Ambiente: Zero quer metade da energia renovável em 2030

A associação ambientalista Zero considera possível que em 2030, pelo menos metade da energia produzida em Portugal, seja de fonte renováveis e pede ao Governo que estabeleça metas nesse sentido.

A Zero apela para que a incorporação de energias renováveis em todo o sistema aumente para, pelo menos 50% até 2030 e, numa perspectiva de mais longo-prazo, para pelo menos 90% em 2040”, diz a associação em comunicado.

O documento agora divulgado diz respeito ao Plano Nacional de Energia e Clima 2021-2030 (PNEC), cuja versão preliminar terá de ser apresentada à Comissão Europeia até final do mês de junho.

O PNEC, aprovado em 2020, é o principal instrumento das políticas energéticas e climáticas para esta década, com metas para a redução de gases com efeito de estufa (GEE), eficiência e segurança energética ou incorporação de energias renováveis.

No comunicado a Zero considera que a revisão que agora se apresenta é essencial para os Estados assegurarem planos mais exigentes, e diz que o PNEC “deve ser suficientemente ambicioso para ir além das metas estabelecidas pela União Europeia e, desta forma, alinhar-se com o compromisso estabelecido pelo Acordo de Paris”.

É essencial, sublinha a Zero, “que Portugal demonstre liderança e vontade política para enfrentar a crise climática e proteger o ambiente para as gerações presentes e futuras”.

E para garantir o cumprimento do Acordo de Paris (de reduzir emissões de GEE para que o aquecimento global não vá além dos 1,5 graus celsius em relação à época pré-industrial) é preciso que em 2030, na União Europeia, haja uma redução de 65% de emissões de GEE, em relação a 1990.

E em Portugal pelo menos uma redução de 60% em relação a 2005, diz a Zero, que considera importante refletir e rever os objetivos estabelecidos no PNEC, aumentando as energias renováveis sim, mas preservando a paisagem, promovendo a biodiversidade e garantindo o enriquecimento dos solos.

A Zero defende no comunicado a promoção do armazenamento partilhado de energia renovável e a introdução no PNEC de um novo objetivo, de promoção da economia de partilha, um modelo económico em que os diferentes atores e atividades partilham recursos, diminuindo-se assim as necessidades de consumo e a pressão sobre os recursos.

Seria o caso de produção partilhada de eletricidade, ou uso comum de eletrodomésticos como máquinas de lavar roupa.

E considera que o mais importante a rever no PNEC é a suficiência e eficiência energética, que é preciso melhorar, e a segurança energética, porque as secas deverão reduzir a produção de energia hídrica, pelo que são importantes políticas que levem ao desenvolvimento das capacidades de armazenamento de energia.

No documento, a Zero pede ainda a revisão do Simplex Ambiental, para haver critérios rigorosos de sustentabilidade, a antecipação para antes de 2040 do fim da produção de eletricidade a partir de gás fóssil (começando pelo fim da central da Tapada do Outeiro cuja licença termina em 2026), a proibição da compra de novos autocarros a gás natural e prioridade ao uso interno de hidrogénio verde, orientado para setores onde não é possível usar a eletricidade.

Fonte: Lusa

Apicultura: Projeto BeeLand quer preservar as abelhas e recuperar a produção de mel

Foi apresentado em Mirandela, um novo projeto que se propõe estudar e procurar soluções para preservar as abelhas e recuperar o estatuto do mel em Portugal, com um financiamento de quase um milhão de euros para a realização de várias ações.

O projeto, denominado BeeLand, é financiado pelo Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) e envolve 16 parceiros entre empresas, academia e organizações do setor apícola, com um prazo de execução até 2025.

O propósito, como foi expresso, em Mirandela, é estudar o setor e mudanças provocadas por fatores como as alterações climáticas, os incêndios ou a seca, e procurar soluções para as novas realidades que acarretam, nomeadamente ao nível dos méis portugueses com Denominação de Origem Protegida (DOP).

