Futsal: Jornadas de formação em Macedo de Cavaleiros
Joel Rocha, treinador do SC Braga, e Pedro Silva, Coordenador Técnico da EDC Gondomar, são os oradores convidados das Jornadas de Formação de Futsal, que vão realizar-se no sábado, dia 5 de outubro, em Macedo de Cavaleiros.
A formação é organizada pela Associação de Futebol de Bragança (AFB) e é direcionada para treinadores de futsal, sendo creditada para efeitos de revalidação do Título Profissional de Treinador de Desporto (TPTD) e diploma UEFA com 2 UC (unidades de crédito).
“Trata-se da segunda edição do evento, que vai contar com uma componente teórica, no Centro Cultural, e uma componente prática, no Pavilhão Municipal de Macedo de Cavaleiros”, indica a AFB.
As inscrições têm o custo de 9,99 euros e para obter mais informações deve ser enviado um email para: formacão@afbraganca.pt
Programa da II Jornadas de Formação de Futsal 2024:
09h00: Acreditação e Registo de Presenças
09:30: Sessão de Abertura (moderação Pedro Cepeda do Gabinete Técnico da AF Bragança)
09h45: Teórica: “Intervenção da equipa técnica pluridisciplinar“ - Joel Rocha 11h15: Intervalo
11:45: Prática: Intervenção da equipa técnica pluridisciplinar - Joel Rocha 13:00: Pausa para Almoço 15h00: Teórica: Níveis de desempenho - Etapas e Conteúdos - Pedro Silva
16h30: Intervalo
17h00: Prática: Níveis de desempenho - Etapas e Conteúdos - Pedro Silva
Ambiente: GNR realiza fiscalizações à poluição da água e do solo
A Guarda Nacional Republicana (GNR) detetou 12 crimes de poluição e elaborou 225 autos de contraordenação, em ações realizadas este ano no âmbito da fiscalização da poluição dos solos e dos recursos hídricos.
Entre 1 de janeiro e 27 de setembro, a GNR diz ter recebido um total de 1.174 denúncias sobre poluição, 463 das quais relacionadas com poluição da água e 711 com poluição do solo.
Em 2023, as denúncias recebidas pela GNR ascenderam a 1.276 (500 relacionadas com poluição da água e 776 com poluição do solo), tendo sido efetuadas 272 ações de fiscalização, que resultaram em 307 contraordenações e 24 crimes detetados.
Segundo a GNR, a poluição dos solos e recursos hídricos “acarreta severas consequências, entre as quais se destacam a degradação da qualidade da água potável, a alteração de ecossistemas, com possível extinção de espécies, e a introdução de poluentes na cadeia alimentar”, o que põe em risco a segurança alimentar e contribui para o empobrecimento dos solos, que deixa de ter valor para produção.
Tem ainda como consequência a libertação de mais gases nocivos para a atmosfera, “incrementando alterações climáticas”.
“A frequência de situações de seca meteorológica e empobrecimento dos solos que se tem verificado em Portugal nas últimas décadas, com a possibilidade de poderem vir a ser agravadas com o efeito das alterações climáticas, implica um aumento do risco e da vulnerabilidade a estes fenómenos”, alerta.
A redução do potencial produtivo dos solos, das disponibilidades hídricas e, consequentemente, dos usos existentes, com particular incidência no setor agrícola e ao nível económico e social são alguns dos riscos apontados.
Política: BE quer nova audição da Autoridade Tributária (AT)
A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, exigiu explicações da diretora da Autoridade Tributária (AT) e dos antigos governantes responsáveis pelos Assuntos Fiscais, sobre a cobrança de impostos de seis barragens, prometendo “perseguir a EDP” até que os pague.
“Corremos o risco de, em Portugal, beneficiarmos o infrator e de termos uma das maiores empresas do país a não pagar os impostos que são devidos pela venda milionária de uma concessão de seis barragens que só tem porque o Estado as concedeu e que, na verdade, são recursos naturais retirados a uma parcela do país, a uma população e a vários municípios”, sustentou, em conferência de imprensa, a líder do BE.
“É por isto que nós não deixamos este assunto morrer e é por isto que havemos de perseguir a EDP até pagar os seus impostos e perseguir a Autoridade Tributária até cobrar cada cêntimo que a EDP deve pelo pagamento destes impostos”, avisou, considerando que “todo este caso, do princípio ao fim, aponta para o favorecimento” elétrica.
