Miranda do Douro: GNR alertou freguesias para os incêndios rurais

Miranda do Douro: GNR alertou freguesias para os incêndios rurais

Na terça-feira, dia 12 de março, a Guarda Nacional Republicana (GNR) prestou uma ação de sensibilização aos autarcas das freguesias do concelho de Miranda do Douro, dedicada ao tema dos “Incêndios Rurais”, durante a qual alertaram para a necessidade da limpeza das propriedades e para a obrigatoriedade de autorização nas queimadas e queimas de sobrantes.

Na abertura do encontro, o vice-presidente do município de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues, agradeceu a presença dos autarcas de Sendim, Malhadas, Palaçoulo, Ifanes/Paradela, Duas Igrejas, Vila Chã da Braciosa e Picote e sublinhou a importância destas ações de sensibilização, solicitando mesmo à GNR a repetição destas ações nas várias localidades do concelho, junto das populações.

Esta primeira sessão informativa decorreu no miniauditório, em Miranda do Douro, onde o Serviço da Equipa de Proteção da Natureza e Ambiente (SEPNA) da GNR, prestou informações práticas sobre a gestão do combustível nas propriedades.

“É obrigatória a limpeza da área circundante das propriedades e edificados isolados, por exemplo armazéns ou estábulos, construídos juntos aos aglomerados populacionais. Quem não limpar os terrenos incorre no pagamento de coimas”, informou o cabo-chefe da GNR, Célio Pires.

Segundo os militares do Destacamento Territorial de Miranda do Douro, as localidades do concelho onde há maior risco de incêndios são São Martinho de Angueira, Constantim e Picote, por causa da ausência dos proprietários (por exemplo, os emigrantes) e da consequente menor atividade agrícola e abandono dos campos.

Sobre a realização de queimadas e queimas, a GNR alertou que o uso do fogo é uma prática corrente na atividade agrícola. No entanto, ocorrem casos em que as queimadas e queimas se descontrolam e originaram graves incêndios.

“Para evitar os incêndios, as queimadas (o uso de fogo para renovação de pastagens ou eliminação de restolhos e de sobrantes de exploração florestal ou agrícola, cortados e não amontoados), carecem de licença municipal e o necessário acompanhamento dos bombeiros ou sapadores florestais”, advertiram.

No entanto, esta exigência foi criticada por vários autarcas do concelho de Miranda do Douro, dados os custos que os proprietários têm que pagar para assegurar a presença dos bombeiros no local da queimada.

Já em relação às queimas (uso do fogo para eliminação de amontoados de sobrantes de exploração florestal ou agrícola como podas de vinhas, de oliveiras, entre outros), foi indicado que, de 1 de junho até 31 de outubro é necessária autorização municipal.

“As queimas dos amontoados não podem ultrapassar uma área de 4 metros quadrados e 1,5 metro de altura. As coimas são de 1250€”, precisaram.

No final da sessão, os vários presidentes e representantes das freguesias do concelho de Miranda do Douro mostraram-se determinados em informar e prevenir as suas populações.

A representante da freguesia de Duas Igrejas, Anabela Cameirão, sublinhou a importância de avisar as pessoas para a obrigatoriedade do prévio licenciamento antes da realização de queimadas e queimas.

Por sua vez, o presidente da União de Freguesias de Sendim e Atenor, Luís Santiago, indicou que não obstante a intensa atividade agrícola que há nesta freguesia, há também várias zonas mais suscetíveis a incêndios, como são as arribas do rio Douro, as ladeiras de Teixeira e o cabeço da Trindade.

“De um modo geral, as pessoas já estão informadas e comunicam atempadamente à junta de freguesia a intenção de realizar as queimas de sobrantes. E na época do verão, a população já está consciente de que não se podem realizar queimas”, disse.

Em Miranda do Douro, a ação de sensibilização “Incêndios Rurais” resultou de uma colaboração entre a Guarda Nacional Republicana (GNR) e o Município de Miranda do Douro e que contou ainda com a participação do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

HA

Miranda do Douro: Feira da Bola Doce de 28 a 30 de março

Miranda do Douro: Feira da Bola Doce de 28 a 30 de março

A cidade de Miranda do Douro acolhe de 28 a 30 de março, a Feira da Bola Doce Mirandesa, considerada um ‘ex-libris’ da doçaria tradicional e o certame que este ano se realiza no jardim dos Frades Trinos vai contar com a participação de 90 expositores.

A presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Helena Barril, indicou que as inscrições foram alargadas já que o certame tem vindo a ganhar escala a nível nacional.

“Por este motivo, alargámos os convites a produtores de fora do território do Planalto Mirandês numa tentativa de abrir portas a outros produtores devido ao aumento de solicitações para participarem nesta feira, que é uma montra dos produtos regionais. Vamos, também, ser criteriosos na seleção dos expositores”, indicou a autarca.

Para Helena Barril, a Feira da Bola Doce Mirandesa vai mostrar o que de melhor se faz no território do planalto mirandês e Terra Fria Transmontana.

Para complementar este certame, disse, foram convidados os embaixadores da cultura mirandesa como os pauliteiros, as dança mistas e os guerreiros tradicionais.

“Este certame está igualmente associado à Semana Santa, já que se trata de uma época privilegiada para o reencontro das famílias e afluência dos vizinhos espanhóis, esperando-se dividendos económicos para o concelho”, vincou.

O município de Miranda do Douro está a divulgar a Feira da Bola Doce na região Norte e na vizinha Espanha, no sentido de atrair o maior número de visitantes ao concelho.

A bola doce mirandesa deixou de ser uma iguaria da época da Páscoa e tornou-se num ‘ex-libris’ da doçaria do Planalto Mirandês que pode ser degustada ao longo de todo o ano, dentro e fora do país.

A bola doce é feita com canela e açúcar às camadas, sendo amassada à mão e cozida em forno tradicional a lenha.

A bola mirandesa “é um doce húmido e intenso”. A massa, igual à do pão mas mais fina, é intercalada com camadas de açúcar e canela e o recheio também é feito em camadas.

O historiador António Rodrigues Mourinho fez um levantamento deste produto e concluiu que se trata de uma peça de pastelaria com origem, pelo menos, em tempos dos descobrimentos portugueses.

“Há registos pelo menos desde 1510 que indicam [esta como] a data mais provável da introdução da bola doce nas mesas dos habitantes do Planalto Mirandês. A tradição foi herdada dos conventos ou de famílias do clero e de gente rica. O povo foi modificando a bola à maneira regional, dando-lhe uma forma e sabor próprio que a distingue da doçaria de outras regiões”, referiu o investigador.

Atualmente, há mais de uma dúzia de unidades que fabricam durante todo ano a bola doce mirandesa, que pode ser adquirida nos estabelecimentos ou via Internet.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Helena Barril apela à conservação das tradicionais capas de honra

Miranda do Douro: Helena Barril apela à conservação das tradicionais Capas d’Honra Mirandesas

A presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Helena Barril, apelou para a conservação das tradicionais Capas d’Honra Mirandesas, independentemente do estado em que se encontrem, porque são um elemento identitário e cultural deste território raiano.

“As pessoas têm que valorizar esta peça de vestuário e tirá-las das arcas e armários. Em caso de estarem muito desgastadas, devem ser preservadas para serem inventariadas, porque há muitas capas de honra que são muito antigas e têm grande valor histórico e cultural”, disse Helena Barril.

O município de Miranda do Douro está há cerca de dois anos a proceder à inventariação do número de Capas de Honra existentes no concelho para se perceber as diferentes formas de confeção desta peça do vestuário.

“É muito difícil avançar com um número exato, mas calcula-se que haja cerca de um milhar de capas de honras na Terra de Miranda e no país”, acrescentou a autarca.

O apelo foi feito numa altura em que se prepara mais uma cerimónia de exaltação da Capa de Honra Mirandesa, agendada para 24 de março, em Miranda do Douro e que vai reunir algumas dezenas destes exemplares do traje típico português.

Helena Barril deixou ainda o apelo aos proprietários de capas para que as deem a conhecer através do desfile que vai percorrer as ruas da cidade de Miranda do Douro, no dia 24 de março.

A autarca referiu também que “ainda há muitas Capas de Honra na posse das pessoas, principalmente nas aldeias, e que através de conversas do dia-a-dia se vai apercebendo desta realidade”.

