Palaçoulo: Monjas trapistas proximidade e generosidade

Palaçoulo: Monjas trapistas agradecem proximidade e generosidade

As monjas trapistas do Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, em Palaçoulo, escreveram uma carta a agradecer a “grande manifestação de proximidade e generosidade” que receberam, depois do “grave incêndio” destruir o telhado da hospedaria onde residem.

“Durante o dia [do incêndio], recebemos a visita do bispo, D. Nuno Almeida que nos mostrou a sua proximidade, do pároco, António Pires, da presidente da Câmara, Helena Barril e depois de muitos amigos, conhecidos e desconhecidos, todos movidos pelo desejo de nos ajudar. Alguns trouxeram comida, outros começaram a recolher os escombros, outros queriam simplesmente estar perto de nós e animar-nos”, revelam, numa comunicação partilhada pela Diocese de Bragança-Miranda.

Na mensagem com o título “O que um incêndio não pode destruir”, as monjas adiantam que “foram muitos os telefonemas e os e-mails de amigos” que exprimiram o desejo de “ajudar materialmente”.

“Assim, estamos a experimentar a Providência do Senhor, que desperta nos corações a vontade de participar na reconstrução deste lugar, que não é só de nós monjas, mas é a Casa de todos os que procuram Deus”.

incêndio deflagrou na madrugada do dia 27 de janeiro, “tendo começado na conduta da lareira acesa e que, alastrando rapidamente, comprometeu a zona central” da hospedaria (telhado, sótão e grande parte do primeiro andar).

“A zona mais atingida foi o sótão (que servia de arrecadação) e os quartos, que ocupamos enquanto aguardamos a conclusão da construção do mosteiro”, informam as monjas trapistas.

Além disso, algumas salas eram utilizadas como escritórios e áreas de trabalho (escritório da Madre, escritório das irmãs ecónomas, lavandaria, armazém e embalagem da confeitaria) e “o incêndio danificou-as gravemente, inutilizando parcial ou totalmente as salas, as máquinas e o material armazenado”.

“Estamos a tentar restabelecer a vida monástica regular, ocupando os lugares poupados pelo fogo e pela água. Cada uma de nós conseguiu arranjar um quarto para dormir e, nos corredores e na garagem, tentamos recolher o material que conseguimos salvar, limpar e arrumar”, avançam na carta.

As monjas trapistas indicam ainda que “os operários estão a isolar” as partes onde vivem “para depois começarem a demolir as restantes áreas da hospedaria em ruínas”: “Depois teremos de começar a reconstruir”.

Dadas os danos provocados pelo incêndio, a Casa de Acolhimento do Mosteiro Trapista de Palaçoulo fica impossibilitado de “receber hóspedes agora e durante um tempo indeterminado”, pois ficaram sem espaço para oferecer.

“Temos a certeza de que o Senhor sabe o que está a fazer e o que nos permite viver é sempre para um bem maior do que aquele que podemos prever. A própria experiência da fraternidade entre nós e com as pessoas que nos ajudam é já um milagre comovente de comunhão e de esperança: o homem que acredita, espera e ama é verdadeiramente uma imagem da glória de Deus, da sua bondade e da sua beleza”.

Na comunicação, as monjas trapistas revelam que a zona da capela “permaneceu intacta, assim como os quartos do noviciado”, que reservaram para receber hóspedes, além de ter sido uma “surpresa encontrar pendurados e intactos no meio do corredor atingido pelas chamas, pelo fumo e pela água, os hábitos brancos destinados à próxima tomada de hábito” de uma das postulantes, que no dia anterior uma das monjas tinha acabado de coser.

“Um jovem padre e três dos seus jovens paroquianos foram nossos convidados para um retiro. Conscientes de que não podíamos ajudar materialmente, a presença providencial do padre permitiu-nos celebrar a Eucaristia – depois do canto das Laudes. Enquanto os bombeiros ainda se esforçavam por apagar as chamas nos telhados, sobre o altar o Amor consumia mais uma vez o Seu dom por nós”, acrescentam.

“Certos de que a Providência do Senhor leva sempre a bom termo a obra que inicia, retomamos e continuamos o caminho e a construção da Sua morada entre nós, com renovada gratidão e espanto. Agradecemos antecipadamente a todos os que quiserem ajudar-nos, de qualquer modo, rezando ou doando ajuda, enquanto vos asseguramos a nossa oração contínua”, conclui o texto.

