Turismo: Governo anuncia medidas para o Interior

O Governo apresentou a Agenda do Turismo para o Interior, que consiste num conjunto de medidas, no valor de 200 milhões de euros, de “diferenciação positiva”, para impulsionar o turismo nos territórios de baixa densidade.

“Vamos reforçar as medidas de diferenciação positiva para o turismo no Interior e, sobretudo, é uma agenda para concretizar, projetos e medidas. É uma agenda para agir”, sublinhou o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda.

Segundo o governante, as grandes prioridades do plano “são valorizar o território, apoiar as empresas, qualificar os recursos humanos, atrair pessoas e também conectar territórios e projetar a imagem do Interior lá fora”, com o intuito de contribuir para a coesão territorial.

Nuno Fazenda referiu que 90% da procura turística se concentra no litoral e essa procura é de 95% por parte dos turistas estrangeiros, o que significa que nos territórios do Interior apenas se regista 5% dessa procura turística internacional e “existe uma grande oportunidade de crescimento”.

O secretário de Estado apresentou várias medidas de majoração para reforçar a atratividade do interior, para “ter mais turismo ao longo de todo o país, de todo o ano” e “chegar a mais mercados”.

Esse pacote de incentivos estará disponível, de acordo com o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, em junho.

A Linha + Interior Turismo, com uma dotação de 20 milhões de euros, prevê um apoio até 70% a fundo perdido da despesa elegível, até um máximo de 400 mil euros por projeto.

O despacho normativo foi assinado e o aviso, para entidades públicas e privadas sem fins lucrativos, será lançado “nos próximos dias”, informou Nuno Fazenda.

No âmbito do Revive III, em parceria com municípios, vão ser recuperados, para exploração turística, oito imóveis com valor histórico e patrimonial, como castelos, conventos, termas ou palácios, nos concelhos de Peso da Régua, São João da Pesqueira, Arganil, Mesão Frio, Tondela, Sardoal, Crato e Monchique.

O Sistema de Incentivos à Inovação Produtiva prevê uma taxa base 5% mais elevada para os territórios de baixa densidade, para os projetos no interior “poderem mais facilmente alcançar a taxa máxima de incentivo de 40% do investimento total elegível.

O microcrédito + Interior Turismo, um total de 15 milhões de euros, contempla o empréstimo sem juros, com prémio de desempenho associado, que pode ascender até 30% a fundo perdido do crédito concedido.

Existe também uma Linha de Crédito com Garantia Mútua, com uma dotação de 35 milhões de euros, com maior garantia para projetos no interior, para empréstimos até 4,5 milhões de euros e uma cobertura de risco do financiamento de mais pontos percentuais nos territórios de baixa densidade.

A Linha de Apoio à Qualificação da Oferta estipula a cobertura de 80% do financiamento e um prémio de realização de 30%, “o dobro no financiamento sem juros e no fundo perdido face ao litoral”.

O acesso prioritário ao financiamento nas regiões de baixa densidade para operações de capitalização, entre 150 mil euros e 1,5 milhões de euros é outra das medidas anunciadas, assim como o financiamento até 1,5 milhões de euros por operação no recurso ao Fundo de Investimento Imobiliário para o Interior.

Também para as empresas localizadas no Interior, há um incentivo a fundo perdido até 70%, com um teto até 50 mil euros por projeto para internacionalizar as marcas.

Na área do investimento na sustentabilidade ambiental, existe uma majoração de 10 pontos percentuais no financiamento junto da banca até 500 mil euros e no prémio de desempenho.

O programa Regressar +Interior Turismo, no valor de 400 mil euros, para incentivar a mobilidade de pessoas para empresas turísticas do interior, tem um apoio adicional de 25% ao valor atribuído na Medida de Apoio ao Regresso de Emigrantes, e o mesmo acontece dentro do país, com candidaturas aprovadas no Emprego Interior Mais.

Os apoios à realização de eventos nas zonas de baixa densidade têm também uma majoração de 25% e o Fundo de Apoio ao Cinema comparticipa 40% do investimento das produções rodadas no Interior.

Estão ainda previstas campanhas de promoção em Portugal e no estrangeiro para “reforçar a notoriedade do Interior”, salientou Nuno Fazenda.

Segundo o ministro da Economia, também presente na sessão, a Agenda “não é para desenvolver o Interior contra o litoral, mas para criar sinergias” e “transformar o turismo num fator multidimensional”.

