Cinema: “O pátio da saudade” estreia a 14 agosto

Cinema: “O pátio da saudade” estreia a 14 agosto

O novo filme do realizador Leonel Vieira, “O pátio da saudade”, estreia a 14 de agosto e consiste numa “comédia dramática, com um toque musical” sobre uma uma história de amizade e resiliência, protagonizada pela atriz Sara Matos.

Há dez anos, Leonel Vieira dirigiu “O leão da Estrela” e “O pátio das cantigas”, duas produções “com um olhar novo sobre filmes dos anos 1940”. Em 2016, voltou a insistir no género, com a revisitação d’”A canção de Lisboa”, que produziu, entregando a realização a Pedro Varela. A ‘sua’ versão de “O pátio das cantigas” continua a ser o filme português mais visto desde 2004, nos ‘rankings’ publicados pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual.

Com “O pátio da saudade”, Leonel Vieira incide sobre o teatro de revista. Para começar, sobre os filmes anteriores, entende “não ter feito ‘remakes’”, mas longas-metragens “que respeitavam muito o espírito do cinema dos anos 1940, com um olhar novo”.

Sobre este “novo pátio”, garante ser uma história “sobre a amizade”, sobre “as pessoas se unirem para salvar coisas”, frisou o realizador durante a apresentação do filme, ocorrida hoje, em Lisboa; unirem-se em torno de “causas, que é uma coisa que está muito em risco nos dias de hoje – as pessoas unirem-se para salvarem causas comuns”, acrescentou.

“O pátio da saudade” fala de “valores que hoje estamos a perder um pouco ou que achamos que estamos a perder”, disse Leonel Vieira.

A ação do filme centra-se numa atriz (Sara Matos) que herda um teatro de uma tia afastada que quase não conhecia e que era fã de teatro de revista. A viabilidade de herdar aquele antigo palacete vem, todavia, com a condição de o recuperar, pondo em cena uma revista.

Questionado sobre se este filme é uma “espécie de homenagem ao teatro de revista”, Leonel Vieira admite tratar-se de “um olhar sobre o passado”.

“O passado não se pode perder”, afirmou. “Não existe só o que é hoje, o que somos hoje e ‘o hoje é tudo (…) e o passado é para apagar, e os velhos são para acabar’”. Para Leonel Vieira, isso não pode ser, sublinhando que essa posição perante a vida o “incomoda bastante”.

“O pátio da saudade” é, por isso, um filme sobre o “passado que interessa”, já que “o passado faz parte do nosso presente e é necessário ser trazido para o nosso presente e ser repensado”. E “nada é descartável”, reforçou.

Questionado sobre se “O pátio da saudade” é o filme que de facto pensava fazer, o realizador disse que os filmes “nunca são aquilo” que pensa, mas sim “uma aproximação”.

Este filme, em que cada personagem foi pensada precisamente para o ator/atriz que a representa, “está bastante próximo do que achei que se poderia fazer”, concluiu.

Questionado sobre se espera um êxito como o que obteve com “O pátio das cantigas”, o realizador afirmou esperar que o novo filme obtenha êxito, recusando-se, todavia, a esperar que se equipare ao que obteve há 10 anos, pois este foi “um fenómeno pontual, que às vezes acontece”.

Sobre novos trabalhos, Leonel Vieira adiantou que, em setembro, estreará uma nova série, também com Sara Matos, na plataforma de ‘streaming’ HBO.

Leonel Vieira tem em pós-produção a série “Vitória”, que dirige, que conta igualmente com a interpretação de Daniela Ruah, e argumento de Alexandre N. Rodrigues e Manuel Prates.

Entre as produções e coproduções recentes de Leonel Vieira contam-se “Vìrgenes”, de Álvaro Díaz Lorenzo, filme estreado no Festival de Málaga, na primavera passada, e a série “Favàtrix”, lançada em maio em Espanha.

