Política: Governo vai apresentar nova Lei de Finanças Locais

Política: Governo vai apresentar nova Lei de Finanças Locais

O Governo vai apresentar uma nova Lei de Finanças Locais para “atualizar” de forma “transparente, previsível e justa” o quadro de recursos financeiros para os municípios exercerem as novas competências em matéria de descentralização, avançou o primeiro-ministro.

“Estamos focados em poder apresentar, em diálogo com os municípios, uma nova Lei de Finanças Locais que possa vir a atualizar este novo enquadramento e dar de forma transparente, previsível e justa os recursos financeiros de que os mancípios precisam para exercer as competências que lhe foram atribuídas”, afirmou Luis Montenegro, referindo-se à descentralização de competências do Estado.

O social-democrata tinha já afirmado em maio que o executivo iria “revisitar” o diploma para lhe “conferir maior previsibilidade e maior confiança”.

O chefe de Governo reafirmou o compromisso com a descentralização, defendendo que o processo “só vale a pena se as competências forem reais, se não forem apenas aparentes e se houver meios financeiros para executar essas competências”.

A alteração desta legislação tem sido uma reivindicação das autarquias. Em maio, a Associação Nacional de Municípios Portugueses propôs, “na verdadeira aceção do termo, uma nova Lei de Finanças Locais: uma lei que modernize Portugal e que seja em si mesma uma reforma do Estado, tornando-o mais eficiente e próximo das pessoas”.

Em jeito de resposta às críticas da oposição ao trabalho do executivo (PSD/CDS-PP), Luís Montenegro referiu que, apesar de nem toda a gente acreditar no seu projeto e de muitos terem ideias diferentes, “o Governo da República foi escolhido pelo povo, o Programa do Governo foi apresentado à Assembleia da República”.

“Se a principal crítica que quiserem continuar a fazer ao Governo é que o Governo está a executar o seu Programa, então vão-se cansar de criticar, porque nós vamos executar esse Programa até ao fim”, assegurou.

Luís Montenegro aproveitou o momento para elencar algumas das áreas em que o executivo interveio nos primeiros meses de governação, dando como exemplo a Educação.

“Nós tomámos posse há pouco tempo, já tivemos ocasião de decidir coisas importantes – na escola pública, dando mais estabilidade à escola pública, com medidas que querem, e espero mesmo que possam atingir, maior capacidade de termos professores nas escolas, para não termos tantos milhares de alunos que ficam para trás nas aprendizagens por não terem professor a pelo menos uma disciplina”, indicou.

“Na Saúde, com um programa que é de emergência e de transformação. Na Solidariedade Social, ajudando os pensionistas que são os mais pobres dos pobres, aqueles que têm um rendimento inferior a 550 euros e que agora elevámos para 600 euros”, acrescentou.

O primeiro-ministro destacou também medidas nas áreas da Habitação, “um setor fundamental para muitos portugueses poderem ficar em Portugal”, e da Imigração, “regulando a entrada e permanência dos imigrantes”.

“Imigrantes que nós precisamos, que nós queremos acolher e integrar com dignidade. E é precisamente a pensar numa integração digna que é preciso não fechar a porta, mas também não a deixar completamente escancarada”, disse.

Fonte: Lusa

O Reino de Deus

XI Domingo do Tempo Comum

O Reino de Deus

Ez 17, 22-24 / Slm 91 (92), 2-3.13-16 / 2 Cor 5, 6-10 / Mc 4, 26-34

Para falar do Reino, Jesus recorre quase sempre a parábolas. Não dá definições claras nem descrições minuciosas, nem faz acompanhar as suas palavras de uma apresentação powerpoint. O mistério não se explica, aponta-se. É por isso que precisamos de histórias para poder entrar nele.

Jesus apresenta-nos hoje duas parábolas agrícolas. Na primeira, ele compara o Reino a um homem que semeia e aguarda que a terra produza fruto, enquanto na segunda, compara-o ao grão de mostarda, que sendo uma semente pequena se torna uma das maiores plantas da terra.

Com estas palavras, o Senhor aponta-nos dois traços paradoxais do Reino. Por um lado, o Reino cresce discretamente, sem se dar por ele; por outro, é a maior planta de tudo o que foi criado.

