O Amor não se impõe

XXXII Domingo do Tempo Comum

O Amor não se impõe

Sab 6, 12-16 / Slm 62 (63), 2-8 / 1 Tess 4, 13-18 ou 4, 13-14 / Mt 25, 1-13

Quando escutamos a parábola das dez virgens, rapidamente um pensamento assoma: como pode Jesus sancionar este comportamento? Há dez virgens que esperam pelo noivo. Cinco têm azeite suficiente para manter as lâmpadas acesas toda a noite e cinco não foram tão cautelosas. Estas tiveram de sair a meio da noite à procura de azeite, pois as que tinham azeite recusaram-se a partilhar.

Como pode o Senhor aceitar que alguém se recuse a partilhar o que tem? Não devemos dar do que nos faz falta, como Jesus nos pede quando aponta o exemplo da viúva no templo?

O noivo da parábola não é injusto. Através das virgens imprudentes, Jesus chama a nossa atenção para uma das verdades essenciais da sua vinda: Deus não se impõe. É necessário percorrer o caminho do seu seguimento para encher as lâmpadas com o azeite do amor oferecido. Deus é todo-poderoso em amor, pelo que só pode o que o amor pode. E o amor não se impõe: é oferecido e necessita de ser acolhido para que seja vivido.

Deus não se impõe. É necessário percorrer o caminho do seu seguimento para encher as lâmpadas com o azeite do amor oferecido. Deus é todo-poderoso em amor, pelo que só pode o que o amor pode. E o amor não se impõe: é oferecido e necessita de ser acolhido para que seja vivido.

Se, na nossa espera de Deus, não oferecemos o combustível do amor, como pode Ele entrar na nossa casa? Na primeira leitura, o autor do livro da Sabedoria diz-nos que a Sabedoria – que desde os primeiros cristãos identificamos como referência a Cristo – se deixa encontrar por quem a procura, que se mostra aos que a amam, que se dá a conhecer aos que a desejam. Urge então procurar, amar, desejar o bem, a verdade, a beleza, para que eles venham, entrem na casa e festejem connosco.

A salvação é-nos oferecida, é uma graça. Contudo, para a acolher e viver dela, há que percorrer o caminho do seguimento de Jesus. E é nesse caminho do seguimento de Jesus que as nossas lâmpadas se enchem de azeite, vivendo não a perfeição, mas a confiança na salvação de Deus, pela sua misericórdia, entre os nossos tropeços.

Não adiemos mais a nossa conversão. Acordemos do sono e vivamos para o Senhor, seguindo-o pelos caminhos, sem ilusões de perfeição, mas procurando, amando e desejando a sua presença. Desta forma, seremos como as virgens prudentes. E quando o Senhor chegar, nós estaremos na sua casa, aguardando-o, com as lâmpadas acesas com o azeite das nossas boas obras, do amor oferecido, para iluminar o banquete nupcial.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Miranda do Douro: Há ópera na concatedral

Miranda do Douro: Há ópera na concatedral

No sábado, dia 11 de novembro, a concatedral de Miranda do Douro é o palco do concerto de ópera “Bocherini e Mozart”, um evento cultural agendado para as 21h00, que é promovido pela Associação de Municípios do Douro Superior (AMDS), em parceria com o município de Miranda do Douro.

Na catedral de Miranda do Douro, os solistas da Ópera na Academia e na Cidade, vão interpretar temas dos compositores Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791) e Luigi Boccherini (1743 – 1805).

A Ópera na Academia e na Cidade (OAC) é uma associação cultural sem fins lucrativos, que tem como missão levar concertos e espetáculos de ópera a comunidades situadas fora dos centros urbanos.

O concerto em Miranda do Douro faz parte do “Roteiro Cultural do Património e dos Poetas do Douro Superior”, que tem como finalidade promover o património existente nestes municípios, através da realização de eventos culturais.