Portugal tem nove regiões DOP onde o mel produzido obedece a uma série de regras definidas há 30 anos e que não se adequam aos tempos atuais com mudanças, nomeadamente ao nível da vegetação, que altera a cor e sabor, como explicaram os responsáveis pelo projeto.

Muitos apicultores não conseguem cumprir os requisitos e o mel certificado tem vindo a perder terreno, com uma queda de cerca de 450 mil quilos em 2010 para 15 mil quilos em 2020, embora a produção total nacional de mel tenha aumentado até 2019.

Os dados foram avançados por Cristofe Espírito Santo, do Centro Nacional de Competências da Apicultura e Biodiversidade, uma das entidades envolvidas no projeto BeeLand.

“A culpa não é do apicultor, nem das abelhas”, enfatizou, explicando que uma das prioridades do projeto é atualização do caderno de encargos dos méis DOP, de forma a que responderam às condições atuais.

Além disso, “o selo DOP indica a tradicionalidade do produto, mas a tecnologia evoluiu. Hoje, as variedades de mel têm a mesma qualidade, a que se acrescentam 30 anos de experiência”, segundo o presidente da Federação Nacional de Apicultores de Portugal, Manuel Gonçalves.

“Estamos a aperceber-nos que vamos ter que valorizar os nossos méis DOP, de produção biológica, para conseguirmos manter-nos no mercado. O nosso mercado é o das lojas de produto de qualidade e das lojas de bairro, não é para a grande distribuição”, afirmou.

A federação, também parceira do projeto, destaca que, “neste momento, com a grande transformação que está a acontecer na agricultura, com a plantação de espécies que necessitam de polinização, as condições climáticas, a procura de polinização de abelhas, é necessário começar a ordenar o território”.

Para o efeito, defende que é preciso criar em Portugal “uma bolsa de polinização para em qualquer momento estar disponível, para organizar o setor” para que, em situações de crise como a atual, não haja quebras no setor.

Os apicultores falam de um dos piores anos de sempre para a produção, com quebras de 80% num setor que não conseguiu recuperar a tempo das sequelas deixada nas colmeias pela seca de 2022.

O projeto BeeLand procurará saber “se nas nove regiões DOP a caracterização do mel se mantém igual ou se houve alteração” devido, por exemplo, à mudança de vegetação, com plantas que desaparecem e invasoras que se instalam.

Outro objetivo é fazer crescer a comercialização dos méis DOP, concretamente “que os produtores consigam que pelo menos 50% da sua produção seja vendida em locais onde tenha uma mais-valia

O representante dos apicultores considerou ainda ser imperioso criar em Portugal uma “bolsa de polinizadores para responder à muita procura”, que atualmente está a recorrer a estrangeiros.

O trabalho das abelhas assegura “a maior parte dos alimentos”, como salientou Cristofe Espírito Santo, apontando que o projeto BeeLand visa “apoiar, dar inovação e dinamizar o setor através da regeneração de áreas ardidas, atualização dos cadernos de encargos das DOP e criação de plataformas digitais que sirvam de repositório de informação de trabalhos científicos, investigação aplicada, casos concretos/reais”.

O projeto prevê ainda o desenvolvimento de métodos rápidos para análise de mel e a instalação no polo de inovação da Direção Regional de Agricultura, em Mirandela, de campos experimentais para regenerar áreas incultivável com espécies autóctones, como rosmaninho, urze, para aumentar os efetivos de abelhas e ajudar a polinização desta área”.

“Os resultados que vão ser obtidos aqui, depois também podem ser replicados noutros pontos do país ou mesmo aplicados noutras explorações”, afirmou.

Fonte: Lusa

Política: Eixo Atlântico define cinco áreas para desenvolver o interior

O Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular elegeu como áreas prioritárias para desenvolver os territórios de baixa densidade, a governação, as medidas institucionais e o financiamento e as área social, económica e ambiental, propondo linhas de atuação nestas áreas, segundo um relatório agora divulgado.