“Temos de incentivar as pessoas a mostrar as suas capas, porque se trata de uma herança cultural de grande valor patrimonial e sentimental”, vincou.

As inscrições para as cerimónias de “Angradecimiento de la Capa d´Honras Mirandesa”, devem ser entregues até ao dia 21 de março no Balcão Único do município de Miranda do Douro.

No âmbito das medidas de salvaguarda, cada inscrição terá de preencher uma ficha de inventariação e catalogação, relativa à sua Capa de Honras.

Este evento pretende valorizar a capa de honras assim como registar o número de capas existentes e a sua antiguidade.

Dado o valor cultural desta peça de vestuário, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) inscreveu, em novembro de 2022, a Capa de Honra Mirandesa no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial (INPCI), culminando “um longo caminho na salvaguarda desta peça do traje transmontano”.

O pedido de registo foi proposto em 10 de julho de 2022 pela Câmara Municipal de Miranda do Douro, que desenvolveu um trabalho de investigação para aprofundar o conhecimento desta arte, “com o objetivo da sua inventariação na plataforma MatrizPCI”.

De um agasalho de guardadores de gado até uma peça de vestuário que “está na moda”, a tradicional Capa de Honras Mirandesa está a conquistar espaço num panorama do vestuário tradicional português, onde se confecionam chapéus, capas, carteiras e outras indumentárias que são usadas um pouco por todo o país e Europa, tanto por homens como por mulheres.

A Capa de Honra Mirandesa vai continuar a ser perpetuada no tempo com várias manifestações como a do estilista português Nuno Gama, que já se tinha inspirado na peça para a apresentação da sua coleção durante a ModaLisboa 2018.

Também o ‘designer’ francês Christian Louboutin se inspirou na Capa de Honra Mirandesa para a apresentação de uma das suas coleções, em 2019.

Em fevereiro de 2019, o Papa Francisco vestiu uma Capa de Honra oferecida pelo município de Miranda do Douro.

Atualmente, é apenas utilizada em cerimónias protocolares ou atos de importância relevante. Neste âmbito, é usual oferecer uma capa de honra às pessoas distintas que visitam o município de Miranda do Douro.

Fonte: Lusa

Legislativas: Diálogo entre partidos é o desafio para evitar instabilidade

Legislativas: Diálogo entre partidos é o desafio para evitar instabilidade

O presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP) afirmou que a diminuição da abstenção nas eleições legislativas valoriza o “maior legado do 25 de abril” e aponta o diálogo como forma de evitar a instabilidade “a curto prazo”.

“Em face dos resultados, o desafio que se coloca agora é um diálogo entre os vários partidos, sobretudo entre os dois mais votados”, disse Pedro Vaz Patto.

A Aliança Democrática elegeu 77 deputados para Assembleia da República, a que se juntam 3 da Região Autónoma da Madeira. Já o Partido Socialista conseguiu eleger 76 e o Partido Chega alcançou 48 deputados. A Iniciativa Liberal elegeu oito, o Partido Comunista Português quatro, o Livre também quatro e o Partido das Pessoas, dos Animais e da Natureza (PAN) um deputado.

Os quatro mandatos eleitos pela emigração estão ainda por apurar.

Na análise aos resultados das Legislativas 2024, o presidente da CNJP disse que, em campanha eleitoral, “o que se põe em evidência são as diferenças” e o que “divide os partidos”, lembrando que se encontram também “pontos comuns” nas várias propostas partidárias.

“Quando se faz um apelo ao voto, há que fazer distinções entre as várias alternativas. Mas, se formos ver bem, não há só divisões, também há pontos comuns”, afirmou.

“O desafio que agora é importante é que, no diálogo entre os partidos mais votados, se procurem consensos, compromissos até e, sem por em causa o essencial dos programas dos vários partidos, é possível encontrar pontos de contacto, porque isso é o que reclama o interessa nacional: colocar o interesse nacional acima do interesse dos partidos”.

Pedro Vaz Patto sublinha que “ninguém ganharia com uma instabilidade que enveredasse por eleições a curto prazo, tendo em conta o contexto de crise internacional que se está a viver, e também os desafios, os problemas das pessoas em relação à pobreza, acesso habitação, à educação”.

