Ambiente: Burro de Miranda limpa mato no planalto mirandês

O planalto mirandês é o campo experimental da primeira Brigada Florestal Animal, que consiste num projeto-piloto que tem por missão a limpeza de lameiros e mato, a fim de criar zonas tampão em caso de incêndios florestais.

Esta iniciativa é coordenada pela Associação Para o Estudo e Proteção do Gado Asinino (AEPGA), que dispõe de duas dezenas de burros desta raça autóctone que estão posicionados, atualmente, no território de Vila Chã da Braciosa, no concelho de Miranda do Douro.

“Através deste projeto-piloto, pretendemos demonstrar o grande potencial que os burros mirandeses podem ter na gestão da paisagem, e, ao mesmo tempo, contribuir para a diminuição da carga combustível existente em lameiros abandonados”, disse o secretário técnico da AEPGA, Miguel Nóvoa.

Para fazer os trabalhos de limpeza de lameiros e mato são utilizados estes autênticos “destroçadores” de matéria vegetal, onde em cada sete hectares de terreno são colocados seis a 12 animais, que são controlados por uma cerca elétrica para não abandonarem o local.

“Os lameiros estão a ficar abandonados o que leva ao crescimento de mato e o burro tem apetência para realizar o trabalho de limpeza destas terras”, explicou o também veterinário.

Nesta iniciativa ambiental, os animais são apenas controlados por uma cerca elétrica, que é ajustada e cada meio ano, para os confinar uma determinada zona de limpeza, para assim diminuírem a carga combustível de cada parcela de terreno.

O bem-estar animal, é outra das precauções a ter com o efetivo da Brigada Florestal Animal, já que todas as semanas os burros são visitados por técnicos que verificam o seu estado de saúde, avaliam o índice de massa corporal e ajustam a sua alimentação, caso seja necessário. Cada animal dispõe ainda de um sistema GPS para controlar os seus movimentos.

De acordo com Miguel Nóvoa, o projeto tem demonstrado resultados visíveis nos últimos anos e cada vez mais se torna importante o uso de animais na gestão da carga combustível ao longo do ano, nos mais diversos tipos de vegetação e áreas territoriais.

Este projeto, de acordo com os seus mentores, poderá ser alargado e dotado de mais animais para controlar a vegetação espontânea a fim de criar “autênticas zonas tampão”, que ajudem a controlar os incêndios florestais e diminuir a matéria combustível.

O projeto-piloto da Brigada de Florestal Animal está direcionado para a limpeza de áreas de terreno marginais que são ocupadas por vegetação espontânea como estevas, matos ou azinheiras, fomentando desta forma a regeneração natural de outras espécies de vegetação autóctone.

Já no que respeita à gestão dos lameiros, a AEPGA garante que será feita uma gestão destas parcelas de terreno, em zonas rurais.

“O lameiro é um habitat que foi construído pelo homem, sendo zona de pasto de alto valor natural. Infelizmente [os lameiros] estão a ser abandonados e ocupados por mato. Se conseguirmos reverter esta situação de abandono, e criar valor nestes espaços naturais, poderemos obter resultados importantes para a conservação deste tipo de espaços agrícolas”, enfatizou Miguel Nóvoa.

Para a bióloga Sara Pinto, que faz parte da equipa do projeto, comparando o burro com os meios mecânicos, a utilização destes animais é mais vantajosa, sendo que a redução da erosão dos solos é a primeira que é verificada.

“A erosão dos terrenos é mais suave e progressiva com a utilização de animais na limpeza de lameiros e mato e, ao mesmo tempo, existe uma menor compactação dos solos, em relação a utilização de meios mecânicos”, indicou a investigadora.

 Este processo de limpeza de áreas agrícolas, recorrendo aos burros, torna-se mais económico para os proprietários face à atualização de maquinaria e, ao mesmo tempo, ajuda a reduzir a pegada de carbono.

“Os burros são bons gestores de paisagens porque podem criar descontinuidade nas áreas florestais e ajudar a travar o avanço dos incêndios rurais. Tem de haver um bom maneio dos animais no terreno, para evitar a erosão em redor das aldeias”, indicou Sara Pinto.

A Brigada Florestal Animal é um projeto-piloto multidisciplinar que engloba técnicos de áreas de estudo desde a botânica, passando pela biologia, até à engenharia ambiental ou veterinária a que se junta o Instituto Politécnico de Bragança (IPB).

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Parque Natural do Douro Internacional tem grande potencial turístico

Vários empresários ligados ao turismo de natureza mostraram-se confiantes nas potencialidades do Parque Natural do Douro Internacional (PNDI), por considerarem que esta área protegida tem qualidades únicas para receber turistas ao longo de todo o ano.

