Meteorologia: Chuvas dos últimos dias garantem pastagens e culturas de outono/inverno – ministra

Meteorologia: Chuvas garantem pastagens e culturas de outono/inverno

As chuvas dos últimos dias já garantem pastagens e condições para as culturas de outono/inverno, depois de um ano de seca que afetou todas produções, disse a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes.

“Claramente, estas chuvas, que vieram em boa hora, já nos ajudaram a ultrapassar o nível de stresse hídrico que os nossos ecossistemas todos tinham”, afirmou a ministra, em Bragança, à margem de uma visita à fábrica da castanha Sortegel.

A castanha é uma das produções agrícolas onde os efeitos da seca são visíveis no atraso da campanha e na menor quantidade que se espera, este ano, na região transmontana, a maior produtora nacional.

As chuvas de outubro trouxeram também a expectativa de as variedades de castanha mais tardias ainda recuperarem e a certeza avançada pela ministra de que há já “uma recuperação de água no solo, dos lençóis freáticos, das barragens”.

“Ainda não é suficiente para estarmos descansados, mas tem uma consequência que nos parece muito importante, que é recuperarmos o nível de água no solo, o que permite, nomeadamente aos nossos prados, às pastagens naturais ou semeadas, poderem começar a desenvolver-se”, indicou a governante.

Beneficiadas pela chuva estão também a ser as culturas de outono/inverno, depois da ameaça da seca, que, a manter-se “dificilmente” permitiria existirem condições para estas produções, como salientou.

“Claramente já temos, neste momento, o nível mínimo para garantir pastagens e condições para se poder planear estas culturas de outono/inverno”, vincou.

A ministra ouviu durante a visita, em Bragança, o apelo ao reforço do regadio na região que, garantiu, “é o distrito com os maiores investimentos em regadio”, salientando que “o trabalho que está a ser feito é notório, pela quantidade de projetos aprovados, em execução e já concluídos”.

“Para o distrito de Bragança estamos a falar de 32 projetos de melhoria dos regadios existentes, oito mil hectares com um investimento total de quase 66 milhões de euros”, concretizou.

Entre estes projetos estão 9,3 milhões de euros para o alteamento da barragem da Burga e a construção da barragem do ribeiro do Cerejal, para reforçar o regadio do Vale da Vilariça, um dos mais férteis da região.

O alteamento para aumentar a capacidade de armazenamento da barragem da Burga é reclamado há anos apesar do financiamento garantido tem sido motivo de queixa da Associação de Regantes devido à demora do processo entregue à Câmara de Vila Flor, em articulação com a de Alfândega da Fé.

A ministra explicou que o projeto está sujeito a uma avaliação ´ex-ante` (antes de a obra poder avançar) por parte do Banco Europeu de Investimento (BEI).

“E, neste momento, estão a decorrer os estudos para o cumprimento dessa condicionante e, tendo por base os documentos que vão ser submetidos, vamos estar em condições de poder avançar para a obra, que tem que estar concluída até final de 2025”, afirmou.

Maria do Céu Antunes salientou ainda que os investimentos em curso na região também estão a ter impacto “na produção agrícola, que tem vindo a desenvolver-se” e que o Governo quer que continue este rumo com mais apoios aos agricultores.

A governante lembrou que o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC), que se vai iniciar a 01 de janeiro de 2023, traz mais 30% de apoio ao rendimento dos agricultores”.

“Já este ano de 2022 abrimos a possibilidade de que todos os agricultores possam ir a estas medidas de apoio ao rendimento. Atualmente beneficiam 2. 500 agricultores e este ano são mais 1.200 agricultores das zonas vulneráveis aos fogos rurais que vão candidatar-se. Até 2026, acabando com o regime do histórico e dos direitos, todos os agricultores podem candidatar-se”, especificou.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Festival gastronómico é uma montra para os produtos e tradições mirandesas

Miranda do Douro: Festival gastronómico é uma montra para os produtos e tradições mirandesas

De 21 de outubro até 1 de novembro, o município de Miranda do Douro está a participar no Festival Gastronómico de Santarém, para divulgar e promover a doçaria, o fumeiro e a cutelaria da Terra de Miranda.

No evento que visa impulsionar o turismo e a restauração, participam mais de 40 municípios do país e cada município apresenta um expositor agroalimentar, outro de doçaria e um ligado ao artesanato.