A Associação de Municípios do Douro Superior (AMDS) é constituída pelos municípios de Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Figueira de Castelo Rodrigo, Mêda, Miranda do Douro, Mogadouro, Torre de Moncorvo e Vila Nova de Foz Côa.

HA

Política: Presidente marca eleições legislativas para 10 de março

Política: Presidente marca eleições legislativas para 10 de março

O Presidente da República anunciou ao país a dissolução do parlamento e a marcação de eleições legislativas antecipadas para 10 de março, no entanto vai adiar o processo formal de demissão do Governo por decreto, para permitir a aprovação e entrada em vigor do Orçamento do Estado para 2024.

Numa comunicação ao país, a partido do Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa anunciou que vai dissolver o parlamento e convocar eleições legislativas antecipadas, mas com “a garantia da indispensável estabilidade económica e social que é dada pela prévia votação do Orçamento do Estado para 2024, antes mesmo de ser formalizada a exoneração do atual primeiro-ministro em inícios de dezembro”.

“A aprovação do Orçamento permitirá ir ao encontro das expectativas de muitos portugueses e acompanhar a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que não pára nem pode parar com a passagem do Governo a Governo de gestão ou mais tarde com a dissolução da Assembleia da República”, defendeu.

Na opinião do presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, “havia condições” para as eleições se realizarem numa “data mais próxima” e considerou que “é mais uma vez o PS a atrasar o país”, dado que os socialistas vão ter de escolher um novo secretário-geral.

Rui Rocha apontou também que as próximas legislativas representam “uma enorme oportunidade”, possibilitando “encerrar o livro socialista”.

Questionado sobre uma possível coligação com o PSD, o presidente da IL rejeitou, indicando que o partido vai apresentar-se a eleições com listas e candidatos próprios, bem como com a sua “visão de país”.

“Era perfeitamente possível que o PS agilizasse esta decisão sobre a sua liderança e não pusesse o país em suspenso durante tanto tempo”, defendeu Rui Rocha, afirmando esperar que “seja a última vez que isso aconteça”.

O líder da IL referiu também que António Costa vai continuar a liderar o atual Governo “durante quatro meses”, mesmo estando “ferido na sua credibilidade”.

Quanto ao Orçamento do Estado, Rui Rocha criticou a decisão do Presidente da República de permitir a entrada em vigor: “Não me peçam para ter qualquer tipo de entusiasmo com a decisão de que este orçamento entrará em vigor. O Orçamento do Estado que o país precisa não é este”.

Fonte: Lusa

Igreja: Jornada Diocesana da Juventude nos dias 24 e 25 de novembro

Igreja: Jornada Diocesana da Juventude nos dias 24 e 25 de novembro

Após o grande encontro da Jornada Mundial da Juventude (JMJ 2023), nos dias 24 e 25 de novembro, Vila Flor vai acolher a Jornada Diocesana da Juventude (JDJ), um encontro de jovens de toda a diocese de Bragança-Miranda, que vai contar com a participação do bispo diocesano, D. Nuno Almeida.

De acordo com a responsável pelo secretariado diocesano da Pastoral Juvenil e Vocacional, a irmã Conceição Borges, o tema desta jornada dedicada aos jovens é “Alegres na Esperança”.

«Recordamos com saudade a tão bela missão de acolhermos cerca de 800 peregrinos estrangeiros na nossa diocese e respirando ainda a magnífica experiência que vivemos com a JMJ Lisboa 2023, é tempo de “Alegres na esperança” (cf Rom12,12), vivermos “um momento privilegiado de encontro com os jovens, um instrumento de evangelização do seu mundo e de diálogo com os mesmos”, afirmou.

Assim, na tarde de sexta-feira, dia 24 de novembro, os adolescentes e jovens de toda a diocese vão ser acolhidos na Escola Secundária de Vila Flor.

Após o jantar está prevista uma caminhada até à igreja matriz, onde, às 21h00, vai decorrer uma Vigília de oração vocacional. Às 23h00 haverá um concerto com a “Banda da Paróquia” (Coimbra) e acantonamento na Escola.