As medidas propostas no relatório Coesão Socioterritorial e despovoamento na Eurorregião Galiza – Norte de Portugal vai ser apresentado em Mirandela, no dia 22 de junho, e foca-se na subregião das Terras de Trás-os-Montes, em Portugal, e nas províncias galegas de Lugo e Ourense, em Espanha, visando criar “uma agenda mobilizadora”.

A primeira área estratégica diz respeito à governança do território, e as quatro linhas de atuação sugerem a existência de “um documento unificado no qual figure o que está a fazer cada administração em matéria de despovoamento”, “criar um documento único com todas as linhas de ajuda” neste âmbito, a “potenciação de uma nova imagem do rural” e ainda “uma nova cultura do território”.

Segundo o Eixo Atlântico, o objetivo das linhas de atuação neste âmbito “centra-se na necessidade de dispor de informação atualizada e comparada na altura de fortalecer a governança multinível”, desde o europeu ao mais local.

Quanto às linhas de atuação relativas a medidas institucionais e financiamento, o Eixo Atlântico propõe “um quadro de vantagens fiscais para pessoas jovens e empreendedoras”, dar prioridade ao território “nas medidas de apoio direto” fiscal, “facilitar apoio financeiro a projetos empresariais” em zonas rurais e melhorar a “produtividade” desses projetos.

Já no âmbito social, as linhas de atuação propostas são 12, e vão desde “apoiar as alianças entre as entidades de economia social, intercooperação ou integração”, a “promover, através da formação ou incentivos, uma plataforma cooperativa de fornecimento de bens e serviços no meio rural”.

São também propostos “mecanismos de colaboração público-privada entre cooperativas locais e entidades públicas”, a oferta de “serviços sociais ao domicílio” com apoio tecnológico, o reforço de “programas de ajuda a cuidadores familiares” e “facilitar o envelhecimento em casa e na comunidade”.

É ainda visada a implementação, no mundo rural, de residências com assistência médica “para estadias curtas”, a facilitação de “acesso à habitação”, a criação “de um banco de casas vazias”, de “uma bolsa de informação sobre casas em condições de serem habitadas”, e a “promoção pública de casas”.

No âmbito económico, são propostas 13 linhas de atuação, como facilitar “o desenvolvimento rural”, realizar atividades “para dar a conhecer as experiências inovadoras das gentes locais” ou adotar “uma estratégia de economia social”, bem como criar polos e divulgar o seu potencial para criar “emprego de qualidade”

Também se defende um “impulso do setor artesão e do comércio local” e a “colaboração com as universidades e centros de investigação”, bem como a promoção de produtos endógenos, da indústria rural “como referente de qualidade” e a otimização do “uso dos fundos europeus” para atrair e reter talento, através de uma “estratégia integrada” para tal.

Por fim, na área ambiental o Eixo Atlântico sugere apostas num a gestão de recursos “baseada na inovação e sustentabilidade” e na agrotecnologia, bem como impulsos às cooperativas agroalimentares, ao associativismo dos produtores e à agricultura ecológica com economia circular.

É também sugerida a oferta de produtos agroindustriais “com imagem de autenticidade”, oferta turística “com forte implicação municipal”, modelos de produção “baseados na comunidade e que promovam a inclusão social”, apoio aos programas “contra o abandono e subutilização de terras”, medidas para “aproveitamento de terrenos” e registos das iniciativas municipais de agrotecnologia.

Também há referência à implementação de “serviços digitais rurais pensados para a bioeconomia”, de “feiras e mostras de produtos tradicionais, a uma “escola de pastores”, à “defesa dos montes comuns” e as “redes de colaboração intermunicipais”.

O Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular é uma organização de cooperação transfronteiriça que reúne 39 municípios do Norte de Portugal e da Galiza, fundada em 1992.

Fonte: Lusa

Picote: Livro de poesia “Picuote” realça os encantos da localidade

No âmbito do evento “Encontros Primavera 2023”, que decorreu em Picote, entre os dias 8 e 10 de junho, foi apresentado no serão de sexta-feira, dia 9 de junho, o livro de poesia “Picuote”, da autoria de Pedro Eiras, com desenhos de Bárbara Fonte e tradução para mirandês de António Bárbolo Alves.

