Trás-os-Montes: Colheita de azeitona poderá aumentar entre 10 a 15%

Trás-os-Montes: Colheita de azeitona poderá aumentar entre 10 a 15%

A colheita de azeitona poderá aumentar 10 a 15% em Trás-os-Montes, perspectivando-se bons rendimentos do fruto e mais produção de azeite nesta campanha, em que volta a indicar-se a falta de trabalhadores para a apanha.

O administrador da Associação dos Olivicultores de Trás-os-Montes (AOTD) e presidente da Cooperativa Agrícola dos Olivicultores de Murça, Francisco Ribeiro, afirmou que se prevê um aumento de cerca de 10 a 15% em azeitona, uma produção acima da colheita de 2023, mas ainda abaixo dos valores de 2020/2021.

Prevê-se também, acrescentou, que o rendimento seja melhor do que no ano passado, ou seja, que sejam precisos menos quilos de azeitona para fazer o litro de azeite.

Logo, especificou, com taxas de rendimento superiores a produção de azeite poderá ser ainda maior, podendo chegar aos 20%.

“Em setembro foi a chuva essencial para criar o teor de gordura”, afirmou.

No entanto, ressalvou que a meteorologia poderá influenciar a produção, lembrando que se prevê chuva forte para o final da semana, e que as temperaturas amenas que se fizeram sentir são propícias ao aparecimento de pragas, como a mosca da azeitona.

Em murça, a cooperativa abriu na segunda-feira, uma semana antes do previsto, porque as maturações aceleraram nas últimas semanas.

Emigrante em Espanha, Hugo Carvalho tirou férias para ajudar os pais na apanha da azeitona, em Martim.

“No ano passado, tínhamos pouca quantidade de azeitona, este ano melhorou bastante a quantidade”, referiu.

A apanha, iniciada segunda-feira, faz-se com oito pessoas, varas mecânicas e lonas no chão e, segundo Hugo Carvalho, atualmente a principal dificuldade de um agricultor é a mão-de-obra.

Em terrenos íngremes, é mais difícil a introdução de outra maquinaria, como os tratores com toldo articulado.

Manuel Pereira, de Sobredo, tem mais azeitona. Na terça-feira, a sua equipa de cinco pessoas esteve a ajudar um vizinho que “não tem quem lhe faça o trabalho”.

“Anda tudo a pedir pessoal para trabalhar e não têm e isso é mesmo complicado”, frisou.

João Morais, de Noura, disse que, de quantidade, este ano é “capaz de haver mais alguma coisa”, apontando para uns mais “10 a 20%”. No ano passado colheu cinco mil quilos de azeitona. “Já colhi 10 mil quilos, mas estes últimos anos têm sido fracos”, realçou.

A apanha faz-se “com a prata da casa” e, segundo disse, a azeitona já está a cair bem.

João Morais mostrou-se preocupado com o preços dos fatores de produção, como combustíveis, fitofármacos e adubos, e disse temer uma descida do preço do azeite por causa do aumento da produção.

“Acho que disparou muito rápido, podia ter sido mais calmo e não se notava tanto, é que agora também se nota ao descer”, referiu.

A colheita da azeitona começou com a apanha da castanha ainda em curso o que, em concelhos como Murça, intensificou as dificuldades em contratar trabalhadores.

Para a própria cooperativa é difícil arranjar trabalhadores sazonais e, segundo Francisco Ribeiro, foi criado mais um posto de trabalho para colmatar essa dificuldade.

Em 2023, Murça colheu dois milhões de quilos de azeitona, menos que os três milhões de quilos da campanha 2020/2021.

“Este ano perspetivamos entre os 2,3 e os 2,5 milhões de quilos”, referiu, acrescentando que as “vendas estão a correr bem” e que 25% da produção é destinado à exportação.

Questionado sobre uma possível descida do preço do azeite, devido ao aumento estimada da produção, Francisco Ribeiro disse que, havendo um ajuste no preço, dificilmente acontecerá antes de janeiro ou fevereiro, mas referiu ter esperança que a redução, a acontecer, “não seja grande”.

