Cultura: Universidade do Porto promove a língua e cultura mirandesas

Cultura: Universidade do Porto (UP) promove a língua e cultura mirandesas

O município de Miranda do Douro e a Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) assinaram um protocolo de colaboração, para reforçar a cooperação técnico-científica, entre as duas instituições, na promoção da Língua e Cultura Mirandesa.

O documento foi assinado pela presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Helena Barril e pela diretora da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), Paula Pinto Costa.

“Este acordo estabelecido entre o município de Miranda do Douro e e Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) prevê a realização de cursos, projetos de investigação, ações culturais e outras iniciativas que valorizem e dinamizem o uso da Língua Mirandesa, dentro e fora do território”, indica o comunicado.

Segundo os intervenientes, esta pareceria é um passo importante na preservação e divulgação do património identitário da Terra de Miranda.

Fonte: Lusa | Foto: HA

Ferrovia: Estudo Porto-Bragança-Zamora assinado em 23 de julho

Ferrovia: Estudo Porto-Bragança-Zamora assinado em 23 de julho

O presidente da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM), Pedro Lima, avançou que a 23 de julho, vai ser assinado em Bragança, o protocolo de estudo do corredor ferroviário Porto – Bragança – Zamora (Espanha).

A revelação foi feita aos jornalistas por Pedro Lima, na cidade de Bragança, depois de uma reunião com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-Norte) sobre as prioridades para o desenvolvimento regional.

“A ideia que surgiu na CIM-TTM vai ser anunciada a 23 de julho, com a presença do ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, aqui em Bragança, sobre a alta velocidade que atravessará toda a região Norte. (…) É um passo muito importante e um investimento também bastante grande, orçado em cerca de 1,5 milhões de euros”, considerou Pedro Lima.

Para o também autarca de Vila Flor, este será o passo essencial para uma realidade que trará coesão territorial e que irá desbloquear o Norte de Portugal.

Para Pedro Lima, apesar das delongas no processo até este protocolo, tudo seguiu um “percurso natural”.

“Está a acontecer desta vez. Ou seja, seguiu o seu caminho natural. Demora sempre mais do que aquilo que desejaríamos, mas temos que ver que para um país da dimensão de Portugal um investimento de 5,5 mil milhões de euros é muito significativo (…)”, acrescentou.

O protocolo vai ser assinado com a Infraestruturas de Portugal, que vai fazer o estudo, a CIM-TTM, a CCDR-Norte e representantes espanhóis.

“É o primeiro passo de um caminho longo. Queria lembrar que em Portugal não existe ainda um quilómetro de alta velocidade. Portanto, é muito bom estarmos já neste caminho. Diria que vai ser o desbloqueio real de Portugal para a alta velocidade na Europa. Vai ser mais rápido passar pelo Norte do país do que pela alternativa do Centro”, rematou Pedro Lima.

Ainda não são conhecidos calendários sobre quando este estudo possa estar terminado. A ligação vai ser analisada consoante o trajeto já sugerido pela Associação Vale D’Ouro, que tem trabalhado com a CIM.

A previsão é a de que a viagem do Porto até à capital espanhola (Madrid) possa demorar duas horas e 15 minutos, passando por Bragança e entrando no país vizinho pela zona do Planalto Mirandês.

Contudo, Pedro Lima frisou que “há várias opções em cima da mesa” e que o território está a ser auscultado, o que é visto como um ponto positivo.

No final da cimeira luso-espanhola, que decorreu em outubro, em Faro, Luís Montenegro informou que a ligação ferroviária Porto-Zamora se encontra em estudo “para ser aprofundada nos próximos anos”, entrando assim na lista de investimentos a coordenar com Espanha.

Em 16 de abril, o Conselho de Ministros aprovou o Plano Ferroviário Nacional e determinou à Infraestruturas de Portugal (IP) a avaliação de investimentos ferroviários prioritários, incluindo o estudo de ligações transfronteiriças entre Bragança-Zamora, Aveiro-Salamanca e Faro-Huelva.