“O pátio da saudade” tem interpretações de José Raposo, José Pedro Vasconcelos, Gilmário Vemba, Alexandra Lencastre, José Pedro Gomes e Ana Guiomar, entre outros atores. O argumento é de Aldo Lima, Manuel Prates, Alexandre N. Rodrigues e do próprio Leonel Vieira; a banda sonora, de Manuel Palha e Tiago Perestrelo, segundo a ficha técnica disponível na net.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Festas da Cidade com Ivandro, Pedro Abrunhosa e Van Zee

Miranda do Douro: Festas da Cidade com Ivandro, Pedro Abrunhosa e Van Zee

O Largo do Castelo, em Miranda do Douro, é o palco das Festas da Cidade, um evento que decorre de 21 a 24 de agosto e tem como cabeças de cartaz Ivandro, Pedro Abrunhosa e Van Zee.

Em Miranda do Douro, as Festas da Cidade ou Festas em honra de Santa Bárbara inciam-se a 16 de agosto, com a Pool Party, na piscina municipal.

A 21 de agosto, as festividades prosseguem no Largo do Castelo, com a animação musical do grupo Midnes e do DJ Jorge Barroso.

Na sexta-feira, dia 22, os destaques são os concertos de Triângulo, Ivandro e DJ Barroso.

O cantor e compositor, Pedro Abrunhosa, viaja no sábado, dia 23 de agosto, para Miranda do Douro, onde vai interpretar os seus grandes êxitos e dar a conhecer as novas músicas em que está a trabalhar.

Natural do Porto, Pedro Abrunhosa iniciou o percurso musical na área da música erudita, tendo estudado Análise, Composição e História da Música. 

Foi fundador da Escola de Jazz do Porto, da “Cool Jazz Orchestra” e da banda “Bandemónio”, com a qual gravou o primeiro álbum, Viagens, lançado em 1994.

Seguiram-se os álbuns Tempo (1996), Silêncio (1999), Momento (2002), o álbum triplo ao vivo Palco (2003), Intimidade (2005), gravado na inauguração da Casa da Música e Luz (2007).

Em 2010, criou os Comité Caviar e a partir dos BoomStudios, lançou Longe (2010), Contramão (2013), Espiritual (2019) e Ao Vivo no Porto (2022).

No Domingo, dia 24 de agosto, as festividades em Miranda do Douro prosseguem com a Missa em honra de Santa Bárbara, às 16h00 e encerram com os concertos de Orquestra Magma e do músico Van Zee.

O vice-presidente do município de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues, adiantou que na cidade, a par dos concertos musicais, decorre também a Famidouro – Feira de Artesanato e Multiatividades, pelo que nestes dias de festa se espera a afluência de muito público à cidade.

“A organização, simultânea, da Famidouro e das Festas da Cidade visam oferecer ao publico que nos visita, turistas e (e)migrantes uma variada oferta, com o comércio local, restauração, hotelaria, artesanato, produtos locais, animação e concertos musicais”, justificou o autarca mirandês.

Em Miranda do Douro, as Festas da Cidade ou de Santa Bárbara são coorganizadas pelo município de Miranda do Douro, Comissão de Festas, Freguesia de Miranda do Douro, ARJM e a produção é da responsabilidade da AG3.

HA

Miranda do Douro: Feira de Artesanato antecede as Festas da Cidade

Miranda do Douro: Feira de Artesanato antecede as Festas da Cidade

De 15 a 24 de agosto, a avenida Aranda del Duero, em Miranda do Douro, é o palco da XXVII Famidouro – Feira de Artesanato e Multiatividades, um certame comercial que visa mostrar o que de melhor se produz na região e que antecede as Festas da Cidade.

O certame é organizado desde 1998, pela Associação Comercial e Industrial do Concelho de Miranda do Douro (ACIMD) e tem como propósito impulsionar a atividade económica dos seus associados.

A abertura da Famidouro – Feira de Artesanato e Multiatividades ocorre no serão de sexta-feira, 15 de agosto, numa cerimónia que conta com a animação musical da Banda Filarmónica Mirandesa e as danças dos Pauliteiros de Miranda.