A Diocese de Bragança-Miranda divulgou o número da conta bancária do mosteiro para aqueles que queiram contribuir com donativos (PT50 0045 2260 4029 1080 1063 2) e informou que continuam à venda em vários pontos do país os artigos de artesanato, livros, doces e compotas feitas pelas monjas trapistas.

Fonte: Ecclesia

Fotos: Ecclesia e HA

Miranda do Douro: Meia centena de agricultores participaram na sessão sobre o Pedido Único 2024

Miranda do Douro: Meia centena de agricultores participaram na sessão sobre o Pedido Único 2024

Na manhã desta quinta-feira, dia 1 de fevereiro, foi ministrada uma sessão de esclarecimento aos agricultores do concelho de Miranda do Douro, sobre as alterações a atualizações dos apoios financeiros ao Pedido Único (PU), para o corrente ano de 2024.

A sessão de esclarecimento decorreu no miniauditório, em Miranda do Douro e foi ministrada pela Confederação de Agricultores de Portugal (CAP), em parceria com a Associação de Agricultores do Planalto Mirandês (AAPM).

À meia centena de agricultores que participaram na sessão, a técnica da CAP, engenheira Olinda Vieira informou que “o ministério da Agricultura corrigiu a informação avançada dos cortes de 35% e 25%, nos apoios à agricultura biológica e à produção integrada (Prodi) e vai repor a totalidade das ajudas”, disse.

No decorrer desta reunião, foi dada uma especial atenção ao modo de produção biológico e a técnica, Emília Caminha, esclareceu os agricultores mirandeses sobre os critérios de elegibilidade.

“O ‘Modo de Produção Biológico’ consiste num sistema de práticas agrícolas mais sustentáveis ambientalmente, em que se limita ao máximo a utilização de produtos químicos na agricultura e de antibióticos na pecuária», explicou.

Os agricultores que pretendam iniciar o processo de conversão em agricultura biológica têm que adquirir uma formação homologada de 50 horas, durante a qual aprendam os requisitos obrigatórios para cultivar e/ou criar produtos biológicos, sejam vegetais ou animais.

“A produção em agricultura biológica exige a certificação por parte de uma empresa que ateste o cumprimento das normas de qualidade. E os agricultores têm que contratar o serviço de uma destas entidades”, acrescentou.

Emília Caminha, exemplificou ainda que “um agricultor com um amendoal em sequeiro, no modo de produção biológico, recebe um apoio anual de 320€/por hectare; e a vinha, em modo de produção biológico, tem um apoio anual de 600€ “, indicou.

Esta sessão em Miranda do Douro decorreu, em simultâneo, com o protesto dos agricultores a nível nacional, que reclamam pelo pagamento atempado dos apoios, a abertura de projetos para a instalação de jovens agricultores e a redução do preço do gasóleo agrícola.

Perante esta insatisfação, a técnica da Confederação de Agricultores de Portugal (CAP), Olinda Vieira mostrou-se solidária e compreensiva com os agricultores perante o excesso de burocracia.

“Os agricultores estão cansados e asfixiados com a burocracia da Política agrícola Comum (PEPAC)”, disse.

Do lado dos agricultores, Abílio Marcos Preto, produtor de castanha em São Martinho de Angueira, referiu que os problemas que enfrenta diariamente, são o elevado preço do gasóleo agrícola e as recorrentes doenças dos castanheiros.

Por sua vez, Francisca Martins, criadora de gado bovino e cavalos, em Duas Igrejas, indicou que a falta de mão-de-obra neste setor e o elevado preço das rações, como sendo os maiores problemas que enfrenta na atualidade.

Sobre a realidade agrícola do planalto mirandês, o técnico da Associação de Agricultores do Planalto Mirandês (AAPM), Manuel Fernandes, referiu que nesta região continuam a cultivar-se sobretudo amendoais, olivais, vinhas e soutos de castanheiros.

“Já na pecuária, predominam as explorações extensivas com a criação de raças como os bovinos mirandeses e outros, para produtos de carne. Há também a criação de ovinos, como a raça churra galega mirandesa”, disse.

A Associação de Agricultores do Planalto Mirandês (AAPM) está localizada no Largo do Castelo, em Miranda do Douro e presta vários serviços como o licenciamento da atividade pecuária, as candidaturas ao pedido único, o apoio técnico na elaboração e gestão de projetos agrícolas, entre outros serviços.