Fonte: Lusa

Trás-os-Montes: Projetos em execução no valor de 326 milhões de euros

Trás-os-Montes: Projetos em execução no valor de 326 milhões de euros

O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-Norte), António Cunha, indicou que estão em curso na área da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM), projetos que significam um investimento de 326 milhões de euros.

António Cunha falava aos jornalistas, em Bragança, após uma reunião periódica com a CIM-TTM, que incluiu nove município do distrito – Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais.

Em termos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), disse, “estão em curso projetos no território na ordem dos 187 milhões de euros. No Norte2030, em que incidimos mais, estão em cursos projetos já aprovados na ordem dos 139 milhões de euros”, revelou aos jornalistas após cerca de três horas de reunião.

Deste último leque de projetos, António Cunha enumerou investimentos do Instituto Politécnico de Bragança, da continuação do Museu da Língua em Bragança, e outros de empresas, ligados à indústria, ao turismo ou à agricultura.

Esta reunião entre as entidades tinha como objetivo alinhar prioridades de desenvolvimento regional.

“Se tivermos de identificar quatro grandes questões para um território vasto como este, serão certamente a demografia, a mobilidade, a água para regadio e as comunicações móveis”, enumerou António Cunha, referindo que está já a ser ultimado o concurso público com uma operadora de telecomunicações para mitigar as zonas brancas – sem cobertura de rede móveis – que ainda existem na região.

O responsável disse ser necessário ter “uma atividade económica mais forte, mais pujante”, na região.

“Seja na agricultura ou na valorização dos seus produtos, seja na atividade industrial ou no turismo. Porque a maneira de fixar pessoas é ter níveis salariais mais elevados e que as pessoas se sintam bem aqui, sem sentir necessidade de sair por razões económicas”, definiu António Cunha.

O presidente da CIM-TTM, Pedro Lima, foi ao encontro de António Cunha, apontando como motores da região a agricultura e o turismo, destacando ainda a saúde, a educação, a mobilidade e as comunicações.

“Todos esses parâmetros juntos vão alavancar a nossa sub-região. Não podemos olhar-nos como pequenos ou pobrezinhos. Temos tudo para dar certo”, afirmou Pedro Lima, ao mesmo tempo que pedia também mais autonomia para poder implementar esta estratégia.

Fonte: Lusa

Vilar Seco: Homenagem ao padre Manuel Paulo Lopes na Festa de São Tiago

Vilar Seco: Homenagem ao padre Manuel Paulo Lopes na Festa de São Tiago

A aldeia de Vilar Seco, no concelho de Vimioso, celebra a festa do padroeiro, São Tiago, a 25 de julho, uma festividade que este ano tem como novidades a participação do bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida e a homenagem ao saudoso padre Manuel Paulo Lopes (1930-2001), antigo missionário em Moçambique.

A festa deste ano em Vilar Seco conta com a participação do bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida, que vai presidir às 10h00, na igreja matriz, à Missa Solene em honra do apóstolo, São Tiago.

De acordo com o presidente da Freguesia de Vilar Seco, Manuel Emílio Fonseca João, a celebração religiosa conclui-se com a procissão pelas ruas da aldeia, que este ano inclui a inauguração de um mural dedicado ao saudoso missionário em Moçambique, padre Manuel Paulo Lopes, natural de Vilar Seco.

“Neste ano, em que contamos com a vinda do senhor bispo, Dom Nuno Almeida, decidimos homenagear, com a inauguração de um mural, o saudoso padre Manuel Paulo Lopes. Este homem nasceu em Vilar Seco, no dia 22 de março de 1930 e pela sua humildade e simplicidade ganhou o afeto da população de Vilar Seco. O padre Manuel Paulo estudou nos seminários da Sociedade Missionária da Boa Nova (SMBN), tendo sido ordenado sacerdote em 30 de maio de 1957. Depois partiu para Moçambique, onde foi missionário ao longo de 43 anos”, justificou o presidente da freguesia.

Os murais são da autoria do próprio presidente da freguesia de Vilar Seco, Manuel Emílio Fonseca João, que desde 2024, pintou 13 murais pela aldeia alusivos às pessoas e tradições da localidade.

