Sendim: Curso Técnico/a de Geriatria tem empregabilidade e permite concluir o 12º ano
A União de Freguesias de Sendim e Atenor viu aprovada uma candidatura para a realização do curso “Técnico/a de Geriatria“, uma formação que permite concluir o 12º ano, numa área com elevada empregabilidade e cuja frequência é financiada com bolsa, subsídios de alimentação, de transporte e seguro.
A vice-presidente da União de Freguesias de Sendim e Atenor, Ana Paula André, adiantou que a formação têm por objetivo proporcionar às pessoas que se encontram em situação de desemprego uma oportunidade de trabalho e simultaneamente conferir-lhes mais habilitações académicas, com a conclusão do 12º ano.
«Dado o envelhecimento da população, a formação em geriatria oferece uma qualificação profissional com elevada procura no mercado de trabalho. Até ao momento, o curso “Técnico/a de Geriatria” já conta com 16 inscrições. Os destinatários deste curso têm que ter pelo menos 21 anos e devem estar inscritas no Centro de Emprego”, indicou.
Na vila de Sendim, a formação vai decorrer ao longo de um ano, na sala de formação da freguesia, durante as tardes, de segunda a sexta-feira.
A frequência do curso “Técnico/a de Geriatria” confere aos formandos uma bolsa de formação no valor de 261,25€/mês; subsídio de alimentação de 6€/dia; despesas de transporte no valor de 156,75€/mês, relativo a 30% do IAS (Indexante dos Apoios Sociais); e um seguro.
A inscrição no curso pode ser realizada presencialmente na Junta de Freguesia de Sendim, (ou por telefone 273 739 670/ 933 845 219) com a entrega ou envio dos seguinte documentos:
- Ficha de inscrição (preenchida no local).
- Cópia do Certificado de Habilitações (9.º ano concluído, sem 12.º ano);
- Comprovativo de inscrição como desempregado no IEFP;
- Documento de Identificação válido;
- Ficha de inscrição (preenchida no local).
A formação é financiada pelo programa Portugal 2030 e pretende reforçar competências, melhorar a empregabilidade e contribuir para um território mais qualificado e coeso.
Política: Há mais mulheres na política mas igualdade plena ainda não foi atingida – relatório
A lei da paridade permitiu aumentar a presença das mulheres na política, mas a “igualdade plena” no exercício do poder ainda não foi atingida, conclui o relatório de avaliação desta legislação, remetido ao parlamento.
O relatório de avaliação da aplicação da lei da paridade, que ficou concluído em setembro, foi remetido à Assembleia da República e o Ministério da Cultura, Juventude e Desporto divulgou algumas conclusões.
Em comunicado, o Governo refere que a “lei da paridade foi determinante para o aumento da representação política das mulheres, assegurando uma presença mínima e estável nas listas eleitorais e induzindo mudanças nas práticas dos partidos políticos desde a sua entrada em vigor”.
No entanto, “apesar dos progressos alcançados, a igualdade plena no exercício do poder político ainda não foi atingida”.
“Nenhuma das eleições realizadas após a revisão de 2019 alcançou o limiar de 40% de mulheres efetivamente eleitas, o que revela um desfasamento entre a paridade formal nas candidaturas e a paridade real nos cargos de decisão”, indica.
O ministério liderado por Margarida Balseiro Lopes indica também que “persistem barreiras estruturais e culturais dentro dos partidos políticos e das instituições, nomeadamente o posicionamento desfavorável das mulheres em lugares elegíveis, a concentração em áreas de menor visibilidade, as dificuldades de conciliação entre a vida política e familiar e a exposição crescente à violência política, especialmente no espaço digital”.
O comunicado assinala ainda que esta lei “aplica-se às listas eleitorais, mas não abrange a composição dos órgãos de poder constituídos após as eleições”, e “subsistem assimetrias na sua aplicação no poder local e fragilidades na recolha e monitorização de dados”.
O relatório de avaliação à aplicação da lei da paridade recomenda “a adoção do princípio da representação igualitária (50/50) com alternância obrigatória de sexo nas listas”, bem como “a extensão da lei a outros órgãos de poder, como as mesas das assembleias e os órgãos intermunicipais, e o reforço dos mecanismos de fiscalização e transparência”.
Neste comunicado, o Governo aproveita para reiterar o compromisso com o “aprofundamento da igualdade entre mulheres e homens na vida política, reconhecendo que a paridade formal é apenas o primeiro passo para uma democracia plenamente inclusiva”.
