Sendim: Pavilhão multiusos acolhe o Cantar dos Reis

Sendim: Pavilhão multiusos acolhe o Cantar dos Reis

Com o propósito de manter viva a tradição dos cantares dos Reis, o município de Miranda do Douro, vai promover na tarde de Domingo, dia 7 de janeiro, no pavilhão multiusos, em Sendim, o encontro “Bamos a cantar ls Reis”, uma iniciativa que vai contar com a participação de nove grupos de todo o concelho.

Segundo o município de Miranda do Douro, este ano, o encontro “Bamos a cantar ls Reis”, começa às 15h30, com o acolhimento aos grupos participantes, no pavilhão multiusos, na vila de Sendim.

Na edição deste ano vão participar nove grupos do concelho de Miranda do Douro, são eles: Tuna da Universidade Sénior, Mirandanças, Ls Madrugadores, Rancho Etonográfico do Centro Cultural de Sendim, Cantar dos Reis de Duas Igrejas, Cantar dos Reis do Pré-escolar de Sendim, Cantar dos Reis da EB1 de Sendim, Grupo Magum e Banda Filarmónica Mirandesa.

A atuação dos vários grupos inicia-se às 17h00 e entre o repertório dos Cantares dos Reis, mais conhecidos na Terra de Miranda, destacam-se músicas como “Cantamos os Reis, não por interesse mas por amizade” e “Trigo, nozes e marmelada”, “Vimos dar as Boas Festas!” e “Eu hei-de dar ao Menino!”, entre muitas outras músicas.

Como já é tradição, o encontro “Bamos a cantar ls Reis” encerra com uma ceia oferecida pelo município de Miranda do Douro, aos grupos corais participantes e ao público, promovendo assim o convívio e a confraternização entre todos.

Este ano, em Sendim, o grupo Magum volta a participar no encontro “Bamos cantar ls Reis”.

HA

Eleições: Conselho Nacional do PSD aprovou por unanimidade coligação com CDS e PPM

Eleições: Conselho Nacional do PSD aprovou por unanimidade coligação com CDS e PPM

O Conselho Nacional do PSD aprovou, por unanimidade, a coligação com o CDS-PP e PPM para as legislativas e europeias, mas os termos do acordo político entre os três partidos vão ainda ser negociados.

Reunido em Braga, o Conselho Nacional mandatou o secretário-geral do PSD, Hugo Soares, para negociar os termos do acordo.

Foi ainda aprovada a abertura dessas listas à inclusão de cidadãos independentes “de reconhecido mérito, provenientes de vários quadrantes da sociedade civil e empenhados no projeto político da Aliança Democrática”, a própria designação da coligação.

Na abertura do Conselho Nacional, o líder do PSD, Luís Montenegro, disse que a coligação vai garantir, desde logo, um grupo parlamentar ao CDS-PP, com dois lugares “claramente elegíveis” em Lisboa e no Porto.

Ao CDS-PP, estão ainda reservados o 10.º lugar nas listas de Aveiro e o 11.º nas listas de Braga, com hipóteses de eleição.

O PPM, por sua vez, terá o 19.º lugar em Lisboa.

“Não é fácil chegar lá, mas se tudo correr dentro daquilo que esperamos em termos de margem de crescimento, é para isso que nós vamos lutar e para também dar uma representação parlamentar ao PPM”, acrescentou Montenegro.

PSD e CDS-PP anunciaram em 21 de dezembro de 2023 que irão concorrer coligados às eleições legislativas de março e às europeias de junho com uma coligação pré-eleitoral, que recupera o nome Aliança Democrática (a designação das primeiras coligações celebradas entre PSD e CDS-PP nos anos 80) e que vai incluir “personalidades independentes”.

A 3 de janeiro foi anunciado que também o PPM integrará esta coligação pré-eleitoral, já aprovada pelos órgãos do partido.

Esta é a quarta vez que PSD e CDS-PP irão juntos a votos em legislativas.

Aquando do anúncio, através de um comunicado conjunto, PSD e CDS-PP indicaram que vão valorizar e acolher, entre outras, as ideias do “Manifesto por uma Alternativa Reformista e Moderada”, subscrito por “mais de 100 personalidades notáveis da sociedade portuguesa” a apoiar um eventual novo executivo liderado pelos sociais-democratas e pelo seu presidente, Luís Montenegro.