O autarca de Vilar Seco adiantou também que na festa em honra de São Tiago vão participar várias personalidades da região, como são o presidente da Câmara Municipal de Vimioso, António Santos, a presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Helena Barril, o padre Manuel Marques, antigo pároco de Vilar Seco, entre outras personalidades.

“Foi o senhor padre Manuel Marques, em 1985, na altura pároco de Vilar Seco, quem animou a comunidade a celebrar e guardar o dia 25 de julho, dia do padroeiro, São Tiago. Passados 40 anos é com grande alegria que a população de Vilar Seco, dá graças a Deus, pela ininterrupta celebração desta festa, que se tornou a mais aguardada e querida pelos habitantes locais”, disse.

A 25 de julho, em Vilar Seco, o programa da festa prossegue com um almoço convívio e uma tarde recreativa, com jogos tradicionais e música dos gaiteiros locais. A festividade encerra com um jantar, às 20h00.

A aldeia de Vilar Seco, situada no planalto mirandês é também conhecida pela agropecuária e o fabrico artesanal dos escrinhos, os cestos feito de palha de centeio e casca de silva, tradicionalmente utilizados para guardar ou levedar o pão.

HA

Miranda do Douro: Campos de padel na Terronha

Miranda do Douro: Campos de padel na Terronha

O campo de jogos da Terronha, na cidade de Miranda do Douro, dispõe agora de dois campos de padel, um novo investimento do município que tem por finalidade continuar a diversificar a oferta desportiva e incutir hábitos de vida saudável na população.

O vereador do município de Miranda do Douro, Vitor Bernardo, indicou que a instalação destes dois novos equipamentos, no bairro da Terronha, em Miranda do Douro, custou cerca de 60 mil euros.

“Em Miranda do Douro ainda não existiam campos para a prática do padel, uma modalidade desportiva que está a gerar um crescente interesse por parte do público.”, justificou.

O padel é um desporto de pares, em que se utilizam raquetes e bolas próprias. O campo retangular, com uma rede no meio é totalmente fechado e tem 10 metros de largura por 20 de comprimento.

De acordo com a Federação Portuguesa de Padel, atualmente estima-se que haja em Portugal, cerca de 100 mil praticantes ocasionais e regulares desta modalidade desportiva. A federação indica ainda que há 456 clube filiados e mais de 550 campos em Portugal continental e na ilhas.

Para começar a jogar padel é necessário ter raquetes e bolas adequadas, que podem ser adquiridas numa loja física (ou online), especializada em desporto. Os preços das raquetes oscilam entre os 20 e os 300 Euros. Uma lata de 3 bolas de padel custa cerca de 4 euros.

HA

Fauna: Cágado-de-cabeça-estriada em perigo de extinção

Fauna: Cágado-de-cabeça-estriada em perigo de extinção

O projeto ibérico Water Bridges para a conservação do cágado-de-carapaça-estriada (Emys orbicularis), que se encontra em perigo de extinção, propõe-se monitorizar esta espécie de réptil, durante um período de 18 meses, no planalto mirandês e na região de Madrid (Espanha).

“Este réptil de água doce é um dos mais ameaçados da Europa e está perigosamente ameaçado em Portugal. Agora vamos monitorizar e mapear os habitats desta espécie de cágado através de um projeto ibérico de educação ambiental participativo e inovador centrado na conservação de um dos répteis mais ameaçados da Europa”, disse o biólogo da Associação de Conservação do Ambiente Palombar Pedro Alves.

Segundo este especialista em répteis de água doce, “o cágado-de-carapaça-estriada (Emys orbicularis) é nativo da Península Ibérica e muito vulnerável às alterações climáticas.

“Esta é uma das duas espécies de cágados de água doce que se pode encontrar em Portugal, que estão em declínio, sendo que o cágado-de-carapaça-estriada corre mais perigo de extinção se nada for feito”, indicou Pedro Alves.

Esta iniciativa está a ser levada a cabo pela Associação Palombar, do lado português, numa área que abrange a zona transfronteiriça dos concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro e Vimioso, no distrito de Bragança. Já do lado espanhol, o trabalho está a cargo Grupo de Rehabilitación de la Fauna Autóctona y su Hábitat, de Espanha, e está centrado na zona de Madrid.

