Finanças: MCTM exorta novo Governo a liquidar os impostos das barragens

Finanças: MCTM exorta novo Governo a liquidar os impostos das barragens

O Movimento Cultural da Terra Miranda (MCTM) exortou o novo Governo a liquidar os impostos devidos pelo negócio das barragens, alertando para o perigo de caducidade do IMI de 2020 e de 100 milhões de euros de Imposto de Selo.

Numa carta aberta dirigida ao Governo liderado por Luís Montenegro, o Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM) exorta “o novo Governo da República para que liquide e cobre imediatamente todos os impostos devidos pelo negócio das barragens, bem como o IMI [Imposto Municipal sobre Imóveis] das respetivas construções, como a lei determina”.

“Advertimos o Governo que está em grave risco a caducidade, não só do IMI de 2020, mas também dos mais de 110 milhões de euros do Imposto do Selo e do IMT do negócio das barragens, cujo prazo geral de caducidade termina no final deste ano. O comportamento da administração pública no negócio das barragens e na recusa de liquidação do IMI e dos restantes impostos é uma vergonha e um atentado ao Estado de Direito, que pensávamos impossível depois do 25 de Abril”, escreve o MCTM.

Este movimento lembra “que, passados mais de três anos sobre esse negócio, pode parecer estranho este pedido, mas a verdade é que nenhum desses impostos foi ainda sequer apurado, apesar de todos serem devidos, como sempre disse”.

O movimento garante que cabe ao Governo garantir essa liquidação, como órgão de cúpula do poder executivo, acrescentando tratar-se de uma obrigação legal e não de uma faculdade.

Por outro lado, este movimento solicita igualmente ao Governo que promova uma auditoria rigorosa e independente a todo o desempenho da administração pública nesta matéria, incluindo a Agência Portuguesa do Ambiente, a Parpública, a Direção-Geral do Tesouro e Finanças e a Autoridade Tributária.

Em 20 de novembro, o MCTM garantia que o direito à liquidação de IMI sobre o negócio da venda das seis barragens transmontanas referente a 2019 caducaria, perdendo-se 22 anos de receitas deste imposto.

O movimento recordava ainda que passaram 18 já anos desde que um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) estabeleceu, com caráter vinculativo, que as barragens devem pagar IMI.

O movimento explicava que a AT só pode liquidar o IMI relativamente aos quatro anos anteriores, pelo que a partir de 31 de dezembro já não o poderá fazer relativamente ao ano 2019.

Segundo o MCTM, a impossibilidade de liquidação do imposto até ao final do ano de 2023 advém de as avaliações das barragens ainda não terem sido efetuadas e que essas têm ainda de ser notificadas às concessionárias e aos municípios, sendo que será ainda necessário esperar 30 dias para que as entidades notificadas possam apresentar reclamação.

Para o MCTM, quando uma empresa está consciente de que tem um imposto a pagar e põe em ação uma estratégia destinada a furtar-se a esse pagamento, pratica um crime de fraude fiscal e quando essa empresa envolve nessa estratégia algum funcionário da administração fiscal, esse crime é de fraude fiscal agravada.

O movimento já havia acusado no início de novembro os dirigentes da AT e da Agência Portuguesa do Ambiente de pretenderem beneficiar a EDP na venda de barragens e em meados de outubro já tinha pedido a demissão da diretora-geral da AT, Helena Borges.

Garante ainda que não se calará “até que todos os impostos sejam pagos, tanto o IMI como o Imposto do Selo, o IMT e todos os demais que incidem sobre o negócio das barragens, que a AT tem negligenciado há mais de três anos”.

A vertente fiscal das barragens saltou para a agenda mediática na sequência da venda pela EDP de seis barragens em Trás-os-Montes (Miranda do Douro, Picote, Bemposta, Baixo Sabor, Feiticeiro e Tua), por 2,2 mil milhões de euros, a um consórcio liderado pela Engie.