No sábado, dia 25, a manhã terá início com um momento de oração, às 09h30, no auditório do Centro Cultural Municipal.

Às 10h00, segue-se a catequese “Alegres na Esperança”, orientada pelo Padre Nélson Faria, jesuíta, que trabalha na Rede Mundial de Oração do Papa.

Depois está programado um momento de missão, no acompanhamento de pessoas idosas, na Santa Casa da Misericórdia de Vila Flor, assim como várias experiências culturais pela vila.

Na tarde de sábado, depois do almoço, os jovens vão partilhar as vivências da Jornada Mundial da Juventude, que decorreu em Lisboa, de 1 a 6 de agosto.

A Jornada Diocesana da Juventude culmina com a celebração da Eucaristia, às 15h30, na igreja matriz, a qual vai ser presidida pelo bispo diocesano, D. Nuno Almeida.

A organização da Jornada Diocesana da Juventude (JDJ) conta com a colaboração do município de Vila Flor, dos párocos e agentes pastorais da Unidade Pastoral Senhora da Assunção e do serviço diocesano da Pastoral Penitenciária.

PROGRAMA 

Sexta-feira – 24 de novembro

18h30 – Acolhimento (Escola)
19h30 – Jantar partilhado
21h00 – Vigília/caminhada (Igreja Matriz)
23h00 – Concerto – Banda da Paróquia
01h00 – Acantonamento (Escola)
 

Sábado – 25 de novembro

09h30 – Oração da manhã (auditório)
10h00 – Catequese "Alegres na esperança" – P. Nélson Faria, sj
11h00 – Missão em Vila Flor
13h30 – Almoço
14h30 – Ecos da JMJ Lisboa 2023
15h30 – Eucaristia de envio

HA

Constantim: IX Jornadas Micológicas dão a conhecer os cogumelos silvestres do concelho

Constantim: IX Jornadas Micológicas dão a conhecer os cogumelos silvestres do concelho

No próximo Domingo, dia 12 de novembro, em Constantim, vão realizar-se as IX Jornadas Micológicas, que consiste num passeio de campo para apanha de cogumelos silvestres, seguido de um almoço convívio e uma exposição final para identificação das espécies recolhidas.

O outono e a chuva caraterística desta estação do ano propiciam o surgimento de cogumelos silvestres, como os boletos, as marifusas, as sanchas, os locatários, entre outras espécies.
Com o objetivo de estudar, preservar e valorizar este recurso local, o município de Miranda do Douro, promove, anualmente, as jornadas micológicas. Ao longo desta jornada, os participantes têm a oportunidade de conhecer a biodiversidade micológica existente no concelho e saber mais sobre a exploração sustentável deste recurso natural.

Em Miranda do Douro existe mesmo o “Ecocentro Micológico Terra de Miranda”, um espaço que tem por missão dar a conhecer e valorizar os cogumelos silvestres existentes no território.

A par do valor ambiental e ecológico, os cogumelos silvestres são também um produto com elevado valor económico, dada a sua utilização na gastronomia. Neste âmbito, os cogumelos comestíveis são considerados alimentos ricos em água, vitaminas e minerais essenciais, tais como o fósforo, magnésio, cobre e selénio.

As IX Jornadas Micológicas são uma iniciativa conjunta entre o município de Miranda do Douro, a CoraNE – Associação de Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina, a Xixorra – Associação Micológica da Terra Fria e a União de Freguesias de Constantim e Cicouro.

A inscrição nas IX Jornadas Micológicas é gratuita e obrigatória, devendo ser feita presencialmente no Gabinete de Apoio ao Agricultor e Desenvolvimento Rural, situado no Largo do Castelo, em Miranda do Douro ou através do seguinte e-mail: ecomicologico.miranda@cm-mdouro.pt, indicando o nome completo, n.º CC/BI, data de nascimento e contacto telefónico.