HA

UE/Agricultores: Protestos condicionam trânsito na fronteira da Bemposta

UE/Agricultores: Protestos condicionam trânsito na fronteira de Bemposta

Esta quinta-feira, dia 1 de fevereiro, no âmbito do protesto dos agricultores, o trânsito na fronteira de Bemposta, no concelho do Mogadouro, ficou condicionado por cerca de 20 tratores, dificultando o acesso a Espanha.

No local, fonte oficial da GNR disse que “a fronteira está condicionada” pelos agricultores que se manifestam para reclamar melhores condições e mais apoios financeiros por parte do Governo.

O porta-voz do movimento da marcha, que partiu do nó de acesso ao Itinerário Complementar (IC) 5 no Mogadouro pelas 12:30 e demorou cerca de 45 minutos a chegar à fronteira da Bemposta, referiu que estiveram presentes agricultores do Planalto Mirandês (Mogadouro, Miranda do Douro e Vimioso) e ainda do Douro Superior, nomeadamente Torre de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta.

“O balanço [do protesto] é muito positivo, conseguimos mostrar à sociedade civil e ao Governo o descontentamento no setor agrícola. Começamos com 15 tratores às 07:00 e ao longo da jornada o número chegou às 150 máquinas agrícolas e outros veículos”, disse Dário Mendes.

Segundo Gilberto Pintado, os agricultores, exigem “o pagamento dos apoios do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) atempadamente, a abertura dos projetos de jovens agricultores, que estão parados desde março de 2022, o pagamento da apregoada ‘bazuca para agricultura’, no valor de dois milhões de euros anunciada há dois anos e que dinheiro nem vê-lo e o gasóleo agrícola a 50 cêntimos”.

O protesto decorre um dia depois de o Governo ter anunciado um pacote de mais de 400 milhões de euros, destinado a mitigar o impacto provocado pela seca e a reforçar o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC).

Segundo um comunicado divulgado a 31 de janeiro, os agricultores reclamam o direito à alimentação adequada, condições justas e a valorização da atividade.

O movimento, que se apresenta como espontâneo e apartidário, garantiu que os agricultores portugueses estão preparados para “se defenderem do ataque permanente à sustentabilidade, à soberania alimentar e à vida rural”.

Fonte: Lusa

Palaçoulo: Tanoaria J.M.Gonçalves vai participar Enotécnica – Feira de Viticultura e Enologia

Palaçoulo: Tanoaria J.M.Gonçalves vai participar na Enotécnica – Feira de Viticultura e Enologia

Após 15 anos de interregno, a Enotécnica – Feira de Viticultura e Enologia está de regresso à Exponor – Feira Internacional do Porto, nos dias 7 e 8 de fevereiro, numa exposição que vai contar com a participação da conceituada Tanoaria J.M.Gonçalves, Lda., de Palaçoulo.

De acordo com o enólogo e sócio-gerente da tanoaria, José Abílio Gonçalves, a Enotécnica é um certame dedicado aos setores vitícola, isto é, ao cultivo da vinha, e enológico, ao fabrico do vinho.

“No início deste século, já haviam sido realizadas duas feiras vitícolas em Portugal. Dado que o nosso país é tradicionalmente vitivinícola, isto é, há muitas regiões que se dedicam ao cultivo da vinha e ao fabrico de vinho, faz todo o sentido que haja um grande certame dedicado a estas duas importantes atividades económicas”, justificou.

Considere-se que em Portugal há regiões onde se produzem vinhos de reconhecida qualidade, a começar desde logo, pela mais antiga região vitivinícola regulamentada do mundo: a região do Douro. Para além do Douro, há outras regiões que se destacam no cultivo da vinha e fabrico do vinho como são o Dão, a região dos Vinhos Verdes, a Bairrada, as Beiras, Lisboa, Setúbal, o Alto e Baixo Alentejo, o Algarve ou a Madeira.

Dada a importância deste setor para a economia do país, a Enotécnica é um evento com um cariz profissional, direcionado para produtores de vinho, adegas, cooperativas, comerciantes de vinho e distribuidores, durante o qual vão ser expostos produtos e equipamentos.

“Na Enotécnica, os visitantes vão encontrar múltiplos produtos desde as simples rolhas, garrafas, rótulos ou capsulas, passando pelas barricas e vasilhames de inox, por uma grande panóplia de produtos enológicos, até aos sofisticados softwares usados na vinha e fabrico do vinho ou os serviços de marketing de promoção dos vinhos”, explicou.