Nós gostaríamos que o Reino, à medida que cresce, fizesse mais ruído, mas não é este o estilo do nosso Deus. De facto, a bondade, tal como a beleza, não faz barulho nem se impõe: revela-se. A nós cabe-nos estar atentos, esperando que o «trigo amadureça», isto é, que o fruto chegue a bom termo, para que possamos, na presença de Deus, celebrar a colheita.

Por outro lado, o Reino tem começos tímidos, inesperados, nos quais dificilmente alguém apostaria a sua fortuna. Quem diria, olhando para um grão de mostarda, que esta planta viria a crescer sem controlo e espalhar-se pelo campo? No Médio Oriente, esta planta é mais parecida com um arbusto do que com uma árvore, e cresce em altura e largura, ocupando todo o espaço que lhe permitirem, oferecendo refúgio a quem precisa. É um autêntico santuário. E assim é o Reino, que, com começos humildes, se vai insinuando sobre a superfície da terra, acolhendo todos os que precisam de descanso.

As coisas que realmente importam na vida não se explicam: apontam-se. Podemos dizer aos nossos filhos que não devem gritar, mas se as palavras não forem acompanhadas de exemplo, dificilmente darão fruto.

O Reino é discreto e sem medida. Ofereçamos aos outros o fruto do trabalho silencioso e o descanso que se alcança no santuário da amizade com Jesus.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Miranda do Douro: Pacheco Pereira é o convidado na “Cumbersa ne l Arquibo”

Miranda do Douro: Pacheco Pereira é o convidado na “Cumbersa ne l Arquibo”

Para assinalar o Dia Internacional dos Arquivos, o município de Miranda do Douro, vai promover esta sexta feira, dia 14 de junho, no Arquivo Municipal, mais uma “Cumbersa ne l Arquibo”, desta vez com o historiador José Pacheco Pereira.

No âmbito do Cinquentenário do 25 de abril de 1974, o professor, investigador da história contemporânea portuguesa, jornalista e político, José Pacheco Pereira vai falar às 21h00, sobre a importância dos arquivos na descoberta e documentação do passado e formulação de novas ideias.

O Dia Internacional dos Arquivos é celebrado anualmente a 9 de junho e tem como propósito sublinhar a importância dos arquivos e o seu papel fundamental na sociedade.

O Conselho Internacional de Arquivos realiza anualmente uma semana de eventos para celebrar a data e marcar a importância dos Arquivos para a eficiência das organizações, preservação da história e garantia de direitos.

Este ano o tema proposto é «CiberArquivos» e pretende que os profissionais, organizações e associações do setor, reflitam e debatam sobre o impacto dos avanços tecnológicos no domínio dos arquivos e sobre as suas potencialidades para a transparência, a decisão informada e a preservação da cultura.

O sector dos arquivos não está apenas a adaptar-se à digitalização, mas também a enfrentar os desafios e as oportunidades trazidos pela inteligência artificial, “machine learning”, “blockchain, e outras tecnologias avançadas.

O Dia Internacional dos Arquivos foi proclamado na Assembleia Geral do Conselho Internacional de Arquivos (ICA), em novembro de 2007, no Québec, Canadá.

A data foi escolhida por ter sido a 9 junho 1948 que a UNESCO criou o Conselho Internacional de Arquivos (ICA).

HA

Floresta: Produtores defendem simplificação das normas e reforço de verbas

Floresta: Produtores defendem simplificação das normas e reforço de verbas

Os produtores e gestores florestais defenderam hoje a simplificação das normas e o reforço de verbas públicas para enfrentar os desafios e manter a economia e a sustentabilidade da floresta, reduzindo o risco de incêndios.

A pretensão dos produtores e gestores florestais foi manifestada durante o seminário intitulado “Gestão da Floresta e da Paisagem do Algarve”, que hoje decorreu em Monchique, concelho que tem sido afetado por vários incêndios nos últimos anos, no distrito de Faro.

Promovida pela Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) em parceria com a Associação Florestal de Portugal (Forestis), que representa mais de 17.000 proprietários florestais, a iniciativa juntou produtores, gestores florestais e representantes de entidades públicas e privadas.