Fonte: Lusa

Ensino: Início do concurso para vinculação de 10 mil professores

O ministro da Educação anunciou que que a abertura do concurso para a vinculação de mais de 10 mil professores inicia-se esta quarta-feira, dia 10 de maio, após a promulgação do diploma.

“A 9 de maio foi publicada a portaria das vagas para a vinculação dinâmica dos cerca de 10.500 professores que reúnem os requisitos para vincular este ano e estamos em condições de abrir o concurso a 10 de maio”, afirmou João Costa.

O ministro da Educação falava em conferência de imprensa, no Ministério da Educação, em Lisboa, um dia depois de o Presidente da República ter promulgado o novo regime de gestão e recrutamento de docentes, aprovado ainda em março pelo Conselho de Ministros.

“Este é um diploma que tem como foco principal a redução da precariedade dos professores”, defendeu João Costa, recordando que, entre a vinculação dinâmica e a chamada “norma-travão”, que já vigorava anteriormente, vão entrar para os quadros do Ministério da Educação cerca de 10.700 professores ainda este ano.

De acordo com o novo regime, os professores poderão vincular quando acumularem o equivalente a três anos de serviço, uma alteração que, de acordo com o ministro, permitirá reduzir para metade a precariedade na profissão docente.

Fonte: Lusa

Inovação: Empreende XXI apoia a criação de empresas no interior

Estão a decorrer até 28 de dezembro, as candidaturas ao Empreende XXI, um programa de promoção do empreendedorismo, que apoia a criação de novas empresas, em particular no interior do país, onde é urgente fixar pessoas e dinamizar a economia local.

Carla Branco, consultora da Partnia, informou que este programa de apoio a novos empreendedores é desenvolvido pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), em parceria com a Startup Portugal e premeia a qualidade dos projetos.

A também responsável pela incubadora 3INT – Incubadora para a Inovação do Interior e Negócios Transfronteiriços, sediada em Vimioso, sublinhou que as candidaturas provenientes dos territórios de baixa densidade populacional têm uma majoração.

“Dada a importância que o tecido empresarial tem para a fixação de pessoas e a dinamização da economia local, o concelho de Vimioso, pela sua interioridade e baixíssima densidade populacional, está numa posição privilegiada para concorrer ao programa Empreende XXI”, realçou.

Quem é elegível?

Podem candidatar-se ao Empreende XXI, as pessoas com mais de 18 anos, inscritas no IEFP, que queiram desenvolver uma ideia de negócio “económico-financeiramente viável”.

“Este programa apoia a criação de novas empresas. As pessoas que já têm uma atividade, mas pretendem iniciar outra área de negócio também podem candidatar-se”, disse.

Segundo o regulamento, os candidatos não necessitam de estar a receber subsídio de desemprego ou a realizar formação, devendo apenas ter a situação contributiva regularizada.

O Empreende XXI aceita projetos de criação de empresas ou do próprio emprego, nomeadamente a constituição de entidades privadas com fins lucrativos; a constituição de cooperativas; e o desenvolvimento de atividade como trabalhador independente, com rendimentos empresariais ou profissionais.

O programa apoia a criação e desenvolvimento de novos projetos empresariais, num montante até 85% do total elegível, 40% via subsídio não reembolsável e 45% via empréstimo sem juros. Os restantes 15% deverão ser assegurados por capitais próprios. O apoio do IEFP não pode exceder os 200 mil euros.

Quem acompanha?

Para prestar apoio às candidaturas, foi criada uma rede de entidades de acompanhamento, composta por incubadoras espalhadas por todo o país, que vão acompanhar os empreendedores, desde o processo de candidatura até à sua execução.

Em Vimioso, este apoio é prestado pela incubadora 3INT – Incubadora para a Inovação do Interior e Negócios Transfronteiriços, na qual Carla Branco é colaboradora.

“O papel da incubadora 3INT é apoiar e acompanhar as pessoas que queiram investir no concelho de Vimioso. Inicialmente, a nossa colaboração é no desenvolvimento do plano de negócios (as despesas, as receitas, etc.) que terá de ser submetido na plataforma do Empreende XXI”, indicou.

Após a submissão, as candidaturas vão ser avaliadas por uma incubadora de outro distrito.