Fonte: Lusa

Europeias: 17 partidos e coligações concorrem às eleições

Europeias: 17 partidos e coligações concorrem às eleições

Um total de 17 partidos e coligações concorrem às eleições para o Parlamento Europeu de 9 de junho, o mesmo número que em 2019, havendo no entanto quatro forças partidárias reconhecidas pelo Tribunal Constitucional que não irão a votos.

De acordo com as listas afixadas no Tribunal Constitucional (TC), concorrem às eleições europeias, de 9 de junho: a Aliança Democrática (coligação composta pelo PSD, CDS e PPM), PS, Chega, Iniciativa Liberal, Bloco de Esquerda, CDU (coligação PCP/PEV), Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP.

No total, são duas coligações (AD e CDU) e 15 partidos. Dos 24 partidos reconhecidos pelo Tribunal Constitucional, só quatro não vão a votos: Aliança, PCTP/MRPP, Juntos Pelo Povo (JPP) e (A)TUA (antigo PRPP).

No que se refere à candidatura do MAS, o Tribunal Constitucional emitiu um acórdão em que se lê que foram apresentadas duas listas em nome do partido.

Nesse acórdão, o TC sublinha que a apresentação de candidaturas “cabe aos órgãos competentes dos partidos políticos” e refere que só aceitou a lista submetida pelo mandatário João Carlos de Gouveia Pascoal, sem especificar o nome de quem apresentou a outra lista.

A lista da AD é encabeçada pelo antigo jornalista e comentador televisivo Sebastião Bugalho, seguido do vice-presidente do PSD Paulo Cunha, enquanto a do PS é liderada pela ex-ministra da Saúde Marta Temido e tem como número dois o ex-líder parlamentar socialista Francisco Assis.

O Chega aposta no diplomata Tânger Correia como número um, enquanto a Iniciativa Liberal escolheu o seu antigo presidente João Cotrim Figueiredo como cabeça de lista. Também o Bloco de Esquerda apostou num ex-líder para encabeçar a sua candidatura às europeias, apresentando Catarina Martins.

A CDU (coligação integrada pelo PCP e pelo PEV), apostou no antigo líder parlamentar João Oliveira como cabeça de lista e o Livre no investigador Francisco Paupério, que concorrerá pela primeira vez a eleições. Já o número um do PAN às europeias é o dirigente do partido Pedro Fidalgo Marques.

Terminado o prazo de apresentação de candidaturas, o Tribunal Constitucional (TC) realiza a 30 de abril, o sorteio das listas, para lhes atribuir uma ordem no boletim de voto.

Às últimas eleições europeias, em 2019, tinham concorrido 17 partidos e coligações, o maior número de sempre neste tipo de sufrágio, equivalente ao deste ano. O PS tinha ganho as eleições, com 33,38%, elegendo nove eurodeputados. O PSD ficou em segundo, obtendo seis mandatos, seguido do BE e CDU, ambos com dois eurodeputados, e do CDS e PAN, que elegeram os dois um representante.

Fonte: Lusa

Constantim: “Nossa Senhora é Luz porque trouxe Jesus ao mundo” – Padre Manuel Marques

Constantim: “Nossa Senhora é Luz porque trouxe Jesus ao mundo” – Padre Manuel Marques

No Domingo, dia 28 de abril, a ermida de Nossa Senhora da Luz, em Constantim, voltou a ser o local de encontro de milhares de portugueses e espanhóis, que celebraram juntos a missa campal e depois visitaram a feira franca instalada na fronteira luso-espanhola.

A celebração religiosa iniciou-se às 14h00, de Domingo, com a procissão das imagens de Nossa Senhora da Luz e de São Marcos, seguida da missa campal, presidida pelo padre Manuel Marques e concelebrada pelo pároco de Moveros (Espanha), o padre Pablo Cisneros.

Dirigindo-se aos milhares de portugueses e espanhóis presentes no recinto da capela da Luz, o padre Manuel Marques alertou para a importância de concretizar a fé em obras.