Nesta XXVII edição da Famidouro, participam meia centena de artesãos e produtores que vão expor artigos em burel, madeira, louças, bordados, ourivesaria, peles e couro, brinquedos, granitos, cutelaria, pinturas, doçaria tradicional, entre outros produtos.

Ao longo dos 10 dias do certame, ao serão, a animação é feita pelos grupos e associações culturais do concelho, com destaque para o Festival de Folclore da Mirandanças, agendado para o serão de sábado, dia 16 de agosto.

Outro atrativo para o público que visita a cidade de Miranda do Douro é a degustação da gastronomia local, cujos destaques são a posta à mirandesa, o cordeiro mirandês, a bola doce mirandesa e os vinhos da região.

A Famidouro – Feira de Artesanato e Multiatividades é uma iniciativa anual da Associação Comercial e Industrial de Miranda do Douro (ACIMD), que conta com os apoios do município e da freguesia de Miranda do Douro. A realização do certame conta ainda com a colaboração da comissão de festas em honra de Santa Bárbara e das associações locais.

HA

Portugal: Migrações exigem solidariedade

Portugal: Migrações exigem solidariedade

Na apresentação da Peregrinação do Migrante e do Refugiado ao Santuário de Fátima, o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana afirmou que é necessária uma “resposta solidária” para a realidade das migrações.

D. José Traquina lembrou que a História de Portugal está marcada por uma constante emigração, por “muitos milhares de portugueses que emigraram para o Brasil, África e para diversos países da Europa”, no século XX.

“Chegados ao século XXI, o fenómeno das migrações acontece com muitos milhares de jovens portugueses a emigrarem para o estrangeiro e muitos milhares de estrangeiros a virem residir e trabalhar em Portugal. Perante esta realidade, que não deve ser vista como um problema, mas um sinal dos tempos, é necessária uma resposta solidária”, afirmou o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana.

Referindo-se aos migrantes, a diretora da Obra Católica Portuguesa de Migrações sublinhou, na conferência de imprensa, que “não são uma novidade” e apontou para a necessidade de ligação entre os “países de origem, de trânsito e destino” como condição para promover a justiça em relação à população em mobilidade e o desenvolvimento de todos os países, nomeadamente os de origem dos migrantes.

“A justiça é olhar, escutar e interligar países de origem, trânsito e destino. Justiça nos dias de hoje é promover o desenvolvimento”, afirmou.

A diretora da OCPM lembrou que “os migrantes de hoje movem-se pelas mesmas causas dos migrantes de ontem” e “denunciam injustiças, denunciam guerras, denunciam a opressão”.

“Os migrantes entre nós e os migrantes que estão lá fora, a nossa diáspora, ajudam-nos a crescer em humanidade, na capacidade de diálogo e a construir pontes”, afirmou.

Para Eugénia Quaresma, “é urgente envolver a sociedade civil neste diálogo e na capacidade de construir juntos”

“Precisamos dos migrantes, precisamos de promover e anunciar esta verdade, precisamos de divulgar iniciativas da sociedade civil que caminham neste sentido”, sublinhou.

A Peregrinação do Migrante e do Refugiado ao Santuário de Fátima insere-se na 53ª Semana das Migrações, que ocorre de 10 a 17 de agosto, e tem por tema “Migrantes Missionários da Esperança”.

“Nesta semana, olhamos com especial atenção para os migrantes portugueses a residir e a trabalhar no estrangeiro, e para os estrangeiros que residem e trabalham em Portugal”, disse D. José Traquina.

Em declarações aos jornalistas, o bispo de Santarém agradeceu, em nome da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, “o testemunho e envolvimento de todos os organismos e instituições eclesiais e civis na defesa das pessoas migrantes.

D. José Traquina referiu Fórum das Organizações Católicas para a Imigração e Asilo, FORCIM, o Grupo Popular de Cidadãos Consenso e Imigração e “o esforço de diversas autarquias e paróquias no apoio ao acolhimento e integração de migrantes estrangeiros”.

A Peregrinação do Migrante e do Refugiado ao Santuário de Fátima é presidida por D. Joan-Enric Vives, arcebispo emérito de Urgel (Espanha), de que faz parte o Principado de Andorra, onde perto de 10 mil habitantes são cidadãos portugueses.