“Há imensas potencialidades turísticas no PNDI, principalmente pelo seu património cultural, natural e tradicional. Sendo o turismo uma das atividades que mais tem crescido, está mais do que fundamentado que pode ser aproveitado como uma alavanca para o desenvolvimento social e económico deste território do interior” disse João Martins, gerente de uma empresa vocacionada para projetos para turismo de natureza.

O empresário referiu ainda que as principais dificuldades para a implementação de projetos turísticos na área do Douro Internacional são os entraves que foram sendo colocados “há muitos anos” como o encerramento da linha férrea do Sabor e o pouco investimento do poder central nesta área protegida.

“Começa a haver massa crítica e serviços suficientes para se começar a implementar o turismo na natureza neste território, sendo importante que todos os agentes públicos e privados se envolvam para trabalhar em rede para levar projetos em frente”, vincou João Martins.

Esta foi uma das conclusões da iniciativa “Que turismo queremos para o PNDI?”, que teve como objetivo delinear a estratégia de turismo sustentável a implementar no território. Esta iniciativa juntou empresários e técnicos ambientais numa sessão que decorreu a 21 de novembro, em Miranda do Douro e que foi promovida pelo Instituto de Conservação da Natureza e florestas (ICNF) em parceria com as quatro autarquias da área do PNDI e empresas do setor turismo de natureza.

Outras experiências foram partilhadas, como o caso do empresário espanhol Xavier Sevilhano, especialista em turismo ambiental que defendeu que “há uma crise ambiental a nível global, sendo importante criar valor no território através da biodiversidade existente em cada uma das regiões”.

“O turismo de natureza também pode contribuir para cuidar da natureza através da sua conservação. Tem de haver um turismo sustentável que envolva as populações locais através da educação ambiental e que permita um melhor o conhecimento e mudar a perceção destes territórios”, frisou.

A diretora regional do ICNF, Sandra Sarmento, disse à margem da sessão de esclarecimento que o turismo de natureza é “uma oportunidade excelente para esta área protegida”.

“No PNDI há áreas temáticas muito relevantes como a observação de aves, os percursos pedestres que atravessam todo este território e já estão homologados e que podem ser percorridos a pé ou de bicicleta. Estamos igualmente a falar de uma área protegida, que em termos cénicos e visuais é fantástica, com paisagem arrebatadoras”, exemplificou a responsável.

Sandra Sarmento deixou ainda a garantia de que o PNDI é um território com “grandes oportunidades e o que falta nesta área protegida é uma estratégia de integração de diversas áreas para assim haver uma oferta integrada do ponto de vista turístico e ambiental”, disse

O PNDI abrange uma área de mais de 86 mil hectares de terreno que se estende pelos concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta e Figueira de Castelo Rodrigo, território onde o destaque vai para a presença de bosques de zimbro, sobreirais e manchas de carvalho-negral, entre outras espécies da flora autóctone.

O Douro Internacional é também uma área fundamental para a conservação da avifauna, sendo uma das zonas mais importantes no contexto nacional e mesmo ibérico para a nidificação das grandes aves rupícolas.

Fonte: Lusa

São Pedro da Silva: VIII Jornadas Micológicas mostraram a riqueza ambiental da Terra de Miranda

A localidade de São Pedro da Silva, no concelho de Miranda do Douro, acolheu no sábado, dia 19 de novembro, as VIII Jornadas Micológicas, uma iniciativa em que o grande objetivo foi a recolha e identificação de cogumelos silvestres e ao mesmo tempo a atividade proporcionou aos 130 participantes um dia de lazer e de convívio.

De acordo com a bióloga, Raquel Afonso, esta atividade anual, organizada pelo município de Miranda do Douro, tem por objetivo promover o estudo, conservação e valorização dos recursos micológicos do concelho de Miranda do Douro.

Os cogumelos silvestres têm valor ambiental, científico, educativo, gastronómico e económico. E a realização das jornadas micológicas permitem a recolha, identificação e catalogação da micologia local”, informou Raquel Afonso.

De acordo com Raquel Afonso, o interesse e a adesão das pessoas pelas Jornadas Micológicas está a aumentar de ano para ano.

“Há cada vez mais pessoas a interessar-se pela micologia. Este ano, em São Pedro da Silva, definimos dois percursos para abranger a maior diversidade possível de cogumelos silvestres. Esta região é muito rica em termos ambientais, seja na micologia, como também na flora, com destaque para as ervas medicinais”, informou.

Um dos participantes nas VIII Jornadas Micológicas, em São Pedro da Silva, foi Nélson Marrão. Veio com a esposa, de Baçal, no concelho de Bragança, dado o interesse e o gosto que tem pelos cogumelos silvestres.