“Quando a candidatura é aprovada, a incubadora presta apoio no desenvolvimento do projeto, em áreas como o marketing e o networking”, acrescentou.

Em Vimioso, entre as candidaturas já submetidas ao programa Empreende XXI, a responsável pela Incubadora 3INT, destacou projetos ligados à apicultura, ao turismo e à pastelaria/restauração.

As candidaturas decorrem de 3 de abril até 28 de dezembro, sendo que o encerramento das inscrições poderá ser antecipado, caso seja atingida a dotação orçamental do programa de 20 milhões de euros.

HA

Vimioso: “Desde muito cedo senti curiosidade pela vida, pela natureza e isso levou-me à biologia” – Rosário Martins

No dia 8 de maio, os alunos da Escola Básica de Vimioso participaram nas sessões de ciência, ministradas pela bióloga, Rosário Martins, que neste seu regresso ao concelho de origem, aguçou a curiosidade e o interesse dos mais novos pela investigação e o conhecimento científico.

Os alunos do 1º ciclo, do Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV) realizaram uma oficina de ciência, com a bióloga, Rosário Martins.

Na Escola Básica, em Vimioso, a cientista Rosário Martins, que trabalha no Centro de Investigação Interdisciplinar Marinha Ambiental, da Universidade do Porto (UP), apresentou-se aos alunos, informando-os que é natural de Algoso, onde frequentou a escola primária.

“Frequentei a escola primária em Algoso. Depois, os meus pais migraram para o Porto, onde continuei os estudos e formei-me em Biologia, na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto”, disse.

Neste regresso a Vimioso, a cientista, que também é professora universitária na Escola Superior de Saúde, do Instituto Politécnico do Porto (IPP), elucidou os alunos sobre as cianobatérias e os seus benefícios.

“As cianobatérias são microorganismos, que assumem diversas formas e têm muito benefícios, tais como a produção de oxigénio e de componentes para produzir medicamentos, protetores solares, etc.”, explicou.

Após esta introdução teórica, seguiu-se um conjunto de atividades práticas para os alunos, como a observação das cianobatérias ao microscópio, o trabalho manual de construir um destes micro-organismos e a indicação das etapas a realizar para fazer uma investigação científica.

No final da sessão, os alunos de Vimioso estavam entusiasmados com a experiência científica realizada. O jovem João Martins, que frequenta o 4º ano de escolaridade, destacou a oportunidade em conhecer uma cientista.

Por sua vez, a colega, Matilde Preto, referiu que na oficina de ciência aprendeu a estudar ao microscópio as cianobatérias. A jovem estudante acrescentou que no futuro deixa em aberta a possibilidade de seguir a área científica, para se dedicar à investigação de curas para as doenças.

No final da oficina, a cientista, Rosário Martins, agradeceu o interesse nas crianças ao longo das sessões. Para aqueles que sonham ser cientistas, a bióloga incentivou-os a serem curiosos e a interessarem-se pela realidade à sua volta.

“Desde muito cedo senti curiosidade pela vida, pela natureza e isso levou-me à biologia. O trabalho científico exige muita perseverança, paciência e insistência”, disse.

A também professora universitária indicou que, em Portugal, há cada vez mais investigação científica em diversas áreas, como é o caso da biologia. No entanto, a docente lembrou que para viver exclusivamente da ciência há que ter fontes de financiamento, como a atribuição de uma bolsa de investigação.

Sobre a visita da cientista ao Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV), a diretora, Ana Paula Falcão, sublinhou que a mais valia do programa “O cientista regressa à escola” é a oportunidade de proporcionar o encontro dos alunos com os cientistas, numa atividade de laboratório.

“É uma oportunidade única para os nossos alunos do 1º ciclo, da Escola Básica de Vimioso, puderem aprender, desde cedo, como se faz a investigação científica”, disse.

Segundo a diretora do AEV, esta atividade enriquece o currículo escolar dos alunos do 1º ciclo.

“A par das disciplinas tradicionais do português, da matemática, do estudo do meio e das artes, esta oficina de ciência destaca a interdisciplinaridade e o caráter científico de todas as disciplinas”, indicou.

O programa “Cientista Regressa à Escola” destina-se a crianças dos 6 aos 12 anos, é implementado pela Native Scientists e conta com o apoio do município de Vimioso e da Comissão Europeia.