HA

Miranda do Douro: Consultas médicas do seguro de saúde municipal

Miranda do Douro: Consultas médicas do seguro de saúde municipal

No dia 8 de novembro realizaram-se em Miranda do Douro, as primeiras consultas médicas, resultantes da implementação do seguro municipal de saúde no concelho, uma medida que tem como objetivo proporcionar um acesso mais rápido da população a consultas de especialidade e a exames de diagnóstico.

Na apresentação do seguro de saúde municipal, a presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Helena Barril, explicou que este novo serviço destina-se a todas as idades.

O serviço de Seguro Municipal de Saúde está disponível no rés-do-chão do edifício da junta de freguesia, em Miranda do Douro e funciona às quartas-feiras, das 15h00 às 19h00; e às sextas-feiras, das 14h00 às 18h00.

Neste novo espaço vai funcionar um consultório médico, onde os beneficiários do Cartão “Miranda Saudável” podem agendar, consultas com o médico de clínica geral, que por sua vez, encaminha cada utente para as consultas ou exames especializados.

Segundo o município de Miranda do Douro, o seguro de saúde municipal permite aceder a consultas de generalidade, a consultas de especialidade, a exames auxiliares de diagnóstico e terapêutica e a serviços médicos de diversas especialidades.

Para usufruir destes serviços, os utentes vão ser encaminhados para o Hospital Casa de Saúde São Mateus, em Viseu, sendo que o transporte é gratuito.

De acordo com a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, o seguro de saúde municipal visa colmatar as falhas existentes no serviço nacional de saúde (SNS), reduzir o tempo de espera e apoiar os utentes do concelho no acesso a cuidados médicos.

“Esta é uma tentativa de ultrapassar algumas falhas existentes no SNS. Acredito que o Seguro Municipal de Saúde será um complemento do SNS e uma mais-valia para o concelho, já que se trata de um território com uma fatia significativa de população com mais de 65 anos”, explicou.

A medida denominada “Aquisição de serviços de saúde – Cartão de Saúde Municipal”, tem uma validade de dois anos e implicou um investimento por parte do município de 690 mil euros.

HA

Política: Presidente da República fala ao país depois de ouvir o Conselho de Estado

Política: Presidente da República fala ao país depois de ouvir o Conselho de Estado

O Presidente da República vai anunciar esta quinta-feira, dia 9 de novembro, ao país a sua decisão face à demissão do primeiro-ministro, depois de auscultar o Conselho de Estado e de já ter ouvido os partidos, para uma eventual dissolução do parlamento.

A 8 de novembro, o chefe de Estado recebeu no Palácio de Belém, os oito partidos com assento parlamentar, a maior parte dos quais se manifestou a favor de uma dissolução e convocação de eleições legislativas antecipadas.

No entanto, o PS, que tem maioria absoluta de deputados, propôs ao Presidente da República a nomeação de outro primeiro-ministro para chefiar um novo Governo apoiado pela atual maioria.

Marcelo Rebelo de Sousa comunicou que “falará ao país imediatamente a seguir à reunião do Conselho de Estado”, que está marcada para as 15:00, no Palácio de Belém, em Lisboa.

O Conselho de Estado foi convocado “ao abrigo do artigo 145.º, alínea a) e da alínea e), segunda parte” da Constituição – nos termos das quais compete a este órgão “pronunciar-se sobre a dissolução da Assembleia da República”, mas também, “em geral, aconselhar o Presidente da República no exercício das suas funções”.

Logo no início atual legislatura, o Presidente da República avisou que uma eventual saída de António Costa levaria à dissolução do parlamento, o que mais tarde reiterou, afastando a formação de outro executivo com a mesma maioria.

Ao longo destes dois anos e meio, especulou-se sobre a possibilidade de António Costa querer sair a meio da legislatura para ocupar um cargo europeu, cenário que o próprio afastou.

No dia 8 de novembro, os partidos pronunciaram-se também sobre a possibilidade de se permitir a aprovação e a entrada em vigor do Orçamento do Estado para 2024, em discussão na especialidade no parlamento, com a votação final global marcada para 29 de novembro, que teve algum acolhimento apesar da contestação ao conteúdo da proposta do Governo.