“Felicito o município de Miranda do Douro por dar importância a este recurso natural que são os cogumelos silvestres. Este ano, o evento conta com a participação do espanhol, Juan Antonio Sanchez, um dos melhores especialistas em micologia e eu, pessoalmente, vim para aprender e conhecer melhor os cogumelos que nascem neste território”, disse.

Os “boletos” são os cogumelos silvestres preferidos de Nélson Marrão, que os cozinha grelhados tal “como um bife” ou então numa sertã com azeite e alho.

Já para Regina Santos a apanha dos cogumelos é uma atividade terapêutica.

“Eu podia andar um dia inteiro apanhar cogumelos! Até me esqueço das horas! Aprendi com o meu pai, desde pequenina, a apanhar boletos para vender e para comer. E eu ganhei esse gosto!”, disse.

O presidente da Xixorra – Associação Micológica, Filipe Marrão, sublinhou que apanha dos cogumelos silvestres exige um prévio conhecimento e muito cuidado dada a toxicidade de várias espécies.

“A Xixorra – Associação Micológica surgiu no âmbito de uma formação realizada em 2006, em Bragança, por incentivo do formador
Juan Antonio Sanchez, que ao ver o nosso entusiasmo pelos cogumelos silvestres, animou-nos a constituir uma associação”, recordou.

Desde essa data, a Xixorra tem desenvolvido uma estreita colaboração com o município de Miranda do Douro, apoiando anualmente a realização das Jornadas Micológicas e a constituição do Ecocentro Micológico da Terra de Miranda.

O presidente Xixorra – Associação Micológica, Filipe Marrão, referiu-se ainda à inexistência em Portugal, de legislação que regulamente a apanha e comercialização dos cogumelos silvestres.

“Um dos primeiros objetivos da Xixorra – Associação Micológica foi criar essa legislação, inspirados pelo que já existe na vizinha Espanha. A legislação já foi entregue ao ministério, mas até ao momento ainda não saiu da gaveta. Dada a inexistência de regras há um mercado negro na venda e compra de cogumelos em Portugal”, disse.

Segundo a Xixorra, no nordeste transmonano nascem centenas de espécies de cogumelos silvestres, uns são comestíveis e outros são tóxicos e venenosos, mas todos importantes para o ecossistema.

“Devemos ter muito respeito pela natureza, porque mesmo os cogumelos que não são comestíveis têm uma função ecológica: uns ajudam as árvores a crescer, outros são decompositores na matéria orgânica”, explicou.

As jornadas micológicas são uma iniciativa da Câmara Municipal de Miranda do Douro, em colaboração com a CoraNE – Associação de Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina e a Xixorra – Associação Micológica.

A presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril é uma assídua participante nas Jornadas Micológicas.

“Gosto muito de conhecer e valorizar os recursos que a natureza nos dá, como é hoje o caso dos cogumelos silvestres. E as VIII Jornadas Micológicas deste ano, em São Pedro da Silva, permitiram verificar a riqueza e a diversidade de cogumelos que existem na Terra de Miranda”, disse.

Por sua vez, o presidente da União de Freguesias de São Pedro da Silva e Águas-Vivas, Silvino da Silva, expressou a sua satisfação pela realização do encontro na freguesia.

“Segundo a organização das VIII Jornadas Micológicas, foram recolhidas muitas espécies de cogumelos silvestres e algumas delas muito raras. Esta diversidade de espécies micológicas vai motivar a vinda de mais pessoas à aldeia, o que é uma mais-valia pois gera entusiamo na população local”, informou.

Por sua vez, Francisco Fidalgo, natural de São Pedro da Silva, corroborou dessa opinião e mostrou-se entusiasmado com a realização das VIII Jornadas Micológicas na aldeia.

“Depois dos dois anos de isolamento forçado por causa da pandemia, este encontro micológico permitiu-nos conviver. E o convívio traz-nos vida! Ao mesmo tempo que promove a partilha de saberes entre as pessoas”, concluiu.

Futsal: Sendim vendeu cara a derrota ao “candidato” Torre Dona Chama

Futsal: Sendim vendeu cara a derrota ao “candidato” Torre Dona Chama

As equipas de Sendim e Torre Dona Chama disputaram no dia 18 de novembro, o jogo relativo à quinta jornada do campeonato distrital de futsal e num confronto muito intenso, os sendineses venderam cara a derrota por 2-4 aos visitantes, que demonstraram ser uma das melhores equipas da competição.

A equipa de Torre Dona Chama esteve a perder por 1-0, mas aos 4 minutos, igualou 1-1, por intermédio de Luciano.