Os bloquistas querem ainda ouvir a atual secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, Cláudia Reis Duarte, “para poder dizer qual é o ponto de situação da cobrança destes impostos”, e também do então secretário de Estado com esta pasta, o socialista António Mendonça Mendes, para que “diga se teve conhecimento destas reuniões”.
Além destas reuniões que foram conhecidas, Mariana Mortágua apontou ainda um outro elemento recente que foi tornado público que tem a ver com o facto de o IRC e do imposto de selo que a EDP e a Engie devem por seis barragens, que totaliza 400 milhões de euros, não só não ter sido pago como caducar no final deste ano.
O Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM) pediu à Procuradoria-Geral da República e ao Tribunal de Contas um esclarecimento “completo, urgente e público” no que respeita à cobrança de IMI e aos impostos devidos das barragens.
Sociedade: Operação Censos Sénior sinaliza idosos sozinhos ou isolados
Inicia-se a 1 de outubro, a operação Censos Sénior, com a finalidade de identificar as pessoas idosas que vivem sozinhas e/ou isoladas, anunciou a Guarda Nacional Republicana (GNR).
Em comunicado, a Guarda Nacional Republicana (GNR) explica que a operação vai decorrer até 15 de novembro em todo o território nacional. A operação envolve ações de patrulhamento e sensibilização aos mais idosos, para reforçar os comportamentos de autoproteção e segurança.
A operação Censos Sénior 2024 envolve cerca de 400 militares das secções de Prevenção Criminal e Policiamento Comunitário da GNR, distribuídos por todo o país, com a colaboração dos vários parceiros locais e nacionais.
As ações vão privilegiar a proximidade junto da população idosa e com maior vulnerabilidade, que vive sozinha e/ou isoladas.
Este ano, a GNR prolonga a operação por considerar que continua a ser fundamental alertar as pessoas idosas para os procedimentos de autoproteção em situações de violência, burlas, conto do vigário e furto em residências, assim como prevenir comportamentos de risco associados ao consumo de álcool, combater o isolamento social, identificar cuidadores informais e capacitar esta população para o uso da internet.
O interior do país foi onde mais idosos isolados ou a viver sozinhos foram sinalizados, com o distrito da Guarda à cabeça, com 5.477 idosos sinalizados, seguido por Vila Real (5.360), Viseu (3.528), Faro (3.513), Bragança (3.347), Beja (3.230), Évora (2.972) e Portalegre (2.892).
Na edição do ano passado, a GNR realizou ainda 304 ações de sensibilização em sala e 2.651 ações “porta a porta”, abrangendo um total de 24.978 idosos.
A operação Censos Sénior decorre desde 2011, atualizando a cada ano a sinalização geográfica desta população.
Esta operação integra o programa “Apoio 65 – Idosos em Segurança”, do Ministério da Administração Interna, que visa garantir melhores condições de segurança e tranquilidade às pessoas idosas.
De 9 a 12 de outubro, o concelho de Vimioso volta a ser o traçado do “King of Portugal”, uma das mais difíceis provas de todo-o-terreno, que este ano arranca na aldeia histórica de Algoso, com o prólogo e uma prova noturna.
Numa antevisão, o presidente do município de Vimioso, António Santos, voltou a destacar as condições ímpares do concelho para a prática do desporto motorizado e a projeção turística, nacional e internacional, que este evento desportivo dá ao concelho vimiosense.
“O município de Vimioso continua a apoiar a organização do King of Portugal, dado o significativo retorno económico e turístico que este evento desportivo traz para o concelho e para a região”, justificou.
Segundo o autarca de Vimioso, ao longo da semana da prova, com a estadia das equipas e a afluência de milhares de pessoas, os vários setores de atividade como a hotelaria, a restauração e o comércio local beneficiam de um aumento significativo dos negócios.
Sobre a novidade da prova deste ano iniciar em Algoso, o diretor do “King of Portugal”, José Rui, adiantou que o objetivo é dar a conhecer o evento às populações das várias freguesias do concelho de Vimioso.
“Este ano, a prova inicia-se na aldeia de Algoso, onde queremos dar visibilidade à história desta localidade, cujo ex-líbris é o castelo construído no século XII. Noutras futuras edições, pretendemos que o King of Portugal decorra noutras aldeias do concelho de Vimioso”, disse.
A presidente da freguesia de Algoso, Cristina Miguel, adiantou que a aldeia está a preparar-se para receber o evento desportivo, com a decoração das ruas alusiva à história medieval da localidade e a animação musical.