“Cada um de nós tem a responsabilidade de fazer o bem e assim contribuir para uma sociedade mais justa. E se fizermos bem as pequenas coisas do dia-a-dia, como saúdar as outras pessoas, já estamos a construir uma sociedade melhor”, disse.

Inspirado pelo Evangelho do V Domingo da Páscoa, segundo o qual Jesus se define como a videira e os discípulos são os ramos, o sacerdote português explicou que para dar frutos (de bondade, generosidade, honestidade, justiça, alegria, paz, paciência, etc.) é imprescindível permanecer em Deus.

“Para permanecer em Deus há que dedicar tempo à oração, ao silêncio, à escuta, à leitura e meditação da Palavra de Deus. Pois é esta Palavra, são estes ensinamentos que vão formar a nossa consciência, para depois agirmos com retidão”, explicou.

O padre Manuel Marques sublinhou ainda a importância fundamental da participação na vida sacramental, com destaque para a Eucaristia e a Reconciliação.

“Viver a fé em comunidade é uma graça! E esta vida comunitária não exige que pensemos todos da mesma maneira. Pelo contrário, a Igreja deve valorizar a riqueza que é a diferença de carismas e a diversidade de pessoas.”, destacou.

No decorrer da homília, o sacerdote português alertou para o engano do individualismo e da autosuficiência na vivência da fé e indicou que o caminho da felicidade é o serviço aos outros.

“Nós somos uns para os outros! Esta é a razão da nossa vida! Ninguém vive para si próprio. Vivemos sim para nos ajudarmos uns aos outros.”, disse.

No final da sua intervenção, o pároco de Constantim, deu o exemplo de Nossa Senhora, que não viveu para si, mas abriu-se à vontade de Deus e aceitou ser mãe de Jesus, a “Luz” que veio iluminar o mundo.

“Peçamos, insistentemente, a intercessão de Nossa Senhora da Luz, para que as nossa famílias cristãs, infelizmente tantas vezes divididas e de costas voltadas, aprendam a arte do encontro, do diálogo e da construção da paz”, concluiu.

A missa campal em honra de Nossa Senhora da Luz terminou com a procissão, acompanhada pela música da Banda Filarmónica Mirandesa.

Durante a tarde de Domingo, os milhares de portugueses e espanhóis que vieram até ermida da Luz aproveitaram para realizar algumas compras na feira internacional, onde os produtos mais procurados este ano foram as cebolas para plantar na horta, utensílios agrícolas e o bacalhau.

Ao final da tarde realizou-se a procissão de regresso à igreja matriz de Constantim, com imagem de Nossa Senhora da Luz.

O serão na aldeia encerrou com o concerto do grupo Midnes e o arraial de fogo de artifício.

HA

Agricultura: Colheita de cereja com redução de 40%

Agricultura: Colheita de cereja com redução de 40%

A Cooperativa agrícola de Alfândega da Fé avançou com uma previsão de redução de cerca de 40% na colheita de cereja, devido ao frio e à chuva nos primeiros meses do ano.

“Prevemos uma quebra de produção de cereja neste território da Terra Quente Transmontana, que poderá variar entre os 30 a 40% da produção. Estas quebras estão a ser verificadas nas variedades temporãs e que começam a ser colhidas em meados de maio”, indicou o presidente desta estrutura agrícola, Luís Jerónimo.

De acordo com o dirigente agrícola, as quebras foram verificadas durante a floração das árvores em que o “vingamento” ficou condicionado devido ao frio e às chuvas registadas no primeiro trimestre deste ano.

“Devidos às condições climatéricas adversas, a flor acabou por ficar na própria árvore, não dando lugar ao fruto”, vincou.

Luís Jerónimo acrescentou ainda que, na produção de cereja de meia estação e de final de estação, também haverá quebras, mas ainda não podem ser quantificadas.

“Para já, é um pouco cedo para quantificar estas quebras na produção de cereja nas variedades mais tardias no território de Alfândega da Fé, para que possam ser quantificadas”, disse o dirigente.

As quebras podem chegar a várias toneladas de cereja, numa altura em que a produção deveria chegar às 30 toneladas.

