Justiça: Processos pendentes aumentaram pelo quinto ano consecutivo

Justiça: Processos pendentes aumentaram pelo quinto ano consecutivo

Em 2023, as sete comarcas que constituem a Procuradoria-Geral Regional do Porto (PGRP) registaram, pelo quinto ano consecutivo, um aumento dos processos pendentes, segundo um relatório agora divulgado.

De acordo com o relatório anual da PGRP, publicado na Internet, o ano de 2023 encerrou com 101.064 inquéritos pendentes, mais 13.397 relativamente ao ano anterior.

A PGRP realça que o número de pendências “tem subido de forma vertiginosa”, assinalando que este foi o quinto ano consecutivo em que o número de inquéritos entrados (161.789) superou o dos findos (147.171), ficando o sistema deficitário em 36.379 inquéritos.

A PGRP considera o aumento de processos pendentes “expressivo e muito relevante”, constituindo um “sintoma claro de que o sistema não consegue processar o serviço que se lhe depara”, alertando para a persistência do sintoma e a circunstância de o volume de serviço ter diminuído de 2019 para 2021.

“O sistema encontra-se sob intensa pressão há muito tempo, como é demonstrado pelo aumento sucessivo das pendências e pelo alargamento da duração das mesmas, exercício após exercício, mesmo quando o volume de serviço global diminuiu”, lê-se no documento.

No final de 2023 eram 43.213 os inquéritos pendentes com mais de oito meses (mais 4.690 que em 2022), e 3.571 os inquéritos com data de instauração superior a dois anos (mais 436 do que no ano anterior).

O indicador da duração média dos processos de inquérito da região cifrou-se nos 228 dias incluindo os inquéritos sem arguido conhecido e em 403 dias se da contagem se se excluirem tais processos.

Analisando por procuradoria da república, conclui-se que o registo deficitário é transversal, uma vez que nenhuma delas, nem o Departamento de Investigação e Ação Penal Regional, lograram que o número de inquéritos entrados superasse o dos findos.

O pior resultado registou-se na Procuradoria de Aveiro que tem a mais baixa taxa de resolução de inquéritos (0.88), registando um défice de 12%. Seguem-se Viana do Castelo (10%) e Braga e Porto (9%).

As comarcas apresentam, no seu conjunto, uma taxa de resolução de 0.91, a pior em cinco anos, reveladora de que o sistema continua a não ter capacidade de enfrentar a procura verificada no período e agravando os resultados dos últimos quatro anos.

Na área territorial abrangida pela Procuradoria-geral regional do Porto estavam colocados, em setembro de 2023, 587 magistrados do MP (Procuradores-Gerais Adjuntos e Procuradores da República).

A Procuradoria-Geral Regional do Porto inclui as comarcas de Aveiro, Porto, Porto Este, Braga, Bragança, Vila Real e Viana do Castelo.

Administrativamente, a área está dividida em 87 municípios, onde residem 4,2 milhões de pessoas.

Fonte: Lusa

Bragança-Miranda: «Justiça e Paz nas empresas» é tema de colóquio

Bragança-Miranda: «Justiça e Paz nas empresas» é tema de colóquio

No próximo dia 11 de julho, dia de São Bento, padroeiro da diocese de Bragança-Miranda, a Comissão Justiça e Paz vai promover um colóquio dedicado ao tema “Justiça e Paz nas empresas”.

O encontro terá lugar na cidade de Bragança, no auditório Paulo Quintela, às 21h00 e tem entrada livre.

O programa prevê uma intervenção do Padre Octávio Sobrinho Alves sobre a “Doutrina Social da Igreja nas empresas” e uma comunicação do professor João Teixeira, acerca das “Novas perspetivas sobre a Gestão de Recursos Humanos: Do princípio da felicidade organizacional ao employer branding/employee experience”.

Fonte: Ecclesia

Vila Flor: ExpoVila de 11 a 14 de julho

Vila Flor: ExpoVila de 11 a 14 de julho

O concelho de Vila Flor vai organizar de 11 a 14 de julho, a feira anual ExpoVila 3.0, um certame de promoção dos produtos locais como são o azeite, o vinho, a amêndoa, o mel e o fumeiro, estando inscritos 200 expositores.

O certame custa 348 mil euros, num orçamento municipal que este ano ultrapassa os 20 milhões, o que levou o presidente da Câmara de Vila Flor, Pedro Lima, a referir que se trata de “um investimento quase residual” e que permite atingir objetivos, como mostrar os ex-líbris na região como o azeite, o vinho, a amêndoa, o mel ou o fumeiro.