Em representação do município de Miranda do Douro, estão em Santarém, a doçaria tradicional mirandesa com a bola doce, o folar, os roscos e os sodos confecionados pela cozinha regional Cimo da Quinta, de Pena Branca; o fumeiro produzido pelo Pingo d’Orvalho, de Duas Igrejas; e o artesanato da cutelaria Cangueiro, de Palaçoulo.

Para a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, a participação no Festival Nacional de Gastronomia de Santarém é uma oportunidade única para projetar o município em todo o país.

“Ao participar no festival gastronómico de Santarém pretendemos ir mais longe e dar a conhecer a nossa gastronomia, o artesanato e as tradições mirandesas ao público da região sul do país, em particular da grande Lisboa”, justificou.

A autarca de Miranda do Douro que esteve em Santarém no fim-de-semana de 22 e 23 de outubro, disse que ficou bem impressionada com a organização do evento, onde estão representadas todas as regiões do país.


“Na visita a Santarém vi uma grande oferta de produtos de todas as regiões de Portugal, inclusive da Madeira e dos Açores. Por isso, para nós mirandeses, é um privilégio puder participar neste evento nacional”, disse.

No festival nacional gastronómico de Santarém, cada município participa ainda na animação do evento e desta vez coube aos pauliteiros de Sendim representar o concelho de Miranda do Douro.

HA

Santulhão: Formação sobre a apanha e transporte da azeitona

Santulhão: Formação sobre a apanha e transporte da azeitona

Este ano, dado o avanço na maturação da azeitona, no próximo Domingo, dia 30 de outubro, vai realizar-se em Santulhão, uma formação sobre a apanha da azeitona e os cuidados a ter no transporte para o lagar, de modo a garantir a qualidade do azeite.

A sessão de informação vai decorrer nas instalações da antiga escola primária de Santulhão, às 15h00, e insere-se no protocolo estabelecido entre o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e os municípios de Vimioso e de Bragança

Sobre a formação do próximo Domingo, o presidente da freguesia de Santulhão, Jorge Gonçalves, que também é olivicultor, adiantou que vão participar na sessão informativa cerca de 20 olivicultores locais.

“Na formação vão ser transmitidos conhecimentos sobre o momento ideal para a apanha da azeitona. Este ano, por exemplo, prevê-se uma antecipação dado o avanço na maturação”, adiantou.

A propósito da chuva que tem caído nos últimos dias, Jorge Gonçalves, acrescentou que embora tardia, a pluviosidade veio atenuar a seca que afetava os olivais e poderá ainda contribuir para um ligeiro crescimento da santulhana.

Relativamente aos cuidados a ter na apanha da azeitona e no transporte para o lagar, o presidente da freguesia de Santulhão, sublinhou a importância de utilizar sacos adequados e de entregar a colheita no próprio dia.

“Após a apanha, as azeitonas devem ser entregues no lagar para evitar a fermentação e assim assegurar a boa qualidade do azeite”, explicou.

Se em 2021, houve uma grande quantidade de azeitona, este ano as previsões apontam para uma redução na colheita.

“Prevê-se uma redução. Ainda assim, há olivais que têm bastante azeitona e outros que praticamente não têm nenhuma”, indicou.

No âmbito da valorização da azeitona santulhana, entre os dias 25 a 29 de julho, o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) já havia organizado um curso de verão dedicado à “Produção sustentável em olivicultura”.

Nesta formação, os agricultores de Santulhão e de Izeda tiveram a oportunidade de adquirir conhecimentos sobre a instalação dos olivais, a rega, a poda, o tratamento fitossanitário, a colheita, a extração de azeite de qualidade e o engarrafamento.

Segundo, Jorge Gonçalves, o protocolo estabelecido entre os municípios e o IPB permite aplicar nos olivais, os resultados das investigações científicas.

“A mais-valia desta colaboração entre os municípios de Vimioso e de Bragança com o IPB é precisamente a ponte que se estabelece entre os investigadores e os olivicultores, com o objetivo comum de valorizar este recurso endógeno que é a azeitona santulhana”, concluiu.