A apresentação do livro decorreu no salão da Casa do Povo, em Picote, onde para além dos autores, estiveram presentes o presidente de junta de freguesia local, Jorge Lourenço, assim como os artistas, investigadores e demais participantes nas várias atividades dos Encontros Primavera deste ano.

Sobre o novo livro, o autor, Pedro Eiras, informou que foi escrito em 2022, no âmbito do convite para participar no programa das residências artísticas, em Picote.

“Antes de começar a escrever, perguntei-me: como é que vou partilhar esta minha experiência/ estadia em Picote, onde somos envolvidos pelo silêncio da natureza e do património edificado pelo homem?”, partilhou.

Após iniciar a escrita, Pedro Eiras, intuiu que seria fascinante traduzir os textos para a língua mirandesa. E juntar-lhes também desenhos. Foi assim, que nasceu a obra de poesia “Picuote”, da autoria conjunta de Pedro Eiras, António Bárbolo Alves e Bárbara Fonte.

Aquando da apresentação da obra “Picote”, os autores convidaram o público a ler em voz alta, os poemas em português e também em mirandês, desafio que todos aceitaram e ficaram encantados com a beleza dos poemas e a sonoridade do mirandês.

HA

Seca: Apicultores queixam-se que setor do mel está a passar a pior crise em 40 anos

Em Portugal, a produção de mel está a enfrentar o pior ano com quebras estimadas de 80%, ainda consequência das sequelas da seca de 2022, informou o presidente da Federação Nacional de Apicultores, Manuel Gonçalves.

“Estamos a passar a pior crise em 40 anos”, frisou o dirigente, em Mirandela, à margem da apresentação do novo projeto BeeLand, que foi pensado para estudar o setor e procurar soluções para os problemas, com perto de um milhão de euros financiados pelo Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).

Sem solução, explicou o dirigente, está a produção deste ano, que não conseguiu recuperar dos danos causados pela seca em 2022, e apresenta quebras estimadas na ordem dos 80%.

Manuel Gonçalves concretizou que Portugal perdeu “cerca de 200 mil das mais de 700 mil colmeias” devido ao decréscimo do efetivo de abelhas, que vinha sendo registado desde há três anos e se agravou nas quebras do ano passado.

Segundo o presidente da federação, por colmeia é produzida uma média de nove quilos de mel num ano normal.

“Neste momento, nós não passamos dos dois quilos e meio”, indicou.

Esta realidade fará com que “muitos apicultores vão ter que optar por não extrair mel para manter o seu efetivo de abelhas” porque “se extraírem mel podem levar à morte de abelhas”, como explicou Cristofe Espírito Santo, do Centro Nacional de Competências da Apicultura e Biodiversidade.

“O setor precisa de ajuda para sobreviver este ano, que não se conseguia prever ser tão mau para as abelhas, que fazem um serviço tão importante para a comunidade, porque sem as abelhas nós não conseguimos ter fruta ou hortícolas”, alertou Cristofe Espírito Santo.

Para o presidente da federação, “isto é uma catástrofe total”.

O responsável referiu que já o dissera ao Governo, mas “até agora os apicultores não só não vislumbram ajuda para a campanha deste ano como continuam a ser, entre os parceiros europeus, os únicos sem qualquer apoio direto”.

As ajudas que existem à apicultura em Portugal, segundo disse, são dadas a organizações de produtores, e nenhuma diretamente ao apicultor.

Fonte: Lusa

Ensino: Cantinas escolares do Baixo Sabor vão ter produtos biológicos nas ementas

No próximo ano letivo, os agrupamentos de escolas de quatro concelhos da região do Baixo Sabor vão introduzir nas ementas, alimentos produzidos em modo biológico, provenientes da biorregião dos Lagos de Sabor.