“Serão dinamizadas ações formativas, participativas e colaborativas para mitigar os problemas ambientais e ecológicos que afetam a espécie em ambos os lados da fronteira, onde se destacam a destruição e fragmentação de habitats aquáticos, as alterações climáticas, a captura ilegal, a poluição e degradação da qualidade da água, a redução da conectividade entre populações e a presença de espécies exóticas invasoras”, vincou o biólogo português.

Agora, os investigadores ibéricos vão “mapear” as zonas onde nidifica e habita esta espécie na região do Planalto Mirandês (Portugal) e na zona de Madrid (Espanha).

“Este trabalho será executado com sessões de captura dos cágados, para a sua marcação, e perceber de futuro a evolução desta espécie nos seus habitats, para depois perceber se a população desta espécie de répteis está a crescer ou a diminuir ou se está estabilizada”, frisou.

O projeto Water Bridges pretende igualmente implementar atividades e métodos de aprendizagem presenciais e digitais que promovam o conhecimento e a recuperação desta espécie, bem como a caracterização e melhoria dos seus habitats como rios, ribeiras e charcos, e da biodiversidade que albergam.

Paralelamente, serão criados materiais pedagógicos e dinamizadas saídas de campo destinadas à sensibilização de crianças, adolescentes, jovens que não se encontram a trabalhar, a estudar ou em formação e idosos, reforçando a inclusão e o envolvimento comunitário na conservação desta espécie ameaçada.

No âmbito deste projeto, já foram promovidas várias reuniões com especialistas a nível ibérico, bem como com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

“A presença desta espécie de cágado é um indicador da boa qualidade das águas, já que se trata de um réptil necrófago que limpa as margens e os leitos de pequenos animais mortos. As suas crias alimentam-se de larvas de mosquitos, o que acaba por diminuir a presença destes insetos”, explicou.

Segundo Pedro Alves, com o envolvimento de toda a comunidade, este projeto pretende contribuir de forma decisiva para a conservação do cágado-de-carapaça-estriada em Portugal e Espanha.

Este projeto é financiado pelo programa Erasmus+ da União Europeia, cabendo ao lado português cerca de 20 mil euros

Fonte: Lusa | Fotos: Palombar

Espanha: Rede Cultural de Municípios Espirituais Transfronteiriços

Espanha: Rede Cultural de Municípios Espirituais Transfronteiriços

O Triângulo Urbano Ibérico-Raiano (TRIURBIR), que integra as cidades espanholas de Cáceres e Plasencia e as portuguesas de Castelo Branco e Portalegre, vão criar uma Rede Cultural de Municípios Espirituais Transfronteiriços para reforçar a cultura e o turismo.

O TRIURBIR é uma associação fundada em 1997 e tem como principal objetivo promover o desenvolvimento e a dinamização económica dos quatro municípios que atualmente a integram, aproveitando as ajudas e os programas de cooperação transfronteiriça da União Europeia (UE).

O município de Castelo Branco explicou que o projeto, que ronda os três milhões de euros, permitirá sistematizar a gestão do património religioso e espiritual nos territórios fronteiriços e intervir na recuperação deste património.

Além das quatro cidades do TRIURBIR, a Rede Cultural de Municípios Espirituais Transfronteiriços (CULMET) conta também com três dioceses associadas: Cória-Cáceres, Plasencia e Portalegre-Castelo Branco.

Na recente reunião do TIURBIR, as quatro cidades que o integram analisaram este projeto e a sua candidatura a financiamentos europeus.

A CULMET visa reforçar o papel da cultura e do turismo como motores de desenvolvimento económico para fomentar a inclusão social e a inovação.

No âmbito deste projeto, em Castelo Branco, prevê-se criar um centro de acolhimento de peregrinos, e, em Portalegre, será restaurado o espaço cultural Quinta da Saúde.

Em Cáceres, será requalificada a Ermida de São Vito e em Plasencia realizar-se-á a regeneração sustentável do cemitério judaico como recurso turístico.