No jogo realizado no pavilhão multiusos de Miranda do Douro, a equipa sendinesa entrou com muita intensidade, com os seus jogadores a serem muito acutilantes e a pressionar alto os visitantes. Esta atitude valeu ao Sendim, o primeiro golo do jogo, da autoria de Rúben, logo aos 2 minutos.

Contudo, a equipa do Grupo Desportivo Torre Dona Chama não se desconcentrou e respondeu aos 4 minutos, num toque de classe de Luciano, para igualar a partida a 1-1.

No conjunto do Sendim, o combativo Manuel João, após uma boa combinação com Nélson, rematou ao poste da baliza adversária, aos 5 minutos. Três minutos depois, o mesmo Manuel João, voltou a rematar para defesa segura do guardião visitante.

Seguiram-se despois vários minutos de jogo muito tático, combativo e sem ocasiões de golo.

Aos 13 minutos, os visitantes deram mostras de querer adiantar-se no marcador, mas o guarda-redes sendinês, Celso, estava atento e defendeu com segurança. No entanto, a equipa de Torra Dona Chama, voltou a insistir aos 15 minutos e numa jogada estudada de 5 para 4, utilizando o guarda-redes avançado, conseguiram desequilibrar e adiantar-se no marcador, fazendo o 1-2.

Este golo desconcentrou os jogadores do Grupo Desportivo Sendim e no minuto seguinte voltariam a sofrer o 1-3, numa clara desatenção coletiva.

Aos 19 minutos, o inconformado, Manuel João ainda reduziu para 2-3, num remate forte com o pé esquerdo.

Aos 19 minutos, Manuel João, reduziu a desvantagem do Sendim, para 2-3.

Antes do intervalo, o Sendim desperdiçou um grande oportunidade para empatar o jogo, na sequência de uma assistência de Branquinho para Nélson, mas o remate final saiu ao lado da baliza adversária.

Na segunda parte, a equipa sendinesa, comandada por Bina Rodrigues, entrou determinada em anular a desvantagem. Aos 26 minutos rematou por duas vezes consecutivas, mas sem êxito.

Nos primeiros dez minutos desta segunda parte, o ritmo do jogo abrandou, devido à intensidade imposta pelos jogadores de ambas as equipas na primeira parte.

Mesmo assim, a experiente equipa de Torre Dona Chama, sempre que surgia a oportunidade atacava com rapidez e objetividade. Foi deste modo que aos 32 minutos, concretizou o 4-2.

Até ao final do jogo, realce para um lance na área do Torre Dona Chama, onde os sendineses reclamaram bola na mão de um defesa, mas a equipa de arbitragem nada assinalou.

Finalizado o jogo, o Sendim ainda que muito combativo e a vender cara a derrota, não conseguiu contrariar a maior experiência, maturidade, rapidez e precisão da equipa visitante, que com a vitória ascendeu ao segundo lugar do campeonato distrital de futsal.

Equipas

Grupo Desportivo Sendim: Branco, António (Gr), Gaby, Manuel João, Diogo (Gr), Leonel, Elvis, David, Rúben, Celso (Gr), Ângelo, Daniel, Tó e Néslson.

Treinadora: Bina Rodrigues

“O Grupo Desportivo Sendim começou bem o jogo, entrámos fortes e pressionantes e marcámos o primeiro golo. Mas o jogo tornou-se difícil diante de uma equipa madura, que sabe o que fazer em cada momento do jogo. Cometemos alguns erros defensivos e com os golos adversários desconcentrámo-nos. Vamos aprender com estas falhas e procurar fazer melhor já no próximo jogo” – Bina Rodrigues.

Grupo Desportivo Torre Dona Chama: Márcio (Gr), Carlos Miguel, Luciano, Barraca, Diogo Moutinho, Zé Alves, Marco Fernandes, Valter Pires, Luís Martins, Rui Ruivo e João Marques

Treinador: Pedro Miguel

“Quero dar os parabéns às duas equipas pelo fair play demonstrado durante o jogo. Ambas as equipas tentaram ganhar o jogo, mas sempre com retidão e desportivismo e isso é muito importante. Felicito também o Sendim, pela sua combatividade, vontade de vencer e pelo apoio do seu público. Criaram-nos muitas dificuldades e alertei os meus jogadores que teríamos que ser muito rigorosos para vencer este jogo. Nós soubemos trabalhar mais a posse bola e criar desequilíbrios, por isso acho que fomos uns justos vencedores” – Pedro Miguel.