Ao intervirem no seminário, a maioria dos produtores defendeu “a clarificação da política florestal e a redução e simplificação das normas de funcionamento, medidas complementadas com uma maior disponibilidade de verbas por parte do Estado”.

O diretor regional do Algarve do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) considerou o encontro “muito importante para debater a floresta”, porque a preocupação está também na sustentabilidade, já que a floresta é “muito mais do que a madeira”.

“Temos de manter um território sustentável sem comprometer as gerações futuras, porque a floresta é um ecossistema com grande biodiversidade, com valor na retenção de carbono, na emissão de oxigénio, na flora e fauna e na economia”, apontou Joaquim Castelão Rodrigues.

Para o dirigente regional do ICNF, “há que olhar para uma floresta adaptativa, baseada em princípios como a diversidade, multifuncionalidade e segurança, nomeadamente o risco de incêndio”.

De acordo com dados do ICNF, o Algarve tem uma área de 63% de floresta, com maior representatividade do pinheiro manso, seguindo-se os sobreiros e os eucaliptos.

“Para uma gestão mais eficaz da floresta precisamos de criar mosaicos, medida de ordenamento que é defendida pelos produtores e gestores do espaço florestal”, concluiu.

Por seu turno, o antigo secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Florestal, Miguel Freitas, considerou como crucial, a existência de um programa de apoio à gestão ativa da floresta que apoiasse as Zonas de Intervenção Florestal (ZIF).

Segundo Miguel Freitas, também membro do conselho consultivo da Forestis e investigador da Universidade do Algarve, era muito importante que se olhasse para a figura das ZIF, dado existirem 200 “que gerem cerca de dois milhões de hectares de área florestal em todo o país”.

No Algarve, existem 21 que gerem 100.000 hectares, especificou.

Para o antigo governante, “é fundamental que se reforcem” as verbas para a floresta, revelando que em 2018 o Fundo Ambiental tinha 145 milhões de euros, dos quais 40 milhões eram destinados para a floresta e, em 2024 o mesmo fundo tem 1,8 mil milhões de euros “e para a floresta, os mesmos 40 milhões”.

“Isto é, nós aumentámos 10 vezes o valor do Fundo Ambiental e continuamos a dar o mesmo para a floresta”, notou.

Segundo Miguel Freitas, a floresta em Portugal tem um valor de 2,2 mil milhões de euros, “em duas grandes componentes: na dos produtos, aquilo que é a matéria-prima, e de serviços e ecossistemas, que é o ambiente”.

“Temos uma arquitetura daquilo que são as políticas públicas, onde se está a trabalhar, quer no domínio dos povos rurais, quer no domínio da transformação da paisagem, mas continua a faltar um elemento essencial que é aquele que apoia a gestão”, concluiu.

Fonte: Lusa

“Verão Seguro”: GNR reforça fiscalização até setembro

“Verão Seguro”: GNR reforça fiscalização até setembro

A Guarda Nacional Republicana (GNR) anunciou o início da “Operação Verão Seguro 2024”, com reforço em todo o país de patrulhamento, apoio e fiscalização, sobretudo em zonas de maior aglomerado de veraneantes e turistas.

A operação decorre até 15 de setembro e abrange os locais de veraneio, eventos, os estabelecimentos e locais de diversão noturna, os principais eixos rodoviários, fronteiras, residências e proteção da floresta.

Esta operação repete-se todos os anos durante o verão, altura em que “é expectável um crescente número de turistas nas zonas na área de responsabilidade territorial da guarda, registando-se assim um aumento substancial de população”, refere a GNR em comunicado.

“Em consequência disto, esta época caracteriza-se ainda por uma diminuição da população nas áreas de residência habitual, o que faz com que algumas habitações fiquem desabitadas durante períodos de tempo prolongados, pelo que importa prevenir a ocorrência da criminalidade associada”, realça a guarda.

Na nota, a guarda indica que vai empenhar várias valências de reforço em ações coordenadas de sensibilização, patrulhamento e de fiscalização, dando especial atenção à vigilância na orla costeira, considerando também praias e locais junto à costa.

A GNR vai igualmente intensificar o patrulhamento junto aos estabelecimentos de diversão noturna e de maior aglomerado de pessoas, bem como garantir a segurança de eventos, festas e romarias sazonais, reforçar as ações de apoio, regularização e fiscalização da circulação rodoviária.