Frisou que os custos de produção “vieram para ficar” e que o “grande problema foi que, durante décadas, o valor do azeite esteve imutável”.

“O valor agora se calhar está justo, considero é que este reajuste devia ter sido mais progressivo. O que é preocupante é se houver também queda desta forma e isso seria uma machadada na região”, considerou.

Na sua opinião, o grande desafio passa por promover o azeite de português.

“Precisamos de colocar o azeite a um valor acrescentado, nomeadamente para territórios de baixa densidade”, defendeu, considerando que tem que haver pelo menos uma cultura que ajude o agricultor a pagar os custos.

Outras culturas, como a uva e a amêndoa, desvalorizaram e a castanha sofreu uma quebra.

Fonte: Lusa

Política: Ferrovia é estratégica para o desenvolvimento de Trás-os-Montes

Política: Ferrovia é estratégica para o desenvolvimento de Trás-os-Montes

A Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM) reuniu-se, em Mirandela, com o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, para definir projetos estratégicos para o desenvolvimento da região, como a mobilidade e os transportes no território.

Na reunião com o ministro das Infraestruturas e Habitação participaram os autarcas dos nove concelhos que compõem a CIM-TTM: Bragança, Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais e um dos principais temas abordados foi a ligação ferroviária em Trás-os-Montes. Miguel Pinto Luz, assegurou aos autarcas transmontanos que a ligação ferroviária aos distritos de Bragança e Vila Real é uma prioridade para o Governo,

“Atualmente, Trás-os-Montes não têm qualquer ligação ferroviária, o que dificulta a mobilidade e o desenvolvimento económico regional e local. A proposta de criar um corredor ferroviário de alta velocidade, que conecte diretamente a região a Espanha é uma medida estratégica para o futuro da região transmontana”, justificou.


O ministro garantiu um reforço financeiro para o estudo prévio que as CIM´s do Norte estão a promover com o apoio do programa Norte 2030, com o intuito de aprofundar e acelerar o processo.

Ligação aérea entre Bragança e Portimão

Outro tema debatido na reunião, foi a urgência na retoma da ligação aérea entre Bragança e Portimão. A CIM-TTM reivindicou a reativação do serviço, essencial para a conectividade da região, tendo sido deixada a garantia de que a ligação seria restabelecida até ao Natal. Ainda neste âmbito, foi apresentado ao ministro o propósito de transformar o aeródromo de Bragança em aeroporto regional.

Sistema Público de Transporte Rodoviário de Passageiros

Durante a reunião com o ministro das Infraestruturas e Habitação, os autarcas transmontanos indicaram a necessidade de aumentar o financiamento das Autoridades de Transporte, com o objetivo de garantir o cumprimento das obrigações do Regime Jurídico do Transporte Público (Lei nº 52/2015), assegurando o acesso dos cidadãos a um sistema de transporte público eficiente e acessível.

“A vasta extensão territorial de Trás-os-Montes, aliada à baixa densidade populacional, tem gerado um sistema de transporte público altamente oneroso. Com custos anuais estimados em cerca de 5 milhões de euros e comum nível de receitas tarifárias de 8%, o financiamento estatal revela-se insuficiente, colocando pressão acrescida sobre as finanças municipais, pondo em causa a sustentabilidade do serviço”, explicaram os autarcas transmontanos.

Como resposta, Miguel Pinto Luz comprometeu-se a avaliar e estudar soluções para reforçar o financiamento para os transportes intermunicipais em territórios de baixa densidade.

Plano de Mobilidade do Vale do Tua

Outro tem analisado com o governo foi o Plano de Mobilidade do Vale do Tua e as prioridades em termos de investimentos em acessibilidades rodoviárias no território.

Neste sentido, o ministro das Infraestruturas reafirmou que o investimento nas acessibilidades rodoviárias da região será uma das prioridades do Governo, com o objetivo de suprir as necessidades mais prementes do território.