HA

Avelanoso: São esperados 4500 visitantes na VII Feira da Castanha

Avelanoso: São esperados 4500 visitantes na VII Feira da Castanha

No próximo fim-de-semana de 29 e 30 de outubro, Avelanoso vai organizar a VII Feira da Castanha e dos Produtos da Terra, um evento onde a castanha é a principal atração, entre outros produtos e atividades, como a montaria do javali, o passeio todo-o-terreno, a luta de touros e a animação musical.

De acordo com o presidente da União de Freguesias de Vale de Frades e Avelanoso, a castanha é a principal atração do certame, mas os visitantes também poderão adquirir outros produtos locais, de qualidade, como são a avelã, a noz, a amêndoa, o marmelo, o feijão, grão de bico, tomates, pimentos, batatas, mel, entre outros produtos.

Sobre as previsões que apontam para uma acentuada redução na quantidade de castanha, Fernando Rodilhão, reconheceu que apesar das previsões apontarem para uma quebra entre 40% a 60% na colheita, assegurou que há castanhas para comercializar na feira.

“Na feira vão participar 32 expositores, sendo que 14 são produtores locais de Avelanoso”, indicou.

Tal como nas anteriores edições, na feira deste ano estão programadas várias atividades paralelas que atraem muita gente a Avelanoso, como é o caso da montaria ao javali, agendada para sábado, dia 29 de outubro.

“Os caçadores são um público que aprecia muito a feira e houve feiras em que esgotaram mesmo vários produtos locais, com destaque para a castanha”, informou.

No Domingo, dia 30 de outubro, um dos destaques é o passeio todo-o-terreno “Pela rota da castanha”, onde estão inscritos 90 veículos e 200 participantes, sendo que a maioria (70%) são os vizinhos espanhóis, vindos das regiões de Zamora, Salamanca, Madrid e Valladolid.

“No passeio todo-o-terreno deste ano introduzimos a novidade de que os brindes oferecidos aos participantes são vales de compras para a feira”, avançou.

Outra atividade que desperta o interesse do público são as lutas de touros mirandeses, que vão decorrer na tarde de Domingo, a partir das 15h00.

A escassos dias da feira, o autarca, Fernando Rodilhão, adiantou que não obstante o tempo meteorológico instável, por causa da chuva, no próximo fim-de-semana são esperadas entre 4 mil a 4500 pessoas, em Avelanoso.

“Em 2021, vieram à feira cerca de 3 mil pessoas. Este ano, com a oferta de mais atividades acredito que haja um aumento na afluência de pessoas”, avançou.

Nos dias 29 e 30 de outubro, o evento vai ser animado musicalmente pelos grupos gaiteiros de Santulhão, gaiteiros da Lérias, Pauliteiros de Miranda, Rancho Folclórico de Vimioso e pela orquestra “Costa Verde”.

Como é tradição, a Feira da Castanha e dos Produtos da Terra de Avelanoso vai encerrar com a oferta de um magusto a todos os visitantes.

“O magusto é o momento alto da feira, pois encerra o certame e proporciona o convívio e a confraternização entre o público, os expositores e a população local”, concluiu.

HA

Futsal: Experiência do Vimioso venceu a garra dos sendineses

Futsal: Experiência do Vimioso venceu a garra dos sendineses

No jogo relativo à 2ª jornada do campeonato distrital de futsal, o Águia de Vimioso recebeu no serão do dia 21 de outubro, a visita do Grupo Desportivo Sendim e num jogo muito competitivo, os experientes vimiosenses venceram por 3-0.

O jogo realizou-se no pavilhão multiusos de Vimioso, onde os vimiosenses conquistaram a primeira vitória no campeonato 2022/2023.

No serão de sexta-feira, dia 21 de outubro, a equipa da casa quis assumir desde cedo o domínio do jogo. Aos 3 minutos, os vimiosenses dispuseram da primeira oportunidade para inaugurar o marcador, mas o recém-contratado guarda-redes sendinês, Celso, opôs-se bem.

Aos 7 minutos, os vimiosenses tentaram novamente o golo, mas o guardião sendinês efetuou mais uma boa defesa e deu a indicação que não seria fácil batê-lo ao longo do desafio.

Inspirada pelo exemplo do seu guarda-redes, a equipa de Sendim foi ganhando confiança, mostrou boa organização defensiva e sempre que surgia a oportunidade saía em transições rápidas para tentar o remate à baliza adversária.