Um dos objetivos da Enotécnica é reconhecer a excelência dos fabricantes e das marcas, assim como antecipar tendências e fomentar a concretização de negócios.

Para José Abílio Gonçalves, participar nestes eventos permite estabelecer contatos com as adegas, dar a conhecer os novos produtos e concretizar negócios.

“Estas feiras são oportunidades para apresentar os nossos produtos, como é o caso da barrica vulcânica “Onyx”. Esta inovadora barrica, que está a ser desenvolvida desde 2018, tem como mais-valia o tratamento térmico, sem combustão, assegurando assim a ausência de aromas fumados”, explicou.

Por sua vez, Sara Gonçalves, outra responsável da tanoaria, acrescentou que a barrica “Onyx fusion” é tostada com recurso a pedras vulcânicas, provenientes de países como a Islândia, Itália, Japão e E.U.A, o que elimina a presença de toxinas, permitindo assim aos enólogos criar um vinho com uma mineralidade equilibrada e maximizando a expressão da fruta.

Para além da “Onyx fusion”, na Enotécnica, em Matosinhos, a Tanoaria J.M.Gonçalves vai expor outros produtos.

“Vamos expor várias barricas, entre as quais a barrica spin barrel que é concebida para a fermentação de vinhos. Também vamos mostrar os chamados produtos alternativos, como as aparas, as inter-barricas, as aduelas, entre outros produtos inovadores”, avançou.

Ao longo dos dois dias do evento estão programadas várias conferências dedicadas à inovação e à sustentabilidade. Sobre estas conferências, Sara Gonçalves revelou que para além dos negócios também é importante acompanhar a evolução do setor.

“O tema da Enotécnica deste ano é a inovação para a sustentabilidade. As várias conferências são também uma oportunidade para partilhar informações e conhecimentos nos setores vitícola e enológico”, disse.

A jovem gestora da Tanoaria J.M.Gonçalves, Lda., revelou ainda que ao longo do ano a empresa participa noutros eventos internacionais, como a Enomaq – Salão Internacional de Máquinas e Equipamentos para Adegas, que decorre na Feira de Saragoza (Espanha).

“Ainda em Espanha, entre os dias 13 e 14 de março, vamos participar na Feira de Valladolid. Direta ou indiretamente, faz parte da nossa estratégia empresarial participar nestes grandes eventos vitícolas em países como Espanha, França e nos E.U.A.”, indicou.

Neste novo ano, outra novidade da Tanoaria J.M.Gonçalves, Lda. é o patrocínio da gala da revista Essência do Vinho e a participação na entrega dos prémios.

HA

Mogadouro: Floração precoce das amendoeiras põe em risco a colheita

Mogadouro: Floração precoce das amendoeiras põe em risco a colheita

O presidente da Cooperativa dos Lavradores do Centro e Norte (CLCN), Armando Pacheco, apelou aos produtores de amêndoa para fazerem seguros de colheita de modo a minimizar possíveis quebras de produção devido à floração precoce das amendoeiras.

“Face às alterações climáticas, apelamos aos produtores de fruto de casca rija para fazerem os seus seguros de colheita, que podem ajudar a minimizar possíveis impactos na colheita final, uma vez que as amendoeiras começam a ser umas das culturas predominantes do território nordestino, uma região onde se verificam temperaturas acima de media em tempo de floração”, disse o dirigente da CLCN.

Referindo que as variações das temperaturas acima da média nesta época do ano “podem chegar aos 10 graus”, Armando Pacheco destacou que os seguros de colheita para a amêndoa, que já podem começar a ser feitos, são importantes e os produtores devem começar a interessar-se por este mecanismo de proteção.

“Os seguros de colheita garantem, sempre, o pagamento da perda da produção. Com temperaturas de risco que se fazem sentir em tempo de floração, em tempo de colheita poderemos ter sempre algum retorno financeiro”, vincou.

A floração precoce das amendoeiras no nordeste transmontano já se começa a verificar e esta é uma situação que esta a deixar apreensivos os produtores deste fruto.

O dirigente acrescenta que seria preciso mais frio durante esta época do ano para manter a floração da amendoeira e assim haver polinização, para que não haja prejuízos em tempo de colheita.

“A floração deveria acontecer num período mais tardio, como em meados de fevereiro ou no mês de março. Se isto não se verificar, a flor da amendoeira vai cair mais cedo e vai prejudicar a floração e a produção, mesmo nos amendoais de floração mais tardia”, indicou.