“O impacto total na economia será de um milhão de euros, desde o dia um do certame, que começa com a montagem. Isso também conta. São muitas pessoas que vêm para Vila Flor e que usam os nossos alojamentos e restauração durante muitos dias. (…) Evidentemente que o maior impacto é durante os quatro dias, porque causa um movimento muito grande”, afirmou Pedro Lima, acrescentando que o efeito também é sentido nos concelhos vizinhos.

Nesta edição há 200 expositores inscritos, o dobro em relação a 2023, sendo que uma centena são produtores locais. 

“Não conseguimos mais espaços e temos muita lista de espera ainda. Quem é de Vila Flor tem prioridade, gostávamos de acolher um pouco mais, mas é impossível”, explicou Pedro Lima, que quer apostar na manutenção da qualidade do stand e da feira, também a nível da gestão da área.

Nesta feira, os espaços comerciais e as entradas são pagas, o que permitiu gerar lucro. Em 2023, a receita angariada foi de 80 mil euros e contou com mais de 20 mil visitantes em quatro dias. Este ano, a meta é aumentar o número de visitantes e ultrapassar os 100 mil euros de ganhos. 

“Entendemos que esta é a forma de valorizar o certame, ninguém vem só por vir, vem porque tem interesse”, defendeu Pedro Lima.

O cartaz musical abre com Rita Guerra. Diogo Piçarra, Tony Carreira e Sara Correia compõem as restantes noites até ao dia 14.

Fonte: Lusa

Agricultura: Chuva de junho beneficiou culturas de sequeiro

Agricultura: Chuva de junho beneficiou culturas de sequeiro

No nordeste transmontano, a chuva que caiu durante o mês de junho beneficiou as culturas de sequeiro, como o olival e o amendoal, disse o presidente da Associação de Produtores Agrícolas Tradicionais e Ambientais (APATA).

Segundo Armando Pacheco,

“Qualquer cultura em regime de sequeiro é beneficiada com a precipitação, desde que a mesma ocorra com normalidade, sem enxurradas, trombas de água ou granizo”, vincou.

O responsável pela APATA, com sede em Mogadouro, disse ainda que este ano não se pode falar em seca, porque nesta região não se verifica esta situação meteorológica.

“As chuvas que se fizeram sentir no início da primavera, tempo de floração de culturas como o amendoal, olival ou cerejal, trouxeram quebras na produção que impediram uma polinização eficaz nestas árvores”, recordou.

O dirigente é perentório e afirmou que se chovesse todas as semanas tal era benéfico para este tipo de culturas, porque a água é imprescindível para o seu desvalimento e consequente aumento de produção.

“Tudo que é cultura de sequeiro o que necessita é de água. Mas poderá trazer outras agravantes, como é caso de muita precipitação em tempo de calor, porque vai potenciar o aparecimento de fungos nas árvores e que é imperioso tratar”, vincou.

Para Armando Pacheco, em caso de aparecimento de fungos nas culturas provocado por excesso de humidade, aliada ao calor como poderá acontecer na cultura do castanheiro ou da vinha, é necessário fazer tratamentos preventivos, que são mais eficazes do que os tratamentos curativos.

“Humidade nos solos é sempre positiva, desde que as plantas se consigam manter saudáveis”, observou.

Face às alterações climáticas, na opinião deste técnico, a água é elemento essencial para o desenvolvimento das mais variadas culturas agrícolas de cada região do país.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Festival da Canção Mirandesa regressa a 6 de julho

Miranda do Douro: Festival da Canção Mirandesa regressa a 6 de julho

Após vários anos de interrupção, o Festival da Canção Mirandesa volta a realizar-se em Miranda do Douro, no serão de sábado, dia 6 de julho, com o mesmo propósito de sempre: incentivar os músicos do concelho a escrever, compor e cantar em língua mirandesa.

O evento musical insere-se no programa das comemorações do Dia da Cidade e tem como palco, o Largo Dom João III, em Miranda do Douro.

O XXXIV Festival da Canção Mirandesa é organizado pela Casa da Música Mirandesa e de acordo com o professor, Paulo Meirinhos, a música é um ótimo recurso para aprender e divulgar a língua mirandesa.