A AD “propõe-se oferecer aos portugueses uma efetiva mudança política e de políticas”, prometendo “muito mais ambição para elevados níveis de prosperidade, de crescimento da economia e dos rendimentos e oportunidades para todos os portugueses”.

Fonte: Lusa


Economia: IVA começa a ser cobrado no cabaz de 46 produtos

Economia: IVA começa a ser cobrado no cabaz de 46 produtos

A partir de 5 de janeiro, o IVA começa a ser cobrado num cabaz de 46 categorias de alimentos, cerca de oito meses após ter sido determinada a isenção deste imposto para combater o impacto da inflação no orçamento das famílias.

O IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado) zero, resultado de um acordo entre o Governo, a distribuição e os agricultores, aplicava-se a um conjunto de alimentos, como cebola, tomate, maçã, banana, pão, batata, arroz, ervilhas, frango, bacalhau, ovos de galinha, atum em conserva, leite de vaca, bebidas de base vegetal, azeite e manteiga.

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) esclareceu que a reposição do IVA vai acontecer “de forma imediata”, assegurando que não se vão verificar constrangimentos logísticos.

“A medida termina no final do horário de expediente e o IVA será reposto a partir do dia 05 de janeiro. Este período permitiu que estejamos todos em condições, de forma tranquila e transparente, de cumprirmos novamente a lei e repormos o IVA destes produtos”, afirmou o diretor-geral da APED, Gonçalo Lobo Xavier, esclarecendo que o imposto vai ser reposto “de imediato”.

De acordo com a recolha de preços junto do site de uma cadeia de distribuição alimentar, a compra de 49 alimentos sujeitos a IVA zero custava em 19 de dezembro 173,99 euros, contra os 166,86 euros que seria necessário gastar em 18 de abril, ou seja, no dia em que entrou em vigor esta medida.

A explicar esta diferença está a subida do preço de 14 dos alimentos, com os maiores agravamentos a observarem-se (no espaço de tempo indicado) no azeite, em que uma garrafa de 0,75 ml da categoria ‘virgem extra’ aumentou de 4,42 euros para 6,39 euros e em várias produtos hortícolas e frutas.

Também o pão (neste caso foi escolhida a variedade de ‘Rio Maior’) subiu de 1,11 euros em abril para 1,19 euros em dezembro – um preço que ultrapassa em um cêntimo o que a mesma grande superfície indicava em 18 de abril que seria cobrado se o IVA zero não estivesse em aplicação.

A Deco alertou que os consumidores devem estar atentos ao preço dos produtos, fazer comparações e ter um “bom controlo das contas” para “não haver derrapagens”, sublinhando a importância da fiscalização.

“Há toda uma série de produtos e serviços com os quais os consumidores devem contar com aumentos e a verdade é que os rendimentos, mesmo que tenham uma subida, esta só se vai verificar para o final do mês. Daí que seja fundamental fazer um bom planeamento e uma comparação de preços”, apontou a coordenadora do gabinete de proteção financeira da Deco, Natália Nunes, em declarações à Lusa.

Os produtos do cabaz com IVA a 0% foram escolhidos tendo em conta o cabaz de alimentação saudável do Ministério da Saúde e os dados das empresas de distribuição sobre os produtos mais consumidos pelos portugueses.

A medida foi inicialmente pensada para vigorar até ao final de outubro, mas o Governo decidiu prolongá-la até 04 de janeiro para responder à “dificuldade operacional” apontada pelo retalho.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Município avança com queixa-crime por anulação de IMI de barragens

Miranda do Douro: Município avança com queixa-crime por anulação de IMI de barragens

O município de Miranda do Douro vai apresentar esta sexta-feira, dia 6 de janeiro, uma queixa-crime contra “pessoas singulares desconhecidas” na Procuradoria-Geral da República (PGR), em Lisboa, por anulação de matrizes de IMI das barragens desde 2007, indicou a autarquia.

“Vamos apresentar na PGR, uma queixa-crime contra pessoas singulares, mas que foram detentoras de cargos públicos desde 2007, até ao presente, mas que representam ou representaram cargos públicos nas entidades relacionadas com a anulação de matrizes do Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI), entre as quais a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Autoridade Tributária, Direção-Geral do Tesouro entre outras”, disse o vereador Vítor Bernardo.

De acordo com o vereador social-democrata, “os indícios para a apresentação desta queixa-crime são extensos e estão plasmados numa denúncia com 24 páginas”.