Para o presidente da CNJP, o facto da abstenção não ter sido tão elevada como em eleições anteriores valoriza os apelos à participação feito por diferentes instituições, nomeadamente a Conferência Episcopal Portuguesa e a Comissão Nacional Justiça e Paz, e destaca o “maior legado do 25 de Abril”.

“A oportunidade que temos de participar, de influir nos destinos do nosso país, de uma forma justa, honesta igualitária, onde todos têm o mesmo peso na decisão, é o maior legado do 25 de abril”, afirmou.

Após as Legislativas 2024, o presidente da República vai ouvir os partidos políticos com assento parlamentar em ordem à constituição do próximo Governo de Portugal.

Fonte: Ecclesia

Legislativas: Presidente da República começa a ouvir partidos e coligações

Legislativas: Presidente da República começa a ouvir partidos e coligações

O Presidente da República começa a ouvir os partidos e coligações que elegeram deputados nas eleições legislativas de 10 de março, um processo de auscultação que se inicia com o PAN e termina no dia 20 de março, com a AD.

Segundo anunciou a Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa vai receber a 12 de março o PAN. No dia seguinte, o chefe de Estado recebe o Livre. A 14 de março, a audiência é com a coligação CDU (PCP/PEV) e na sexta-feira, dia 15, é a vez do o BE. No sábado, dia 16, Marcelo Rebelo de Sousa reúne-se com a Iniciativa Liberal.

Na próxima semana, será a vez de ouvir no dia 18 de março, o Chega. No dia 19, o Presidente da República recebe a delegação do PS. E finalmente, no dia 20 de março, as reuniões concluem-se com a Aliança Democrática (AD), coligação que juntou o PSD, o CDS-PP e PPM.

O objetivo de Marcelo Rebelo de Sousa é ouvir todos os partidos e coligações que estarão representados na Assembleia da República, tendo em conta os resultados provisórios anunciados pelo Ministério da Administração Interna e sem prejuízo dos círculos que ainda falta apurar.

Falta ainda contabilizar os resultados dos dois círculos da emigração – da Europa e de Fora da Europa – que elegem cada um dois deputados, o que deve acontecer no mesmo dia em que será ouvida a AD.

De acordo com os resultados provisórios, a AD, que concorreu no continente e nos Açores, obteve 1.757.879 votos, 28,63% do total, e elegeu 76 deputados.

Somando a estes resultados os três eleitos e 52.992 votos obtidos na Madeira por PSD e CDS-PP, que concorreram juntos nesta região, sem o PPM, dá um total de 1.810.871 votos, 29,49% do total, e 79 mandatos – 77 do PSD e 2 do CDS-PP.

O PS obteve 1.759.937 votos, 28,66%, e elegeu 77 deputados.

O artigo 187.ª da Constituição da República Portuguesa estabelece que “o primeiro-ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais”.

Na noite eleitoral, o presidente do PSD, Luís Montenegro, afirmou ter a “expectativa fundada” de que o Presidente da República o indigite como primeiro-ministro para formar Governo, tendo em conta os resultados das legislativas antecipadas.

Fonte: Lusa

Argozelo: Vila celebra 23º aniversário com a Feira da Rosquilha

Argozelo: Vila celebra 23º aniversário com a Feira da Rosquilha

No fim-de-semana de 16 e 17 de março, Argozelo organiza a XVII Feira da Rosquilha, um certame anual que assinala também a elevação desta localidade a vila e em que a grande atração é a rosquilha, um doce tradicional da Páscoa, cujo êxito e sabor se deve à excecional qualidade dos produtos locais e regionais.

Argozelo, no concelho de Vimioso, foi elevada à categoria de vila, no dia 7 de junho de 2001. Para assinalar este acontecimento histórico, a localidade organiza todos os anos, a Feira da Rosquilha. Trata-se de um doce tradicional, confeccionado com farinha, fermento, açúcar, ovos, manteiga, azeite e banha de porco. Há ainda quem adicione aguardente e sumo laranja. Juntam-se todos estes ingredientes, amassam-se bem, dá-se-lhes a forma circular e depois vão ao forno.