“A música é um meio muito importante para a preservação e a divulgação do mirandês. Verificamos que há muito gente que conhece e canta músicas em mirandês, mas depois no dia-a-dia não comunica nesta língua. Por isso, queremos incentivar as pessoas a cantar e a falar, cada vez mais, em mirandês”, justificou.

Sobre a história do Festival da Canção Mirandesa, que já vai na 34ª edição, o músico, Paulo Meirinhos, sublinhou que este evento musical tornou-se uma referência no panorama musical da região.

“Ao longo dos mais de 30 festivais já realizados, constatamos que os músicos do concelho, sejam eles jovens ou adultos, sentem-se motivados a juntarem-se em grupos, para criar novas músicas em mirandês.”, indicou.

As inscrições para o 34º Festival da Canção Mirandesa decorrem até 6 de julho e a organização indicou que, até ao momento, já foram selecionadas oito músicas.

Segundo o regulamento do festival há prémios pecuniários para os dez primeiros classificados. Os três primeiros prémios destinam-se à Melhor Letra em Mirandês (1º); à melhor Interpretação Vocal (2ª); e à melhor Música (3º).

Para a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, a recuperação do Festival da Canção Mirandesa é uma mais valia cultural para o concelho.

“Após vários anos de interrupção, o Festival da Canção Mirandesa regressa com o propósito de salvaguardar e promover, simultaneamente, a música e a língua mirandesas. A música é um pretexto para nos expressarmos em mirandês e é um ótimo veículo de divulgação da língua dentro e fora da nossa terra”, disse.

Recorde-se que a língua mirandesa foi reconhecida oficialmente, em 17 de setembro de 1998, quando foram aprovados na Assembleia da República, os direitos linguísticos da comunidade mirandesa.

HA

Miranda do Douro: Aniversário da Cidade com visita do secretário de Estado da Administração Local

Miranda do Douro: Aniversário da Cidade com visita do secretário de Estado da Administração Local

No dia 10 de julho, Miranda do Douro comemora o 479º aniversário de elevação a cidade, com a presença do secretário de Estado da Administração Local, Hernâni Dias, a homenagem personalidades e a inauguração de obras municipais como o cemitério municipal, a Escola Básica e o miradouro da rua das Arribas.

Para assinalar os 479 anos da cidade de Miranda do Douro, o município organiza, de 5 a 10 de julho, uma série de iniciativas culturais com destaque para a apresentação de livros, teatro, festival de música, visitas guiadas, concertos, uma exposição, um sarau cultural e a homenagem anual aos antigos combatentes do Ultramar.

A 10 de julho, Dia da Cidade, a comemoração inicia-se com o hastear da bandeira na Câmara Municipal de Miranda do Douro, acompanhada pelo hino nacional interpretado, pela Banda Filarmónica Mirandesa.

“Este é o terceiro aniversário da cidade que comemoro como presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro. Ao longo destes três anos, a nossa prioridade tem sido governar para as pessoas. Todas as decisões, iniciativas e obras visam melhorar a vida das pessoas, seja no âmbito cultural, mas também empresarial e económico, assim como na educação, no desporto e na saúde”, disse a autarca, Helena Barril.

No salão nobre da Câmara Municipal, o atual executivo vai homenagear instituições e personalidades do concelho de Miranda do Douro. Este ano, os homenageados são: Celina Pinto, diretora do Museu da Terra de Miranda; Adelaide Monteiro, escritora e poetisa; David Velázquez, da empresa Europarques; e Manuel Ferreira, professor e pintor.

“A cerimónia solene vai contar com a presença do secretário de Estado da Administração Local, Hernâni Dias. No decorrer da cerimónia vai ser entregue a Chave da Cidade de Miranda do Douro, a três personalidades que muito contribuíram para a luta pela justiça fiscal no negócio da venda da concessão das barragens. São eles: Rui Rio, Mariana Mortágua e o antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Nuno Félix ”, indicou Helena Barril.

Após a cerimónia, o secretário de Estado da Administração Local, Hernâni Dias e a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, vão inaugurar as obras já concluídas na cidade, como são o Cemitério Municipal, a Escola Básica de Miranda do Douro e o Miradouro da rua das Arribas.

No dia 10 de julho, outro destaque da comemoração do 479º aniversário da Cidade é a apresentação da candidatura dos “Rituais com Máscaras de Solstício de Inverno”, ao Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.