“Perante a grande notoriedade desportiva do King of Portugal e a vinda de milhares de pessoas ao concelho de Vimioso, esta é uma oportunidade para promover o património histórico e turístico de Algoso. No primeiro dia, o prólogo do King of Portugal tem uma distância de cerca de quatro quilómetros, com início do largo de São Roque, contorna a aldeia e sobe ao castelo, para no final regressar a São Roque”, informou a autarca.
A organização do King of Portugal, adiantou que nesta 9ª edição vão participar 80 equipas, vindas de vários países europeus, como Portugal, Espanha, França, Inglaterra, Itália, Escócia, Alemanha, Bélgica, Suíça, entre outros países.
A corrida de todo-o-terreno inclui carros nas categorias Legends, Modificados, UTV e Unlimited.
Após o prólogo e a corrida noturna em Algoso, na sexta-feira, dia 11 de outubro, a 1ª etapa do King of Portugal decorre nas zonas da Pedreira e na Tartaruga, em São Joanico, onde o público poderá acompanhar a prova.
“A zona chave da prova de todo-o-terreno é a antiga Pedreira, onde existem as maiores dificuldades para os carros e para os pilotos”, indicou o diretor do King of Portugal.
No sábado, dia 12 de outubro, a prova estende-se também até à zona dos Ovos de Dinossauro, em Caçarelhos. No entanto, por razões de segurança, o público não pode dirigir-se para este local.
Para muitos pilotos concluir o King of Portugal é uma vitória. Questionado sobre a melhor estratégia para chegar ao fim da prova, o diretor, José Rui, aconselhou a prudência.
“Sendo uma prova todo-o-terreno de resistência, o mais importante é a gestão do carro e para isso é determinante a assistência mecânica e a boa forma física dos pilotos. Aos pilotos, José Rui, aconselhou a não quererem competir com carros mais potentes”, disse.
No ano passado, os grandes vencedores do King of Portugal foram Francisco Guimarães e Gerardo Sampaio, da equipa Fracing, na categoria Unlimited, ao concluírem a prova (7 voltas ao percurso), num tempo de 6 horas 19 minutos 53 segundos e 226 milésimos.
Nesta nona edição, o diretor da prova, José Rui, indicou que vão participar os campeões de todo-o-terreno de vários países europeus, pelo que se prevê uma acesa competição.
A organização desta prova motorizada de todo-o-terreno é da responsabilidade do Clube NorteX4 e conta com os apoios do município de Vimioso, da União de Freguesias de Algoso, Campo de Víboras e Uva, da União de Freguesias de Caçarelhos e Angueira, da União de Freguesias de Vale, Frades e Avelanoso, de várias empresas e da Federação Portuguesa do Automobilismo e Karting (FPAK).
Após a 3.ª fase do concurso nacional de acesso, mais de 50 mil estudantes conseguiram colocação no ensino superior, tendo nesta 3ª fase sido colocados 1.648 alunos entre mais de quatro mil candidatos.
Os resultados da última fase do concurso foram divulgados, na página da Internet da Direção-Geral do Ensino Superior (http://www.dges.gov.pt).
Na última oportunidade para os estudantes ingressarem no ensino superior através do concurso nacional de acesso, concorreram 4.597 jovens, mas apenas 1.648 conseguiram colocação.
A maioria dos novos alunos foi colocada no subsistema universitário, que conta este ano com cerca de 30 mil “caloiros”, registando uma taxa de ocupação de 97,4%.
Foi nos institutos politécnicos que ficaram mais vagas por preencher, com uma taxa de ocupação de 86,2% após a admissão de 20.333 novos alunos.
Na 3.ª fase, estavam a concurso 3.030 vagas, às quais se somaram 612 vagas libertadas por candidatos colocados e matriculados na fase anterior, mas que voltaram agora a candidatar-se e conseguiram colocação, uma vaga adicional criada por desempates e nove vagas adicionais criadas para candidatos sem classificação final.
Dos 4.597 candidatos, 2.025 já tinham participado no concurso nacional de acesso sem ter conseguido colocação e 1.892 tinham assegurado lugar e chegaram mesmo a matricular-se numa instituição de ensino superior.
Houve ainda 644 candidatos que, apesar de terem entrado na 2.ª fase, não chegaram a matricular-se e outros 36 que concorreram agora pela primeira vez.
Oito instituições registaram uma taxa de ocupação superior a 99%, mas apenas três ocuparam todas a vagas: a Universidade Nova de Lisboa, com 2.826 colocados, a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, com 411 colocados, e a Escola Superior de Enfermagem do Porto, com 258 colocados.