Ensino: Promulgação das alterações ao currículo de Cidadania e Desenvolvimento
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou as alterações ao currículo da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, que passa a ser regulada por Aprendizagens Essenciais, em linha com a nova Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania.
“O Presidente da República promulgou o diploma do Governo que altera o Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho, que estabelece o currículo dos ensinos básico e secundário e os princípios orientadores da avaliação das aprendizagens, com vista a reforçar o papel da educação para a cidadania na formação integral dos alunos através da valorização da componente de Cidadania e Desenvolvimento”, lê-se na nota publicada na página da Presidência da República.
As alterações à disciplina entram este ano em vigor, mas as escolas terão até às férias do Natal para elaborar as suas estratégias de Educação para a Cidadania.
A disciplina vai passar a ser regulada por Aprendizagens Essenciais, em linha com a nova Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania.
Os até agora 17 domínios – alguns obrigatórios e outros facultativos – serão integrados em oito dimensões obrigatórias: Direitos Humanos, Democracia e Instituições Políticas, Desenvolvimento Sustentável, Literacia Financeira e Empreendedorismo, Saúde, Media, Risco e Segurança Rodoviária, e Pluralismo e Diversidade Cultural.
A proposta do Governo, que esteve em consulta pública no verão, gerou polémica, sobretudo devido à aparente ausência de questões relacionadas com a educação sexual.
Na versão final, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação não introduziu novos temas e manteve, no essencial, o que já estava previsto na versão que esteve em consulta pública, mas clarificou alguns conceitos, que passar a ter mais peso, respondendo a algumas críticas apontadas.
Saúde: Mais de 500 mil pessoas vacinadas contra a Covid-19
Nas primeiras três semanas da campanha de vacinação, mais de meio milhão de pessoas foram vacinadas contra a covid-19, período em que também foram administradas 872.419 vacinas contra a gripe, revelam dados da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Segundo o terceiro relatório semanal da vacinação sazonal, entre 23 de setembro de 2025 e 12 de outubro, foram vacinadas 517.215 pessoas com o reforço sazonal contra a covid-19 e 872.419 pessoas contra a Gripe.
Na última semana, foram vacinadas 211.178 pessoas contra a covid-19, das quais 106.231 em farmácias e 104.858 no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Contra a gripe foram vacinadas nos últimos sete dias 355.018 pessoas, sendo que 178.945 receberam a vacina nas farmácias e 175.740 no SNS.
Segundo os dados da DGS, até ao passado domingo tinham sido vacinadas contra a covid-19 91.167 pessoas com mais de 85 anos, com uma taxa de cobertura vacinal de 26,68%. Contra a gripe foram administradas nesta faixa etária 127.749 vacinas, com uma cobertura vacinal de 37,39%%.
A faixa etária com mais vacinação foi até agora a das pessoas entre os 70 e os 79 anos, com 298.877 a receberem a vacina contra a gripe (29,37% de cobertura vacinal) e 183.760 a vacina contra a covid-19 (18,05%).
A campanha de vacinação Sazonal outono-inverno 2025-2026 decorre até 30 de abril de 2026 em unidades de saúde do SNS e em 2.500 farmácias comunitárias e o objetivo da DGS é vacinar cerca de 2,5 milhões contra a gripe e 1,5 milhão contra a covid-19.
Sob o lema “Vacine-se e proteja os momentos mais importantes”, a campanha sazonal, que arrancou em 23 de setembro, traz este ano como novidade a vacinação gratuita contra a gripe para todas as crianças entre os 6 e os 23 meses e comparticipada para as que têm entre 2 e 5 anos.
A DGS recomenda a vacinação contra a gripe e a covid-19 a todos os maiores de 60 anos, aos doentes crónicos de todas as idades e aos profissionais de saúde, recordando a importância da imunização contra estes vírus.
Miranda do Douro: Helena Barril (PSD) reeleita presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro
Nas eleições autárquicas de 12 de outubro, Helena Barril (PSD) foi reeleita presidente do município de Miranda do Douro, num ato eleitoral onde se registou um aumento da abstenção, não votaram 38,72% dos eleitores inscritos e os dois partidos mais votados PSD, com 47.57% e PS, com 39,79%, receberam menos votos do que em 2021.
Em Miranda do Douro, o PSD voltou a ser o partido mais votado, tendo obtido 2029 votos. Em comparação com as eleições de 2021, os sociais-democratas tinham alcançado 2892 votos, tendo-se agora registado uma diminuição de 863 votos.