HA | Fotos: CIM-TTM



Política: Governo apresenta orçamento ao país

Política: Governo apresenta orçamento ao país

O presidente do PSD e primeiro-ministro, Luís Montenegro apresenta esta quinta-feira, dia 14 de novembro, em Castelo Branco, uma iniciativa conjunta com o CDS-PP, de explicação e debate do Orçamento do Estado, com a participação de vários ministros, em todos os distritos do país.

A iniciativa, intitulada “Orçamento do Estado para 2025: Portugal no bom caminho”, termina a 22 de novembro.

“Esta é uma iniciativa conjunta entre o PSD e o CDS-PP, conta com a presença dos ministros de diferentes áreas governativas, cobre todos os distritos do continente e tem por objetivo a discussão do Orçamento de Estado para o próximo ano”, refere um comunicado dos sociais-democratas.

Depois de Luís Montenegro, que marca presença num jantar em Castelo Branco, na sexta-feira, dia 15, a iniciativa conta com o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, em Aveiro, e do ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, em Viana do Castelo.

No sábado, haverá sessões de esclarecimento no Porto, com o ministro Adjunto e da Coesão, Manuel Castro Almeida, em Bragança, com a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, e em Braga com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins.

No Domingo, a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, estará presente numa sessão em Torres Vedras, que representa a distrital Lisboa/Oeste no PSD.

O resto do programa será posteriormente divulgado.

A proposta de lei de Orçamento do Estado para 2025 foi aprovada na generalidade a 31 de outubro com votos a favor dos dois partidos que apoiam o Governo, PSD e CDS-PP, e a abstenção do PS.

Os restantes partidos da oposição – Chega, IL, BE, PCP, Livre e PAN – votaram contra.

O PS já anunciou que se irá abster também na votação final global, marcada para 29 de novembro, assegurando a viabilização do primeiro Orçamento do Estado apresentado pelo executivo minoritário PSD/CDS-PP chefiado por Luís Montenegro.

A discussão do Orçamento do Estado na especialidade na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP) está a decorrer até sexta-feira, com audições de todos os ministros e de instituições e organismos como o Tribunal de Contas, o Conselho Económico e Social e o Conselho das Finanças Públicas.

O prazo para os partidos apresentarem propostas de alteração ao Orçamento do Estado termina igualmente na sexta-feira.

Segue-se depois, de 22 a 29 de novembro, a discussão na especialidade em plenário, de manhã, e votações na COFAP, de tarde, com o encerramento e a votação final global marcados para dia 29.

No cenário macroeconómico em que assenta a proposta de Orçamento para 2025, o Governo PSD/CDS-PP prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 1,8% em 2024 e 2,1% em 2025 e que a taxa de inflação diminua para 2,6% neste ano e 2,3% no próximo.

O executivo pretende alcançar excedentes orçamentais de 0,4% neste ano e de 0,3% no próximo ano. Quanto ao rácio da dívida pública, estima a sua redução para 95,9% do PIB em 2024 e para 93,3% em 2025.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Concatedral celebra 438 anos

Miranda do Douro: Concatedral celebra 438 anos

A 16 de novembro, assinalam-se em Miranda do Douro, os 438 anos da dedicação da Concatedral, uma celebração anual que que pretende recordar a importância histórica e religiosa da cidade e evoca a consagração do antigo altar, ocorrida em 1586.

O aniversário da Dedicação da Concatedral vai celebrar-se com a Missa Solene, às 17h00.

De acordo com o pároco de Miranda do Douro, o padre Manuel Marques, esta efeméride histórica está relacionada com a elevação em 1545, da então vila de Miranda do Douro a cidade e sede de diocese, pelo que se tornou necessária a edificação de um novo templo.

A construção da Sé de Miranda, iniciou-se em 1552, por ordem do rei, D. João III e os trabalhos decorreram ao longo de quase cinquenta anos, tendo sido concluídos por volta de 1595.

O templo dedicado a Santa Maria Maior ou Nossa Senhora da Assunção manteve o estatuto de sé episcopal até 1780. No entanto, devido à condição da fronteira, a cidade de Miranda do Douro viu-se envolvida em vários conflitos e guerras. De 1710 a 1762, esteve mesmo sob o domínio espanhol, o que obrigou o bispo a mudar-se para Bragança.