Por áreas, as mais concorridas foram Humanidades, em que os 2.925 colocados ocuparam todas as vagas, Serviços de Transporte, também com ocupação total, e Informação e Jornalismo, com uma taxa de ocupação de 99,4%.
Por outro lado, as menos procuradas foram Serviços de Segurança, em que a taxa de ocupação se ficou pelos 40%, seguida de Agricultura, Silvicultura e Pescas (41,6%) e Indústrias Transformadoras (62,1%).
Miranda do Douro: 25 bolsas de estudo a alunos do Ensino Superior
Com o propósito de apoiar a continuação dos estudos a alunos com dificuldades económicas, o município de Miranda do Douro vai atribuir 25 bolsas de estudo para a frequência do Ensino Superior, no ano letivo 2024/2025.
Numa nota publicada nas redes sociais, o município de Miranda do Douro refere que a medida representa um investimento anual de 31.830 euros, sendo o valor da bolsa, para o ano letivo 2024/2025, correspondente a 10 prestações de 127,32 euros.
Segundo a autarquia mirandesa, o programa de Bolsas de Estudo ao Ensino Superior destina-se a apoiar o prosseguimento de estudos a alunos economicamente carenciados e com aproveitamento escolar que, por falta dos necessários meios económicos, se vêm impossibilitados de o fazer.
O período de candidaturas decorre durante o mês de outubro e devem ser entregues no Balcão Único da Câmara Municipal.
O PS elegeu os presidentes das 19 Federações do partido, oito deles estreantes, num processo em que puderam votar mais de 58 mil militantes, “o maior número de sempre com quotas pagas”.
A informação foi transmitida hoje numa nota à imprensa do PS que refere que, nas quatro Federações em que houve disputa (Aveiro, Baixo Alentejo, Braga e Leiria), Nelson Brito renovou o mandato no Baixo Alentejo, Hugo Oliveira ganhou em Aveiro, Victor Hugo Salgado venceu na Federação de Braga e Gonçalo Lopes na de Leiria.
Em Braga, apresentavam-se dois candidatos, tendo saído derrotada a lista encabeçada por Luís Soares, ex-deputado e apoiante de José Luís Carneiro nas eleições internas, e vencido a lista de Victor Hugo Salgado, presidente da Câmara de Vizela e que esteve ao lado de Pedro Nuno Santos para a liderança do partido.
Outra das federações nas quais houve duas candidaturas concorrentes foi em Aveiro e neste caso eram dois apoiantes de Pedro Nuno Santos nas internas que disputaram o lugar: Jorge Sequeira, presidente da Câmara de São João da Madeira e atual líder da federação (que tentava um quarto e último mandato) e o deputado Hugo Oliveira, que saiu vencedor.
Segundo o PS, há oito eleitos pela primeira vez entre os 19 presidentes federativos agora eleitos: Hugo Oliveira, eleito presidente da Federação de Aveiro; Victor Hugo Salgado, em Braga; Benjamim Rodrigues, em Bragança; Ricardo Leão, na Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL); Gonçalo Lopes, em Leiria; Nuno Araújo, no Porto; André Pinotes Batista, em Setúbal, e Armando Mourisco, em Viseu.
Rui Santos volta a assumir o cargo de presidente da Federação de Vila Real.
Além de Nélson Brito, também foram reeleitos para um novo mandato Luís Graça (Algarve), Vítor Pereira (Castelo Branco), João Portugal (Coimbra), Luís Dias (Évora), Brian Silva (Federação Regional do Oeste – FRO), Alexandre Lote (Guarda), Luís Moreira Testa (Portalegre), Hugo Costa (Santarém) e Vítor Paulo Pereira (Viana do Castelo).
Nesta votação, foram ainda eleitos 4.460 delegados aos Congressos Federativos, aos quais se juntam 2.972 delegados inerentes.
Os congressos das federações do PS serão em 12 e 13 de outubro.
Miranda do Douro: Perda de confiança na diretora-geral da AT
A Assembleia Municipal de Miranda do Douro aprovou por unanimidade, uma moção conjunta de perda de confiança na diretora-geral da Autoridade Tributária (AT), Helena Borges.
Em causa está a falta de cobrança de impostos das barragens situadas neste concelho, nomeadamente os aproveitamentos hidroelétricos de Miranda e Picote. Nos últimos quatro anos tem sido reclamada a cobrança de IMI, Imposto do Selo, IRC e Derrama.