Apesar destas incertezas, as primeiras amendoeiras de variedades mais tradicionais e que florescem mais cedo já podem ser vistas nos vales dos rios Douro, Sabor, Côa e Tua.

Por outro lado, Armando Pacheco não tem dúvida que as festividades das Flor da Amendoeira são um verdadeiro espetáculo natural, conferindo ao território um momento único para o turismo sazonal.

“Gostamos de ver a floração da amendoeira, mas também gostaríamos que a mesma fosse mais tardia”, enfatizou.

A CLCN, com sede em Mogadouro, tem atualmente meio milhar de produtores de amêndoa e de outros frutos de casca rija e castanha que estão distribuídos um pouco por todo país, mas com incidência no distrito de Bragança.

Os concelhos de Carrazeda de Ansiães, Figueira de Castelo Rodrigo, Mogadouro, Miranda do Douro, Freixo de Espada à Cinta, Torre de Moncorvo e Vila Nova de Foz Côa, no Douro Superior, começam a promover as suas atividades gastronómicas, culturais e económicas através de programas que começam a ser divulgados a propósito das amendoeiras em flor.

Também os concelhos de Alfândega da Fé e Vila Flor, já na Terra Quente Transmontana, elaboraram os próprios programas que decorrem por esta altura do ano.

Fonte: Lusa

Vimioso: Ministério Público investiga caso da sodomização na escola

Vimioso: Ministério Público investiga caso da sodomização na escola

O Ministério Público (MP) instaurou inquéritos crime e tutelar educativo ao alegado episódio de sodomização de um aluno de 11 anos por oito colegas, com idades entre os 13 e os 16 anos, no Agrupamento de Escolas de Vimioso.

“Confirma-se a instauração de inquérito-crime relacionado com a matéria, o qual se encontra em investigação. Os factos deram igualmente lugar à instauração de um inquérito tutelar educativo”, refere a Procuradoria-Geral da República (PGR).

A PGR explica que “o inquérito tutelar educativo (ITE) encontra-se previsto na Lei Tutelar Educativa, quando estão em causa factos qualificados pela lei como crime, praticados por menor(es) entre os 12 e os 16 anos”.

Fonte do Ministério da Educação avançou anteriormente que os oito alunos alegadamente envolvidos na agressão sexual foram suspensos a 30 de janeiro, pelo Agrupamento de Escolas de Vimioso e durante quatro dias – até 2 de fevereiro-, acrescentando tratar-se de uma “medida preventiva”, uma vez que continuam a decorrer os processos disciplinares instaurados pelo estabelecimento de ensino.

Várias fontes confirmaram que o episódio de sodomização ocorreu no dia 19 de janeiro, no interior do estabelecimento de ensino, “com recurso a uma vassoura”, e na presença de uma funcionária, pelo menos, que “nada fez” para travar os supostos agressores, informação que também consta de uma exposição da Junta de Freguesia de Vimioso.

Segundo estas fontes, policiais e locais, dois dos agressores têm 16 anos – já podem responder criminalmente – e um deles é irmão da vítima, tendo completado 16 anos no dia da suposta agressão sexual.

Os restantes alunos alegadamente envolvidos na ocorrência têm entre 13 e 15 anos.

A alegada agressão sexual aconteceu no dia 19 de janeiro, mas só três dias depois é que a GNR foi informada da ocorrência.

Apenas nesse dia o aluno foi levado ao Centro de Saúde de Vimioso e depois ao hospital de Bragança.

No local estiveram inspetores da Polícia Judiciária e a vítima foi encaminhada para o Instituto de Medicina Legal, no Porto, para realização de perícias, ou seja, cinco dias depois do alegado episódio de sodomização.

O Ministério da Educação (ME) disse que o Agrupamento de Escolas de Vimioso, ao tomar conhecimento do sucedido, procedeu à “instauração de 10 processos disciplinares a alunos que terão estado envolvidos no caso do aluno que terá sofrido a alegada agressão”.

A Lusa questionou o Agrupamento de Escolas de Vimioso, continuando a aguardar resposta, e tem tentado contactar, por várias vezes, a diretora Ana Paula Falcão, que até ao momento também não atendeu as chamadas.

Fonte: Lusa

Vimioso: Alunos suspensos 4 dias

Vimioso: Alunos suspensos 4 dias

No Agrupamento de Escolas de Vimioso, os oito alunos, com idades entre os 13 e os 16 anos, alegadamente envolvidos num episódio de sodomização de um outro colega, de 11 anos, foram suspensos durante quatro dias.