“Com a apresentação desta candidatura pretendemos que as três festas de solstício de Inverno existentes no concelho: O Velho e a Galdrapa, em São Pedro da Silva; a Festa dos Moços, em Constantim; e a Festa do Menino, em Vila Chã da Braciosa, sejam reconhecidas, salvaguardadas e promovidas em todo o país. Estes rituais são mais uma marca identitária da nossa terra e da nossa cultura, que importa dar a conhecer pois também são um meio de promoção da Terra de Miranda”, disse.

As comemorações dos 479 anos da cidade de Miranda do Douro encerram no serão do dia 10 de julho, com o concerto “Sons da Liberdade”, agendado para as 22h00, na concatedral.

Elevação de Miranda do Douro a Cidade

Em 1545, D. João III solicitou a criação de uma diocese no nordeste de Portugal e escolheu a então vila de Miranda do Douro, para ser a sede do novo bispado. 

O então Papa, Paulo III, acedeu ao pedido do rei e foi assim, que por carta régia de 10 de Julho de 1545, o rei D. João III fez de Miranda do Douro uma cidade.

HA

Finanças: Movimento de Miranda alerta para “apagão fiscal” com alteração ao código do IMI

Finanças: Movimento de Miranda alerta para “apagão fiscal” com alteração ao código do IMI

O Movimento Cultural de Terra Miranda (MCTM) alertou que o Governo pode estar a promover “um apagão fiscal”, com a alteração ao código do IMI relativo à avaliação das barragens.

“Caso o Governo avance com a alteração legislativa, há uma forte probabilidade de se verificar um apagão fiscal. Todo o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) de anos anteriores relativo à transação das barragens desaparecerá. Assim, o anúncio do senhor ministro das Finanças [Joaquim Miranda Sarmento] será um grande negócio para as concessionárias, porque encerra em si mesmo um verdadeiro apagão deste imposto sobre as barragens”, indicou Graciano Paulo, membro do MCTM.

O Governo anunciou que vai criar um grupo de trabalho para chegar a uma “solução técnica e estrutural” para alterar o código de IMI relativo à avaliação das barragens.

O objetivo é que este grupo de trabalho apresente uma solução para alterar o código de IMI por forma a estabelecer regras claras para a avaliação de aproveitamentos hídricos, explicou o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento.

Segundo o membro do movimento, esta anunciada alteração ao código poderá eliminar todo o IMI devido pelas concessionárias relativamente ao passado e até 2026, data anunciada pelo próprio ministro das Finanças.

“Esta alteração legislativa a ser feita pelo Estado poderá legitimar as concessionárias a exigirem contrapartidas correspondentes ao valor deste a pagar”, observou Graciano Paulo.

Segundo o responsável, na eventualidade das barragens virem a pagar o IMI em resultado dessa alteração, quem o suportará serão os contribuintes.

Na opinião do MCTM, o anúncio do ministro das Finanças “assenta em pressupostos totalmente errados”.

“A lei é muito clara e sujeita às barragens ao IMI. Assim também o entendem, uniforme e sistematicamente, os tribunais superiores portugueses. Do mesmo modo, a inclusão dos equipamentos nas avaliações é consensual na doutrina e na jurisprudência dos tribunais superiores”, justificou o MCTM.

Face a esta situação, Graciano Paulo apelou ao ministro da Finanças que receba o MCTM para analisar esta anunciada alteração ao Código do IMI.

Para este movimento, esta certeza e simplicidade está eloquentemente demonstrada no 3.º despacho do ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Nuno Santos Félix, que ordenou à Autoridade Tributária a liquidação do IMI e a inclusão dos equipamentos na avaliação das barragens.

“Esta clareza e simplicidade foi também unanimemente reconhecida pelos deputados de todos os grupos parlamentares presentes na audição deste Movimento no passado 25 de junho, em sede da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública. O anúncio do ministro, na prática, revoga esse despacho”, garantiu o MTCM.

Segundo o MCTM, este é o segundo grupo de trabalho criado com o mesmo fim, tendo o primeiro sido ordenado pelo ex-ministro do Ambiente do governo socialista Matos Fernandes.

“Este comportamento assenta numa estratégia muito comum na política portuguesa: quando queres que algo não aconteça, cria um grupo de trabalho”, considerou o MCTM.

O MCTM aguarda agora “que o ministro das Finanças cumpra o que prometeu no ato da sua tomada de posse”, ou seja, “exercer o seu mandato no cumprimento da Constituição e da lei, e sobretudo que respeite toda uma população que está cansada de ser espoliada e desprezada”.