Com esta mudança episcopal, a cidade de Miranda do Douro perdeu importância e a Sé de Miranda passou a ser designada por Concatedral.

Atualmente, este templo do século XVI continua a ser o local mais visitado na cidade de Miranda do Douro e gera grande devoção, não só a populaçáo local, como também nas populações vizinhas de Espanha.

HA

Segurança Social: Alerta para SMS fraudulento sobre dívida

Segurança Social: Alerta para SMS fraudulento sobre dívida

O Instituto da Segurança Social (ISS) alertou para uma nova tentativa de fraude por SMS, que está a circular sobre um suposto pedido de liquidação de dívida.

“Alerta-se para uma tentativa de fraude recebida por SMS”, lê-se numa nota publicada no site do Instituto da Segurança Social.

O instituto liderado por Octávio Félix de Oliveira adianta, que, na mensagem fraudulenta consta o seguinte texto: “Tem dívidas à Segurança Social sujeitas a cobrança a partir de 06-10-2024 pague ainda hoje e evite execuçao Ent: 11249 Ref: 550244103 Valor: 524,95 Eur”.

“Estas mensagens são fraudulentas e não são provenientes da Segurança Social, permitindo aos seus autores obter ilegitimamente valores decorrentes de supostas dívidas à Segurança Social”, avisa o organismo.

A Segurança Social lembra que “situação de dívida deverá ser sempre confirmada junto dos serviços da Segurança Social, através da Linha Segurança Social 210 545 400 ou 300 502 502, dias úteis, das 9h00 às 18h00”.

Fonte: Lusa

Mogadouro: Dia diocesano da Juventude

Mogadouro: Dia diocesano da Juventude

Na diocese de Bragança-Miranda, o Dia da Juventude celebra-se no dia 23 de novembro, em Mogadouro.

A Jornada Mundial da Juventude, celebrada em cada Igreja particular, por ocasião da Solenidade de Cristo Rei, quer “ser a festa da fé, de missão, de peregrinação e de fraternidade universal, sendo também uma forte ocasião de discernimento vocacional”, lê-se numa nota enviada à Agência ECCLESIA.

Mogadouro vai acolher esta iniciativa, que prepara já com “muito ânimo e esperança” porque quem “espera não se cansa”, “queremos contar com todas as realidades juvenis neste peregrinar da nossa diocese”, acrescenta.

PROGRAMA

08h30 – Check in – Convento de São Francisco

09h30 – Oração inicial – Convento de S. Francisco

10h00 – Partilha de grupos juvenis

10h30 – PEREGRINOS NA ESPERANÇA (Uma caminhada por vários pontos com dinâmicas, cultura e espaços de oração)

12h30 – Banda Filarmónica de Mogadouro – Convento de São Francisco

13h00 – Almoço – Cantina

14h00 – MISSIONÁRIOS DA ESPERANÇA (Ações missionárias em IPSS e pelas ruas de Mogadouro)

16h00 – Eucaristia de envio, na igreja matriz, presidida pelo bispo de Bragança, D. Nuno Almeida



Fonte: Ecclesia

Miranda do Douro: Exposição de “Maçcarilhas i Bichas”

Miranda do Douro: Exposição de “Maçcarilhas i Bichas”

De 8 de novembro a 17 de janeiros de 2025, a Casa da Cultura, em Miranda do Douro, tem em exposição “Maçcarilhas i Bichas”, uma coleção de 35 máscaras em madeira, do artesão Carlos Ferreira, alusivas aos rituais solstícios de inverno, na Terra de Miranda.

Na inauguração da exposição, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, indicou que a data para apresentação desta coleção de máscaras foi escolhida numa altura em que se preparam as festas de solstício de inverno, na Terra de Miranda.

«No concelho de Miranda do Douro, o imaginário das máscaras também está presente nas festas do solstício de inverno que acontecem em São Pedro da Silva, com o “Velho e a Galdrapa”; em Constantim, “O Carocho e a Velha”, e no dia 1 de janeiro, em Vila Chã da Braciosa, festeja-se a “Festa do Menino”» – indicou a autarca.