“Desde a caducidade deste imposto [IMI] referente a 2019, os prejudicados são sempre os mesmos, ou seja as populações. Já no campo dos beneficiários são sempre as empresas concessionárias das barragens”, sublinhou.

Segundo avançou a SIC Notícias, a Autoridade Tributária deixou caducar o direito à liquidação do IMI, de 2019, relativo a mais de 160 barragens em todo o país, entre as quais o relativo ao negócio da venda, pela EDP, por 2,2 mil milhões de euros, das seis barragens transmontanas (Miranda do Douro, Picote, Bemposta, Baixo Sabor, Feiticeiro e Tua).

“O município de Miranda do Douro vai assim pedir ao Ministério Público (MP) que identifique quais os autores destes pretensos indícios de crime, que nós achamos que são fortes, para o não pagamento dos impostos relacionados com transação das barragens”, explicou Vítor Bernardo.

O autarca deixou ainda a garantia de que “o município de Miranda do Douro não vai deixar passar em branco o não pagamento dos impostos referentes às duas barragens [Miranda e Picote] que tem no seu concelho”.

Vítor Bernardo apelou ainda a todos os partidos candidatos às próximas eleições legislativas que decorrem em 10 de março “que deveriam clarificar a sua posição em termos como a corrupção, tráficos de influências, prevaricação ou do abuso de poder”, disse.

Já no mês de novembro o Movimento da Terra de Miranda alertava que o direito à liquidação de IMI sobre o negócio da venda das seis barragens transmontanas referente a 2019 iria caducar, perdendo-se 22 anos de receitas deste imposto.

O movimento lembrava terem passado quase 10 meses desde que o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais deu ordens à Diretora-Geral da Autoridade Tributária (AT) para cobrar o IMI sobre as barragens e até então nada tinha acontecido, tal como tinham passado três meses sobre o segundo despacho do mesmo secretário de Estado a mandar cumprir o primeiro despacho.

Também no final de novembro, segundo o JN, o Movimento Cultural dizia que o Centro de Arbitragem Administrativa informou que o Tribunal Arbitral anulou a liquidação do IMI de uma barragem da EDP com base numa informação falsa que foi comunicada ao processo pela própria AT.

Em 06 de dezembro, o município de Miranda do Douro anunciava que iria pedir à PGR uma “investigação rigorosa” ao “ilegal comportamento da Autoridade Tributária” na avaliação das barragens de Miranda e Picote.

Segundo o autarca, a câmara foi notificada do valor da avaliação e o que foi avaliado “não é um prédio, mas uma ficção”, porque é feita uma avaliação de centros de produção hidroelétrica apenas compostos por betão armado e alvenaria, sem capacidade para produzir energia.

Vítor Bernardo referiu que “todo o grupo gerador de energia como as turbinas, o circuito hidráulico, os geradores e transformadores, entre outros equipamentos imprescindíveis à produção de energia elétrica, não foram avaliados”.

Por discordar da avaliação efetuada, a autarquia apresentou no mesmo dia uma reclamação da mesma junto da Repartição de Finanças de Miranda do Douro.

A Câmara garante ainda que foi notificada da avaliação num momento em que já era impossível evitar a caducidade do direto à liquidação do IMI relativamente a 2019.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: D. Nuno Almeida vem presidir à festa do Menino Jesus da Cartolinha

Miranda do Douro: D. Nuno Almeida vem presidir à festa do Menino Jesus da Cartolinha

No próximo Domingo, dia 7 de janeiro, o Bispo da diocese de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida, regressa a Miranda do Douro, para presidir à festa do Menino Jesus da Cartolinha, que coincide com a Epifania do Senhor, a festa que assinala a manifestação ou revelação do Deus Menino aos magos.

A celebração está agendada para as 11h00, na Concatedral, em Miranda do Douro, onde o bispo de Bragança-Miranda vai presidir à celebração da Epifania do Senhor, considerada a primeira manifestação de Cristo aos gentios.

A Solenidade da Epifania refere-se a apresentação dos magos, que guiados pela estrela, chegam a Belém, para adorar o Deus Menino e oferecer-Lhe ouro, incenso e mirra.

Recorde-se que D. Nuno Almeida tomou posse como bispo de Bragança-Miranda no dia 25 de junho de 2023 e visitou pela primeira vez Miranda do Douro, no dia 9 de julho de 2023, aquando das comemorações dos 478 anos da Cidade.