Fonte e fotos: Ecclesia

Incêndios: Três mil militares combatem os fogos

Incêndios: Três mil militares combatem os fogos

O Exército português já mobilizou quase três mil militares para o combate aos incêndios no país, tendo atualmente 34 patrulhas diárias empenhadas na vigilância, deteção e extinção de fogos, indicou fonte das Forças Armadas.

Numa nota enviada às redações, o Exército destaca a presença, neste momento, de três destacamentos de engenharia nas regiões de Trancoso e Tabuaço, para criar faixas de contenção, melhorar acessos e apoiar o combate direto, e de equipas de rescaldo em Vila Real e Ribeira de Pena para eliminar “combustão viva” e isolar “material em combustão lenta”.

O Exército tem ainda equipas de vigilância e deteção “distribuídas por todo o território nacional, monitorizando riscos e atuando preventivamente para salvaguardar vidas e bens”.

No total acumulado, este ramo das Forças Armadas mobilizou, este ano, 2.985 militares, e ainda 1.291 viaturas, tendo já percorrido perto de 225 mil quilómetros e acumulado 7.655 horas de missão distribuídas por 16 distritos.

Neste momento, o Exército tem empenhadas, diariamente, 16 patrulhas de vigilância de deteção no âmbito do ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, outro no âmbito municipal e dez no âmbito do Plano Revelles, totalizando 34 patrulhas diárias no terreno.

Na nota enviada às redações, o Exército salienta o seu “esforço constante e determinado no combate aos grandes incêndios que assolam o país, atuando em múltiplas frentes para apoiar as populações e proteger o património natural”.

A 18 de julho, o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA) anunciou que cerca de seis mil militares vão estar este ano envolvidos em operações de vigilância, dissuasão de incêndios rurais e sensibilização das populações.

Fonte: Lusa | Imagem: Exército Português

Calor: Aviso laranja até 6.ª feira no distrito de Bragança

Calor: Aviso laranja até 6.ª feira no distrito de Bragança

Os distritos de Bragança, Castelo Branco e Guarda estão sob aviso laranja devido ao calor, até ao final do dia de sexta-feira, 15 de agosto, indicou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

O aviso laranja, o segundo mais grave, deve-se à “persistência de valores muito elevados da temperatura máxima” para estes três distritos foi prolongado até sexta-feira, de acordo com o comunicado do instituto.

Já os distritos de Évora, Beja e Portalegre vão estar sob aviso laranja até às 18:00 de quinta-feira, passando a aviso amarelo até ao final do dia de quinta-feira.

Vila Real e Viseu estão sob aviso amarelo até às 06:00 de quinta-feira, quando passam a laranja até às 18:00 de quinta-feira.

Em Porto, Faro, Setúbal, Viana do Castelo, Aveiro, Braga e Lisboa está em vigor um aviso amarelo até ao final do dia de quinta-feira, enquanto em Santarém, Leiria e Coimbra o aviso amarelo do IPMA vigora até às 18:00 de sexta-feira.

O Governo prolongou a situação de alerta até ao final de sexta-feira, 15 de agosto, devido ao risco agravado de incêndio rural.

A renovação da situação de alerta tem como base dois motivos principais: a continuação de temperaturas elevadas em todo o país para os próximos dias e a diminuição de ignições devido às proibições determinadas.

Entre as medidas em vigor estão a proibição de acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais, de acordo com os Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios, bem como a realização de queimas e queimadas, ficando igualmente suspensas as autorizações emitidas para esse período.

A situação de alerta implica também a proibição de realização de trabalhos nos espaços florestais e rurais com o recurso a maquinaria e o uso de fogo de artifício e outros artefactos pirotécnicos. Neste caso, também as autorizações já emitidas ficam suspensas.