Com estes condicionalismos, a previsão de colheita será de 15 a 20 toneladas na produção de cereja no espaço da cooperativa, indicou Luís Jerónimo.

O dirigente da Cooperativa de Alfândega da Fé aponta para impactos no rendimento da cooperativa, justificando que os gastos são os mesmos e a produção é bem menor.

“Os gastos são os mesmos ao nível de aplicação de produtos fitossanitários, que são mais caros, porque a nossa produção faz-se em modo biológico e não vamos ter o devido retorno financeiro para poder superar os custos de produção”, rematou.

A Cooperativa Agrícola de Alfândega da Fé tem uma área de produção de 30 hectares de cerejal, em modo biológico.

As alterações climáticas preocupam, também, os produtores de cereja da Terra Quente Transmontana, em particular no concelho de Alfândega da Fé, onde está concentrada a maior quantidade de pomares deste fruto, no distrito de Bragança.

Fonte: Lusa

Ensino: D. Nuno Almeida exortou os finalistas a exercer a liberdade com responsabilidade

Ensino: D. Nuno Almeida exortou os finalistas a exercer a liberdade com responsabilidade

O bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida presidiu à Missa de Bênção dos Finalistas, do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), desafiando os jovens a associar ao “exercício da liberdade um grande sentido de responsabilidade”.

“Queridos jovens, vós sois a geração que pode juntar ao exercício da liberdade um grande sentido de responsabilidade. Tendes as ferramentas científicas e tecnológicas mais avançadas, mas, é preciso evitar a armadilha das visões parciais”, afirmou D. Nuno Almeida na homilia.

O bispo convidou os estudantes a não esquecer de que todos precisam “de uma ‘ecologia integral’”, “de ouvir o sofrimento do planeta ao lado do sofrimento dos pobres”; “de colocar o drama da desertificação ao lado do drama dos refugiados, a questão da migração ao lado da diminuição da natalidade”; “de tratar a dimensão material da vida dentro de uma dimensão espiritual”.

“[Tudo isto] não para criar polarizações, mas para criar visões globais”, defendeu.

A reflexão do bispo partiu de uma frase da poetisa Sophia Mello Breyner Andresen que referiu que “gostaria de ver justiça social, a redução das diferenças entre ricos e pobres”, em resposta à pergunta “O que gostaria de ver realizado em Portugal neste novo século?”, numa entrevista.

“Remeto esta questão para vós. Caros finalistas, que mudanças, que transformações? E como é que podemos contribuir para isso?”, questionou.

“Celebrámos os 50 anos do 25 de abril. Seja qual for a leitura política ou histórica que façamos da Revolução dos Cravos, há um consenso alargado quanto a um dos seus mais belos frutos: a conquista da liberdade: de pensamento, de debate, de confronto, de opinião, de expressão, de religião”, assinalou D. Nuno Almeida.

Na celebração, em que estiveram presentes centenas de estudantes e respetivas famílias, o bispo de Bragança-Miranda sublinhou ainda as palavras do Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, quando disse aos jovens para arriscarem e serem “protagonistas de uma ‘nova coreografia’ que coloca a pessoa humana no centro”.

O bispo congratulou ainda os jovens pela finalização desta etapa, ressaltando que “o diploma, conquistado e merecido, não pode ser visto apenas como uma licença para construir o bem-estar pessoal, mas como um mandato” para se dedicarem “a uma sociedade mais justa, mais fraterna, ou seja, mais desenvolvida, mais humana!”.

“Caros finalistas do IPB de vários lugares da lusofonia e do mundo, vós recolheis a chama das mãos dos mais velhos (vossos pais e família, professores e comunidade académica e social de Bragança) e vivereis na globalização, «na hora das mais gigantescas transformações» desta profunda mudança de época. Sede protagonistas de uma nova humanidade! Nunca esqueçais o encontro com Jesus Cristo, bênção e Luz que ilumina o vosso futuro!”, concluiu.