HA

Ambiente: Portugal tem problema de distribuição hídrico – SEDES

A SEDES  – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social defendeu que Portugal não tem um défice hídrico, mas um problema de distribuição, pedindo a conclusão dos planos de eficiência, o aumento das reservas, bem como a possibilidade de transferência de água de norte para sul.

“Se é verdade que, no sul, a precipitação anual tem sido mais reduzida, não é menos verdade que os fenómenos extremos de precipitação também acontecem – exemplo do que se passou no outono de 2022 –, e que a norte do Tejo os recursos hídricos são relativamente abundantes”, lê-se numa nota da SEDES.

Assim, para esta associação, Portugal “não tem um défice hídrico”, mas antes um problema de distribuição hídrica.

Conforme apontou, no sul existem bons solos, parcelas agrícolas maiores, mas não existe água.

Já a norte, os terrenos são menos aptos para a produção agrícola, com parcelas mais pequenas e água em abundância.

“É, por isso, urgente pôr em prática as soluções já estudadas e identificadas para que Portugal fique preparado para enfrentar estes fenómenos climáticos, evitar a desertificação de algumas zonas, fixar as populações nestas regiões e manter a coesão territorial”, defendeu.

A SEDES disse ainda ser importante concluir, “o mais rapidamente possível”, os planos de eficiência hídrica e os pactos de água já em estudo, de modo a tomar medidas adequadas à gestão da água.

Paralelamente, há que ajustar as disponibilidades às necessidades, “do consumo humano à indústria, passando pelo turismo, pela agricultura ou até pelas novas fontes de energia”.

Esta associação considerou ser “absolutamente essencial” o aumento das reservas de água a sul, vincando ser necessárias mais barragens e charcas.

“O país tem em escorrências cerca de 47.000 h3 [hectolitros cúbicos] e o consumo total anual de todas as atividades é de cerca de 5.900 h3. 1% desta água dá para regar 100.000 ha [hectares], é fácil entender o quanto é desperdiçado para o mar”, apontou, lembrando que o Alqueva é a prova de uma “abordagem séria e estratégica” de armazenamento de água.

Outra solução é a possibilidade de transferir água de norte para a sul, “integrando as bacias hidrográficas do Douro, do Tejo, do Guadiana e do Sado, trazendo água do Minho para o Algarve, numa verdadeira ‘autoestrada’ da água”, acrescentou.

A associação pede assim “um verdadeiro empenho e vontade política” para resolver o problema dos recursos hídricos, em nome do interesse nacional.

A SEDES é uma associação cívica, constituída em 1970, com 17 distritais em Portugal, que tem observatórios dedicados a temas como Agricultura, Cultura e Comunicação Social, Justiça, Saúde ou Políticas Económicas.

O Ministério da Agricultura e da Alimentação, tutelado por Maria do Céu Antunes, reconheceu a atual situação de seca severa e extrema em cerca de 40% do território nacional.

Num comunicado agora divulgado, o ministério garantiu ter sinalizado a situação junto da Comissão Europeia, acrescentando que a adoção de um conjunto de medidas está sempre dependente da “luz verde” de Bruxelas.

De acordo com o índice ‘PDSI – Palmer Drought Severity Index’, citado pelo Governo, no final de abril, verificaram-se 40 municípios na classe de seca severa e 27 em seca extrema, o que corresponde a cerca de 40% do território.

Para isto contribuíram as temperaturas “acima do normal”, as ondas de calor e a reduzida precipitação em março e abril.

Fonte: Lusa

Sociedade: Beneficiários do regime fiscal ‘Regressar’ triplicam entre 2019 e 2021

O número de contribuintes beneficiários do regime fiscal associado ao programa “Regressar” ascendeu a 2.703 pessoas, aumentando 178% face a 2019, segundo dados do Ministério das Finanças.

O Ministério das Finanças indicou que em 2021 (último ano para o qual existem dados disponíveis) houve 2.703 contribuintes que “invocaram em IRS o regime de exclusão de tributação do programa Regressar”.

Em 2019, foram 972 os contribuintes que pediram para serem tributados com as regras do ‘Regressar’, número que aumentou para 2.134 contribuintes no ano seguinte.