Na sua primeira vinda a Miranda do Douro, o 45º bispo da diocese de Bragança-Miranda foi presenteado com a oferta de uma cadeira, feita pelo artesão de Cicouro, Moisés Fernandes. No final de celebração, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, ofereceu a Dom Nuno Almeida, uma Capa d’ Honras Mirandesa.

Recentemente, o bispo diocesano apresentou a sua primeira Carta Pastoral, intitulada ‘Unidos para oferecer a todos a alegria e a esperança do Evangelho’.

“Há um grande anseio de não deixarmos nenhuma comunidade abandonada, porque de facto, na diocese há comunidades em que há pouca gente”, disse D. Nuno Almeida.

A partir de janeiro de 2024, o bispo vai iniciar uma visita pastoral a toda a diocese, na qual deseja promover um “trabalho artesanal de construir e renovar as comunidades”.

Além do encontro com as comunidades, D. Nuno Almeida adianta que a visita vai ser precedida por uma missão bíblica, confiada aos religiosos Capuchinhos, e será seguida da criação de uma equipa pastoral em cada unidade – divisão que congregou as paróquias anteriormente existentes no território transmontano.

HA

Miranda do Douro: Corrida e caminhada solidárias doaram 500 euros aos bombeiros

Miranda do Douro: Corrida e caminhada solidárias doaram 500 euros aos bombeiros

No passado dia 29 de dezembro, a seção de atletismo do Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) organizou uma corrida e caminhada solidárias “Al redor del Castilho”, cuja receita das inscrições reverteu a favor da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Miranda do Douro (AHBVMD).

De acordo com Alírio Sebastião, responsável pela seção de atletismo do Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD), na corrida e caminhada de cinco quilómetros participaram 75 pessoas, que com a sua inscrição permitiram angariar fundos para os bombeiros de Miranda do Douro.

“Com a receita das inscrições foram arrecadados 500€, que depois foram entregues ao Sr. Comandante dos Bombeiros de Miranda do Douro”, indicou.

A corrida e caminhada solidária “Al redor del Castilho” contou com a colaboração do município de Miranda do Douro e o patrocínio de várias empresas locais.




Recorde-se que em setembro de 2023, o Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD) criou uma equipa de atletismo, formada por atletas naturais do concelho, que atualmente estão a competir nas provas da Associação de Atletismo de Bragança (AAB).

Segundo o presidente do CDMD, Nuno Martins, ao longo da época 2023/2024, o clube vai organizar várias provas: a 23 de setembro passado, em Picote, decorreu o I Ultra Trail Tierra de Miranda. E neste novo ano de 2024, em Paradela, a seção de atletismo pretende organizar a II edição do Trail Contrabando do Café.

HA

Miranda do Douro: IMI de 2019 das barragens caducou

Miranda do Douro: IMI de 2019 das barragens caducou

O município de Miranda do Douro acusou a Autoridade Tributária (AT) de ter deixado caducar o direito à liquidação do Imposto Municipal sobre Imóveis IMI), relativo ao ano de 2019, um prejuízo que afeta mais de 160 barragens em todo o país.

O vereador do município de Miranda do Douro, Vítor Bernardo lamentou que os “prejudicados sejam sempre os contribuintes e os beneficiados os grandes grupos económicos, neste caso, as atuais concessionárias das barragens”.

Segundo o autarca, o município de Miranda do Douro vai apresentar uma queixa-crime contra várias entidades públicas envolvidas neste processo.

“Sabemos que a Autoridade Tributária (AT) quando quer funciona na perfeição. Por isso, é incompreensível como deixaram caducar um imposto e tiveram onze meses para fazer a avaliação e a inscrição dos centros electroprodutores”, denunciou.

Sobre o não pagamento do IMI relatvo a 2019, a autarquia de Miranda do Douro fala em prejuízos na ordem dos 330 mil euros anuais. E no cômputo dos 10 municípios da região do Douro, defendem que estão em dívida cerca de 400 milhões de euros relativos aos impostos decorrentes da venda da concessão das barragens.

Recorde-se que venda da concessão das barragens de Miranda do Douro, Picote, Bemposta, Baixo Sabor, Feiticeiro e Tua saltou para a agenda mediática na sequência da denúncia em 2020, por parte do Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM), a propósito do negócio de 2,2 mil milhões de euros, sem pagamento de impostos, por parte da EDP a um consórcio liderado pela empresa francesa Engie.