No entanto, a maior experiência e entrosamento coletivo do Vimioso permitia aos da casa aproximarem-se com mais facilidade e perigo da baliza sendinesa. Foi assim que Miguel Diz, aos 9 minutos e depois aos 13′, esteve perto de marcar, mas os remates finais saíram desenquadrados da baliza contrária.

O Sendim respondeu aos 18 minutos, com o jovem Rúben, isolado, a rematar por alto da baliza vimiosense e desperdiçar até então, a melhor ocasião de golo para os visitantes.

O empate 0-0, ao intervalo, mostrava o equilíbrio e a competitividade no jogo.

Na segunda-parte, o Sendim quis surpreender os anfitriões e aos 21 minutos numa boa combinação coletiva, proporcionou ao jovem Tiago, um remate que obrigou o guardião vimiosense a defesa apertada.

Aos 23′, os visitantes insistiram e voltaram a atacar a baliza do Vimioso, efetuando um duplo remate que obrigou o guardião Xico a duas novas defesas.

Mas este balanceamento do Sendim para o ataque desorganizou defensivamente a equipa e o Vimioso aproveitou para inaugurar o marcador, aos 24 minutos, na sequência de uma triangulação que Pedro Diz concluiu ao segundo poste, (1-0).

Surpreendidos, os sendineses responderam de imediato por intermédio de Ângelo, mas o remate final saiu ao lado da baliza vimiosense.


Com o golo inaugural, o Sendim foi à procura do golo do empate.

A partir daí, ambas as equipas atacaram com mais objetividade, o jogo tornou-se mais aberto e o Vimioso aumentou a vantagem para 2-0. Foi aos 29′, na sequência de um passe cruzado que Tiago Ventura concluiu, novamente, ao segundo poste.

Este segundo golo desmotivou muito os sendineses, pois estavam à procura do empate.

Desmoralizada e sem discernimento, a equipa do Sendim ainda consentiu o 3-0, aos 37 minutos, depois de uma desatenção defensiva e perda de bola em zona proibitiva, o que proporcionou a Pedro Diz, bisar no encontro e estabelecer o resultado final.

A vitória do Vimioso premiou a maior experiência da equipa, pois soube ser paciente e esperar pelos momentos certos para chegar aos golos. Por seu lado, a equipa do Sendim confirmou que é uma equipa competitiva, caraterizada pela grande entrega dos seus jogadores, que estão a ganhar experiência nesta sua primeira época no campeonato distrital de futsal.

O 3-0 foi alcançado aos 37 minutos, pelo capitão, Pedro Diz.

HA

Equipas

Águia Futebol Clube de Vimioso: Xico, Rafael, Miguel Diz, Pedro Diz (cap.), Tiago Ventura, Tiago Vieira, Rafael Esteves, David e Luís Miguel.

Treinador: Paulo Gonçalves

“Quero dar os parabéns às duas equipas, ao Vimioso e ao Sendim, pela grande vontade em ganhar o jogo. Na primeira parte, o jogo foi muito equilibrado, com o Sendim muito abnegado e a bater-se bem. Na segunda parte, conseguimos superiorizar-nos e praticar algumas das jogadas que andamos a trabalhar, como a finalização ao segundo poste. No final, acho que somos justos vencedores.”

Paulo Gonçalves

Grupo Desportivo Sendim: Hélder (cap.), Branco, Manuel João, Rúben, Ângelo, Gaby, Tiago, Celso, David, Leonel, Daniel e Elvis.

Treinadora: Bina Rodrigues

“Viemos com a ambição de jogar para ganhar. Na primeira parte demos boa réplica ao Vimioso, o atual detentor da Taça Distrital e 3º classificado na temporada anterior. Na segunda parte, e por causa de algumas desatenções acabamos por sofrer os três golos. Recordo que esta é a nossa primeira época no futsal e por isso estamos num processo de aprendizagem para ganhar experiência. Vamos tentar regressar às vitórias já no próximo jogo.”