Para o ministro das Finanças, as atenções têm estado centradas no fisco mas “há outras entidades envolvidas e seguramente a responsabilidade é de várias e não apenas da AT”.

Joaquim Miranda Sarmento adiantou ainda na sexta-feira que o Fisco “já inscreveu na matriz 169 aproveitamentos hídricos” e liquidou o IMI de 2019 a 2022.

Os municípios de Mogadouro, Miranda do Douro, Torre de Moncorvo e Carrazeda de Ansiães, no distrito de Bragança, que no início maio pediram junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela a impugnação da avaliação feita pela AT às barragens do Feiticeiro, Baixo Sabor e Foz Tua , considerando estarem subvalorizadas.

Fonte: Lusa

Agricultura: Setor agrícola deve procurar financiamento fora da PAC

Agricultura: Setor agrícola deve procurar financiamento fora da PAC

O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, defendeu, no Luxemburgo, a necessidade de o setor ser financiado por outros fundos que não apenas os da Política Agrícola Comum, ao mesmo tempo que recusa cortes na Política Agrícola Comum (PAC).

“A Política Agrícola Comum [PAC] e a agricultura não podem ser financiadas apenas pelos fundos da PAC”, disse o ministro, à margem do Conselho de Agricultura e Pescas da União Europeia, apelando para o recurso a apoios do Horizonte Europa, o programa InvestUE, ou da política de coesão, por exemplo.

Os ministros da UE defendem que não haja cortes nas verbas da PAC, “que se mantenham os apoios no primeiro e segundo pilares” desta política e que estes sejam justos, dado que os agricultores “recebem cerca de 40% do que recebem as outras profissões”, referindo-se ao rendimento do trabalho.

José Manuel Fernandes, ainda sobre as preocupações que têm sido expressas pelos agricultores, salientou também que tem de ser procurado um equilíbrio na cadeia de valores, para que “o produtor não seja perdedor e haja também um preço justo para o consumidor”.

Os ministros da Agricultura e das Pescas da UE tiveram, no Luxemburgo, a última reunião do Conselho sob presidência belga, que terminou no final do mês de junho.

Fonte: Lusa

Agricultura: Produtores de castanha preocupados com ataques de fungos

Agricultura: Produtores de castanha preocupados com ataques de fungos

Os produtores de castanha da Terra Fria estão preocupados com a possibilidade de o fruto ser atacado pelo fungo da podridão, disse o presidente da Associação Agroflorestal e Ambiental Da Terra Fria Transmontana (Arbórea).

As chuvas das últimas semanas e a humidade inerente, no início da floração podem voltar a criar condições para que as quebras da campanha anterior possam voltar a acontecer. Vinhais reportou perdas superiores a 70% e em algumas zonas do concelho perda total, num 2023 que catalogou como trágico.

A floração está agora em curso e depois vem o vigamento, fases que se antecipam positivas. Mas é também nestas fases que se pode dar o desenvolvimento de um fungo, que cresce dentro do fruto juntamente com ele, deixando-o podre.

“Se não tivéssemos tido o problema da podridão da castanha no ano passado, agora não estaríamos minimamente preocupados. O setor até estaria mais ou menos satisfeito. Assim, temos uma preocupação acrescida porque as condições climatéricas estão a ser favoráveis para que o fenómeno se possa repetir”, explicou Abel Pereira.

E,d se isso acontecer, continuou Abel Pereira, pode ser muito complicado, não havendo condições para o fruto se conservar e chegar ao mercado: ”Pior do que não haver produção é ela não ter a qualidade que o mercado necessita”, considerou Abel Pereira.

Contudo, o representante da associação transmontana ressalva que, neste momento, esse cenário é apenas uma suposição.

“Não podemos já depreender que vai acontecer, até porque ainda vamos passar um verão. Estamos a falar numa previsão para outubro”, clarificou Abel Pereira.

Outros problemas que afetaram a fileira, como a seca e o consequente stress hídrico dos castanheiros, está nesta data “mais ou menos resolvido”, acrescentou o dirigente, estando as árvores equilibradas porque tem chovido e há humidade suficiente no ar. 

Nos concelhos de Bragança e de Vinhais há cerca de cinco mil produtores de castanha. Por ano, dos dois concelhos saem 25 mil toneladas, que têm um impacto económico que ronda os 25 milhões de euros.

A apanha na região transmontana decorre, por norma, entre os dias 15 de setembro e 15 de novembro, sendo mais prolongada do que noutras zonas do país.