Segundo o programa, a XVII Feira da Rosquilha inicia-se na manhã de sábado, dia 16 de março, com um Passeio Todo-o-Terreno (TT), organização pelo motoclube local “Os Perros”.

A abertura oficial da feira está agendada para as 10h30, numa cerimónia que animada pela música dos gaiteiros de Santulhão. Na feira vão participar expositores locais e regionais, com a venda de produtos como o pão, fumeiro, queijos, licores, doces tradicionais, mel, frutos secos, cogumelos, compotas, produtos hortícolas, artigos de artesanato como as facas de Palaçoulo, entre outros produtos.

Neste primeiro dia de feira, o maior destaque é o workshop da Rosquilha, agendado para a tarde de sábado e durante o qual é apresentada a história e o modo de confecção deste doce tradicional. A rosquilha é tão apreciada pelo público, que antes mesmo do certame começar sucedem-se as encomendas deste produto caraterístico da vila de Argozelo.

O dia de sábado termina com um arraial protagonizado pelo grupo “Banda 4”.

No Domingo, dia 17 de março, os destaques da Feira da Rosquilha, são o programa de rádio “Domingão do Tio João”, a celebração da Missa Dominical, as chegas de touros mirandeses e as atuações dos gaiteiros e dos pauliteiros de Palaçoulo.

No fim-de-semana de 16 e 17 de março é esperado muito público, em Argozelo, em particular emigrantes vindos de Espanha e de França, que aproveitam este certame anual para visitar os familiares.

A Feira da Rosquilha é organizada pela junta de freguesia de Argozelo e conta com o apoio do município de Vimioso.

HA

Espanha: Líder do PP espanhol felicita Montenegro e PSD por “grande vitória”

Espanha: Líder do PP espanhol felicita Montenegro e PSD por “grande vitória”

O presidente do Partido Popular espanhol (PP), Alberto Núñez Feijóo, felicitou o líder do PSD, Luís Montenegro, pela “grande vitória” nas eleições legislativas portuguesas.

Feijóo escreveu na rede social X que já falou com Luís Montenegro por telefone e dá os parabéns ao presidente do PSD e ao próprio partido “pela grande vitória eleitoral” nas legislativas de domingo.

“Alegra-me ver que os nossos irmãos portugueses escolheram o único projeto credível para a mudança em Portugal”, escreveu ainda Feijóo no X (antigo Twitter).

O PP lidera atualmente a oposição em Espanha, apesar de ter sido o partido mais votado nas últimas eleições espanholas, em julho de 2023, mas uma ‘geringonça’ de oito formações políticas reconduziu o socialista Pedro Sánchez como primeiro-ministro.

Nas eleições legislativas portuguesas, a coligação AD, que junta PSD, CDS e PPM, obteve 79 mandatos na Assembleia da República, contra 77 do PS (28,66%), seguindo-se o Chega com 48 deputados eleitos (18,06%).

A IL, o BE e o PAN mantiveram os mesmos deputados (oito, cinco e um, respetivamente). O Livre passou de um para quatro eleitos enquanto a CDU perdeu dois lugares e ficou com quatro deputados.

Por apurar estão os quatro lugares da emigração na Assembleia da República, que o PS ganhou em 2022, com três mandatos.

Fonte: Lusa

Eleições: IL disponível para assumir responsabilidades e ser parte da solução

Eleições: IL disponível para assumir responsabilidades e ser parte da solução

O presidente da IL afirmou que o cenário político que saiu das eleições legislativas é complicado e que os próximos dias serão determinantes para a sua clarificação, mostrando-se disponível para assumir responsabilidades e ser parte da solução.

“Seremos responsáveis nos cenários que se venham a colocar, não será pela Iniciativa Liberal que não haverá uma solução estável de governação. Portanto, cabe aos outros assumirem”, disse Rui Rocha em reação aos resultados das eleições legislativas.

O dirigente liberal, que tinha ao seu lado o antigo líder da IL, João Cotrim de Figueiredo, frisou que o partido político contribuirá para uma solução, “naturalmente excluindo” as opções que sempre excluíram, referindo-se ao Chega.

Durante a campanha eleitoral, Rui Rocha deixou claro desde o início que nunca fará entendimentos com o partido de André Ventura.