O primeiro-ministro apresentou a 7 de novembro a sua demissão, que o chefe de Estado aceitou, depois de buscas em vários gabinetes do Governo, visando também o seu chefe de gabinete, realizadas no âmbito de investigações sobre projetos de lítio e hidrogénio e de o Ministério Público ter anunciado que é alvo de inquérito autónomo no Supremo Tribunal de Justiça.

O atual Governo resultou de uma dissolução do parlamento, a primeira decretada por Marcelo Rebelo de Sousa, no início do seu segundo mandato presidencial, na sequência do chumbo da proposta de Orçamento do Estado para 2022 na generalidade, e que resultou na vitória do PS com maioria absoluta nas eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro de 2022.

Na quarta-feira, no Palácio de Belém, o PSD defendeu que deve haver eleições o mais rapidamente possível, permitindo porém aos socialistas mudarem de liderança.

Havendo eleições, cenário que para os socialistas não é o preferencial, o PS prevê que o processo interno de substituição de António Costa como secretário-geral só permita essas legislativas em meados de março.

O Chega disse aceitar eleições entre meados de fevereiro e início de março, para dar tempo ao PS de escolher um sucessor para António Costa. A Iniciativa Liberal defendeu eleições no fim de janeiro, como o PCP, que se manifestou a favor de um calendário semelhante ao da dissolução de há dois anos.

O BE não indicou datas, mas reiterou que é a favor de eleições que permitam rapidamente resolver a atual crise política. O PAN não pediu eleições, mas declarou-se preparado para ir a votos, assim como o Livre, que em caso de legislativas antecipadas mostrou preferência por janeiro ou início de fevereiro.

Fonte: Lusa

Ensino: Escolas perderam 3.521 educadores e docentes

Ensino: Escolas perderam 3.521 educadores e docentes

Em 2023 reformaram-se 3.521 professores, um aumento de quase 50% em relação ao ano passado, segundo um levantamento feito com base na lista de aposentados e reformados pela Caixa Geral de Aposentações.

A Lista de Aposentados e Reformados relativa ao mês de dezembro, publicada em Diário da República, permite fechar o número de professores e educadores de infância que se reformaram este ano: no total, são 262 educadores de infância e 3.259 professores do ensino básico e secundário.

As contas foram feitas por Arlindo Ferreira, diretor do Agrupamento de Escolas Cego do Maio e especialista em estatísticas de educação, que revela que só em dezembro vão reformar-se 371 educadores de infância e professores, segundo o diploma hoje publicado.

Desde setembro, quando começou o novo ano letivo, aposentaram-se 1.415 docentes, muitos dos quais com turmas atribuídas e que agora deixam os alunos sem aulas, tal como vinha alertando a Federação Nacional de Professores (Fenprof).

Comparando com o ano anterior, verifica-se um aumento de 46,6%, já que em 2022 reformaram-se 2.401 docentes da rede pública do Ministério da Educação.

Na última década, aposentaram-se 16.485 educadores e professores ligados ao Ministério da Educação, tendo vinculado nesse mesmo período 25.522 docentes, segundo um levantamento feito por Arlindo Ferreira.

A Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) e uma equipa da Nova School of Business & Economics realizaram um estudo em 2021 sobre as necessidades de recrutamento das escolas, concluindo que se nada fosse feito, em 2030 iriam faltar 34.500 professores.

Dos 120.369 docentes que estavam a trabalhar em 2018, “apenas 73.401 ainda não se terão reformado no ano letivo 2030/31, o que corresponde a uma redução de 39%”, lê-se no estudo.

Os investigadores alertaram para os efeitos de uma classe envelhecida – a maior parte dos professores tinha mais de 50 anos – e para a necessidade urgente de contratar mais profissionais.