Fonte: Lusa | Imagem: IPMA

Argozelo: Fotografias descrevem a atividade mineira de 1950 a 1970

Argozelo: Fotografias descrevem a atividade mineira de 1950 a 1970

O Centro Interpretativo das Minas de Argozelo inaugurou uma nova exposição de fotografia, que descreve a atividade mineira entre as décadas de 1950 a 1970, um espólio fotográfico cedido por Manuel Teixeira, filho de um antigo sócio-gerente da Sociedade de Minas de Miranda.

Na inauguração realizada no dia 9 de agosto, a vice-presidente do município de Vimioso, Carina Lopes, explicou que as fotografias, do espólio de Manuel Teixeira, descrevem a atividade mineira em Argozelo, nas décadas de 1950, 1960 e 1970.

“Esta coleção de fotografias pertence a Manuel Teixeira, filho de um antigo proprietário das minas de Argozelo, que generosamente cedeu os negativos para que fossem reveladas e ampliadas. Com este espólio, o Centro Interpretativo das Minas de Argozelo dispõe agora de imagens representativas das minas em funcionamento”, disse a autarca.

Por sua vez, o proprietário das fotografias, Manuel Teixeira, conta que na sua infância acompanhou várias vezes o pai, às minas de Argozelo.

“Nessas visitas acompanhei todo o trabalho desenvolvido na mina, desci às galerias e conheci de perto as duras condições de trabalho dos mineiros. A partir daí desenvolvi uma forte ligação com Argozelo. Recentemente, num visita à agora vila de Argozelo foi com agrado que constatei a existência do Centro Interpretativo das Minas de Argozelo. Mas faltavam registos fotográficos do trabalho nas minas, pelo que fiz chegar algumas imagens de modo a enriquecer o património histórico representativo da exploração mineira, em Argozelo”, contou.

De acordo com Carina Lopes, o Centro Interpretativo das Minas de Argozelo é, a par do castelo de Algoso, o local de interesse turístico mais visitado no concelho de Vimioso. Na sala de exposições do centro, em Argozelo, é possível conhecer a história da exploração mineira de estanho e volfrâmio, ao longo do século XX.

“Na vila de Argozelo, os turistas e visitantes que visitam o Centro Interpretativo das Minas de Argozelo têm também a oportunidade de percorrer a Rota dos Mineiros. Este percurso era utilizado pelos trabalhadores das minas e permite conhecer o espólio industrial da exploração mineira e ainda contemplar paisagens belíssimas”, indicou.

Segundo, o Roteiro das Minas e Pontos de Interesse Mineiro e Geológico de Portugal, as Minas de Argozelo foram objecto de concessão mineira em 1898, tendo iniciado a atividade mineira antes de 1913.

“No início da atividade da mina, começaram por explorar o minério que havia à superfície, fazendo alguns pequenos poços de pesquisa e algumas galerias na zona do Vale do Milho. Nessa altura, tanto os trabalhos como o tratamento do minério, era feitos à mão. A partir dos anos 80 e com a compra das minas de cobre, em Vila Viçosa, pela concessionária das Minas de Argozelo, estas nunca mais tiveram melhoramentos até à data do seu fecho a 30 de Junho de 1986”, indica-se.

HA | Foto: CIM-TTM

Vimioso: Unidade Industrial de Transformação da Carne Mirandesa celebrou 14 anos

Vimioso: Unidade Industrial de Transformação da Carne Mirandesa celebrou 14 anos

No dia 10 de agosto, a Unidade Industrial de Transformação da Carne Mirandesa celebrou 14 anos de atividade, na zona industrial de Vimioso, onde esta empresa é considerada um exemplo pioneiro no bom aproveitamento de um recurso existente na região, os bovinos de raça mirandesa e a sua carne, considerada de excelente qualidade.

Numa avaliação aos primeiros 14 anos de trabalho, o assesor do conselho de Administração da Cooperativa Agropecuária Mirandesa, o engenheiro Nuno Paulo, afirmou que a instalação da Unidade Industrial de Transformação da Carne Mirandesa foi e continua a ser um grande desafio.