Bina Rodrigues

Equipa de arbitragem

1º Árbitro: Bruno Cordeiro

2º Árbitro: Carlos Ventura

Cronometrista: Eduardo Nunes

2ª jornada – resultados

Águia FC Vimioso 3 GD Sendim 0

Miranda do Douro 3 Sporting Moncorvo 3

ACDR Ala 2 GD Torre D. Chama 2

AR Alfandeguense 4 Pioneiros Bragança 2

Arnaldo Pereira 3 CSP Vila Flor 2

Classificação

PJVEDGMGSDG
1GD Torre Dona Chama42110105+5
2Águia FC Vimioso42110107+3
3CD Miranda Do Douro4211063+3
4GD Sendim3210146-2
5Arnaldo Pereira (Bragança)32101660
6Alfandeguense32101710-3
7CSP Vila Flor32101770
8Sp. Moncorvo2202010100
9ACRD Ala1201167-1
10Pioneiros Bragança0200227-5

Próxima jornada (28/10/2022)

3ª JORNADA

ACRD AlavsArnaldo Pereira (Bragança)
 CSP Vila FlorvsÁguia FC Vimioso
 GD SendimvsCD Miranda Do Douro
 Pioneiros BragançavsGD Torre Dona Chama
 Sp. MoncorvovsAlfandeguense

Sociedade: «Os migrantes são essenciais na sociedade portuguesa» – Pedro Góis

Sociedade: «Os migrantes são essenciais na sociedade portuguesa» – Pedro Góis

Pedro Góis, sociólogo e investigador na área das migrações, afirmou que é importante esclarecer as populações que os migrantes são essenciais na sociedade.

Falando no 34º Encontro da Pastoral Social, que decorreu em Fátima, sobre as consequências dos conflitos militares e da pandemia no fenómeno migratório, o professor na Faculdade de Economia na Universidade de Coimbra, destacou que “a guerra trouxe 53 mil ucranianos para Portugal, invisíveis socialmente”.

“Não ouvimos falar deles, não causaram problemas. Se os soubermos acolher, ficarão e trarão novas pessoas para a sociedade e isso acrescenta”, acrescentou.

Para o docente universitário, a pandemia veio mostrar o quão essencial foi o trabalho de pessoas imigrantes: “Os senhores das empresas de transportes, das cadeias de logística que transportam alimentos. Isso mostrou a sua importância essencial”, evidenciou.

Pedro Góis afirmou não ser possível a sociedade portuguesa viver sem os imigrantes, e afirmou que a transição demográfica está em curso.

“Se não recebermos muitos migrantes nas próximas décadas o país e a economia vão encolher de tal forma que se vai tornar insustentável viver aqui. É de vital importância começarmos a falar sobre isto. Não há turismo sem trabalhadores, não há agricultura sem mão-de-obra que já não existe no país. A população já não chega. Nos últimos anos saiu muta gente que já não volta. Vamos ter de acolher milhares de pessoas”, evidenciou.

“Felizmente temos um país atrativo para as pessoas, elas estão a vir espontaneamente. Não tenho a certeza de que no futuro continuamos a ter capacidade de atração, que vão ser atraídas por outras economias. Temos que saber não cometer os mesmos erros: não deixar que sejam os primeiros a perceber o emprego, não podemos deixá-los acreditar que não os apoiamos quando precisarem de nós, já que nos apoiaram quando precisámos. E este é um caminho que não vejo suficientemente comunicado”.

Pedro Gois pediu respostas mais céleres nas instituições de acolhimento, “o SEF demora muito tempo na regularização”, com salários baixos “o reagrupamento familiar é dificultado”, as Universidades “demoram muito tempo” a reconhecer diplomas, uma realidade que deve ser mudada.

O investigador explicou ainda que a educação para a “multiculturalidade” deve começar na escola.

O 34.º Encontro da Pastoral Social, com o tema ‘A pandemia, a guerra e os pobres’, foi uma organização conjunta do Secretariado Nacional da Pastoral Social e da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde.

Fonte: Ecclesia

Ambiente: Projeto ibérico de cabras sapadoras não foi implementado

Ambiente: Projeto ibérico de cabras sapadoras não foi implementado

O projeto transfronteiriço apresentado há uma década, que previa a introdução de 150 mil cabras sapadoras na zona raiana, não foi implementado por falta de apoios comunitários e dos governos ibéricos, informou o Agrupamento Europeu de Cooperação Transfronteiriça (AECT) Duero – Douro.