HA

Ensino: Cerca de 40 mil alunos recomeçaram as aulas sem terem todos os professores

Ensino: Cerca de 40 mil alunos recomeçaram as aulas sem terem todos os professores

A 3 de janeiro, cerca de 40 mil alunos recomeçaram as aulas sem terem todos os professores, de acordo com cálculos da Federação Nacional dos Professores (Fenprof).

“No início de dezembro eram cerca de 32.000 os alunos que não tinham os professores todos”, disse o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, indicando que no último mês do ano se aposentaram 371 docentes e que em janeiro vão aposentar-se mais 434.

De acordo com a mesma fonte, quase 2 mil alunos têm um professor em falta desde o início do ano, ou seja, têm uma disciplina a que nunca tiveram aulas.

“Isto é extremamente gravoso, porque significa para muitos alunos quase uma impossibilidade de recuperar um período inteiro”, devido a três meses sem aulas. “Evidentemente que há aqui também uma discriminação social e financeira das famílias que vai permitir que algumas encontrem fora da escola a compensação que a escola não pôde dar, porque não tinha professores, e outras que não têm essa possibilidade”.

Mário Nogueira defendeu que a falta de professores foi ainda “disfarçada” com um recurso “que não se via há décadas” a diplomados que não são professores profissionalizados. “O Ministério da Educação alargou até a possibilidade de outros diplomados poderem dar aulas”, afirmou Mário Nogueira.

As estimativas da Fenprof apontam para 200.000 alunos que não têm todos os professores profissionalizados.

As disciplinas com mais carência de professores são informática, português, história e matemática (do 3.º ciclo e ensino secundário), segundo um levantamento efetuado pela Fenprof junto de mais de 200 agrupamentos e escolas não agrupadas.

Mário Nogueira sustentou que o problema tem solução, mas que não passa por baixar o nível da formação. Mais rápido do que formar professores, alegou, será recuperar para a carreira 20.000 professores que deixaram a docência.

“Isso consegue-se valorizando a carreira dos professores” e “eliminando a precariedade”, entre outras medidas, como a criação efetiva de incentivos para os professores destacados para zonas onde o custo de vida é mais elevado, como em Lisboa e no Algarve.

Os dados recolhidos indicam que 22,6% das escolas que responderam não conseguiram completar o corpo docente ao longo de todo o 1.º período. Menos de metade das escolas (41,3%) conseguiram completar o corpo docente até final de setembro.

O levantamento foi feito no final do primeiro período, tendo sido validadas 208 respostas completas das escolas.

Entre 1 de setembro e 31 de dezembro, aposentaram-se 1.415 professores, que se juntaram aos 2.106 que tinham ido para a aposentação entre janeiro e agosto, sublinhou Mário Nogueira.

Os números foram divulgados no dia em que foi conhecida a palavra do ano, “Professor”, divulgada pela Porto Editora, o que para a Fenprof é “um reconhecimento dos portugueses” ao papel dos professores.

Fonte: Lusa

Alimentação: IVA reposto no cabaz de 46 produtos

Alimentação: IVA reposto no cabaz de 46 produtos

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) esclareceu que a reposição do IVA, no cabaz de 46 categorias de produtos, vai ser resposta, “de forma imediata”, na sexta-feira, dia 5 de janeiro, assegurando que não se vão verificar constrangimentos logísticos.

“A medida termina no final do horário de expediente e o IVA será reposto a partir do dia 05 de janeiro. Este período permitiu que estejamos todos em condições, de forma tranquila e transparente, de cumprirmos novamente a lei e repormos o IVA destes produtos”, afirmou o diretor-geral da APED, Gonçalo Lobo Xavier, esclarecendo que o imposto vai ser reposto “de imediato”.

Gonçalo Lobo Xavier disse que os consumidores podem esperar “transparência no processo” e lembrou que se vai verificar, desde logo, um acréscimo de 6% no preço dos produtos em causa.

Em alguns casos, o acréscimo será superior tendo em conta que os produtos estavam tabelados a 23%.

“Essa reposição não vai ser gradual, vai ser imediata”, reiterou.

A APED assegurou que as equipas estão “totalmente organizadas”, quer do ponto de vista das operações nas lojas, que dos sistemas informáticos, e, portanto, não se esperam constrangimentos logísticos.