A associação transfronteiriça, na recente reunião do seu conselho executivo, cuja presidência foi assumida pela cidade espanhola de Cáceres, aprovou ainda um orçamento de 350 mil euros para a realização de atividades conjuntas nas quatro cidades.

Esta verba será utilizada para a realização de atividades conjuntas que têm como objetivo dar maior visibilidade às quatro cidades, através de um plano de ações que abrange diversas áreas, como turismo, desporto, gastronomia, natureza e religião.

Cáceres sucedeu a Plasencia na presidência do TRIURBIR e durante o próximo ano ficou ainda decidido que se vão realizar dois eventos empresariais: um no Outono de 2025, em Castelo Branco, e outro na Primavera de 2026, em Cáceres.

Estes dois eventos têm como objetivo o estreitar de laços e a criação de dinâmicas entre empresários, bem como a expansão de negócios nos dois lados da fronteira.

Neste âmbito, foi também acordado que a associação continuará a reforçar, perante o Governo português, a importância da construção do IC31 em perfil de autoestrada, que irá ligar a Extremadura espanhola a Portugal (Monfortinho), encurtando a distância, melhorando as viagens e aumentando o turismo e as possibilidades de negócios.

Os membros do TRIURBIR assinaram ainda um manifesto de apoio à candidatura de Cáceres a Capital Europeia da Cultura em 2031.

O TRIURBIR foi fundado pelas cidades espanholas de Cáceres e Plasencia e pela cidade portuguesa de Castelo Branco.

Dez anos depois, a cidade de Portalegre solicitou a sua entrada na rede, passando a fazer parte em 2007.

A presidência desta entidade é rotativa, alternada por cada uma das cidades participantes, que se uniram com o objetivo de dinamizar a nível social, cultural e económico esses territórios, através de programas de desenvolvimento transfronteiriço.

Fonte: Lusa | Foto: Flickr

Sendim: Festival Intercéltico regressa às origens com folk e rock galego e escocês

Sendim: Festival Intercéltico regressa às origens com folk e rock galego e escocês

Nos dias 1 e 2 de agosto, o Festival Intercéltico de Sendim regressa às origens, ao ano 2000, com um cartaz de grupos folk e rock, vindos do “Arco Atlântico”, provenientes das Astúrias e Galiza (Espanha) e da Escócia.

O Festival Intercéltico (FIS), acontece na vila Sendim, no concelho de Miranda do Douro e decorre todos os anos, no início de agosto (dias 1 e 2 de agosto).

No dia 1 de agosto, o festival começa com a atuação do grupo juvenil sendinês”Arrebenta a Gaita”. A animação musical prossegue com a Orquestra de Foles e o concerto do grupo galego “Breo”, vindos de Espanha, encerra o primeiro dia do Festival Intercéltico.

Nesta 24ª edição do festival, os cabeças de cartaz são os grupos Ruben Alba (Astúrias) e Astro Bloc (Escócia), cujos concertos estão agendados para a noite de sábado, 2 de agosto.

O diretor do Festival Intercéltico de Sendim, Mário Correia, disse que a escolha das sonoridades do chamado “Arco Atlântico” deve-se à origem do evento musical, que surgiu no ano de 2000.

“Nas últimas edições do festival tivemos uma maior proximidade com o território fronteiriço de Castela e Leão, mas resolvemos recuperar as sonoridades folk atlânticas, devido à possibilidade de ter uma banda escocesa no festival, porque se encontra em digressão na Península Ibérica”, explicou.

Segundo Mário Correia, os festivaleiros mais “roqueiros” vão preferir o Ruben Alba e os apreciadores da folk vão para inclinar-se para as sonoridades dos escoceses Astro Bloc.

Além desta sonoridade, os gaiteiros do Nordeste Transmontano têm igualmente neste festival um momento alto, já que têm espetáculos marcados para os dois palcos do festival.