O “Self Prevention” foi desenvolvido pelo Agrupamento Europeu de Cooperação Transfronteiriça (AECT) Duero – Douro e visava a prevenção de incêndios com recurso à introdução de 150 mil cabras para a limpeza das matas, promovendo ainda o “desenvolvimento económico e rural” das zonas raianas dos distritos da Guarda, Bragança, e das províncias espanholas de Zamora e Salamanca.

O projeto tinha um orçamento previsto de 88 milhões de euros.

Em declarações, o diretor geral do AECT Duero – Douro, José Luís Pascoal, disse que o projeto só não avançou por falta de financiamento dos governos de Portugal e Espanha e da União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).

“O projeto [Self Prevention] só não seguiu em frente por falta de financiamento dos governos de Espanha e Portugal e da União Europeia, apesar de os dois governos ibéricos terem visto potencial neste projeto”, concretizou o responsável.

O programa transfronteiriço contemplava a criação de uma empresa, com capitais públicos e privados, que ficaria responsável pela distribuição dos efetivos caprinos e pela criação de equipamentos que sustentassem a rentabilidade económica do projeto, que tinha a sua conclusão prevista para 2016.

“Esta era uma solução para a prevenção dos incêndios florestais e ainda hoje é necessária a existência de cabras nos montes para limpar matos e mantê-los para prevenir os fogos”, disse José Luís Pascual.

Para o efeito chegou a ser constituída uma Sociedade Gestora de Participações com 51 por cento de capital público e 49 por cento privado com um ” investimento total de 88 milhões de euros”.

“Os governos português e espanhol na altura comprometeram-se, verbalmente, no início do projeto em 2011, a assegurar o financiamento 50 por cento do seu valor”, frisou o diretor geral do AECT – Duero – Douro 

Para além do investimento global que previa um investimento de 88 milhões de euros, estava prevista a criação de 700 postos de trabalho diretos.

“Tratava-se de um projeto de grande envergadura, mas não teve o financiamento necessário por parte de Espanha e Portugal, apesar de várias reuniões de trabalho tidas em Bruxelas, para a apresentação do ‘Self Prevention’”, confirmou Pascual.

Com base da iniciativa, estava ainda prevista a construção de 11 queijarias, uma unidade de transformação de leite, dois matadouros para abate dos animais (um em Portugal e outro em Espanha), seis lojas, uma plataforma logística para distribuição e comercialização de carnes e derivados de caprino e uma fábrica de rações, entre outros equipamentos.

“Este projeto transfronteiriço reunia todas as condições para ser um importante instrumento para a criação de riqueza e ajudaria a travar os incêndios florestais. Não há outra forma de prevenir os danos provocados pelo fogo nos montes ibéricos”, reiterou o diretor geral do AECT Duero -Douro.

Do lado espanhol foi dado ainda um primeiro passo para a instalação da primeira exploração de gado caprino com 200 cabeças de gado que ainda ” fiscalizaram” uma parcela importante da localidade de Robeleda, situada no extremo sul da província de Salamanca (Espanha).

Esteve ainda previsto um investimento para Palaçoulo, no concelho de Miranda do Douro, no distrito de Bragança, e a instalação de uma outra exploração e que deveria começar a funcionar no primeiro semestre de 2012, o que nunca aconteceu.

Passada uma década sobre a apresentação de um projeto que ficou pelas intenções, o AECT Duero- Douro garante que está à disposição dos governos ibéricos e da União Europeia para continuar o “Self Prevention”, tido como “imperioso” para o território fronteiriço que estender pelos distritos de Bragança e da Guarda, do lado Português. Já do lado espanhol contempla as áreas das províncias de Zamora e Salamanca.

O projeto chegou mesmo a ser apresentado publicamente em vários concelhos de Portugal e Espanha em sessões de esclarecimento dirigidas às partes interessadas.

O AECT Duero-Douro foi criado em 2009 com cerca de duas centenas de entidades associadas e desde então tem vindo a desenvolver várias iniciativas no território transfronteiriço das províncias de Salamanca e Zamora no lado de Espanha e nas regiões portuguesas de Trás-os-Montes, Douro e Beira Interior Norte do lado português.

O seu principal objetivo é o de impulsionar o desenvolvimento rural através de diferentes projetos europeus de cooperação transfronteiriça.