As projeções apontavam para a necessidade de contratar, entre 2021/22 a 2030/31, uma média de 3.450 novos docentes por ano, um valor abaixo das saídas mas que tinha em conta também a contínua diminuição de alunos nas escolas.

Perante este estudo, o ministério da Educação tem levado a cabo um conjunto de medidas para incentivar o regresso de professores às escolas mas também para atrair os mais jovens para a profissão. No entanto, os sindicatos têm defendido que as medidas são insuficientes para tornar a profissão atraente.

Nos últimos tempos, o arranque dos anos letivos tem sido marcado pela falta de professores nas escolas e pela dificuldade em substituir docentes doentes ou reformados.

As escolas com mais dificuldades em contratar estão concentradas no sul do país, em parte devido aos salários dos professores que não permitem pagar as rendas de uma casa em zonas como Lisboa ou o Algarve.

O ME lançou um programa com rendas a custos controlados, mas até agora só 15 professores conseguiram alojamento através do Programa de Apoio ao Arrendamento.

Entretanto, a proposta de lei do Orçamento do Estado para 2024, que está a ser discutida na Assembleia da República, prevê a atribuição de um subsídio aos professores deslocados a mais de 70 quilómetros de casa.

Fonte: Lusa

Paradela: “São Martinhico” celebra-se no dia 12 de novembro

Paradela: “São Martinhico” celebra-se no dia 12 de novembro

No fim-de-semana de 11 e 12 de novembro, várias localidades do concelho de Miranda do Douro, entre as quais Paradela, vão celebrar a festa em honra de São Martinho, com um programa religioso e cultural, que contempla a missa, seguida de um almoço (ou jantar) convívio e que culmina com o tradicional magusto de castanhas assadas e jeropiga.

Em Paradela, a conhecida festa em honra de “São Martinhico” está agendada para o Domingo, dia 12 de novembro, na pequena capela edificada, entre as aldeias de Aldeia Nova e Paradela, onde vai ser celebrada a missa às 12h00, seguida da procissão.

Segundo o presidente da União de Freguesias de Ifanes e Paradela, Nélio Seixas, a festa do “São Martinhico” é única em todo o planalto mirandês, dada a existência de uma capela exclusivamente dedicada ao Santo Martinho de Tours, que viveu entre os anos 316 e 397 d.C..

“Após a missa e a procissão, segue-se um almoço convívio no salão de festas da aldeia, onde vai ser apresentado um livro sobre a história desta festa religiosa local”, informou.

O autor do livro é João Pedro Luís, natural da localidade vizinha de Aldeia Nova, que explicou que a designação “São Martinhico” é um palavra mirandesa, que significa o carinho e a afeição que o povo das três localidades de Aldeia Nova, Paradela e Ifanes, têm para com este santo.

“Antigamente, esta festa religiosa era mesmo uma romaria que atraía a vinda de muitas pessoas. Ao longo do ano, os pastores e os contrabandistas que passavam pela capela do São Martinhico depositavam as suas esmolas. E eram essas esmolas que depois financiavam a festa de São Martinho, no dia 11 de novembro”, acrescentou.

Atualmente, a festa em honra de “São Martinhico” é uma iniciativa da freguesia de Paradela e que conta com a colaboração a Associação Cultural e Fronteiriça de Paradela e do Município de Miranda do Douro.

No fim-de-semana de 11 e 12 de novembro, a festa de São Martinho também vai ser celebrada noutras localidades do concelho, como Miranda do Douro, São Martinho de Angueira, Palaçoulo, Malhadas, Vila Chã da Braciosa e Águas Vivas.

Lenda de S. Martinho

Segundo reza a lenda, num dia frio e tempestuoso de outono, um soldado romano, de nome Martinho, percorria o seu caminho montado a cavalo, quando deparou com um mendigo cheio de fome e frio.

O soldado, conhecido pela sua generosidade, tirou a capa que envergava e com a espada cortou-a ao meio, cobrindo o mendigo com uma das partes. Mais adiante, encontrou outro pobre homem cheio de frio e ofereceu-lhe a outra metade.