A celebração contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Bragança, Paulo Xavier, de representantes do IPB, e de outras entidades do concelho.

Fonte: Ecclesia

Ensino: Proibir telemóveis nas escolas não é solução – especialistas

Ensino: Proibir telemóveis nas escolas não é solução – especialistas

A proibição dos telemóveis nas escolas sem ouvir os alunos é criticada por alguns especialistas, que defendem que os jovens podem ajudar a encontrar as melhores soluções para os manter ligados tanto à escola como à internet.

A propósito da Semana do Bem-Estar Digital, que decorre de 28 de abril a 4 de maio, o especialista em uso de tecnologias de informação por crianças e jovens e fundador do projeto MiudosSegurosNa.Net, Tito de Morais, considerou que o melhor é sempre ouvir os jovens primeiro, antes de qualquer decisão, até para os responsabilizar e levar a cumprir a decisão.

Também Cristiane Miranda, que tem mais de 20 anos de experiência nesta área e é mentora do projeto Teen On Top – Coaching para Jovens, defende: “achamos que [proibir] não é melhor solução”.

“Não é a melhor solução dizer que o Estado tem de vir regulamentar e proibir pura e simplesmente o uso do telemóvel nas escolas”, afirmou a especialista, acrescentando: “quando vamos às escolas e falamos com os alunos, eles têm muito para dizer e têm soluções”.

E explica: “Cada escola é soberana para decidir o que deve fazer, mas ouvindo todos os intervenientes, desde os professores, pessoal docente, pessoal não docente e os próprios alunos e ver quais são as melhores soluções”.

A especialista contou ainda uma das conversas com um dos jovens de uma escola que o projeto visitou. “Perguntámos se devia ser proibido e o jovem respondeu: ‘depende do tempo. Quando está sol, podemos estar lá fora, correr, jogar à bola e fazer outras coisas, mas quando chove temos de ficar dentro do pavilhão e não podemos falar, temos de ficar aqui sentados e ninguém nos deixa fazer nada e aí temos de usar os telemóveis’”.

nsiste que, quando os jovens são envolvidos na solução, “aceitam-na melhor e aderem para cumpri-la”.

Além disso, afirma, “se apenas proibirmos também não os ensinamos a usar bem estas tecnologias”.

Este tema vai ser alvo de discussão na conferência internacional que decorre nos dias 03 e 04 de maio na Fundação Cupertino de Miranda (Porto), no âmbito da Semana do Bem-Estar Digital (https://www.bemestardigital.pt).

O debate sobre o uso dos telemóveis nas escolas contará com a presença de representantes da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), da Confederação Nacional das Associações de Pais e da autora de Mónica Pereira, autora de uma petição que pede o fim dos telemóveis nos recreios do 5.º e do 6.º ano e que já foi assinada por mais de 22 mil pessoas.

Uma escola de Lourosa, em Santa Maria da Feira, foi a primeira do país a proibir o uso de telemóveis em todo o recinto, há sete anos. Desde então, a limitação já se estendeu a outras, como, por exemplo, a Escola Básica EB 2,3 General Serpa Pinto, em Cinfães, no distrito de Viseu, as escolas básicas do Alto de Algés e de Miraflores, ambas em Oeiras, os agrupamentos de escolas Gil Vicente (Lisboa) e Infanta D. Mafalda (Gondomar), além agrupamentos de escolas de Almeirim (Santarém).

A polémica levantada pelo tema levou o Ministério da Educação a pedir, no ano passado, um parecer ao Conselho de Escolas, que considerou que a solução para responder aos impactos negativos do uso dos telemóveis em contexto escolar não passa por proibir a sua utilização, mas defendeu que devem ser os próprios agrupamentos a decidir.

Apesar dos impactos negativos e das “questões complexas de disciplina, designadamente a captação indevida de imagens ou o cyberbullying” que se levantam com o uso generalizado dos telemóveis, sobretudo a partir do 2.º ciclo, os diretores sublinham que existem, por outro lado, aspetos positivos.

