columba teve uma primeira experiência religiosa num mosteiro beneditino localizado na região da Baviera, na Alemanha.
“Em 2023, a minha abadessa da Alemanha deu-me a oportunidade de fazer uma experiência de três meses, em Portugal, junto da comunidade de monjas trapistas do novo mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, em Palaçoulo. A adaptação correu bem e hoje estou muito feliz por fazer parte desta comunidade de monjas trapistas. Aqui, sinto-me verdadeiramente em casa!”, disse.
Sobre o dia-a-dia no mosteiro, as monjas trapistas portuguesas disseram apreciar sobretudo a participação diária na Missa e a vida pautada pela oração comunitária. A monjas portuguesas destacaram ainda a relação fraterna com outras irmãs e a dedicação ao trabalho, meios que permitem aprofundar o conhecimento de Deus, seguindo os ensinamentos de São Bento.
Sobre o significado da tomada de hábito, Matilde e Columba responderam que o hábto significa compromisso e pertença a Deus.
“O dia da tomada de hábito de monja trapista foi vivido com muita gratidão. Ao receber o hábito tornei-me mais livre, isto é, agora sei a quem pertenço, a Deus. E qual é a minha vocação, a minha missão neste mundo”, disseram.
Questionadas como descobriram a vocação religiosa, ambas as jovens afirmaram que a vocação é uma graça dada por Deus.
“Para descobrir a vocação, ajuda muito procurar o acompanhamento de um(a) diretor(a) espiritual, como um sacerdote, uma madre ou uma irmã mais experiente, pois isso ajuda-nos a ser mais objetivos e entender a vontade de Deus, que é afinal o que nos faz mais felizes e a decidir bem”, explicaram.
Com a decisão de serem monjas trapistas, Matilde e Columba descobriram um outro nível de felicidade, até então desconhecido!
No Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, em Palaçoulo, a solenidade do Natal, foi celebrada na noite de 24 de dezembro, com uma vigília de oração, que antecedeu a Missa do Natal do Senhor, durante a qual foi sublinhado o papel dos pastores que foram anunciar com alegria o nascimento do Deus Menino.
No mosteiro de Palaçoulo, a vigília de Natal iniciou-se às 22h30, com cânticos de salmos e leituras da Sagrada Escritura, alusivas ao Nascimento de Jesus.
A vigília decorreu até à meia-noite, hora em que se deu início à celebração da Missa do Natal do Senhor. A eucaristia foi presidida pelo padre António Pires, que na homília ensinou que “o Natal, para ser um acontecimento permanente e contínuo na nossa vida, há que fazer como os pastores e subir a Belém”.
“O Nascimento de Jesus veio mudar o mundo! Jesus é o conselheiro Admirável e o Príncipe da Paz! À semelhança dos pastores, não tenhamos medo de conhecer Jesus!”, exortou.
A celebração da Missa de Natal foi presidida pelo padre António Pires.
Referindo-se ao mundo de hoje, o sacerdote afirmou que ainda há muitas pessoas indiferentes, tristes, desanimadas e desorientadas e que esperam pelo anúncio alegre do Evangelho.
“Jesus é o caminho, a verdade e vida! Que neste novo ano jubilar da Esperança, sejamos os pastores que acompanham os outros até ao Deus, que se fez Menino, para nos salvar!”, encorajou.
Na manhã de 25 de dezembro, celebrou-se às 9h00, no Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, a Missa do dia, do Natal do Senhor.