A guarda promove ainda o policiamento de proximidade junto das zonas residenciais para alertar sobre procedimentos de segurança a adotar para prevenção de situações de furto e roubo em residência e a vigilância e deteção de incêndios rurais para assegurar a proteção da natureza e do ambiente.

Para promover e facilitar o policiamento de proximidade aos turistas e numa conjuntura de cooperação internacional, a GNR irá realizar diversas ações de patrulhamento misto e conjunto, em vários pontos do país com a Guardia Civil espanhola, a Gendarmerie Nationale francesa e a Arma dei Carabinier italiana.

Fonte: Lusa

Ensino: Início dos exames nacionais do secundário

Ensino: Início dos exames nacionais do secundário

Os exames nacionais do ensino secundário começam a 14 de junho, com a prova de Português do 12.º ano, a disciplina com mais alunos inscritos e a de Mandarim para os estudantes do 11.º ano.

Este ano há mais de 156 mil alunos inscritos para os exames nacionais, um valor só ultrapassado nos últimos seis anos em 2019, quando se inscreveram quase 160 mil estudantes, segundo dados disponibilizados pelo ministério da Educação.

A primeira fase começa com as provas de Português, para a qual estão inscritos 44.421 alunos, durante a tarde é a vez dos alunos do 11.º ano realizarem a prova de Mandarim, uma das menos concorridas.

As outras quatro provas com mais inscritos são a de Biologia e Geografia, que se realiza em 18 de junho e para a qual são esperados cerca de 43 mil alunos do 12.º ano, seguindo-se a prova de Física e Química A em 21 de junho (cerca de 40 mil inscritos) e Matemática A em 26 de junho, com mais de 38 mil alunos inscritos.

A primeira fase das provas nacionais termina em 28 de junho, com as provas de Geometria Descritiva A e História B, ambas destinadas aos alunos do 11.º ano.

Dos mais de 156 mil alunos que se inscreveram para os exames nacionais este ano, pouco mais de metade pretendem concorrer ao ensino superior (57%).

Estes alunos têm de estar atentos ao calendário, uma vez que todas as notas serão afixadas em 15 de julho e, caso queiram tentar melhorar a nota, terão de se inscrever na segunda fase, tendo apenas dois dias para o fazer (15 e 16 de julho).

As candidaturas à primeira fase do concurso de acesso ao ensino superior decorrem entre 22 de julho e 5 de agosto.

Os alunos que queiram concorrer ao ensino superior com provas realizadas na segunda fase, terão de o fazer entre os dias 26 de agosto a 4 de setembro, sendo que na segunda fase há sempre muito menos vagas disponíveis.

As regras de acesso ao ensino superior não são neste momento iguais para todos os alunos do secundário.

Para os alunos que estão no 12.º ano, continuam a aplicar-se as regras antigas, aplicadas nos últimos quatro anos na sequência da pandemia de covid-19.

Assim, os finalistas só fazem exames às provas que precisam para concorrer ao ensino superior.

Os alunos que agora estão no 11.º ano terão de realizar três exames para concluir o secundário: Português no 12.º ano, que passará a ser obrigatório para todos os alunos dos quatro cursos científico-humanísticos e mais dois exames à sua escolha.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: “Un serano mirandés” no final do ano letivo

Miranda do Douro: “Un serano mirandés” no final do ano letivo

Esta sexta-feira, dia 14 de junho, por ocasião do encerramento do ano letivo, vai ser apresentada no miniauditório, em Miranda do Douro, a atividade “Un serano mirandés”, com a representação de duas peças de teatro e uma curta-metragem, faladas na língua mirandesa.

De acordo com o diretor do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro (AEMD), o professor António Santos, o “Serano an Mirandés” é uma atividade promovida pelo professor de Língua e Cultura Mirandesa, Duarte Martins e pretende proporcionar à comunidade escolar (alunos, professores, pais e funcionários) um serão de teatro e cinema, em língua mirandesa.

«O “Serano an Mirandés” consiste na representação de peças de teatro, previamente ensaiadas pelos alunos do AEMD, sob a orientação do professor Duarte Martins. Esta atividade é também um modo de mostrar a toda a comunidade o trabalho realizado nesta disciplina ao longo do ano letivo”, justificou.