“Vamos introduzir já no próximo ano letivo ementas à base de produtos agrícolas produzidos em modo biológico provenientes da biorregião dos Lagos do Sabor e promover as bio-cantinas neste território. Este desafio já foi lançado aos produtores agrícolas e pecuários deste território”, disse à Lusa o presidente da Associação de Municípios do Baixo Sabor (AMBS), Eduardo Tavares.

A biorregião dos Lagos do Sabor abrange quatro concelhos integrados na Associação de Municípios do Baixo Sabor (AMBS): Alfândega da Fé, Mogadouro, Macedo de Cavaleiros e Torre de Moncorvo e uma área de sete mil hectares de agricultura biológica.

“O primeiro passo é que, pelo menos uma vez por semana, as cantinas escolares deste território possam ter alimentos 100% biológicos, que ajudem a promover este tipo de agricultura e ao mesmo tempo refeições mais saudáveis para crianças e jovens em idade escolar”, vincou Eduardo Tavares.

Dos alimentos destacam-se produtos hortícolas, fruta ou as carnes de raças autóctones, sendo que esta região tem já uma Superfícies Agrícola Utilizável (SAU) de 25% dos seus sete mil hectares.

Os Lagos do Sabor obtiveram a certificação como biorregião em setembro de 2022, abrangendo mais de 700 agricultores e cerca de 30 explorações pecuárias.

“Esta é uma forma de potenciar todo o território, com base nos princípios da gestão sustentável dos recursos locais e da proteção ambiental”, vincou o também presidente da Câmara de Alfândega da Fé.

De acordo com o autarca, os produtos agrícolas biológicos serão adquiridos através de ajustes diretos ou concursos públicos abertos aos produtores dos quatro concelhos que integram a AMBS.

As biorregiões consistem em áreas geográficas onde agricultores, cidadãos, operadores turísticos, associações e o poder local estabelecem uma parceria para a gestão sustentável dos recursos locais, dando centralidade à produção e consumo alimentar de base agroecológica.

Em Portugal existem atualmente as biorregiões de Idanha-a-Nova, Alto Tâmega, São Pedro do Sul, Margem Esquerda do Rio Guadiana e Lagos do Sabor.

Fonte: Lusa

Ensino: Quase 150 mil alunos inscritos para primeira fase dos exames do secundário

Quase 150 mil alunos do ensino secundário estão inscritos para ir à primeira fase dos exames, na maioria dos casos para poderem depois candidatar-se ao ensino superior, segundo os dados divulgados pelo Ministério da Educação.

A primeira fase dos exames nacionais vai iniciar-se no dia 19 de junho e ao longo de dez dias vão ser realizadas mais de 262 mil provas por 149.686 alunos.

A maioria dos estudantes, muitos deles inscritos para mais do que uma disciplina, vai a exame com o objetivo de candidatar-se ao ensino superior (74%).

Cerca de 21% pretende utilizar o exame para melhorar a classificação interna, havendo ainda 6% que precisam da nota para passar à disciplina.

Dos 66.201 rapazes e 83.485 raparigas inscritos, a esmagadora maioria está em cursos científico-humanísticos (86%). São sobretudo os alunos de ciências e tecnologia, com 66.740 inscritos (46%), além de 31.895 alunos de línguas e humanidades, 16.886 de ciências socioeconómicas e 7.878 de artes visuais.

À semelhança dos anos anteriores, Biologia e Geologia (44.145), Português (42.451), Física e Química A (39.703) e Matemática A (39.683) são as provas mais concorridas.

Português e Matemática A são as provas mais usadas para candidatura ao ensino superior, com 40.906 e 38.799 inscritos, respetivamente, com esse objetivo, enquanto Biologia e Geologia e Física e Química A são as que têm um maior número de alunos inscritos para melhoria de nota, com 12.964 e 9.610 inscrições, respetivamente, para esse efeito.

A prova de História A, que, até à pandemia, era obrigatória para os alunos de línguas e humanidades, tem apenas 9.270 alunos inscritos. As provas de Italiano são as que têm menos alunos inscritos (quatro), seguidas de Latim A (sete) e Português Língua Não Materna (12).