“Instalar esta unidade industrial num concelho do interior do país, como é Vimioso, foi e continua a ser um grande desafio sobretudo pela distância geográfica aos grandes mercados. Não obstante esta dificuldade, com esta fábrica conseguiu-se aproveitar e valorizar integralmente as carcaças dos bovinos de raça mirandesa, no fabrico de uma gama diversificada de produtos”, disse.

Num mercado global, outro dos desafios da carne Mirandesa é a concorrência de outras marcas e a quebra de produção resultante do envelhecimento dos criadores e da dificuldade em incentivar os jovens a dedicarem-se à agropecuária.

“Os criadores de bovinos de raça mirandesa têm uma média de idade de 65 anos e vai-se verificando uma redução do número de animais e por conseguinte de carne para o mercado. Para fazer face à maior procura de carne mirandesa em determinados períodos do ano, como a primavera e o verão, fazemos uso dos produtos congelados fabricados na Unidade Industrial de Transformação da Carne Mirandesa”, disse.

Quem tem a oportunidade de provar e degustar a carne mirandesa apercebe-se facilmente da qualidade deste produto alimentar, sendo que os restaurantes são os principais clientes da Cooperativa Agropecuária Mirandesa.

“A Carne Mirandesa é uma marca com Denominação de Origem Protegida (DOP) e está presente no mercado nacional e internacional, sendo que a França e Andorra são alguns dos nossos principais mercados. Através do canal horeka comercializamos as chamadas partes nobres da vitela mirandesa como são a posta e a costeleta que se destinam maioritariamente para os restaurantes e hotéis. Para além da hotelaria e da restauração, também estamos presentes no mercado das grandes superfícies”, indicou.

Atualmente, na Unidade Industrial de Transformação da Carne Mirandesa fabrica-se uma gama variada de produtos. Na charcutaria, por exemplo, há carnes verdes, picados e os transformados. Entre os produtos transformados, destacam-se a Alheira Vitela, a Chouriça Tradicional Especial Assar, o Chouriço Mirandês, o Churrasquito Transmontano, o Paté de Fígado e Paté de Fígado c/ Tomilho, as hamburgeres e as almôndegas.

A fraude, isto é, o vender carne não certificada como sendo mirandesa é um problema apontado pela Cooperativa Agropecuária Mirandesa.

“Infelizmente, é recorrente o uso da denominação carne ou posta mirandesa e consequente venda ao público, quando afinal está as pessoas estão a adquirir e consumir outras marcas. Temos conhecimento desta irregularidade através da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), que está constantemente a identificar pessoas que cometem essas transgressões. No setor do turismo, por exemplo, os turistas que visitam esta região vêm com a intenção de provar a qualidade da carne mirandesa e no final são enganados”, denunciou.

Na Unidade Industrial de Transformação da Carne Mirandesa, em Vimioso, trabalham atualmente 27 pessoas nas áreas administrativa, comercial, logística e distribuição.

“Nos últimos anos, dada a dificuldade em contratar pessoas na região, a tendência tem sido o recrutamento de pessoas estrangeiras. Contudo, esta mão-de-obra é instável pois preferem ir para uma cidade. Para além disso, o trabalho na Unidade Industrial de Transformação da Carne Mirandesa é feito num ambiente fechado e ao frio, o que exige uma grande disponibilidade e resiliência”, disse.

Desde 1996, a Cooperativa Agro Pecuária Mirandesa, C.R.L é a entidade gestora da “Carne Mirandesa” e tem como missão apoiar os criadores desta raça autóctone na transformação, comercialização e escoamento dos produtos.

O solar dos bovinos de raça mirandesa compreende os concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro, Vimioso, Macedo de Cavaleiros, Bragança e Vinhais.

HA



Picote: Frauga promove curso intensivo de língua mirandesa

Picote: Frauga promove curso intensivo de língua mirandesa

A Associação Frauga, sediada em Picote, no concelho de Miranda do Douro, pioneira nos cursos de ensino de língua mirandesa, ministra de 11 a 15 de agosto, um curso de verão que possibilita a aprendizagem deste idioma da Terra de Miranda.