Segundo o professor Duarte Martins, o teatro e a expressão dramática são boas estratégias para aprender a língua mirandesa.

“É no teatro que os alunos do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro (AEMD) mais facilmente se expressam na língua mirandesa! Por isso, o teatro é um ótimo recurso pedagógico para a aprendizagem do mirandês, pois permite diversificar o vocabulário, desenvolver a expressividade, a entoação, etc.”, indicou.

Recorde-se que os colóquios ou o teatro popular mirandês são também uma das manifestações etnográficas da Terra de Miranda, através do qual se representam as vivências das pessoas, os usos, costumes, tradições e sobretudo a fala, em mirandês.

O “Serano an mirandés” inicia-se com a representação da peça “La princesa de ls çapatos ruotos”. A história é recriada pelos estudantes do 6º ano e procura transmitir a importância de lutar pela concretização dos sonhos.

A outra peça “La teima de l muorto”, com o nome original “A birra do morto”, é a adaptação de um texto do professor Vicente Sanches e é representada pelos estudantes dos 11º e 12º anos.

«“La teima de l muorto” é uma farsa trágico-cómica, que retrata o medo que temos da morte e ao mesmo tempo serve de motivação para aproveitar bem a vida. Outro aspeto interessante desta peça é o confronto entre as personagens que falam em português e as que falam em mirandês», destacou.

Para a representação desta peça, o Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro contou com a colaboração de uma funerária, que emprestou os objetos fúnebres para construir o cenário.

No decorrer do “Serano an Mirandés” vai ainda ser exibida a curta metragem “Capa de Honras”, do realizador Rui Falcão, também falada em mirandês.

“O Rui Falcão foi aluno do AEMD e frequentou a disciplina de Língua e Cultura Mirandesa. Recordo que, enquanto estudante, o Rui gostava de fazer banda desenhada, de desenhar a sequência das cenas e já sonhava ser cineasta! Um dos seus sonhos era fazer um filme em mirandês! Ora, aí está o filme “Capa de Honras”, que retrata alguns aspetos da atual realidade desta região, interpretado por atores e atrizes locais e falado em mirandês”, destacou o professor Duarte Martins.

No Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro (AEMD), o evento “Un serano em mirandés” é o culminar do ano letivo, na disciplina de Língua e Cultura Mirandesa.

Recorde-se que o ano letivo terminou a 4 junho para os 9.º, 11.º e 12.º anos; finaliza a 14 junho para os 5.º, 6.º, 7.º, 8.º e 10.º anos; e a 28 junho para o pré-escolar e 1.º, 2.º, 3.º e 4.º anos.

HA

Miranda do Douro: Abertas as inscrições para o curso presencial de Mirandês

Miranda do Douro: Abertas as inscrições para o curso presencial de Mirandês

Estão abertas as inscrições para o curso presencial de “Lhéngua Mirandesa – Falar i screbir”, uma formação básica para principiantes que vai decorrer no edifício da ex-UTAD, em Miranda do Douro, de 25 de junho até 25 de julho.

O curso vai ser ministrado pela Associação de Língua e Cultura Mirandesa (ALCM) e pelo professor Francisco Domingues e ao longo de 20 horas vão ser lecionadas as noções básicas da oralidade e da escrita, em língua mirandesa.

Francisco Domingues é professor e aprendeu a ler e a escrever em mirandês, com Amadeu Ferreira. Posteriormente lecionou aulas de Língua Mirandesa, em Lisboa.

Segundo o secretário da ALCM, Alcides Meirinhos, desde 2002, que não se realizam cursos presenciais de língua mirandesa, em Miranda do Douro.

“Os últimos cursos presenciais de mirandês na região, foram ministrados pelo saudoso Amadeu Ferreira, no âmbito dos Festivais Intercélticos, em Sendim. Por isso, faz todo o sentido proporcionar à população local a oportunidade de (re)aprender algumas noções básicas do mirandês”, justificou o dirigente associativo.

O curso presencial em “Lhéngua Mirandesa – Falar i screbir” vai decorrer no edifício da ex-UTAD, em Miranda do Douro, às terças e quintas-feiras, entre as 21h00 e as 23h00.