Segundo o artesão, Carlos Ferreira, estas festas ou rituais atravessaram gerações, de sociedades medievais e camponesas, para se tornarem hoje elementos distintivos da cultura transmontana.

“Na região de Trás-os-Montes, a tradição das máscaras possui raízes profundas que remontam ao período neolítico e foram reforçadas pelas antigas sociedades agro-pastoris pré-romanas”, explicoiu.

Segundo o artesão, os rituais no concelho de Miranda do Douro estão relacionada com o solstício de inverno, evocando o culto ao deus Sol, à fecundidade e ao ciclo da natureza.

Fonte: Lusa e HA

Turismo: Rota gastronómica “Atravessando a Raia”

Turismo: Rota gastronómica “Atravessando a Raia”

No dia 8 de novembro, o salão nobre da Câmara Municipal de Miranda do Douro foi o local de apresentação do projeto transfronteiriço “Atravessando a Raia: Sabores da Fronteira”, uma iniciativa ibérica que decorre de 1 de novembro até 9 de dezembro e pretende promover turisticamente as regiões raianas através da gastronomia tradicional.

A iniciativa junta 40 restaurantes, de mais de 20 localidades raianas, onde são apresentadas 70 receitas que mostram a identidade gastronómica e cultural dos territórios fronteiriços, desde Miranda do Douro, passando por Almeida, no distrito da Guarda até às províncias espanholas de Zamora e Salamanca.

O projeto ibérico, em fase experimental, decorre aos fins de semana, de 1 de novembro até 9 de dezembro e pretende celebrar “a riqueza culinária” da raia.

Na apresentação da rota gastronómica, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril elencou os principais atrativos gastronómicos da Terra de Miranda, como são a Posta à Mirandesa, o Cordeiro de Raça Churra Mirandesa, o porco bísaro e a doçaria tradicional, com a Bola Doce Mirandesa.

“Este novo roteiro gastronómico tem como objetivo dar a conhecer a riqueza gastronómica e cultural de ambos os lados da fronteira e trazer mais turistas às regiões raianas, como Miranda do Douro”, precisou a autarca de Miranda do Douro.

Por sua vez, o vice-presidente do Turismo do Porto e Norte (TPN), Cancela Moura, acrescentou que o projeto visa promover o turismo através da gastronomia e do enoturismo e, desta forma, ajudar a combater a interioridade destas regiões de fronteira.

“Temos de aproveitar todas as sinergias da raia que são históricas e com identidade entre dois países ibéricos, sendo esta uma forma de nós estruturarmos um produto turístico de uma forma diferente, já que a gastronomia e o enoturismo estão em linha com a nova forma de fazer turismo, porque o turista já não procura apenas sol e praia, mas sim experiências e vivenciar as tradições de cada terra”, indicou.

De acordo com Cancela Moura, o turismo representa atualmente 11% do PIB mundial e a afluência de turistas à região de Trás-os-Montes também tem registado um crescimento.

“Trata-se de uma iniciativa que visa impulsionar o turismo, numa época do ano, o outono e inverno, em que há uma abrandamentos da afluência de turistas a estes territórios do interior”, justificou.

Do lado espanhol, o diretor-geral de Turismo da Junta de Castilha y León, Ángel Pierras, assinalou que esta proposta gastronómica combina o melhor de ambos os territórios raianos, oferecendo pratos tradicionais reinterpretados, com um toque contemporâneo do melhor da culinária fronteiriça, através de receitas que perduram no tempo através do saber de várias gerações.

“Cada restaurante aderente põe em destaque a autenticidade dos seus produtos, dando a conhecer a história e a cultural local através da gastronomia”, indicou.

A rota gastronómica “Atravessando a Raia: Sabores da Fronteira” é uma iniciativa conjunta do Turismo Porto e Norte, Turismo do Centro e da Junta Autónoma de Castela e Leão (Espanha).

A apresentação da rota gastronómica contou com a atuação do grupo luso-castelhano “Músicas da Raia”.