Fonte: Lusa

Duas Igrejas: Concurso público para a construção da zona industrial

Duas Igrejas: Concurso público para a construção da zona industrial

O município de Miranda do Douro vai lançar um concurso público destinado à construção da zona industrial, em Duas Igrejas, um projeto orçado em 1,5 milhões de euros, foi divulgado pela autarquia.

“Brevemente lançaremos a obra a concurso público, mas deparámo-nos com algumas dificuldades porque no projeto inicial não foi acautelada a criação de infraestruturas básicas e estamos a ultimar esta falha”, informou a presidente da câmara municipal de Miranda do Douro, Helena Barril.

A decisão de lançar a concurso a construção da Zona Industrial do Planalto Mirandês, em Duas Igrejas, foi tomada na última reunião de câmara, realizada no dia 17 de outubro.

“O investimento ronda o montante de 1,5 milhões de euros, financiado por fundos europeus em 85%, sendo que o restante vai por um empréstimo que será contraído junto do Banco Europeu de Investimento (BEI)”, vincou a autarca social-democrata.

A intervenção situa-se num conjunto de terrenos “que vão ser unificados”, criando uma área de 68 mil metros quadrados.

“O que nós pretendemos é vender os lotes a um valor simbólico de forma a atrair mais empresas para o nosso concelho”, frisou Helena Barril.

O parque industrial ficará localizado nas proximidades do nó do Itinerário Complementar 5 (IC5), em Duas Igrejas.

De acordo com informação divulgada pela autarquia de Miranda do Douro, a criação da nova zona industrial surge da necessidade de colmatar uma das maiores carências do concelho e garantir a captação de investimento.

“A intervenção configura-se em 24 lotes industriais com 600 metros quadros de implantação e dois lotes de serviços com 280 quadrados de implantação”, refere a mesma fonte.

“Este é um processo que estava na expectativa dos mirandeses há muitos anos e que agora começa a ganhar forma”, refere a autarquia mirandesa, concluindo que o concelho ficará com uma zona industrial idealizada, planeada e construída de raiz.

Fonte: Lusa

Sendim: Matadouro do Planalto vai custar quatro milhões de euros

Sendim: Matadouro do Planalto vai custar quatro milhões de euros

O município de Miranda do Douro vai avançar com a construção do matadouro intermunicipal do Planalto, que ficará instalado em Sendim e orçado em cerca quatro milhões de euros, informou a presidente da câmara municipal, Helena Barril.

“O matadouro intermunicipal do Planalto vai ficar instalado em Sendim. Para o feito já adquirimos dois terrenos com uma superfície de 21 mil metros quadrados nas proximidades da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) o que se traduz numa vantagem porque não será necessário construir um equipamento do género para servir a unidade de abate”, explicou Helena Barril.

A decisão foi tomada na última reunião do Executivo municipal de Miranda Douro, que decorreu no dia 17 de outubro.

Na mesma reunião foi ainda deliberado a aprovação do projeto de licenciamento de arquitetura e execução da unidade de abate e que deverá ser lançado a concurso no início do próximo ano.

“Trata-se uma obra [Matadouro do Planalto] que queremos ver construída ainda no decurso deste mandato”, vincou a autarca social-democrata de Miranda do Douro.

Segundo fonte ligada ao processo, a construção de um matadouro no Planalto Mirandês tem sido debatida há mais de uma década, chegando a haver reuniões de trabalho entre os três municípios envolvidos – Miranda do Douro, Mogadouro e Vimioso – para a construção de um matadouro intermunicipal.

O município de Miranda do Douro pretende levar em frente a construção de um novo matadouro, alegando que a atual unidade de abate instalada naquela cidade já não tem capacidade de resposta para as exigências da região e é considerada um foco de poluição das águas do rio Fresno, o afluente do Douro.

“Uma das necessidades prende-se, não só com a poluição do rio Fresno, mas também com a longevidade do atual matadouro. Há uma necessidade de investimentos no atual matadouro para a sua melhoria e chegamos à situação em que achamos que não vale a pena investir mais num equipamento que já está ultrapassado”, enfatizou a autarca mirandesa.

Segundo Helena Barril, “a grande aposta passa pela construção de um novo matadouro no Planalto Mirandês que satisfaça as suas necessidades do território”.