Equipa de arbitragem

1º Árbitro: Bruno Cordeiro

2º Árbitro: Miguel Ribeiro

Cronometrista: Tomás Fragueiro

5ª jornada – resultados

ACRD Ala4-0Águia FC Vimioso
 Arnaldo Pereira (Bragança)0-3CD Miranda Do Douro
 Sp. Moncorvo5-6Pioneiros Bragança
 GD Sendim2-4GD Torre Dona Chama
 CSP Vila Flor2-1Alfandeguense

Classificação

PJVEDGMGSDG
1CD Miranda Do Douro115320199+10
2GD Torre Dona Chama1053111711+6
3Sp. Moncorvo852212518+7
4Águia FC Vimioso8522119190
5GD Sendim752121516-1
6Arnaldo Pereira (Bragança)752121214-2
7ACRD Ala752121815+3
8CSP Vila Flor652031721-4
9Alfandeguense351041223-11
10Pioneiros Bragança351041220-8

Próxima jornada (25/11/2022)

CD Miranda Do DourovsÁguia FC Vimioso
 Sp. MoncorvovsACRD Ala
 Pioneiros BragançavsGD Sendim
 GD Torre Dona ChamavsCSP Vila Flor
 AlfandeguensevsArnaldo Pereira (Bragança)
O jogo disputado no pavilhão multiusos, em Miranda do Douro, registou a afluência de muitos jovens.

Política: Falta a ligação a Espanha no plano ferroviário nacional

Política: Falta a ligação a Espanha no plano ferroviário nacional

O presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Montes, Jorge Fidalgo, expressou o descontentamento pela falta de ligação a Espanha, na linha de comboio entre o Porto e Bragança, proposta pelo Governo no Plano Ferroviário Nacional (PFN).

O plano, anunciado no dia 17 de novembro pelo Governo, inclui uma nova linha ferroviária de passageiros para ligar Porto, Vila Real e Bragança, que o presidente da CIM-TT considera “importante”, já que o distrito de Bragança é o único do país sem caminho-de-ferro, mas não reflete as pretensões deste território.

Segundo o presidente da Comunidade Intermunicipal, que é também presidente da Câmara Municipal de Vimioso, o plano “não responde” àquilo que é a pretensão da CIM, já apresentada ao Governo, e que é a continuação da ligação de Bragança até Espanha pela chamada Terra de Miranda, que incluiu os concelhos de Miranda do Douro, Vimioso e Mogadouro.

“Não vemos isso refletido no plano e manifestamos o nosso descontentamento relativamente a isso, e é o que nós defendemos e é o que vamos defender”, afirmou, indicando que serão feitas diligências nesse sentido no período de discussão pública do plano.

A construção da ligação ferroviária do Porto a Bragança foi proposta e defendida pela Associação Vale d´Ouro e, segundo o autarca, a última solução apresentada ao Governo já incluía a continuação para Espanha, que não se encontra refletida nos investimentos previstos.

A CIM Terras de Trás-os-Montes defende que a continuação da ligação de Bragança para Espanha pela zona do Planalto Mirandês “serviria muito melhor”, desde logo a região, já que sem ela “há uma vasta área do território do distrito de Bragança que fica completamente fora deste plano”.

“Nós achamos que faz muito mais sentido a ligação ferroviária a Zamora do que a Puebla de Sanábria, o trajeto por Zamora, em termos ambientais, de tempo, de população servida, tem muito mais sentido do que o que agora o Governo apresenta”, argumentou.

O presidente da CIM defendeu ainda que “devia haver balizas temporais fixadas” para a execução do PFN e que esta região “não seja a última a ter linha férrea, como aconteceu com as autoestradas”.

“Agora podiam-se inverter as coisas, podia ser a primeira, já que fomos a última nas rodovias, agora que fossemos a primeira na ferrovia”, enfatizou.

O presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, também considera que “não será um fator de grande desenvolvimento uma proposta que se apresenta a terminar em Bragança”, mas critica, sobretudo, o facto de esta ligação, que aponta como “o corredor mais curto entre o Porto e Espanha”, não ter sido contemplada na alta velocidade.

“Só confirma aquilo que temos vindo a constatar ao longo do tempo, que é o constante e permanente esquecimento a que somos votados, mesmo quando se trata apenas de estudos e de um plano nacional, mas que deve ser entendido como um plano a ser concretizado e que deve olhar para o território como um todo e não esquecer uma parte”, considerou.

Relativamente ao prazo que tem como limite temporal 2050 para a concretização do PFN, o autarca de Bragança disse que compreende “a dificuldade de se conseguir concretizar determinado tipo de intervenções em espaços relativamente curtos”.

Hernâni Dias diz ainda que já ficará “minimamente satisfeito se de facto o plano for concretizado neste prazo”, mas acrescentou que está “muito cético no cumprimento desta meta temporal”.