Fonte do Ministério da Educação indicou que a suspensão decorre entre 30 de janeiro e começou hoje e 2 de fevereiro.

Várias fontes confirmaram que o episódio de sodomização ocorreu no dia 19 de janeiro, no interior do estabelecimento de ensino, “com recurso a uma vassoura”, e na presença de uma funcionária, pelo menos, que “nada fez” para travar os supostos agressores, informação que também consta de uma exposição da Junta de Freguesia de Vimioso.

Segundo estas fontes, policiais e locais, dois dos agressores têm 16 anos – já podem responder criminalmente – e um deles é irmão da vítima, tendo completado 16 anos no dia da suposta agressão sexual.

Os restantes alunos alegadamente envolvidos na ocorrência têm entre 13 e 15 anos.

O presidente da Câmara Municipal de Vimioso disse que o município mostra preocupação perante esta situação, acrescentando que o Agrupamento de Escolas, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) e as entidades judiciais e policiais estão a acompanhar este caso.

“O município dará todo o apoio perante esta situação”, sublinhou Jorge Fidalgo.

A alegada agressão sexual aconteceu no dia 19, mas só três dias depois é que a GNR foi informada da ocorrência.

Apenas nesse dia o aluno foi levado ao Centro de Saúde de Vimioso e depois ao hospital de Bragança.

Há uma semana, no local estiveram inspetores da Polícia Judiciária e posteriormente, a vítima foi encaminhada para o Instituto de Medicina Legal, no Porto, para realização de perícias, ou seja, cinco dias depois do alegado episódio de sodomização.

Em resposta, o Ministério da Educação (ME) disse que o Agrupamento de Escolas de Vimioso, ao tomar conhecimento do sucedido, procedeu à “instauração de 10 processos disciplinares a alunos que terão estado envolvidos no caso do aluno que terá sofrido a alegada agressão”.

O caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária.

A Lusa questionou o Agrupamento de Escolas de Vimioso, continuando a aguardar resposta, e tem tentado contactar, por várias vezes, a diretora Ana Paula Falcão, que até ao momento também não atendeu as chamadas.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Língua mirandesa foi oficialmente reconhecida há 25 anos

Miranda do Douro: Língua mirandesa foi oficialmente reconhecida há 25 anos

No dia 29 de janeiro, assinalaram-se os 25 anos do reconhecimento oficial da língua mirandesa, através da publicação em Diário da República da lei 7/99, que reconheceu os direitos linguísticos da comunidade mirandesa.

Recorde-se que esta lei foi aprovada na generalidade, na assembleia da república, a 17 de setembro de 1998. Quatro meses depois, a lei entrou em vigor com a publicação em Diário da República, a 29 de janeiro de 1999.

Em declarações à agência Lusa, o então deputado, Júlio Meirinhos, recordou que nessa data havia pessoas que nunca tinham ouvido falar da língua mirandesa, onde se incluíam deputados na Assembleia da República.

“Com a aprovação da chamada Lei do Mirandês, esta língua tornou-se mais conhecida para todo o país e também no estrangeiro; começou a despertar a atenção de linguistas e investigadores da língua e cultura mirandesa. E o ensino do mirandês nas escolas tornou-se numa realidade. Assim como a escrita de obras literárias em mirandês”, disse.

Após a publicação da lei, outro passo importante foi a publicação da Convenção Ortográfica da Língua Mirandesa, que permitiu uniformizar a escrita, já que se trata de um idioma que foi transmitido, ao longo de séculos, através da oralidade.

Não obstante os esforços realizados, a língua mirandesa continua a correr o risco do desaparecimento. Segundo um estudo da Universidade de Vigo, estima-se que atualmente cerca de 3.500 pessoas conhecem a língua mirandesa, mas apenas 1.500 a falam regularmente.




Para salvar o mirandês, realizou-se a 27 de dezembro de 2023, o primeiro Conselho Geral para a Língua Mirandesa. Com esta iniciativa, o município de Miranda do Douro, liderado por Helena Barril, pretende desenhar um plano estratégico para a salvaguarda da língua, auscultando as várias entidades e personalidades que se dedicam ao estudo, preservação e divulgação do mirandês.