Em sala de aula, afirmam, os ‘smartphones’ podem constituir “recursos ao dispor de alunos e professores para favorecer as aprendizagens” e permitem “potenciar o desenvolvimento de competências essenciais de acordo com o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória”.

Fonte: Lusa

Permanecer e pertencer

V Domingo da Páscoa

Permanecer e pertencer

At 9, 26-31 / Slm 21 (22), 26b-27.28.30-32 / 1 Jo 3, 18-24 / Jo 15, 1-8

Como pode um ramo manter-se vivo? Um ramo de uma árvore, ao ser cortado, decairá e morrerá. É a sua pertença ao corpo que lhe transmite vida e lhe permitirá dar muito fruto.

Através da alegoria da videira, Jesus apresenta-nos no Evangelho de hoje uma imagem bela de quem Ele é, de quem o Pai é e de quem nós somos. E, se escutarmos com atenção, discreta mas inelutavelmente, também a presença do Espírito se intui. O Pai é o agricultor, aquele que prepara a terra, que lança a semente e, desde que é um pequeno rebento, protege, guarda e limpa a vide. Jesus é Ele mesmo a videira, que estende os seus braços pelo campo fora, buscando chegar mais longe, procurando alcançar tudo e todos, crescendo para lá do horizonte. E nós somos os ramos, prolongamento de Cristo, cuidados pelo Pai e que dão fruto porque permanecem ligados à vide.

A tentação maior dos nossos dias é a autossuficiência. Esta é a ilusão de que podemos fazer tudo sozinhos. Mas tal não é verdade. A única forma de dar fruto, como nos aponta Jesus, é permanecer na vide, é não nos separarmos da fonte da vida, é assegurar que a seiva, isto é, o Espírito que percorre o corpo de Cristo, continua a alcançar-nos e que, através de nós, chegará até outros.

Olhemos bem uma criança: ela será tão mais feliz quanto se sentir parte da família, amada, querida e cuidada. Se a deixamos por sua conta, garantindo somente que nada de material lhe fará falta, facilmente veremos que ela irá começar a definhar. É por permanecermos uns com os outros que vivemos verdadeiramente. É por pertencermos uns aos outros que nos salvamos.

O Pai envia o seu Filho e nós fazemos parte do seu corpo, a Igreja. É aqui, na relação comunitária, que os dons são partilhados, que a vida brota, que o fruto nasce. Rejeitemos qualquer individualismo, pois este é estéril e não dará fruto. Só estes «permanecer e pertencer» nos levam a uma relação contínua com o Pai, que nos limpa com o seu perdão, e nos permitem a oração no Espírito, que nos transmite vida. Só ao permanecer e pertencer nos deixamos fazer e nos tornamos corpo de Cristo, algo que se dá através dos sacramentos, principalmente da Eucaristia.

Permanecer e pertencer implica relação com o Pai, oração no Espírito e vida sacramental que nos torna membros do corpo de Cristo. É ao permanecer em Cristo que nos tornamos fecundos no mundo. É daqui que brota todo o fruto. E o fruto da videira é a uva, que, levada ao lagar das obras de misericórdia, nos dará a beber o vinho da ressurreição, da vida nova, o vinho que é a alegria da festa.

A alegoria da videira é símbolo da nossa fé. É uma imagem que nos mostra o essencial da nossa vida: permanecer em Jesus e dar fruto. Que assim sejam as nossas vidas.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Miranda do Douro: Filme “Revolução (Sem) Sangue” recorda os que morreram no 25 de abril

Miranda do Douro: Filme “Revolução (Sem) Sangue” recorda os que morreram no 25 de abril

Esta sexta-feira, dia 26 de abril, o município de Miranda do Douro exibe o filme “Revolução (Sem) Sangue”, uma obra cinematográfica baseada em factos reais, que conta a história de quatro jovens que morreram nos acontecimentos de 25 de Abril de 1974, no âmbito do ataque da PIDE a manifestantes.

A apresentação do filme integra o programa comemorativo do Cinquentenário do 25 de abril, em Miranda do Douro e vai ser exibido às 21h00, no miniauditório.