O PFN tem como principais objetivos “passar de 4,6% para 20% de quota modal no transporte de passageiros”, “passar de 13% para 40% de quota modal no transporte de mercadorias”, “assegurar ligação com elevada qualidade de serviço aos 28 centros urbanos de relevância regional, que incluem todas as capitais de distrito, potenciando o seu desenvolvimento”.

No final da cerimónia de apresentação, em Lisboa, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que o documento voltará a ser apreciado em reunião do Conselho de Ministros, dizendo esperar que nessa ocasião seja possível haver “um bom entendimento”.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Populações vão a Espanha comprar aquecimento para as habitações

Miranda do Douro: Populações vão a Espanha comprar aquecimento para as habitações

As pessoas residentes nas localidades fronteiriças recorrem cada vez mais à vizinha Espanha para comprar combustíveis, gás e ‘pellets’ para aquecer as suas casas.

Casimiro João, residente numa das aldeias do concelho de Miranda do Douro, disse que quando vai à vizinha vila de Alcanizes, em Espanha, compra ‘pellets’, que são mais baratas cerca de dois euros, o combustível diesel, mais barato cerca de 25 cêntimos e com desconto pode chegar aos 35 cêntimos, e o no gás poupa-se 10 euros em cada botija.

Para comprovar a afirmação, um saco de 15 quilos de ‘pellets’ em Portugal para aquecimento estava marcado a 9,99 euros. Já em Alcanizes, do outro lado da fronteira, a mesma quantidade custa 8,25 euros.

Verificado o preço do gás propano, uma garrafa custa na mesma localidade espanhola 18,58 euros e, em Portugal, o mesmo produto e da mesma marca custa 28,40 cêntimos em Mogadouro.

Esta diferença de preços leva os habitantes da raia nordestina a optarem por ir a Espanha para “poupar alguns euros”, numa altura em que os preços para aquecimento “estão pela hora morte”, com vincou Ernesto Rodrigues, de Miranda do Douro

“Nos últimos anos, o preço das ‘pellets’ quase que triplicou e, para ter a casa quente durante o dia, pode-se gastar um saco de ‘pellets’”, disse.

Mas os habitantes da raia dizem que o que vale mesmo a pena é atestar o depósito e trazer reservas, comprar uma ou duas botijas de gás e o espaço que sobrar no carro é para meter sacos de ‘pellets’.

Ao entrar num café em Miranda do Douro, o preço das matérias-primas para o aquecimento era tema central, sendo apontado o “exagerado” preço das ‘pellets’ e defendida a lenha para aquecimento, porque “sai mais em conta”.

Segundo os revendedores de sistemas de aquecimento alimentados por ‘pellets’ em Mogadouro e Miranda do Douro, ficou claro que a venda este ano destas “máquinas” é muito reduzida e que terão de ficar “em stock”.

Na passagem entre Miranda do Douro para Alcanizes, na aldeia de Malhadas um comerciante de lenha das várias espécies de árvores que preparava a matéria-prima ao gosto do cliente e disse que a “lenha ainda é o mais barato para aquecer as casas e os clientes são fiéis”.

“Não noto novos clientes. São sempre as mesmas pessoas a comprar lenha, porque fica mais em conta”, relatou o empresário Celestino Mota.

Cada 4.000 quilos de lenha cortada e entregue à porta custam em média 450 euros, o que para uma família normal pode dar para o inverno rigoroso, como é em Trás – os- Montes.

Cada 4.000 quilos de lenha cortada e entregue à porta custam em média 450 euros, o que para uma família normal pode dar para o inverno rigoroso, como é em Trás – os- Montes.

“Eu gasto em minha casa por anos cerca de 12 mil quilos de lenha em todos os sistemas de aquecimento, porque me fica mais em conta”, concluiu.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Iniciaram-se as obras no Museu da Terra de Miranda

Miranda do Douro: Iniciaram-se as obras no Museu da Terra de Miranda

As obras de remodelação e ampliação do Museu da Terra de Miranda (MTM), em Miranda do Douro, iniciaram-se a 17 de novembro, informou a diretora, Celina Pinto.

“Esta intervenção e ampliação, no montante de 1,1 milhões de euros, vem marcar uma nova etapa da história do museu, sendo um desafio de mudança numa altura em que esta unidade museológica assinala o 40.º aniversário”, explicou a diretora do MTM, Celina Pinto.

De acordo com a responsável, esta intervenção vem proporcionar “condições dignas ao funcionamento desta instituição, que se quer capaz de cumprir a sua missão museológica de conservação, salvaguarda, interpretação e comunicação do património cultural, assim como o reforço de constituição de equipas, de parcerias e redes de trabalho, objetivando o desenvolvimento de um trabalho estrutural”.