HA

Miranda do Douro: E-redes entregou uma viatura pick-up 4×4 aos bombeiros

Miranda do Douro: E-redes entregou uma viatura pick-up 4×4 aos bombeiros

Na manhã desta terça-feira, dia 30 de janeiro, a empresa E-Redes entregou uma viatura Pick-up 4×4, à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Miranda do Douro (A.H.B.V.M.D.), numa cerimónia que contou com a presença de Francisco Campilho, representante da E-REDES e de Helena Barril, presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro.

A entrega oficial da viatura decorreu no quartel da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Miranda do Douro (A.H.B.V.M.D.) e contou ainda com a presença do presidente da associação humanitária, José Raposo, do comandante da corporação, Luís Martins e do presidente da Junta de Freguesia de Miranda do Douro, Francisco Parreira.

De acordo com o diretor de autarquias Norte da E-redes, Francisco Campilho, esta iniciativa está inserida no programa “Doar para Proteger” e tem como objetivo apoiar instituições que desenvolvem atividades na proteção da floresta, limpeza de vegetação, ou ainda, na reflorestação.

“A oferta desta viatura à corporação de bombeiros de Miranda do Douro visa aproximar a empresa E-redes desta população. No âmbito nacional, estabelecemos parcerias com as autarquias e com outras instituições, nomeadamente na área da proteção civil, com o objetivo de apoiar a sua atividade na defesa das populações”, justificou.

A presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Helena Barril, agradeceu a proximidade da E-redes e salientou que o programa “Doar para proteger” tem permitido colmatar necessidades prementes das autarquias e comunidades locais, nomeadamente na renovação da frota automóvel das corporações de bombeiros.

“Com a doação desta viatura pick up 4×4, a corporação de bombeiros voluntários de Miranda do Douro passa a dispor de mais um veículo, para desempenhar a sua missão de proteção das pessoas e bens do concelho”, disse.

A empresa E-redes acrescentou que a entrega da viatura – Pick up 4×4 – insere-se no programa anual de doação de viaturas e que no ano passado foram entregues 16 viaturas pertencentes à sua frota, num valor de investimento de cerca de 150 mil euros.

Segundo o presidente de Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Miranda do Douro (A.H.B.V.M.D.), José Raposo, a receção desta viatura todo-o-terreno vai permitir colmatar algumas deficiências operacionais da corporação.

“A frequente renovação da frota automóvel é uma necessidade de todas as corporações de bombeiros. Com a oferta desta viatura, a corporação de Miranda do Douro vai ficar melhor apetrechada para o combate aos incêndios. Informo ainda que recentemente adquirimos uma viatura de 9 lugares, que vai ser entregue no mês de abril. E há outros veículos que estão a ser arranjados. O nosso objetivo é dispor de uma frota automóvel preparadíssima para responder às solicitações”, disse.

Sobre a utilidade da nova pick-up 4×4, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Miranda do Douro, Luís Martins, avançou que a viatura vai ser transformada num Veículo Ligeiro de Combate a Incêndios (VLCI).

“À viatura vai ser incorporado um kit de combate a incêndios, para realizar um trabalho idêntico ao dos sapadores bombeiros florestais”, explicou.

A empresa E-redes é uma operadora presente em todo o território continental e dispõe de uma rede aérea com 179 mil quilómetros de extensão, 28 mil dos quais em espaços florestais.

Por esse motivo, a E-redes desenvolve ações de monitorização e gestão da vegetação nas zonas junto às linhas elétricas.

Nos últimos 12 anos investiu um total de 87 milhões de euros, na gestão da vegetação.

HA

Espanha: Danças Mistas e Pauliteiras levaram música, dança e sabor à feira de Madrid

Espanha: Danças Mistas e Pauliteiras levaram música, dança e sabor à feira de Madrid

Na manhã de Domingo, dia 28 de janeiro, os grupos da associação Mirandanças: Danças Mistas e Pauliteiras de Miranda dançaram em Madrid (Espanha), na Feira de Internacional de Turismo (FITUR), um evento que decorreu no espaço de feiras IFEMA e foi visitado por mais de 250 mil pessoas.

A Feira Internacional de Turismo (FITUR), em Madrid, decorreu entre os dias 24 e 28 de janeiro.

Segundo a organização, na FITUR deste ano participaram mais de 9 mil empresas e 806 expositores, de 152 países.

Portugal fez-se representar neste grande certame, por 116 empresas, sete regiões de turismo e 19 entidades municipais.

Entre estas entidades, destaque para a participação dos grupos da associação Mirandanças: Danças Mistas e Pauliteiras de Miranda, que animaram o espaço de Turismo de Portugal, na manhã de Domingo, dia 28 de janeiro.