Além dos alunos provenientes dos cursos científico-humanísticos, há ainda 8% de inscritos com origem nos cursos profissionais. Os cursos artísticos especializados, o ensino recorrente e provas para equivalências representam, em cada um dos casos, 1% das inscrições.

A primeira fase dos exames do ensino secundário arranca a 19 de junho, com a prova de Português, às 09:30. A última prova é no dia 03 de julho, com História B.

Este ano, ainda se mantêm as regras excecionais implementadas durante a pandemia da covid-19, que dispensam os alunos da obrigatoriedade de ir a exame para concluir o ensino secundário.

A partir do próximo ano, começam a ser aplicadas de forma progressiva as novas regras para a conclusão do ensino secundário, que retomam a obrigatoriedade dos exames nacionais, mas com um peso mais baixo na média final e, à exceção do Português, os alunos podem escolher as duas disciplinas a que realizam prova.

Nessa altura, os alunos do 11.º já poderão escolher os exames a realizar, com impacto na classificação final (passam a valer 25%) e só depois é que as alterações na avaliação externa passam a abranger todos os alunos do ensino secundário.

Fonte: Lusa

Atenor: “Pranto de Maria Parda” encerrou a XI Ronda das Adegas

Nos dias 9, 10 e 11 de junho, a aldeia de Atenor voltou a ser o destino de milhares de pessoas, que quiseram participar na XI Ronda das Adegas, um evento cultural que mostra as potencialidades do mundo rural, como os produtos da terra e a gastronomia, os antigos ofícios e os animais, os jogos tradicionais, a música, os concertos e até o teatro de rua, que este ano encerrou a festa.

O teatro de rua “Pranto de Maria Parda” encerrou a XI Ronda das Adegas, que decorreu nos dias 9, 10 e 11 de junho, em Atenor.

De acordo com o presidente da Associação Cultural e Desportiva de Atenor, Vitor Rodrigues, apesar da chuva no dia de abertura, a 9 de junho, a Ronda das Adegas registou uma grande afluência de público, de portugueses e de estrangeiros, que visitaram Atenor para conhecer as tradições locais.

“A chuva da semana passada dissuadiu muitas pessoas de participar no evento deste ano e por isso não atingimos o objetivo dos cinco mil visitantes, mas mesmo assim ficamos muito próximos desse número, já que registamos 4500 entradas”, disse.

O teatro “Pranto de Maria Parda” foi uma das novidades do evento, o que segundo Vitor Rodrigues faz parte da estratégia da organização de acrescentar qualidade à festa, de ano para ano.

Segundo o dirigente associativo, a Ronda das Adegas, em Atenor, também tem o propósito de alertar a opinião pública, e em particular, o governo, para o preocupante despovoamento das zonas rurais.

Este ano, a XI edição contou com a visita do vice-presidente do Turismo do Porto e Norte, Inácio Ribeiro, que nesta sua estadia em Atenor, disse que este evento é um modo criativo de respeitar, cultivar e manter as tradições rurais.

“Em Atenor, com a realização da Ronda das Adegas transmitem-se tradições como a musica tradicional, mas também o saber fazer dos antigos ofícios, que constituem uma herança cultural que importa preservar”, destacou.

Sobre a peça de teatro que encerrou o evento deste ano, Inácio Ribeiro acrescentou que o teatro permite representar e ironizar sobre a vida passada e presente.

Quanto à peculiaridade e ao sucesso da Ronda das Adegas, o vice-presidente do Turismo Porto e Norte explicou que o que torna os territórios atrativos são as suas gentes.

“É a dimensão humana que dá história, memória e identidade aos territórios. A Terra de Miranda e em particular, a aldeia de Atenor, não obstante o gravíssimo problema do despovoamento, tem muita alma. E são os eventos culturais, como a Ronda das Adegas, que despertam o interesse do público e constituem uma das estratégias que mais pode ajudar estes territórios”, disse.

De acordo com o responsável pelo turismo, a Ronda das Adegas tem potencial para crescer em Portugal e no estrangeiro e atrair turistas que permaneçam na região para além do fim-de-semana.