O regime fiscal do programa Regressar prevê que sejam excluídos de tributação [IRS] “50% dos rendimentos do trabalho dependente e dos rendimentos empresariais e profissionais dos sujeitos passivos que, tornando-se fiscalmente residentes em Portugal, nos 2019, 2020, 2021, 2022 ou 2023” tenham sido fiscalmente residentes, antes de 31 de dezembro de 2015 ou antes de 31 de dezembro de 2017, 2018 e 2020.

Cada pessoa pode beneficiar deste regime durante cinco anos, sendo que a opção pelo ‘Regressar’ impede que se possa beneficiar do RNH (com regras diferentes e atribuído por 10 anos).

Este programa foi inicialmente pensado para vigorar por dois anos (2019 e 2020), tendo o Governo decidido prolongá-la até 2023, já que a pandemia acabou por evitar que decorresse com normalidade.

Para beneficiarem deste regime, os contribuintes não têm de o requerer, mas apenas de invocar a sua aplicação quando entregam a declaração anual do IRS, sendo o controlo da verificação dos requisitos efetuado pela Autoridade Tributária e Aduaneira “aquando da entrega da respetiva declaração”.

Fonte: Lusa

Ensino: Propostas do Governo não respondem aos anseios dos professores -Fenprof

Em Bragança, o secretário-geral adjunto da Federação Nacional de Professores (Fenprof) disse que as propostas apresentadas pelo Governo não respondem “claramente” aos anseios dos professores, tais como a mobilidade por doença ou o descongelamento das carreiras.

“As três propostas apresentadas pelo Governo até ao momento, como a mobilidade por doença, os concursos e aquilo que chamaram de correção das assimetrias, que tem a ver com o descongelamento das carreiras, não respondem, claramente, às reivindicações dos professores, “disse Francisco Gonçalves, que se juntou à luta dos professores em Bragança.

O dirigente sindical acrescentou ainda, sobre os outros problemas que afetam a classe docente, como as aposentações, burocracia e indisciplina, que os professores “não têm qualquer resposta para estes problemas”, vincou.

Manuel Pereira, professor e representante da Federação Nacional de Educação (FNE), que também marcou presença nos protestos, disse que os professores já há vários anos que andam em luta para convencer o Governo a “dar valor e respeitar a profissão, que é um dos pilares da sociedade e que esta cada vez mais ignorada”.

“A luta vai continuar até que consigamos convencer o Governos a olhar para nós [professores] de outra forma. Para que tal aconteça, nesta manifestação e greve marcaram presença vários sindicatos”, indicou o docente transmontano.

As greves distritais de professores e educadores entram na última semana, devendo manter-se o nível de participação das semanas anteriores, acima dos 80%. A 8 de maio foi a vez dos professores de Bragança se manifestarem em frente ao Agrupamento de Escolas Emídio Garcia, onde proferiam palavras de ordem contra a política do Governo para a carreira docente.

Para já não foi divulgada a adesão à greve, o que deverá acontecer a meio da tarde, visto que há outra concentração de professores em Bragança.

A greve foi convocada por uma plataforma de nove sindicados, incluindo a Associação Sindical de Professores Licenciados (APSL), Federação Nacional dos Professores (FENPROF), Federação Nacional da Educação (FNE), Pró-Ordem dos Professores (PRÓ-ORDEM), Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados (SEPLEU), Sindicato Nacional dos Profissionais de Educação (SINAPE), Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (SINDEP), Sindicato Independente dos Professores e Educadores (SIPE) e Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades (SPLIU).

Fonte: Lusa

Agricultura: Cerejas com quebras de 50% nos pomares

As condições climatéricas adversas registadas em abril, com grandes amplitudes térmicas, provocaram uma quebra de produção das primeiras cerejas que ultrapassa os 50% nos pomares de Alfândega da Fé e Vale da Vilariça.

Apesar da quebra, a cooperativa de Alfândega da Fé prevê uma produção final superior à do ano passado, uma vez que foram feitas novas plantações.

Segundo o presidente da Cooperativa Agrícola de Alfândega da Fé, Luís Jerónimo, a floração das cerejeiras não seguiu o ciclo normal, devido ao registo de grandes amplitudes térmicas durante o mês de abril entre o período do dia e da noite”.

“A condição climatérica registada durante a floração, que antecede o fruto, e nas variedades mais temporãs, levou a perdas na produção de mais de 50% devido ao calor excessivo durante o dia e as temperaturas baixas registadas à noite. Como produzimos em modo biológico, não aplicámos fitofármacos, e por estes motivos prevemos uma redução no vingamento do fruto”, vincou o dirigente.