A acompanhar a comitiva de Miranda do Douro, a presidente do município, Helena Barril, salientou a importância de aproveitar estas oportunidades para promover além-fronteiras a região da Terra de Miranda.

“Na sequência do convite endereçado à Mirandanças para animar a FITUR, o município de Miranda do Douro quis associar-se a esta iniciativa, dado que este grande evento dá muita visibilidade ao nosso território, aqui em Espanha e noutros países do mundo”, justificou.

Sobre a atuação dos grupos Danças Mistas e Pauliteiras de Miranda na FITUR, Helena Barril, chamou à atenção para evolução da tradição e o cada vez maior protagonismo das mulheres na danças tradicionais.

“Até aqui, estávamos habituados a que os grandes embaixadores da cultura mirandesa fossem unicamente os grupos masculinos de pauliteiros. Entretanto, em Miranda do Douro, também há outros grupos que representam com grande brio a nossa terra, como é o caso do grupo das Danças Mistas e as jovens pauliteiras. Hoje em dia, estas jovens pauliteiras, dançam tão bem como os homens. E por isso, desta vez, coube-lhes a elas representar a Terra de Miranda neste grande certame, aqui em Madrid”, disse.

O grupo de Danças Mistas iniciou a atuação mirandesa, na FITUR.

Após a atuação dos grupos mirandeses, o embaixador português, João Mira Gomes, felicitou os intervenientes pela viagem até Madrid, para mostrar as tradições mirandesas.

“Muito obrigado pela vinda até Madrid! Sobre as atuações dos grupos Danças Mistas e Pauliteiras de Miranda no espaço do Turismo de Portugal, foi muito agradável e inspirador ver esta junção da experiência dos adultos com a alegria dos mais jovens. Espero que voltem mais vezes à FITUR e a Espanha, para dar a conhecer a beleza das tradições mirandesas”, disse.

No final das atuações, a presidente da associação Mirandanças, Isabel Raposo, estava satisfeita com mais um “brilhante” desempenho dos grupos, desta vez, na Feira de Turismo, em Madrid, por onde passaram mais de 250 mil visitantes.

“A Mirandanças encara cada atuação como um serviço que prestamos à nossa terra. A nossa missão é continuar a projetar o nome de Miranda do Douro, em todo o mundo e para isso mostramos o que temos de melhor: a música e as danças tradicionais, o artesanato dos trajes e dos instrumentos musicais. E a gastronomia, desta vez com a degustação da bola doce mirandesa”, disse.

Do lado do público, o espanhol, Rafael e a esposa, Bernardina, que é portuguesa natural de Braga, vieram de propósito ao espaço de feiras IFEMA, em Madrid, para assistir às atuações dos grupos mirandeses. Questionados se estas atuações poderão levar mais turistas a Miranda do Douro, o casal respondeu que a região já é sobejamente conhecida pelos espanhóis.

“Em Madrid, há muita gente que já conhece Miranda do Douro. E com esta participação, dos grupos tradicionais, na Feira Internacional de Turismo (FITUR), mais pessoas vão ficar certamente com vontade de ir conhecer essa região do nordeste de Portugal”, disseram.

A jovem Alícia, natural do Equador, assistiu pela primeira vez às danças tradicionais da Terra de Miranda, no espaço da feira, em Madrid. No final das atuações, estava impressionada com as cores dos trajes, a sonoridade da gaita-de-foles e a coreografia das danças.

“Quando tiver oportunidade, claro que vou visitar Miranda do Douro!”, disse.

Antes da despedida, o muito público que se reuniu para assistir às danças tradicionais da Terra de Miranda foi presenteado com a degustação da “saborosa” Bola Doce Mirandesa.

Portugal, para além de Miranda do Douro foi representado pelas regiões de Lisboa, Alentejo, Algarve, Madeira, Açores, Coimbra, Guarda, Região Oeste, Braga, Baixo Alentejo, Douro, Setúbal, Viseu, Barcelos, Tomar, Bairrada, Castelo Branco e Serra da Estrela.

A Feira Internacional de Turismo (FITUR), em Madrid, é a primeira feira do ano neste setor, pelo que é tida como uma referência.

Segundo a Organização Mundial de Turismo (OMT), o setor do turismo recuperou cerca de 90% dos níveis anteriores à pandemia, com receitas globais a rondar os 1.295 milhões de euros.

HA