Fonte: Lusa

Uva: II Festa dos Pombais a 20 de julho

Uva: II Festa dos Pombais a 20 de julho

A aldeia de Uva volta a organizar no dia 20 de julho, a II Festa dos Pombais, um evento que pretende dar a conhecer o património arquitetónico, natural e cultural desta aldeia do concelho de Vimioso, onde existem mais de 40 pombais.

“A aldeia de Uva possui um património edificado único no nordeste transmontano, mais de 40 pombais, estruturas da arquitetura vernacular fortemente ligadas à comunidade, à cultura e à conservação da natureza, a maioria dos quais localizados no perímetro da aldeia”, indica, em comunicado, a União de Freguesias de Algoso, Campo de Víboras e Uva.

O programa da festa inclui percursos interpretativos e visitas guiadas aos pombais, um mercado tradicional e gastronómico, animação de rua, jogos, teatro, oficinas para crianças, espetáculos musicais, contadores de histórias, artesanato e a apresentação do livro “Memórias dos Pombais”.

A II Festa dos Pombais é uma iniciativa conjunta da União de Freguesias de Algoso, Campo de Víboras e Uva e da Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural, que conta com os apoios do município de Vimioso e da Comissão de Festas de Uva 2024/2025.

De acordo com a presidente da União de Freguesias de Algoso, Campo de Víboras e Uva, Cristina Miguel, o o evento pretende destacar a singularidade da aldeia de Uva e atrair a visita de todos os públicos, em particular das famílias com crianças e jovens.

“No sábado, dia 20 de julho, a Festa dos Pombais inicia-se logo pela manhã, com o Passeio Interpretativo aos Pombais Tradicionais, seguido de uma Oficina para crianças de Reboco em Terra. Também para os mais novos, ao longo do evento estão programadas outras atividades como os jogos tradicionais, contadores de histórias e teatro”, destacou.

Segundo a organização, as famílias e visitantes que pretendam visitar a Festa dos Pombais, em Uva, têm a possibilidade de almoçar e jantar no Mercado Artesanato & Gastronomia.

Do programa, destaca-se: 

Passeio Interpretativo aos Pombais Tradicionais - Visita guiada | A omnipresença dos pombais tradicionais salta à vista de quem percorre a paisagem transmontana, mas as dúvidas que surgem sobre estas estruturas raramente são esclarecidas: Porque têm diferentes formas? Para que é que servem? Quem os construiu? Venha saber mais sobre estas questões e levantar muitas outras que vão despertar ainda mais o interesse por este património rural único.
 

Lançamento do livro “Memórias dos Pombais”, editado pela Palombar - Conservação da Natureza e do Património Rural. Nesta obra, foram guardadas e trabalhadas as memórias de muitas pessoas que criaram com a terra laços de sustento e que partilharam connosco a forma como a sua história se cruza com a dos pombais tradicionais. Ouvimos as vozes de Uva, no concelho de Vimioso, a aldeia dos pombais, cuja alvura nos convida à visita. Um trabalho de recolha único.
 

Jogos do Hélder - Jogos Tradicionais | Os Jogos do Hélder são jogos tradicionais que levam todos os miúdos (e graúdos) a ganharem amigos, sorrisos e ideias. São jogos simples, mas educativos, que estimulam a coordenação motora, a destreza, o cálculo e a criatividade. Universais e generosos, são um convite ao desafio da descoberta.
 

Contos na Eira - Contadores de histórias tradicionais | Os Contos na Eira são um grupo de contadores de histórias que se tem dedicado ao estudo, preservação e divulgação da Tradição Oral Portuguesa. Revelam ao público, crianças e adultos, os contos, lengalengas, cantigas, adivinhas, preces, provérbios e ditos da tradição oral portuguesa, inspirados em recolhas realizadas por estudiosos como Teófilo Braga, Adolfo Coelho, Alexandre Parafita e Isabel Cardigos, entre outros. Para re(viver) o ambiente das eiras de antigamente.
 

Menina d'Uva - Visita à adega | Menina d’Uva é um projeto criado por Aline Domingues, em 2017, quando, vinda de França, voltou à terra dos seus pais, Uva, no Planalto Mirandês. Trocou Paris por uma vida simples, rural, que sempre a atraiu, com o objetivo de cuidar e de partilhar o maravilhoso património vitícola da região. Da vinha à adega, descubra o melhor néctar vínico da região.

Fonte: Lusa, Palombar e HA