De acordo com o responsável da cooperativa, a previsão desta colheita de cereja é de 20 toneladas, quando num ano normal ronda as 40 toneladas deste fruto.

“As quebras de produção nas colheitas mais temporãs, prevista para daqui a duas semanas, rondarão os 50%. Já na colheita de meia estação, que acontece no início de junho, a quebra é menor, já que a floração foi mais tardia e não foi tão afetada pelas condições climáticas adversas. Porém, as quebras previstas rondam os 20% da produção”, explicou Luís Jerónimo.

Apesar das quebras verificadas agora na produção de cereja, a cooperativa de Alfândega da Fé prevê uma produção final superior à do ano passado, porque há “vários pomares de cerejeiras novos que estão a entrar em produção, devido às apostas feitas em novas plantações e reconversão de outras que foram feitas em anos anteriores”.

O responsável diz ser ainda “cedo para falar na qualidade da cereja, mas espera-se que seja boa dentro dos calibres normais”.

Gil Freixo, um produtor de cereja estabelecido em Santa Comba da Vilariça, no concelho de Vila Flor (Bragança), relatou igualmente quebras a ultrapassar os 50% da produção de cereja devido, igualmente, às alterações climáticas.

“Aqui no vale [da Vilariça] as temperaturas durante o dia em abril, chegaram aos 30 graus e à noite os dois graus positivos. A amplitude térmica teve grandes oscilações. Registaram-se diferenças de temperatura muito grandes do dia para a noite”, indicou o produtor de cereja.

A vila de Alfândega da Fé e o Vale da Vilariça são os maiores produtores de cereja da Terra Quente Transmontana.

Fonte: Lusa

Rodovia: Túnel do Marão atravessado por 29 milhões de veículos

Após a inauguração a 7 de maio de 2016, o Túnel do Marão já foi atravessado por 29 milhões de veículos no decorrer de sete anos e melhorou “significativamente” a mobilidade na região de Trás-os-Montes.

Com cerca de seis quilómetros de extensão, o Túnel do Marão está inserido na Autoestrada (A4), entre Amarante e Vila Real e abriu ao tráfego no dia 8 de maio de 2016.

A Infraestruturas de Portugal (IP), gestora da infraestrutura rodoviária, indicou que em sete anos, o túnel rodoviário “já foi atravessado por mais de 29 milhões de veículos”.

Considerada “uma das maiores obras da engenharia nacional”, segundo a IP, o Túnel do Marão permitiu a conclusão da A4, que liga o Porto a Bragança, “melhorando significativamente a mobilidade na região de Trás-os-Montes”.

A empresa destacou ainda que a “conclusão desta obra permitiu diminuir os tempos de percurso entre Porto – Bragança (redução em 35 minutos) ou Lisboa – Bragança (redução em 35 minutos) e contribui significativamente para a redução da sinistralidade rodoviária”.

“Em apenas quatro minutos, é possível atravessar a serra do Marão, com conforto e em segurança, nos cerca de seis quilómetros de extensão desta infraestrutura”, salientou a IP.

Este troço da A4 entrou em funcionamento depois de sete anos de obra, três paragens nos trabalhos e do resgate pelo Estado. Desde então, tornou-se no trajeto preferencial de quem viaja de e para a região de Trás-os-Montes, em alternativa ao sinuoso Itinerário Principal 4 (IP4).

Fonte: Lusa

Saúde: ULS Nordeste investe mais de 500 mil euros em unidade de endoscopia

A Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste investiu cerca de 500 mil euros numa Unidade de Endoscopia, instalada na Unidade Hospitalar de Mirandela, com destaque para a aquisição de equipamentos médicos de última geração.

Em comunicado, a ULS esclarece que foram disponibilizadas “as mais inovadoras técnicas para diagnóstico e tratamento de patologias do foro digestivo”.

A ULS Nordeste acrescentou que a nova unidade contempla uma área para atendimento administrativo e sala de espera, uma sala de exames endoscópicos, sala de recobro, áreas de desinfeção e de armazenamento, salas de trabalho, gabinetes médico e de enfermagem, e outros espaços de apoio.

Ao nível dos recursos humanos, a equipa desta Unidade de Saúde integra três médicos, quatro enfermeiros, dois assistentes operacionais e um assistente técnico.

Fonte: Lusa