Este ano, o evento encerrou com um teatro de rua, no qual a companhia Filandorra – Teatro do Nordeste representou a peça “Pranto de Maria Parda”, de Gil Vicente. Na perspectiva de Inácio Ribeiro, o teatro de rua é uma boa aposta, dado que esta arte envolve e apela à participação do público.

“O teatro de rua consegue pôr o público a participar, seja a dançar, a cantar ou a representar. O público torna-se também um ator ativo e não apenas um observador passivo que passa por Atenor!”, explicou.

Dada a entusiasta participação do público na peça “Maria Parda”, o vice-presidente do Porto e Norte sugeriu mesmo que a peça de teatro decorra ao longo dos vários dias do evento.

Por sua vez, o diretor Artístico da Filandorra – Teatro do Nordeste, David Carvalho explicou que a peça é um dos textos míticos de Gil Vicente, escrito durante dois anos de seca, o que levou à escassez de produtos alimentares, como o vinho.

“O vinho simboliza a alegria. E esta peça é a história de uma mulher que morre à sede de vinho, isto é, morre de tristeza”, explicou.

Ao longo da peça, a personagem principal, Maria Parda anda de adega em adega a pedir vinho (alegria), mas ninguém lhe dá. No final do enredo, metade das personagens são pessoas vindas do público, o que revela a mais valia da interatividade do teatro de rua.

A peça de teatro “Pranto de Maria Parda” na XI Ronda das Adegas fez parte do protocolo estabelecido entre a Filandorra e o Município de Miranda do Douro.

A “Ronda das Adegas” é um evento organizado pela Associação Cultural Desportiva de Atenor e que conta com os apoios do município de Miranda do Douro, da União de Freguesias de Sendim e Atenor e de várias empresas patrocinadoras.

HA

Futsal: Mirandeses afastados da III Divisão de Futsal

O campeão distrital de futsal, Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) viu goradas as hipóteses de qualificação para a III divisão de futsal, ao ser derrotado em casa, por 4-5, no confronto com o Cerveira, ocupando até ao momento o último lugar no grupo, quando faltam ainda duas jornadas para o final desta competição.

No último minuto de jogo, os mirandeses não conseguiram segurar a vantagem e acabaram derrotados por 5-4.

O jogo da quarta jornada da Taça Nacional de Séniores, realizou-se ao final da tarde de sábado, dia 10 de junho, no pavilhão multiusos, em Miranda do Douro.

A equipa visitante, de Vila Nova de Cerveira teve uma entrada surpreendente no jogo e logo aos 10 segundos marcou o primeiro golo, 0-1, através de um remate que ressaltou na defesa mirandesa e sobrevoou por cima do guardião Pina.

Aos 2 minutos, os visitantes dilataram o marcador para 0-2, na sequência de um remate forte, a meia altura e cruzado que surpreendeu o guarda-redes mirandês.

A equipa de Miranda do Douro reagiu aos 5 minutos, numa boa combinação coletiva entre Castro e Nickas, concluída por Vitor Hugo, ao segundo poste da baliza contrária, para reduzir para 1-2.

A reação mirandesa sofreu um novo revés, aos 9 minutos, numa desatenção defensiva que permitiu que uma rápida reposição da bola na linha lateral, desse origem a um remate, que mais uma vez surpreendeu o guardião mirandês, estabelecendo o 1-3.

Após o intervalo do jogo, os mirandeses vieram com outra atitude, sobretudo ao nível da concentração.

Aos 23 minutos, Castro reduziu para 2-3, num remate rasteiro dentro da área adversária.

Passados cinco minutos, Nickas empatou o jogo, 3-3, na conversão de um livre frontal, no qual rematou a bola por baixo da defesa do Cerveira.

Os mirandeses chegaram à reviravolta aos 38 minutos, graças a uma recuperação de bola perto da área adversária, com Caio a assistir Vitor Hugo, para o 4-3.