“Estaremos cá para assumir as nossas responsabilidades, para contribuir para as soluções, para tornar Portugal um país mais próspero. Aguardemos os próximos dias”, vincou o líder da IL.

Fonte: Lusa

Eleições: Chega ultrapassa um milhão de votos

Eleições: Chega ultrapassa um milhão de votos

O Chega quadruplicou o número de deputados eleitos face às últimas eleições legislativas de 2022, e ultrapassou um milhão de votos, o que levou o presidente do partido a falar num “resultado histórico” e insistir em integrar uma solução de governo.

De acordo com os dados provisórios da Secretaria-geral do Ministério da Administração Interna, o Chega elegeu 48 deputados, numa altura em que ainda falta atribuir os quatro mandatos pela emigração (círculos da Europa e Fora da Europa).

O partido liderado por André Ventura elegeu em 19 dos 20 círculos do território nacional, com exceção do círculo eleitoral de Bragança. Lisboa, com nove mandatos, e Porto, com sete, foram os círculos nos quais conseguiu eleger um maior número de deputados.

Esses dados provisórios indicam que o Chega conseguiu 18,06%, com 1.108.764 votos, e é a terceira força política com maior número de mandatos na democracia.

O Chega foi o partido mais votado no círculo de Faro, com mais quatro mil votos do que o PS, que ficou em segundo naquele distrito.

Nas últimas legislativas, em janeiro de 2022, o Chega subiu a terceira força política, com 7,38% (399.659 votos), de acordo com o mapa oficial dos resultados publicado em Diário da República. Há dois anos, o partido elegeu 12 deputados, em oito círculos (Lisboa, Porto, Braga, Setúbal, Aveiro, Faro, Leiria e Santarém).

Em 2019, ano em que o Chega foi formalizado e concorreu pela primeira vez a eleições legislativas, o partido elegeu André Ventura como deputado único, tendo alcançado 67 502 votos, que se traduziam em 1,35%.

O presidente do Chega estabeleceu várias vezes como objetivo durante a campanha para as legislativas ganhar estas eleições, apesar de reconhecer a dificuldade da tarefa, e hoje reclamou uma vitória, falando numa “grande noite” para o seu partido.

André Ventura defendeu que este resultado marca o fim do bipartidarismo e disse que o Chega quer ser uma “peça central do sistema político”.

O líder do partido de extrema-direita indicou que vai existir na Assembleia da República uma “maioria clara” entre o Chega e o PSD e voltou a insistir num acordo de governo, recusando um entendimento de incidência parlamentar. Quanto às condições, remeteu para mais tarde, depois de reunir os órgãos do partido.

No seu discurso depois de acompanhar a evolução dos resultados, num hotel em Lisboa, Ventura defendeu que os eleitores pediram “à direita para governar” e salientou que o seu mandato “é para governar Portugal nos próximos quatro anos”.

Ventura apontou baterias ao líder do PSD, Luís Montenegro, que tem rejeitado entendimentos com o Chega: “Só um líder e um partido muito irresponsável deixarão o PS governar quando temos na nossa mão a possibilidade de fazer um governo de mudança”.

O presidente do Chega, que encabeçou a lista por Lisboa, disse que irá fazer “todo o esforço possível para ter um governo alternativo ao PS nos próximos anos”, porque Portugal não pode “ter mais quatro anos de socialismo”.

No entanto, André Ventura indicou que ainda não tinha falado com Montenegro e que na segunda-feira tentaria “levar a cabo o poder que os portugueses” lhe deram para mostrar que os dois partidos estão, na sua ótica, em “condições de criar um governo”.

O líder do Chega alertou que a AD só consegue maioria absoluta se se aliar ao Chega, o seu partido “pode bloquear tudo”, incluindo o Orçamento do Estado.

Ainda assim, indicou que o Chega saberá “ser responsável e saberá ceder em algumas coisas”.

André Ventura acusou também o Presidente da República de ter tentado “condicionar o voto dos portugueses” e afirmou que os eleitores “disseram direitinho ao Palácio de Belém quem escolhe são os portugueses”.