Segundo o realizador Rui Pedro Sousa, a história desta longa metragem decorre entre 23 e 30 de abril de 1974 e o ponto central é o tiroteio no dia da revolução.

Um golpe de Estado militar derrubou o Governo e a população foi incitada a permanecer em casa. No entanto, a ânsia pela liberdade levou quatro jovens, junto com a multidão, para as ruas.

As pessoas retratadas são Fernando Giesteira, João Arruda, Fernando Reis e José Barneto, que tinham entre 18 e 38 anos e que morreram alvejados pela PIDE/DGS, na Rua António Maria Cardoso, em Lisboa, onde estava a sede da antiga polícia política do Estado Novo.

O filme é protagonizado pelos atores Rafael Paes, Lucas Dutra, Helena Caldeira, Diogo Fernandes e Manuel Nabais, contando ainda com a participação de outros intérpretes.

HA

Meteorologia: Fim-de-semana com chuva

Meteorologia: Fim-de-semana com chuva

De 26 a 28 de abril, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê períodos de chuva para todo o país, que poderão ser de neve acima dos 1.100 metros, devido à diminuição da temperatura.

O aviso amarelo, o menos grave numa escala de três, incide entre as 21:00 de sexta-feira e as 12 horas de sábado, abrangendo os distritos de Braga, Bragança, Castelo Branco, Guarda, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.

O IPMA prevê queda de neve acima dos 1.100 metros, com acumulação que pode ser até cinco centímetros acima de 1.200 metros. Nos distritos de Castelo Branco e Guarda a previsão é de queda de neve acima de 1.200 metros, com acumulação que pode ser até 10 centímetros acima de 1.600 metros.

Os impactos prováveis, segundo o IPMA, prendem-se com perturbações causadas pela queda de neve e possível formação de gelo, levando por exemplo a corte ou condicionamento no trânsito em algumas estradas, danos em estruturas ou árvores, e abastecimentos locais prejudicados.

Segundo as previsões, na sexta-feira as temperaturas mínimas variam entre os seis e os 13 graus celsius, no continente, e as máximas entre os 12 e os 20 graus. As temperaturas mais baixas serão nas regiões norte e interior norte e centro.

No sábado, em termos gerais, haverá uma descida das temperaturas no continente, com Bragança e Guarda a registaram três graus de temperatura mínima.

Fonte: Lusa

Desporto: CD Miranda do Douro junta-se ao projeto “A Hora dos SuperQuinas”

Desporto: CD Miranda do Douro junta-se ao projeto “A Hora dos SuperQuinas”

O Clube Desportivo de Miranda do Douro, bicampeão distrital de futsal, juntou-se ao projeto da Federação Portuguesa de Futebol, a “Hora dos SuperQuinas” e visitou a 22 de abril, a Escola Básica de Miranda do Douro (EB1), uma das 21 escolas do distrito de Bragança que integra o projeto.

Foi uma tarde de muita diversão e atividade física para os mais novos, já que tiveram a oportunidade de praticar futsal, atletismo e giravólei.

O Clube Desportivo de Miranda do Douro (CFMD) fez-se representar por Guilherme Meirinhos guarda-redes do plantel sénior de futsal, Bina Rodrigues, treinadora da equipa de futsal feminino, Nickas, jogador da equipa sénior de futsal e responsável do giravólei, Alírio Sebastião e Rosária Sebastião, ambos da modalidade de atletismo.

A visita de clubes e seleções é uma das muitas atividades do projeto da FPF, que é desenvolvido e promovido nas Atividades de Enriquecimento Curricular do 1.º Ciclo do Ensino Básico.

O objetivo do projeto “Hora dos SuperQuinas”é promover nas crianças, a aquisição de estilos de vida ativos e a melhoria da literacia motora, através da participação em atividades físicas e desportivas, que lhes proporcionem experiências e brincadeiras significativas, positivas, prazerosas e muito divertidas.

Fonte: AFB