O diretor-geral da APED adiantou que a distribuição não tem sentido uma alteração significativa no comportamento do consumidor, tendo em conta que os produtos abrangidos pela medida são, na sua maioria, perecíveis, pelo que “não faria sentido haver uma acumulação de ‘stocks’ por parte das famílias”.

Gonçalo Lobo Xavier lembrou que janeiro “é um mês mais complexo”, a seguir às festividades, o que dificulta a gestão do orçamento das famílias.

Apesar de sublinhar que 2024 será um ano de “muita incerteza”, nomeadamente com a crise a “incerteza geopolítica”, a distribuição mostra-se otimista.

4 de janeiro é o último dia de isenção de IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado) para um cabaz de quase 50 produtos, depois do Governo ter anunciado a extensão da medida para responder à “dificuldade operacional” apontada pelo retalho.

Esta medida abrange produtos como cebola, tomate, maçã, banana, pão, batata, arroz, ervilhas, frango, bacalhau, ovos de galinha, atum em conserva, leite de vaca, bebidas de base vegetal, azeite e manteiga.

Em 10 de outubro, o ministro das Finanças, Fernando Medina, anunciou que a isenção do IVA não seria renovada em 2024, estando prevista uma compensação de valor equivalente no reforço das prestações sociais das famílias mais vulneráveis.

Fonte: Lusa

Cultura: Museu da Terra de Miranda fica com gestão do Estado

Cultura: Museu da Terra de Miranda fica com gestão do Estado

Os equipamentos culturais e monumentos propostos para gestão dos municípios de Bragança e de Miranda do Douro ficam, afinal, sob gestão do Estado, esclareceu o Ministério da Cultura.

A reorganização anunciada para museus e monumentos teve forte contestação no distrito de Bragança, com os autarcas dos dois concelhos transmontanos a rejeitaram a transferência destas competências.

O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, apresentou nessa altura a criação de duas novas entidades, a entrar em funções no início do próximo ano.

Uma delas é a Museus e Monumentos de Portugal, “uma entidade pública empresarial responsável pela gestão dos museus, monumentos e palácios nacionais”, pode ler-se na página oficial da internet do ministério.

Foi ainda criado o instituto público chamado Património Cultural, “que tem como objetivo a salvaguarda, investigação, valorização e divulgação do património imóvel e imaterial”, explica-se na mesma nota.

Em resposta às questões colocadas via correio eletrónico, o Ministério da Cultura detalhou que o Museu do Abade de Baçal (Bragança) e o Museu da Terra de Miranda (Miranda do Douro), ficam a partir de 1 de janeiro sob gestão da Museus e Monumentos de Portugal.

Já a Domus Municipalis e o castelo da cidade de Bragança passam na mesma data para o Património Cultural.

O presidente da câmara municipal de Bragança, Hernâni Dias, mostrou-se satisfeito.

“Era a solução que defendíamos. (…) A vitória é sempre aquela que faz com que o nosso território não seja desvalorizado”, afirmou o autarca. 

“Defendemos os interesses do nosso concelho, do nosso distrito e da nossa região. (…) E quando sentimos que há propostas que vão contrariar essa intenção, obviamente que lutamos contra elas”, disse ainda Hernâni Dias.

A posição é acompanhada por Helena Barril, autarca de Miranda do Douro.

“Estamos muito satisfeitos com esta decisão por parte do Governo. Faz, sobretudo, justiça a esta zona do país. Valeu a pena toda a nossa união em torno desta causa. É um reconhecimento para as entidades e para o Museu Terra de Miranda (…), declarou a presidente.

Para Jorge da Costa, diretor do Museu Abade de Baçal, o anúncio também foi “uma grande alegria”.

“São dois espaços culturais emblemáticos [o museu e a Domus Municipalis] e desta importância nacional. Garantirá a continuidade de todo o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido”.

A Lusa tentou uma reação da diretoria do Museu Terra de Miranda, mas sem sucesso.

Após o anúncio desta intenção, várias foram as manifestações contra na região. Além das autarquias e das direções dos equipamentos culturais em causa, outras vozes discordantes se juntaram, como a Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes ou o Movimento Cultura da Terra de Miranda, que se mostraram descontentes com a passagem, que não chegou a acontecer, da gestão para os municípios, que consideraram uma desqualificação do património.

Fonte: Lusa