“A intervenção visa a criação de novos conteúdos, permitindo a aproximação a uma nova museologia, mais contemporânea, mais sensitiva e mais interativa, sentida e partilhada num espaço de referência que ultrapassa a dimensão local”, vincou Celina Pinto.

O MTM é detentor de um potencial “incondicionalmente único no contexto nacional”.

“Acreditamos que esta intervenção poderá contribuir para o reforço da coesão territorial e para o incremento do turismo e do desenvolvimento da região do Planalto Mirandês”, disse a diretora do museu.

O MTM encontra-se temporariamente instalado, desde o passado mês de agosto, no antigo Paço Episcopal de Miranda do Douro.

“A mudança de instalações justifica-se com a intervenção de remodelação do atual edifício, bem como dos edifícios adjacentes, adquiridos para suportar a ampliação do museu”, frisou Celina Pinto.

A intervenção representa um investimento de cerca 1,1 milhão de euros, cofinanciados pelo Programa Operacional Norte 2020, e resulta de uma candidatura apresentada pela Direção Regional de Cultura do Norte para remodelação do MTM.

O prazo de execução da intervenção é de 14 meses.

O MTM é um museu etnográfico localizado na cidade de Miranda do Douro que está localizado no centro histórico desta cidade transmontana e encontra-se instalado na antiga Domus Municipalis da cidade.

O MTM foi fundado por António Maria Mourinho, e a sua abertura ao público ocorreu a 18 maio de 1982.

Fonte: Lusa

Atenor: “Quarteto Abalone” oferece concerto na Igreja paroquial

Atenor: “Quarteto Abalone” oferece concerto na Igreja paroquial

No próximo sábado, dia 19 de novembro, pelas 21h30, a Igreja Paroquial de Atenor vai ser o palco do concerto de outono, interpretado pelo grupo musical “Quarteto Abalone”.

Este é o segundo espetáculo do ciclo de “Concertos de Outono”, que está a ser promovido pelo município de Miranda do Douro, em parceria com a diocese de Bragança- Miranda, com o propósito de descentralizar a atividade cultural e oferecer espetáculos musicais à população das várias localidades do concelho.

O concerto do próximo sábado, dia 19 de novembro, insere-se também no âmbito do projeto “Roteiro Cultural do Património e dos Poetas do Douro Superior”, cujo objetivo é aliar a cultura ao património e assim contribuir para uma maior atratividade turística da região duriense.

O grupo convidado para atuar na igreja paroquial de Atenor, são os “Quarteto Abalone”. Este grupo foi criado em 2021 e é constituído pelos músicos Fabiana Fernandes (1.º violino), Tiago Rodrigues (2.º violino), Filipa Bandeira (viola d’arco) e Lauro Lira (violoncelo), que interpretam temas de compositores como Mozart, Vivaldi, Dvoräk e Piazzolla.

Todos estes músicos concluíram os estudos na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE), no Porto, instituição onde se conheceram e onde surgiu o interesse em formar um grupo de câmara.

Após o espetáculo em Atenor, o ciclo de “Concertos de Outono” prossegue com o seguinte agendamento:

  • 27 de novembro, concerto de Músicas da Raia, na igreja paroquial de Cicouro;
  • 3 de dezembro, concerto dos Hardança, na igreja paroquial de Malhadas;
  • 8 de dezembro, concerto dePoetas do Douro – Quarteto Abalon, na igreja paroquial de Águas-Vivas;
  • 17 de dezembro, concerto de Natal, interpretado pelo Ensemble Vocal Pro Música, na Concatedral de Miranda do Douro;
  • 1 de janeiro, concerto de Ano Novo, interpretado pela Mie Miranda, na Concatedral de Miranda do Douro.

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Miranda do Douro: Celebrou-se o 436º aniversário da dedicação da Concatedral

Miranda do Douro: Celebrou-se o 436º aniversário da dedicação da Concatedral

Nesta quarta-feira, dia 16 de novembro, celebrou-se às 17h00, a eucaristia comemorativa dos 436 anos da dedicação da Concatedral de Miranda do Douro, uma celebração que visa assinalar a data da consagração do antigo altar, ocorrida em 1586.

A celebração foi presidida pelo pároco de Miranda do Douro, o padre Manuel Marques e na homília, o sacerdote disse que na Sagrada Escritura encontram-se muitos motivos para celebra esta data.

“Na primeira leitura, no Livro de Neemias, vemos como o povo de Israel, que há muitos anos não tinha a oportunidade de ouvir a Sagrada Escritura, reuniu-se à volta de Neemias, para escutar a Palavra de Deus. E isso produziu no povo uma grande alegria!”, disse.