O líder do PSD, Luís Montenegro, voltou a recusar entendimentos com o partido de André Ventura, mas sem excluir diálogo.

Fonte: Lusa

Eleições: Luís Montenegro espera ser primeiro-ministro

Eleições: Luís Montenegro espera ser primeiro-ministro

O presidente do PSD, Luís Montenegro, afirmou ter a “fundada expectativa” de ser indigitado primeiro-ministro, mesmo perante a curta vantagem da coligação ter somado 79 deputados contra 77 do PS.

Segundo dados provisórios, quando ainda estão por apurar os quatro deputados da emigração, a AD (que junta PSD/CDS-PP e PPM no Continente e nos Açores) elegeu 76 parlamentares, a que se somam três obtidos por PSD/CDS-PP na Madeira, correspondentes a 29,49% dos votos, que poderá ser a uma percentagem mais baixa numa vitória dos sociais-democratas.

Só em 1985, em que também houve um terceiro partido com uma forte votação – o PRD então, agora o Chega – o PSD tinha vencido com uma percentagem semelhante, 29,87% e 88 deputados, quando a Assembleia da República tinha 250 parlamentares em vez dos atuais 230.

No Domingo, dia 10 de março, as duas coligações lideradas pelo PSD conseguiram 79 eleitos – dos quais 77 sociais-democratas e dois do CDS-PP – e 1.810.871 votos, cerca de 50 mil a mais do que o PS, que elegeu, por enquanto, 77 deputados.

A curta vantagem significa, no entanto, uma inversão de ciclo, já que o PSD venceu, pela última vez, eleições legislativas há nove anos, também em coligação com o CDS-PP, mas está fora do Governo há 13.

A confirmar-se a vantagem, depois de apurados os círculos da Europa e Fora da Europa, o regresso à chefia do Governo do PSD parece assegurado com a garantia do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, de que os socialistas não votarão qualquer moção de rejeição, embora recusando ser suporte de um executivo minoritário no parlamento.

Montenegro não detalhou ainda os cenários de governação possíveis, reiterando que cumprirá a sua palavra de não fazer entendimentos com o Chega, mas sem excluir este partido do diálogo que quer ter com todas as forças políticas para executar o seu programa.

A este propósito, disse ter “a mais firme expectativa que o PS e o Chega não constituam uma aliança negativa para impedir o governo que os portugueses quiseram”.

Há dois anos, o PSD sozinho obteve pouco mais de 1,5 milhões de votos, mas se a estes se somarem os obtidos em coligação com o CDS-PP e pelos democratas-cristãos sozinhos, mais os votos do PPM – o correspondente à atual AD – foram 1.707.822 votos.

Agora, a AD e a coligação PSD/CDS-PP na Madeira conseguiram cerca de cem mil votos a mais do que a soma dos três partidos em 2022, mas neste domingo votaram 6,1 milhões de pessoas, contra 5,3 milhões há dois anos.

Em percentagem, a soma das duas coligações em que participou o PSD é de 29,49% dos votos, acima dos resultados de 2019 e 2022, mas muito abaixo dos 36,86% (107 deputados) da última coligação entre PSD e CDS-PP em 2015 e até abaixo de várias derrotas dos sociais-democratas, como as de 1995 ou 1999.

Os sociais-democratas contam, para já, com 77 deputados, e há a expectativa de elegerem mais dois nos círculos da emigração, o que totalizaria 79, os mesmos que foram obtidos pelo ex-líder do PSD Rui Rio em 2019, que ficou na altura em segundo lugar.

Por círculos, o PSD venceu no domingo em onze dos 20 círculos (as duas Regiões Autónomas e nove distritos do Continente), quando há dois anos só tinha ganhado na Madeira (e Fora da Europa, ainda por apurar).

No entanto, nestas vitórias só conseguiu aumentar os mandatos em Leiria e Bragança. Nos círculos em que não venceu, os sociais-democratas conseguiram também mais deputados em Beja, Setúbal e Lisboa (um em cada), ficando atrás do Chega em vários círculos a sul, como Faro, Beja, Setúbal e Portalegre.

Em Viseu e Viana do Castelo, em que conseguiram recuperar a liderança em votos, acabaram por perder um deputado em cada um dos círculos.

Fonte: Lusa