“Nós honramos os compromissos que foram assumidos por anteriores autarcas em anteriores mandatos e é esta a nossa grande aposta”, vincou.

A presidente da câmara de Miranda do Douro disse ainda que “não há a possibilidade de qualquer reunião com Mogadouro sobre a matéria”.

O autarca de Mogadouro reitera também que já havia assumido a construção de um matadouro na zona industrial deste concelho, remetendo mais explicações após a reunião do executivo municipal.

O presidente da câmara de Vimioso, Jorge Fidalgo, disse que após uma reunião de câmara tida em abril de 2011, e que juntou os representes dos três municípios [Mogadouro, Miranda do Douro e Vimioso], mantém a posição e que passa pela construção de um matadouro intermunicipal a localizado em Sendim, no concelho de Miranda do Douro.

A construção de um novo matadouro no planalto Mirandês foi uma das principais bandeiras políticas dos dois autarcas eleitos nas listas do PSD para as câmaras de Miranda do Douro e Mogadouro, durante a campanha para as últimas eleições autárquicas.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Peregrinar entre a ermida da Luz e o santuário de Nossa Senhora do Naso

A atividade transfronteiriça “Peregrinos por um dia” vai regressar no próximo dia 5 de novembro, com a caminhada entre a ermida de Nossa Senhora da Luz, em Constantim, e o santuário de Nossa Senhora do Naso, na Póvoa, numa distância de 16,8 quilómetros.

Recorde-se que estas peregrinações mensais são uma iniciativa da delegação de religiosidade popular da diocese de Zamora e da paróquia de Miranda do Douro.

Nestas caminhadas, os peregrinos portugueses e espanhóis visitam os santuários marianos que existem na raia: três em Portugal e quatro na vizinha Espanha.

Em Portugal, os santuários e ermidas a visitar são o santuário de Nossa Senhora do Naso, na Póvoa; a ermida de Nossa Senhora da Luz, em Constantim; e Nossa Senhora da Ribeira, em Quintanilha.

Em Espanha, os peregrinos visitam os santuários em honra da Virgem de la Soledad, em Trabazos; a Virgem de la Salud, em Alcañices; a Virgem de Alba, em Carbajales de Alba e a Virgem de la Encarnación, em Villalcampo.

De acordo com o padre Javier Fresno Campos, delegado da Religiosidade Popular, da Diocese de Zamora, estas peregrinações conjuntas entre portugueses e espanhóis iniciaram-se em 2014.

Percorridos oito anos desde o início destas peregrinações, o padre Javier explicou que o convívio entre as pessoas é a mais-valia destas peregrinações.

“Nestes encontros há um ambiente fraterno de convivência entre espanhóis e portugueses, o que promove a construção de muito boas amizades”, disse.

Sobre os santuários que costumam visitar, o sacerdote espanhol disse que nestas peregrinações descobrem lugares impressionantes que revelam muitas afinidades entre a prática religiosa nas dioceses de Zamora e de Bragança – Miranda.

Por seu lado, o padre Manuel Marques, pároco de Miranda do Douro destacou o bom relacionamento entre as populações portuguesa e espanhola.

«A atividade “Peregrinos por um dia” tem três componentes importantes: a prática do exercício físico e a promoção da vida saudável. A partilha espiritual, pois a caminhada começa com a oração da manhã e conclui-se com a celebração da eucaristia. E o convívio entre portugueses e espanhóis, que decorre ao longo do dia e culmina com o almoço», disse.

Quem pretenda participar nas peregrinações “Peregrinos por um dia” deve contatar a paróquia de Miranda do Douro, na pessoa do padre Manuel Marques, através dos seguintes contatos: telemóvel 912 100 523 |email mjlm1952@hotmail.com.

Em alternativa, pode contatar a Delegação para a Religiosidade Popular da Diocese de Zamora, na pessoa do Padre Javier Fresno Campos, através dos contatos: telemóvel 034 606876098 |email jfresno2000@yahoo.es



A organização de “Peregrinos por um dia” informa que a participação nas peregrinações é gratuita. Aos inscritos aconselha-se o uso de calçado e roupa adequada para a época, água e um pequeno lanche para a caminhada.

No final de cada peregrinação realiza-se um almoço-convívio num restaurante e o custo da refeição é da responsabilidade de cada participante.

HA