“Como órgão que executa a política fiscal deste município [Miranda do Douro], é indispensável uma relação de confiança entre a Assembleia Municipal e a diretora-geral da AT. Porém, o comportamento da diretora-geral da AT é sistematicamente e ilegalmente favorável às concessionárias, e também sistemicamente desfavorável, lesivo e violador dos direitos tributários deste município e dos cidadãos que representa”, lê-se na ata da Assembleia Municipal, aprovada a 26 de setembro.
De acordo com o presidente da Assembleia Municipal, Óscar Afonso, esta moção foi uma iniciativa conjunta de todos os eleitos pelo PSD e PS com assento neste órgão.
“A AT é obrigada a inspecionar os negócios sempre que existam indícios de evasão fiscal, mas decidiu não o fazer, à margem da legalidade, porque não existe nenhuma lei que exija essa decisão, ela é discriminadamente favorável às concessionárias”, descreve a mesma moção.
O documento vai agora ser enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR), Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), Tribunal de Contas (TdC), Provedoria da Justiça e à Inspeção Geral de Finanças.
Em janeiro, a Câmara Municipal de Miranda do Douro apresentou uma queixa contra “pessoas singulares desconhecidas” na PGR, por anulação de matrizes de IMI das barragens desde 2007, tendo agora sido notificada sobre a abertura do respetivo inquérito.
Na altura, fonte do município de Miranda do Douro explicava que a queixa visava pessoas “que foram detentoras de cargos públicos desde 2007 até ao presente, mas que representam ou representaram cargos públicos nas entidades relacionadas com a anulação de matrizes do Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI), entre as quais a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Autoridade Tributária, Direção-Geral do Tesouro entre outras”.
Em curso está um inquérito para investigar o papel da AT e da Agência Portuguesa do Ambiente pela não cobrança de IMI nas barragens vendidas pela EDP à Engie, tais como Miranda do Douro, Picote, Bemposta, Feiticeiro, Baixo Sabor e Foz Tua.
à 25 de setembro, o Movimento Cultural Terra de Miranda (MCTM) alertou que o Governo vai deixar caducar no final do ano os cerca 400 milhões de euros de impostos devidos pelo negócio da venda das seis barragens transmontanas.
“O Governo vai deixar caducar o Imposto do Selo, IRC e Derrama devidos pelo negócio das barragens. Essa caducidade ocorrerá já no final deste ano. Apesar dos constantes alertas deste Movimento. São mais de 400 milhões de euros no total, incluindo os 110 milhões do Imposto do Selo”, afirmou na altura à Lusa fonte do MCTM.
XXVI Domingo do Tempo Comum | Dia Mundial do Migrante e do Refugiado
Jogo de sombras
Num 11, 25-29 / Slm 18 (19), 8.10.12-14 / Tg 5, 1-6 / Mc 9, 38-43.45.47-48
Ser ocasião de escândalo é a pior coisa que podemos fazer. O maior inimigo do Reino não é o maligno, mas a forma como nos deixamos seduzir pela tentação, a facilidade com que caímos em incoerência de vida. É por isso que Jesus nos dirige hoje palavras duras no Evangelho, afirmando que é melhor perder uma mão, um pé ou um olho do que tentar preservá-los e, com isso, perder o Reino.
Os abusos de poder, a gestão danosa de fundos, o encobrimento dos abusos, tudo isto gera uma ferida que vai além das vítimas diretas destes pecados. Estas feridas perduram no tempo, envergonham-nos e fecham o coração da Humanidade à bondade do Evangelho e ao seguimento de Jesus.
Não duvido por um momento das boas intenções dos nossos irmãos que, para tentar proteger a Igreja, a tentaram preservar das tempestades. Mas enganaram-se e enganaram-nos, e as suas ações só nos tornaram ainda mais vulneráveis, pois «não há nada encoberto que não seja um dia proclamado do alto dos telhados».
Na nossa vida de cada dia, e no seio das nossas comunidades, esforcemo-nos por levar uma vida ao estilo de Jesus, fazendo o bem sem olhar a quem, rezando pelos inimigos, curando os feridos com que nos cruzamos, consolando os que se encontram abatidos e com uma grande misericórdia para com todos. Denunciemos o mal, mas poupemos o pecador ao nosso juízo. Apelemos às virtudes, mas não nos consideremos superiores. Reconheçamos os nossos pecados, sem receio de assumir a nossa fragilidade, e confiemos na graça.