Também o PS, teve uma queda na votação, pois passou de 2196 votos, em 2021; para 1697 votos, em 2025, ou seja, obteve menos 499 votos.
Já os partidos PEV/CDU e Chega registaram ligeiros crescimentos, tendo obtido nestas eleições 51 e 141 votos, respetivamente.
O PSD de Miranda do Douro justifica a diminuição na votação, com o significativo aumento da abstenção, dado que em 2021 votaram 5341 eleitores, enquanto que em 2025, votaram 4265 pessoas, ou seja menos 1076 votantes, segundo dados do Ministério da Administração Interna (SIGMAI).
“A população do concelho de Miranda do Douro participou menos nestas eleições autárquicas devido à inexistência de listas da oposição para as várias assembleias de Freguesia. Veja-se o caso do partido socialista (PS), que só apresentou candidaturas para duas, das 13 freguesias do concelho”, indicou a presidente reeleita de Miranda do Douro, Helena Barril.
Outra alteração no concelho de Miranda do Douro, foi a redução do número de eleitores inscritos, de 7376 eleitores, em 2021, para 6960, em 2025, ou seja, menos 416 eleitores votantes.
A presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, indicou que esta redução do número de eleitores inscritos deveu-se “às novas regras do domicílio fiscal, que para efeito de participação nas eleições, obriga as pessoas a manterem a mesma residência durante quatro anos consecutivos”.
Outras causas para o decréscimo da votação nos partidos, foram os 231 votos em branco e os 116 votos nulos.
“Os resultados eleitorais são uma expressão da vontade popular. Relativamente ao aumento dos votos em branco e à persistência dos votos nulos, preocupa-me, pois os eleitores não se identificaram com nenhuma das candidaturas ou não cumpriram o procedimento correto para os que os seus votos fossem considerados válidos. Ainda assim, assinalo a vontade das pessoas em querer participar no ato eleitoral”, salientou Helena Barril.
No novo mandato (2025-2029) as prioridades do executivo municipal de Miranda do Douro, são segundo a presidente reeleita, a modernização do sistema de água na zona sul do concelho, a construção de um pavilhão multiusos e apoios à natalidade e à criação de emprego.
“Com a abertura do programa Portugal 2030, o município de Miranda do Douro submeteu várias candidaturas, que estão em fase de aprovação e são estruturantes para o desenvolvimento do concelho. No decorrer deste novo mandato, esperamos também inaugurar o novo matadouro intermunicipal, o hotel Vila Galé e o centro de inspeção técnica de veículos”, disse a autarca mirandesa.
Após as eleições autárquicas, é muito comum ouvir dizer-se que os políticos só se aproximam do povo quando precisam dos votos. Questionada sobre o que pretende fazer o executivo municipal, ao longo dos próximos quatro anos para manter a proximidade às pessoas, Helena Barril, respondeu que esse é o seu modo de trabalhar, pois permite-lhe “acompanhar de perto às populações e inteirar-se dos problemas das várias localidades do concelho”.
Igreja/Política: «Governar é cuidar e escutar as pessoas» – patriarca de Lisboa
O patriarca de Lisboa enviou uma mensagem aos responsáveis políticos eleitos para os órgãos autárquicos, afirmando que “governar é cuidar” e “escutar as pessoas”.
“O verdadeiro poder não se mede pelo domínio, mas pela capacidade de servir. Governar é cuidar: é escutar as pessoas, procurar o bem de todos, especialmente dos mais esquecidos”, refere D. Rui Valério.
“Estou confiante que os novos eleitos assumirão o seu mandato com espírito de serviço, de diálogo e de proximidade, construindo uma sociedade mais justa, fraterna e solidária”, acrescenta.
O texto é publicado um dia após as eleições autárquicas, que elegeram responsáveis dos municípios e freguesias de Portugal.
“Quero, antes de mais, saudar cordialmente todos os que foram eleitos para servir as nossas comunidades no governo local. A todos manifesto o meu apreço pela disponibilidade e generosidade com que se dispuseram a dedicar tempo, talento e esforço ao bem comum”, indica D. Rui Valério.
“Também expresso gratidão a todos os que participaram neste exercício democrático, seja apresentando-se como candidatos, seja exercendo o seu direito de voto – sinal de corresponsabilidade cívica e amor à terra onde vivemos.”
O patriarca de Lisboa destaca que a missão política é “uma das formas mais elevadas de caridade, como tantas vezes recorda a Doutrina Social da Igreja”.