Sem capa, Martinho continuou a sua viagem ao frio e ao vento quando, de repente e como por milagre, o céu se abriu, afastando a tempestade. Os raios de sol começaram a aquecer a terra e o bom tempo prolongou-se durante três dias.

Desde essa altura, todos os anos, por volta do dia 11 de novembro, surgem esses dias de calor, a que se passou a chamar “verão de S. Martinho”.

Em Portugal, na Festa de São Martinho é tradição fazer-se um grande magusto, beber-se água-pé e jeropiga. Esta é também uma altura em que se prova o vinho novo. Como diz o ditado popular, “no dia de São Martinho, vai à adega e prova o vinho”.

HA

Saúde: Portugal com acesso à saúde abaixo da média da OCDE

Saúde: Portugal com acesso à saúde abaixo da média da OCDE

O acesso dos portugueses ao sistema de saúde fica abaixo da média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), segundo um relatório agora divulgado, que aponta os custos para os utentes como o principal problema.

Portugal supera a média da OCDE em apenas 24% dos indicadores-chave que definem o acesso à saúde, pode ler-se no relatório “Saúde em relance 2023”, que junta indicadores dos 38 países que compõem a OCDE.

“Toda a população está coberta por um conjunto básico de serviços”, mas “a cobertura financeira, com 63% das despesas cobertas previamente, foi inferior à média da OCDE, que é de 76%”, pode ler-se no relatório.

A satisfação com os cuidados de saúde foi também inferior, com 63% dos portugueses a dizerem-se satisfeitos (média da OCDE é de 67%), e as “despesas diretas, que representam 29% das despesas de saúde, foram superiores à média de 18%”, refere ainda o relatório.

No que diz respeito a indicadores de saúde, Portugal está acima da média em 42% dos casos. Tem uma esperança de vida 1,2 anos acima da OCDE, mas a mortalidade evitável ou tratável é inferior à média dos restantes países e “13,3% das pessoas classificaram a sua saúde como má ou muito má”, mais 5,2 pontos que o resto da organização.

Já em relação aos riscos, Portugal está acima da média em 75% dos indicadores, com valores mais baixos de consumo de tabaco, obesidade e mortes causadas por poluição do ar, enquanto em questões como o álcool (10,5 litros per capita, acima dos 8,6 da OCDE) ou diabetes os dados são mais prejudiciais.

Nos cuidados de saúde, tem uma mortalidade aos 30 dias após AVC superior à media da OCDE, registaram-se menos internamentos evitáveis e prescreveu mais antibióticos.

Nos cuidados preventivos, destaca-se o rastreio do cancro da mama, com 80%, acima da média da OCDE, de 55%.

No plano das despesas com o setor, Portugal só está acima da média em 30% dos indicadores, mas os dados indicam existir maior eficácia das despesas, segundo a organização.

“Oito países gastam menos do que a média da OCDE, mas atingem uma esperança de vida globalmente mais elevada”, o que “pode indicar uma relação custo-benefício relativamente boa dos sistemas de saúde, não obstante o facto de muitos outros fatores”, refere o relatório, que indica a Coreia do Sul, Espanha, Itália, Israel, Portugal, Chile, Costa Rica e Eslovénia como bons exemplos.

O país que demonstra menor eficácia é os Estados Unidos, com “despesas muito mais elevadas do que todos os outros países da OCDE, mas com uma esperança de vida inferior”.

No que diz respeito aos profissionais de saúde e recursos, Portugal tem 5,6 médicos por mil habitantes, acima da média da OCDE, que é de 3,7. “No entanto, os números em Portugal e na Grécia estão sobrestimados, uma vez que incluem todos os médicos autorizados a exercer a profissão”, refere o relatório.


Já os enfermeiros são 7,4 por mil, abaixo da média (9,2). Nas camas hospitalares, os valores são também mais baixos, com 3,5 camas por mil habitantes, abaixo dos 4,3 da OCDE.

Fonte: Lusa