“O Festival Intercéltico de Sendim, que celebra 25 anos, conta com 24 edições”, apenas interrompidas por dois anos por causa da pandemia, vincou Mário Correia. “E consolidou, em termos de matriz de programação, um modelo dedicado às músicas tradicionais ou de raiz, sobretudo a partir das emblemáticas gaitas de foles do Nordeste Transmontano, em diálogo interativo com os sons do mundo e os estilos ou géneros da modernidade, refletindo deste modo a realidade multicultural e intercultural em que vivemos no mundo de hoje.”

Segundo o responsável pela organização e produção dos FIS, praticamente toda a programação para 2025 tem por base “formações jovens, que já estão a construir a folk de amanhã e de sempre, com enorme dinamismo e criatividade”.

“Num tempo ainda e sempre nada fácil para a cultura, o FIS permanece igual a si próprio, fiel a uma linha de programação que não se orienta por critérios de ‘amiguismo à la carte’ e que não vai em modas e quejandos, mas antes afirma a identidade programática definida no já longínquo ano de 2000, quando em terras de Sendim começámos esta aventura de intervenção musical e cultural”, concluiu Mário Correia.

Música, artesanato, livros e discos, produtos da terra, ‘poções mágicas’ – entre as quais o singular licor celta -, tertúlias e encontros são outros atrativos do festival, que tem lugar na vila de Sendim, região fronteiriça à vizinha Espanha.

O 24º Festival Intercéltico de Sendim é coorganizado pela associação cultural Etnofonias e pelo Centro de Música Tradicional Sons da Terra, sendo apoiado pelo Município de Miranda do Douro, pela União de Freguesias de Sendim e Atenor, pela Fundação Inatel, pela associação José Afonso e o Hotel Restaurante O Encontro.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Portugueses venceram espanhóis no estágio de voleibol

Miranda do Douro: Portugueses venceram espanhóis no estágio de voleibol

De 1 a 4 de julho, o pavilhão multiusos, em Miranda do Douro, foi o local do estágio internacional de voleibol, das equipas de sub-21 de Portugal e de Espanha, uma competição que serviu de preparação para o europeu de 2026 e na qual os portugueses se superiorizaram aos espanhóis, com duas vitória e uma derrota.

Nos três jogos realizados em Miranda do Douro, a seleção portuguesa de sub-21 alcançou duas vitórias e uma derrota, diante da seleção espanhola.

O vice-presidente do município de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues, agradeceu a escolha de Miranda do Douro, para a realização de mais um estágio internacional de voleibol, desta vez na categoria sub-21 masculinos.

“Recebemos com muito agrado a visita e a estadia destas seleções jovens de voleibol. Para além da promoção da modalidade junto dos jovens mirandeses, esta estadia é também um meio de promoção turística de Miranda do Douro, pois os jovens atletas motivam a vinda dos seus familiares e amigos”, disse.

O autarca de Miranda do Douro acrescentou que as seleções sub-21, de Portugal e de Espanha, ficaram hospedadas no Centro de Acolhimento Juvenil do Barrocal do Douro e no Centro de Formação Agrícola, em Malhadas, respetivamente.

O selecionador nacional, João Franco, explicou que o estágio internacional serve de preparação para o campeonato europeu, que vai decorrer em Portugal, no Algarve, no próximo ano de 2026.

“Como equipa anfitriã do europeu, Portugal está diretamente apurado. Ainda assim é importante competir com as melhores seleções, para chegarmos ao campeonato europeu em bom nível”, informou.

O treinador de Portugal indicou ainda que no estágio internacional, em Miranda do Douro, a equipa portuguesa foi formada por 12 jogadores, provenientes de vários clubes de norte a sul do país.

Questionado sobre a evolução do voleibol, em Portugal, João Franco afirmou que a modalidade está a desenvolver-se e houve significativas melhorias em aspetos do jogo, como o serviço mais agressivo e as estratégias de bloco defensivo que dificultam o desempenho dos atacantes adversários.

“A prática do desporto em geral e do voleibol em particular, dá aos jovens disciplina, companheirismo e trabalho de equipa. O voleibol motiva os jovens a crescer em valores como a dedicação e o trabalho”, disse.