“Vivemos um momento decisivo para a nossa sociedade ocidental. As mudanças culturais e sociais desafiam-nos a reafirmar, com coragem e esperança, os valores que sustentam a vida em comum: a dignidade inviolável de cada pessoa humana, o valor insubstituível da família, a atenção aos mais pobres e fragilizados e o cuidado pela casa comum que Deus nos confiou”, aponta.
A mensagem deixa votos de que o serviço político “seja sempre expressão deste compromisso, ao serviço da paz, da justiça e da esperança”.
“Rezo por todos vós e peço a Deus que a todos abençoe”, conclui D. Rui Valério.
Política: PS debate resultados autárquicos e posição sobre OE2026
A Comissão Política Nacional do PS vai analisar esta terça-feira, dia 14 de outubro, os resultados das autárquicas e discutir a sua posição sobre o Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), documento que vai ser analisado numa reunião do líder socialista com a bancada parlamentar.
Segundo fonte oficial do PS, o secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, terá uma reunião com a direção da bancada parlamentar ao final da manhã, seguindo-se, às 18:00, de um encontro com os deputados do PS na Assembleia da República para discutir a posição do partido sobre o OE2026, cuja abertura para a viabilização foi manifestada ainda em período de campanha eleitoral.
À noite, no Largo do Rato, em Lisboa, vai reunir-se a Comissão Política Nacional do PS para discutir não só o OE2026 como analisar os resultados eleitorais das autárquicas de domingo.
Nas eleições autárquicas de Domingo, o PS deixou de ser a principal força autárquica em Portugal e ficou com a presidência de 128 câmaras, duas delas em coligação, quando em 2021 tinha 149 câmaras, uma delas em coligação.
Os socialistas perdem assim a liderança da ANMP para o PSD e voltaram a falhar o objetivo de conquistar Lisboa e Porto.
Carneiro conseguiu travar a erosão eleitoral do PS depois da hecatombe nas legislativas e cumpriu a meta de aumentar o número de capitais de distrito, tendo algumas das principais vitórias sido precisamente a conquista de Évora, Faro, Coimbra, Bragança e Viseu.
Autárquicas: Direção do PSD reúne-se após vitória eleitoral
A comissão permanente da direção do PSD reúne-se em Lisboa, após a vitória eleitoral do partido nas eleições autárquicas.
De acordo com uma nota à imprensa, a Comissão Permanente Nacional reúne-se esta terça-feira, dia 14 de outobro, a partir das 10:30, num hotel em Lisboa, prevendo-se que Leonor Beleza, primeira vice-presidente do partido, faça uma declaração à imprensa no final.
Este órgão integra o presidente do PSD e também primeiro-ministro, Luís Montenegro, os seis ‘vices’ do partido, o secretário-geral e líder parlamentar Hugo Soares e, como convidado, o coordenador nacional autárquico Pedro Alves.
Apesar de não ter sido indicado qualquer tema para a convocatória à imprensa, a reunião acontece dois dias depois das autárquicas de domingo que o PSD venceu.
Sozinho e em coligações, os sociais-democratas conseguiram eleger o maior número presidentes de câmara, 136, de acordo com os resultados provisórios do Ministério da Administração Interna, sendo que em 109 concelhos governarão com maioria absoluta.
Destes, 78 foram eleitos em listas apenas do PSD e 58 em coligações. No total, o PSD conseguiu perto de 1,9 milhões de votos e 34,31% do total.
Em relação às anteriores autárquicas, em 2021, o partido conquistou mais 22 câmaras (tinha 114) e inverteu a liderança do poder local, com mais câmaras e freguesias do que o PS, o que lhe permitirá liderar a Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) e a Associação Nacional de Freguesias (Anafre), o objetivo traçado por Luís Montenegro.
O PSD, sozinho ou em coligações, ganhou os cinco municípios com mais população no país – mantém Lisboa e Cascais, recuperando Porto, Vila Nova de Gaia e Sintra -, vencendo também no bastião socialista Guimarães.
No entanto, os sociais-democratas perderam algumas capitais de distrito, em relação há quatro anos (lideram agora sete, contra nove em 2021): o PSD ficou sem os bastiões de Bragança e Viseu e câmaras que detinha como Coimbra e Faro; em contrapartida, ganhou Beja pela primeira vez e recuperou o Porto, mantendo Aveiro, Braga, Lisboa, Portalegre e Santarém.
Nas autárquicas de 12 de outubro, o PS foi o segundo partido mais votado e conquistou sozinho, 126 câmaras e mais duas em coligação com o Livre e PAN.