De acordo com o pároco de Miranda do Douro, a Concatedral é o templo onde os católicos escutam a Palavra de Deus, uma Palavra que deve ser motivo de alegria, respeito e devoção.

“Quando escutamos a Palavra de Deus devemos dar-lhe toda a nossa atenção. E esta Palavra provém da igreja fundada por Jesus Cristo e continuada pelos seus apóstolos”, disse.

A celebração do 436º aniversário da Dedicação da Concatedral é entendida pelo pároco de Miranda do Douro, como uma data muito especial, pois segundo reza a história,
a vila de Miranda do Douro foi elevada a cidade e sede de diocese em 1545, pelo que se tornou necessária a edificação de um novo templo.

Assim, por ordem de D. João III, a construção da Sé de Miranda do Douro foi iniciada em 24 de maio de 1552.

A solenidade da Dedicação da Catedral e a Consagração do antigo Altar aconteceu em 1586, pelo que este ano se celebrou o 436º aniversário desta data.

A conclusão das obras da Sé de Miranda ocorreu no início do século XVII e o templo manteve o estatuto de sé episcopal até 1780, ano em que a sede da diocese foi transferida para Bragança, passando a designar-se de Diocese de Bragança e Miranda.

A partir daí, a Sé de Miranda passou a ser designada por Concatedral.

Atualmente, a diocese de Bragança-Miranda está em sede vacante, desde 14 de fevereiro de 2022, data em que o Colégio de Consultores elegeu monsenhor Adelino Paes para a administrar temporariamente.

HA

Mogadouro: Município avança no restauro ecológico nas margens do rio Sabor

Mogadouro: Município avança no restauro ecológico nas margens do rio Sabor

O município de Mogadouro e o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) vão realizar intervenções de restauro ecológico nas encostas do rio Sabor, no montante de mais de 800 mil euros, adiantou o presidente da Câmara Municipal, António Pimentel.

“Trata-se um projeto interessante que aparece por proposta do IPB, uma parceria que nós aceitamos de bom grado porque estamos a projetar ‘eco-resorts’ para os Lagos do Sabor e assim minimizar alguns impactos ambientais que poderiam condicionar estes projetos e respetivos investimentos”, explicou António Pimentel.

Segundo o autarca social-democrata, “este projeto vai permitir que se faça a recuperação dos caminhos existentes e também a reflorestação de uma área de cerca de 30 hectares de terreno para evitar a degradação dos solos.

Desta forma, considerou, vai ser possível “permitir a sua contenção nas encostas sobranceiras ao rio Sabor em locais já definidos”.

O município de Mogadouro, no distrito de Bragança, entende que, “além de todos os benefícios ambientais e científicos que serão alcançados com a realização do projeto ‘ForestWaterUp’, as intervenções programadas terão como efeito paralelo o aumento da qualidade da água do rio Sabor junto às zonas de atuação e a melhoria paisagística de toda a área envolvente”.

“Esta intervenção vai ajudar na contenção dos materiais e matéria orgânica que escorrem para o rio [Sabor], e ao mesmo tempo a construção de ilhas flutuantes que vão ajudar a melhorar a qualidade da água do rio”, vincou António Pimentel.

As áreas de atuação localizam-se junto aos espaços dos futuros ‘eco-resorts’ que o município tem projetado instalar junto às pontes de Meirinhos-Sardão e de Remondes.

O investigador do IPB Tomás de Figueiredo disse que o projeto vai aplicar metodologias no terreno que permitam “acelerar” a recuperação e restauro de ecossistemas situados nas encostas e que vertem para o rio Sabor.

“Nas encostas que marginam com a albufeira da barragem do Baixo Sabor e que estão em risco de incêndios há ecossistemas mediterrânicos valiosos, e que estão identificados, em torno dos quais há toda uma atividade económica e agrícola associada às margens do rio”, vincou o especialista.

De acordo com o investigador, o restauro ecológico dos solos será alcançado através de operações de reflorestação que vão favorecer a fixação de carbono e de nutrientes no solo, impedindo a sua sedimentação para a albufeira dos Lagos do Sabor.

“Será ainda garantida uma extensa monitorização de todas as intervenções do projeto, o que permitirá testar o seu contributo para o combate à desertificação e para a resiliência dos ecossistemas à seca”, concluiu o investigador.

O projeto conta com um orçamento global de mais de 800 mil euros, já aprovados no âmbito das medidas de resiliência React_E.U., geridas pelo Programa Compete 2020, sendo financiado na sua totalidade.

A candidatura do projeto a estes fundos foi liderada pelo município de Mogadouro, em parceria com o IPB e o Laboratório More – Colab, Montanhas de Investigação.

Fonte: Lusa