Por sua vez, o selecionador espanhol, Carlo Ferreira, treinador da equipa sub-21, referiu que os três jogos realizados com Portugal, serviram de preparação para a qualificação para o Europeu, que começa na semana de 7 a 11 de julho.

“A qualificação vai realizar-se já na próxima semana, na Bulgária. O estágio e os jogos amigáveis com a equipa portuguesa foram muito úteis, dado que se trata de uma excelente equipa, que aproveitam muito bem os seus pontos fortes, erram pouco e dificultam muito o jogo contrário”, indicou.

Na estadia em Miranda do Douro, a equipa espanhola trouxe jogadores de várias regiões de Espanha, como a Galiza, Ilhas Canárias, Madrid, Andaluzia, que visitaram pela primeira vez a cidade fronteiriça de Miranda do Douro.

“É uma cidade antiga e muito bonita. Tivemos oportunidade de caminhar desde o estádio municipal Santa Luzia e entrámos na zona histórica pelas antigas portas da cidade, para chegar à praça Dom Joáo III, onde provámos os saborosos pasteis de nata”, disse o selecionar, Carlo Ferreira.

No primeiro jogo, a equipa portuguesa venceu por 3 sets a 1, com os parciais de 25-22; 25-19; 25-18; e 22-25.

No jogo 2, realizado a 3 de julho, a seleção jovem espanhola venceu os portugueses por 2-3, com os parciais de 23-25; 25-23; 25-21; 26-28,; e 10-15.

A 4 de julho, no último jogo, a seleção portuguesa voltou a vencer por 3-1, com o resultado de 26-28; 25-17; 25-22; e 25-11.

A vitória portuguesa deveu-se ao bom desempenho no serviço, no bloco defensivo e na recepção.

HA

Uva: Festa dos Pombais consolidou-se

Uva: Festa dos Pombais consolidou-se

A III Festa dos Pombais registou no sábado, dia 5 de julho, a afluência de centenas de pessoas à aldeia de Uva, no concelho de Vimioso, interessadas em participar num evento cultural, que a par da descoberta do património rural aí existente, como são os 40 pombais, ofereceu ainda aos visitantes teatro, artesanato, produtos locais, gastronomia, música e convívio.

A presidente da União de Freguesias de Algoso, Campo de Víboras e Uva, Cristina Miguel, indicou que a Festa dos Pombais já é uma marca cultural da aldeia de Uva e justificou que a consolidação do evento deve-se à qualidade e variedade do programa.

“Foi um dia cheio de atividades, que agradaram a vários públicos e que começou claro está, com a visita guiada aos pombais, agora totalmente recuperados. Ao longo do dia, a música, o teatro e as oficinas deliciaram as crianças. Por outro lado, a abertura do mercado tradicional, com 30 artesãos e produtores locais trouxe variedade e movimento à aldeia. Destaco também, a animação de rua proporcionada pela música dos gaiteiros e os jogos tradicionais”, destacou a autarca.

Outra novidade na 3ª edição da Festa dos Pombais foi a apresentação, numa antiga curralada, do projeto vídeo “Coletivo Field”, sobre a relação entre o homem e o pombo.

Ao longo do dia de sábado, em Uva, o público teve a oportunidade de almoçar e jantar ao ar livre e deliciar-se com uma ementa também variada, que incluía caldo verde, bifanas, bacalhau à brás, javali no pote, entre outras iguarias.

No âmbito musical, os destaques da Festa dos Pombais foram o momento “De l praino à estrela”, interpretado por Susana Ruano e Julieta Silva, o concerto do grupo Terra Livre e a atuação do DJ Kapitano.

No final da festa, a presidente da União de Freguesias de Algoso, Campo de Víboras e Uva, Cristina Miguel, agradeceu a coorganização da Palombar e o apoio financeiro e logístico do município de Vimioso.

“Graças ao trabalho da Palombar e dos grupos de voluntários internacionais, os 40 pombais da aldeia de Uva já estão totalmente recuperados. Seguem-se agora os pombais existentes na União de Freguesias de Algoso e Campo de Víboras. E posteriormente, os pombais existentes no concelho de Vimioso”, indicou a autarca.

HA | Fotos: João Anes