Fonte: Lusa e HA

Mogadouro: “Pare, Escute e Olhe – O Ramal Ferroviário do Sabor”

Mogadouro: “Pare, Escute e Olhe – O Ramal Ferroviário do Sabor”

O posto de turismo de Mogadouro acolhe até 5 de dezembro, a exposição “Olhe – O Ramal Ferroviário do Sabor” que reúne 11 propostas para “refuncionalizar e revitalizar” as antigas estações de comboio da linha ferroviária do Sabor.

“As propostas foram apresentadas através de 11 maquetes e outros documentos que foram, executados ao longo 14 meses de trabalho por alunos de arquitetura do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE) do ano letivo 2022/23”, indicam em comunicado.

A mesma fonte dá conta de que “esta exposição e os trabalhos têm como objetivo sensibilizar a sociedade e as autoridades de gestão para o potencial destas estruturas abandonadas, que, enquadradas num programa de incentivos compatíveis com os interesses dos cidadãos e das administrações locais, poderiam voltar a ser um fator de desenvolvimento para a região e para o país”.

A Linha do Sabor foi concluída em maio de 1938 e ligava a estação do Pocinho [Linha do Douro] a Duas Igrejas, em Miranda do Douro, passando por Torre de Moncorvo e Mogadouro. A antiga linha ferroviária tinha uma extensão de 105 quilómetros e funcionou até janeiro de 1989. O serviço de passageiros terminou três anos antes, tendo ficado a linha dedicada apenas a serviço de mercadorias, estando agora ao abandono.

Fonte: Lusa | Fotos: MM

Douro Internacional: Projeto de educação ambiental “Miúdos pelo monte”

Douro Internacional: Projeto de educação ambiental “Miúdos pelo monte”

A Comissão de Cogestão Parque Natural do Douro Internacional (PNDI) iniciou, em Miranda do Douro, a iniciativa “Miúdos pelo monte”, um projeto-piloto de educação e sensibilização ambiental destinado aos mais novos.

Esta iniciativa teve o seu início no Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro e vai estender-se a mais três agrupamentos de escolas de outros tantos concelhos que integram a área protegida do PNDI, como Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta, no distrito de Bragança, e Figueira de Castelo Rodrigo, no distrito da Guarda.

Em declarações, o vice-presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues, explicou que este projeto-piloto é uma forma de os alunos conhecerem de perto a fauna e flora do PNDI .

“Esta é também um forma de dar a conhecer que nesta áreas protegida não há só restrições, mas também sensibilização ambiental num dos ecossistemas mais ricos da raia luso-espanhola”, vincou

Por outro lado, a Comissão Técnica da estrutura de cogestão desta área protegidas, presidida pelo autarca de Mogadouro, António Pimentel, indicou que este projeto tem por objetivo promover o conhecimento dos valores naturais e do território do PNDI e aumentar o interesse das crianças pela conservação e utilização sustentável da biodiversidade, bem como fomentar o sentido de pertença e de identidade em relação ao território.

Este projeto “será direcionado para os alunos do 4.º ano e de escolaridade e as atividades iniciam-se já neste mês dedicado à floresta autóctone, com o tema “Floresta na escola”, onde os alunos  vão descobrir o que é uma floresta e quais as árvores da sua terra”, vinca esta Comissão.

No segundo período letivo estes quatro municípios  vão procurar dar-se resposta a duas questões: Vivo num Parque Natural. Que aves voam nos nossos céus

No terceiro período, já com as temperaturas mais agradáveis, os alunos destes quatro concelhos serão convidados a descobrir a natureza e passar um dia no monte no território do PNDI, em convívio com os outros agrupamentos de escolas.

A iniciativa vai decorrer ao longo do ano letivo 2024/25 nos quatro municípios que integram o PNDI.

O Parque Natural do Douro Internacional (PNDI) é a segunda maior área protegida do país, onde estão inseridas 35 aldeias dos concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro e Freixo de Espada à Cinta, no distrito de Bragança, e Figueira de Castelo Rodrigo, distrito da Guarda, numa extensão de 122 quilómetros, desde a barragem do Castro até à foz do rio Águeda.

Fonte: Lusa