Autárquicas: António Santos Vaz eleito presidente do município de Vimioso
Na sua primeira candidatura à presidência da Câmara Municipal de Vimioso, António Santos Vaz, recebeu 1691 votos, o que corresponde a uma maioria absoluta de 52,98%, sendo que as prioridades do executivo social-democrata (PSD) são o combate ao despovoamento, com incentivos ao investimento e à criação de emprego, a aposta na educação e novos serviços de saúde para a população.
Nas eleições autárquicas, no concelho de Vimioso, participaram 3036 eleitores, mais 105 pessoas do que em 2021.
“A campanha eleitoral decorreu muitíssimo bem, pois o nosso comportamento pautou-se pela elevação, sinal de que a democracia portuguesa já atingiu a maturidade. Na elaboração do nosso programa eleitoral, quisemos escutar, discutir e escolher as propostas que vão responder aos problemas e necessidades das populações em geral e das famílias e pessoas, em particular”, disse.
Questionado sobre as prioridades da sua governação para este primeiro mandato, António Santos Vaz, indicou peremptoriamente o combate ao despovoamento, com incentivos ao investimento privado e à criação de emprego, a aposta na educação e novos serviços de saúde para a população.
Com os objetivos de incentivar a criação de emprego e a fixação de população no concelho de Vimioso, o município liderado pelo presidente António Santos Vaz, elaborou uma proposta de Regulamento de Apoio à Criação de Emprego, que prevê a atribuição de 5 mil euros, por cada posto de trabalho criado.
Segundo o regulamento, o incentivo financeiro atribuído pelo município de Vimioso destina-se a cada posto de trabalho criado, na modalidade de contrato sem termo, com a obrigação da manutenção do posto de trabalho, pelo período mínimo de cinco anos.
O regulamento, que pode ser consultado no site do município de Vimioso, indica que são elegíveis ao apoio financeiro, as atividades económicas em áreas como o comércio, indústria, prestação de serviços, turismo, agricultura e outras atividades que contribuam para o desenvolvimento do concelho de Vimioso.
Outra prioridade do executivo municipal, liderado por António Santos Vaz, é o ensino, em particular a frequência do ensino secundário no Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV).
“Em Vimioso, a inexistência de ensino secundário obrigatório obriga os nossos jovens a irem estudar para os concelhos vizinhos de Bragança, Miranda do Douro, Mogadouro e outras localidades. Esta lacuna formativa, obriga-nos também a nós, os decisores políticos locais, a criar alternativas como as turmas de responsabilidade partilhada, para assim possibilitar que os nossos jovens continuem a estudar em Vimioso, até ao 12º ano. Não é o ideal e por isso vamos continuar a trabalhar para que o ensino secundário seja uma realidade no agrupamento de escolas de Vimioso”, avançou o autarca vimiosense.
Na saúde, o município de Vimioso, à semelhança do que já fazem outros municípios, como o de Miranda do Douro, por exemplo, pretende implementar o Seguro Municipal de Saúde, de modo a possibilitar aos munícipes o acesso mais célere a exames de diagnóstico, consultas de especialidade e à telemedicina.
No concelho de Vimioso, o resultado das eleições autárquicas, ditou que o principal partido da oposição, o PS, passasse de 901 votos em 2021, para 1335 votos, em 2025. Ou seja obteve mais 434 votos. Este aumento na votação levou o PS a ganhar mais duas freguesias: à de Vimioso juntaram agora Argozelo e a União de Freguesias de Vale de Frades e Avelanoso.
Confrontado com este resultado, o presidente do município, António Santos Vaz, disse que o PSD governa o município de Vimioso desde 2001 e nesta campanha eleitoral, o partido socialista insistiu na ideia de que existiria cansaço e haveria uma necessidade de mudança.
“Ainda assim, o PSD venceu a maioria das freguesias do concelho, com exceção da Freguesia de Vimioso e da União de Freguesias de Vale de Frades e Avelanoso onde perdemos por escassos oito votos. Já na freguesia de Argozelo, a terra-natal do primeiro candidato socialista à Câmara Municipal de Vimioso, o PS ganhou com a diferença de 147 votos, o que noutras circunstâncias nunca aconteceria”, disse.
Para explicar a derrota em Argozelo, quer para a Câmara Municipal quer na Assembleia de Freguesia, o presidente eleito, António Santos Vaz, acrescentou que o candidato socialista procurou mobilizar a população, com promessas pouco exequíveis.