No entanto, no último minuto de jogo, o Cerveira a jogar com o guarda-redes avançado conseguiu empatar, 4-4, aos 39’30 segundos. E a quatro segundos do apito final, os visitantes chegaram mesmo à vitória, ao apontar o 4-5 final.

Equipas:

Clube Desportivo Miranda do Douro (CDMD): Pina (cap.), Vitor Hugo, Ricky, Nickas, Castro, Guilherme, Renato, Dinis, André, Caio, Gaby e Cristal.

Treinador: Paulo Gonçalves

“Neste jogo voltamos a perder pela desconcentração momentânea. Entramos logo a perder o que nos obrigou a pressionar o adversário. Após um grande esforço conseguimos recuperar de um resultado de 1-3 para 4-3. Mas no minuto final, numa nova desconcentração nossa, o Cerveira empatou 4-4. Dado que o empate não nos servia, tivemos que arriscar jogar num 5 para 4 e numa transição rápida acabaram por ganhar o jogo. Estamos tristes por não seguir em frente no playoff de acesso à III divisão de futsal. Nos dois jogos que ainda faltam jogar, vamos honrar Miranda do Douro. E depois vamos preparar a próxima época para revalidar o título de campeão distrital” – Vitor Hugo

Cerveira Futsal: Márcio, João Fonseca, Diogo Santos, Ricardo, Hugo Matos, Gil Pinto, Luís Brito, Ricardo, Hugo Barbosa e Ricardo Vieira.

Treinador: Rui Paulo

“Acabamos mal a primeira parte porque não estávamos focados na nossa estratégia. A equipa de Miranda do Douro ao fazer o 2-3 começou a acreditar que poderia dar a volta ao jogo e assim aconteceu. É uma equipa muito lutadora, com muita vontade de ganhar e uma grande entrega ao jogo. Nos minutos finais, a vitória esteve ao alcance das duas equipas e desta vez nós fomos mais felizes. Sobre a qualificação para a III Divisão de Futsal, tendo em consideração o avanço pontual dos campeões de Braga e de Vila Real, vai ser difícil qualificarmo-nos.” – Rui Paulo.

Equipa de arbitragem:

1º Árbitro: André Fonsesa (AF Guarda)

2º Árbitro: Manuel Pinto (AF Guarda)

Cronometrista: Pedro Almeida (AF Guarda)

4ª jornada

AD Jorge Antunes5-2GDC Salto
 CD Miranda Do Douro4-5Cerveira

Classificação

PJVEDGMGSDG
1AD Jorge Antunes94301147+7
2GDC Salto943011612+4
3Cerveira441121015-5
4CD Miranda Do Douro14013814-6

5ª jornada (17/06/2023)

AD Jorge Antunes17:00Cerveira
 GDC Salto18:00CD Miranda Do Douro

HA

Igreja: Jornada de espiritualidade eucarística

A Congregação das Servas Franciscanas Reparadoras dinamizou a segunda jornada de espiritualidade eucarística, no Centro D Abílio Vaz das Neves, em Macedo de Cavaleiros (Diocese de Bragança-Miranda).

Dentro do dinamismo da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o ícone de Maria, “tabernáculo do Deus vivo” que visita Isabel, inspira a II Jornada de Espiritualidade Eucarística, lê-se numa nota enviada à Agência ECCLESIA.

O slogan “do acolhimento à alegria da visitação”, tem acompanhado, neste ano pastoral, o viver da Congregação das Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado que promove esta iniciativa.

O arcebispo de Braga, D. José Cordeiro, e a italiana Maria Rita Scrimieri, colaboradora na causa de canonização de Vera Grita, sob a moderação de Pedro Sinde, apresentaram a sessão, informam as Servas Franciscanas Reparadoras.

A congregação das Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado foi constituída canonicamente a 15 de agosto de 1950, por D. Abílio Augusto Vaz das Neves, Bispo da Diocese de Bragança-Miranda. A 1 de novembro de 1991 foi reconhecida como Instituto de Direito Pontifício.

Fonte: Ecclesia