“A Frauga foi a primeira associação a valorizar a língua mirandesa, com um conjunto de iniciativas, onde estes cursos verão começam a ser uma espécie de valorização deste idioma, que arrancaram há cerca de 30 anos tal como a mudança da toponímia da aldeia, com a colocação do nome das ruas em português e mirandês”, explicou à agência o linguista e vice-presidente da Frauga, António Bárbolo Alves.

Os cursos são procurados por pessoas que se deslocam ao Planalto Mirandês, no distrito de Bragança, para ter o primeiro contacto com a segunda língua oficial em Portugal, numa iniciativa que se prolonga até ao próximo fim de semana.

Segundo António Bárbolo Alves, a valorização da literatura oral é outra das componentes desta semana intensiva dedicada à língua mirandesa.

As declarações do linguista à agência Lusa foram todos proferidas em ‘lhéngua’ mirandesa como forma de expressar a vertente fonética da língua resiste, assente na tradição oral.

O curso terá seis módulos que vão das raízes e enquadramento do mirandês à literatura, passando pelo aprofundamento dos conhecimentos.

Os promotores desta iniciativa querem ainda apostar na presença de contadores de ‘lhonas’, o que em português quer dizer histórias e lendas da tradição da região de influência da língua mirandesa.

“Esta é uma oportunidade única, de ao longo de uma semana de nos juntarmos, tanto especialistas como falantes e quem quer aprender. E digo que há bastantes interessados vindos um pouco de todo o país e de Espanha”, vincou o vice-presidente da Frauga.

Em 11 de março, o Governo aprovou em Conselho de Ministros uma resolução que cria a estrutura de missão para a promoção e valorização da língua mirandesa.

Segundo o Governo, é assim reforçado “o compromisso com a preservação deste património linguístico nacional, assegurando o futuro do Mirandês e criando condições concretas para a dinamização da região”.

O mirandês passou a segunda língua oficial em Portugal há 27 anos, após a aprovação, na Assembleia da República, em 17 de setembro de 1998, da lei que reconhece esse estatuto ao idioma falado nos concelhos de Miranda do Douro e parte dos concelhos de Vimioso e Mogadouro, no distrito de Bragança.

O mais recente estudo feito pela Universidade de Vigo, com apoio e colaboração da Associação de Língua e Cultura Mirandesa, concluiu que haverá cerca de 3.000 falantes de mirandês na Terra de Miranda e que, se nada for feito, a língua caminhará para o seu declínio.

Fonte: Lusa

Mogadouro: Município assinala Dia Mundial da Juventude

Mogadouro: Município assinala Dia Mundial da Juventude

O município de Mogadouro celebra no dia 12 de agosto, o Dia Internacional da Juventude, com a realização de várias atividades desportivas e de lazer, nos vários equipamentos da cidade.

Em comunicado, o município mogadourense informa que esta iniciativa é aberta e gratuita à participação de jovens, com idades entres os 12 e os 29 anos

O dia internacional da juventude vai decorrer nas piscinas municipais, parque de campismo, campos de ténis ou ginásio, equipamentos que estão situados junto ao complexo desportivo desta cidade.

O Dia Internacional da Juventude celebra-se anualmente a 12 de agosto, com o objetivo de reconhecer o papel fundamental dos jovens nas sociedades. Este dia afirma-se como uma oportunidade de chamar a atenção da comunidade internacional para as questões juvenis. 

O tema deste ano é «Iniciativas locais dos jovens para os ODS e além!». Pretende, com ele, destacar o papel transformador dos jovens na concretização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), traduzindo os compromissos globais em realidades concretas a nível local.

Este tema reconhece que os jovens não são apenas beneficiários do desenvolvimento, mas sim agentes ativos de mudança, inovação e liderança. Sublinham-se, assim, a importância da sua inclusão nos processos de governação local e o valor da sua criatividade, energia e conhecimento comunitário para enfrentar os desafios interligados e complexos do nosso tempo.

Este Dia foi proclamado na Resolução 54/120 adotada na Assembleia Geral da ONU de 17 de dezembro de 1999.

Fonte: Lusa e Eurocid