“Como é que se pode prometer à população da vila de Argozelo, uma corporação de bombeiros, a construção de estradas ou a abertura de uma nova agência bancária quando o que está a acontecer é o fecho destes serviços? É fácil prometer e há pessoas que se deixam levar. São promessas com aparência de bem, mas depois difíceis de executar e irrealistas”, criticou.
Finalizadas as eleições autárquicas, é muito comum ouvir dizer-se que os políticos só se aproximam do povo quando precisam dos votos. Questionado, sobre o que pretende fazer ao longo dos próximos quatro anos para manter a proximidade com as pessoas, António Santos Vaz, respondeu que é isso que faz no dia-a-dia.
“A minha vocação é estar com as pessoas, inteirar-me dos problemas das várias localidades do concelho e ajudar a resolvê-los. No decorrer da campanha repetimos incessantemente que é importante falar a verdade e as propostas do nosso programa eleitoral são realistas e exequíveis”, concluiu.
Fátima: Convite a construir novas relações sociais
Nas celebrações do 13 de outubro, D. Claudio Dalla Zuanna, arcebispo da Beira, em Moçambique, na qualidade de presidente da peregrinação internacional de outubro, em Fátima, convidou os peregrinos a construir relações sociais que vão “além do sangue, da nação ou da cultura”.
“Este é o caminho para a paz no mundo: como Nossa Senhora e com ela escutar e guardar a Palavra do Senhor nos nossos corações e cumpri-la no desenrolar da nossa vida pessoal, na família e na sociedade”, disse D. Claudio Dalla Zuanna, arcebispo da Beira, em Moçambique.
O responsável católico falou aos milhares de peregrinos reunidos no recinto de oração da Cova da Iria, para as cerimónias que evocam a sexta e última aparição de 1917, na qual se deu o chamado “milagre do sol”.
Na celebração da Palavra a que presidiu, nesta vigília da peregrinação de outubro, D. Claudio Dalla Zuanna recordou que as Aparições aconteceram num contexto de conflitos, na Europa.
“Esta noite em que nos vê reunidos em oração, Maria recorda-nos as trevas do ódio, da avidez e do sofrimento que envolvem muitos povos neste tempo em que o mundo parece ter perdido o rumo indicado por Jesus”, advertiu.
“Também hoje assistimos ao sinal que o texto do Apocalipse nos apresenta: o enorme dragão do mal com múltiplas cabeças arrasta morte e destruição sobre tantos lugares deste nosso mundo, como que a querer devorar a vida que nele Deus fez brotar e que Jesus, que veio para que tenhamos vida, confiou àquela que está para ser mãe.”
Já esta manhã, na Missa a que presidiu no recinto de oração, D. José Ornelas, bispo de Leiria-Fátima, apelou aos peregrinos reunidos na Cova da Iria, para que sigam o caminho do acolhimento e da integração em relação ao próximo.
“É preciso tratar bem, para que aqueles que chegam, cheguem bem, não sejam explorados e também aqui possam encontrar caminhos novos”, apontou, na homilia da celebração.
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa apresentou um pedido: “Que esta casa da mãe, onde nos encontramos hoje, nos ajude a criar casas e famílias onde verdadeiramente nos acolhamos e nos cuidemos uns dos outros, em nome do Senhor”.
A peregrinação internacional aniversária de outubro, que se conclui esta segunda-feira, conta com 154 grupos organizados, com mais de 6 mil pessoas inscritas.
Segundo o Santuário de Fátima, até ao momento de 21 grupos de Portugal, 20 da Itália, 10 da Espanha, 13 da França e 11 da Polónia, entre outros.
A imagem venerada na Capelinha das Aparições esteve em Roma entre sexta-feira e este domingo, a convite do Papa, para as celebrações do Jubileu da Espiritualidade Mariana, naquela que foi a quarta deslocação ao Vaticano, em mais de 100 anos.
No final das celebrações desta noite, foi recolocada no seu lugar, numa breve cerimónia que decorreu na Capelinha das Aparições.
“É significativo o momento deste regresso”, destacou o padre Carlos Cabecinhas, reitor do Santuário de Fátima, evocando a experiência em Roma.
Após a procissão das velas, a celebração da Palavra e a procissão do silêncio, com a imagem n.º 1 da Virgem Peregrina de Fátima, a peregrinação internacional aniversária propõe aos peregrinos uma vigília de oração, ao longo da noite; na manhã do dia 13 de outubro, é celebrada a Missa no recinto do Santuário, que termina com a bênção dos doentes e a procissão do adeus.