As inscrições para o curso (20 horas) são efetuadas através do email: lhengua@lhengua.org, sendo que a formação inicia com um número minímo de 10 formandos.

O curso é gratuito, sendo solicitado aos participantes a inscrição como sócio da ALCM, cuja quota anual é de 12€.

HA

Política: Comemoração dos 40 anos de adesão à CEE

Política: Comemoração dos 40 anos de adesão à CEE

O Governo vai criar uma comissão para programar as comemorações dos 40 anos da assinatura do tratado de adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia (CEE), anunciou o primeiro-ministro, Luís Montenegro.

No dia em que se assinalam 39 anos da assinatura do tratado, em 12 de junho de 1985, pelos então primeiro-ministro e vice-primeiro-ministro Mário Soares e Rui Machete, Luís Montenegro fez este anúncio num encontro com a comunidade portuguesa em Zurique, no âmbito das comemorações do Dia de Portugal na Suíça, numa deslocação conjunta com o Presidente da República.

“Estamos a entrar no ano que nos levará a evocar os 40 anos da adesão. Quero dizer-vos, em primeira mão, que iremos constituir uma comissão para programar estas comemorações e para fazer uma avaliação deste percurso e fazer uma campanha de envolvimento dos portugueses deste projeto”, disse.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro, encerram hoje a dupla comemoração do 10 de Junho, que este ano teve como país estrangeiro escolhido a Suíça, onde reside a segunda maior comunidade emigrante portuguesa.

Depois de um dia passado em Genebra e de uma escala em Berna para um encontro com a presidente da Confederação Suíça, Viola Amhed, o final da tarde foi passado em Zurique.

À chegada, vindos de comboio de Berna, o Presidente da República e o primeiro-ministro optaram por ir a pé para o primeiro ponto de agenda, em passo muito acelerado durante cerca de 20 minutos.

A ideia, percebeu mais tarde a comunicação social, era ir a uma cervejaria local, o que acabou por não se concretizar para não atrasar o encontro com representantes da comunidade portuguesa.

Fonte: Lusa

Europeias: Mais de metade dos eleitores optou por votar em mobilidade

Europeias: Mais de metade dos eleitores optou por votar em mobilidade

Mais de metade dos eleitores que votaram nas eleições europeias optou fazê-lo fora da sua mesa de voto habitual, de acordo com dados provisórios avançados pelo Ministério da Administração Interna (MAI).

“Na eleição para o Parlamento Europeu do passado domingo registaram-se 3.948.530 votantes (36,6% dos recenseados), tendo 2.220.917 (56,2% dos votantes) optado pelo exercício do voto na modalidade em mobilidade e 1.727.613 optado por votar na sua mesa de recenseamento”, refere o MAI.

Os valores incluem os votos antecipados em mobilidade e todos os eleitores que não exerceram o seu direito na mesa onde se encontravam recenseados, adiantou a mesma fonte.

Os números avançados são ainda provisórios e estão a ser atualizados com base na votação no estrangeiro, faltando ainda alguns consulados por apurar.

Pela primeira vez e por a eleição europeia ser de círculo único, foi possível votar em qualquer mesa de voto no país ou no estrangeiro, bastando apresentar o documento de identificação civil. A operação exigiu a desmaterialização dos cadernos eleitorais.

O MAI não dispõe ainda dos dados da votação em mobilidade por distribuição geográfica e remeteu para o que está previsto na lei que criou este regime excecional, ou seja, será a Comissão Nacional de Eleições (CNE) a fazer o relatório sobre o voto em mobilidade, no prazo de três meses.

A mesma lei prevê que a secretaria-geral do MAI contratará uma auditoria para avaliar a robustez, segurança e fiabilidade do sistema de cadernos eleitorais desmaterializados e remeterá ao Governo, ao parlamento e à CNE os resultados, no prazo de seis meses após a eleição.

As eleições para o Parlamento Europeu realizaram-se no domingo, dia 10 de junho, para eleger 21 deputados portugueses.

Estavam recenseados 10,8 milhões de eleitores e a taxa de abstenção registada no domingo foi de 63%, ainda segundo os dados provisórios.

Fonte: Lusa