Incêndios: Governo atribui 6,80 euros por colmeia queimada

Incêndios: Governo atribui 6,80 euros por colmeia queimada

O Governo criou um apoio extraordinário de 6,80 euros por cada colmeia afetada pelos incêndios de 15 a 19 de setembro, segundo um diploma publicado em Diário da República.

“É criado um apoio aos apicultores cujos apiários foram direta ou indiretamente afetados pelos incêndios que deflagraram entre 15 e 19 de setembro de 2024”, lê-se no despacho.

Cada apicultor vai receber 6,80 euros por colmeia, de cada apiário elegível.

O montante máximo do financiamento é de 220.000 euros.

Este apoio é atribuído aos apicultores com registo de atividade atualizado, pela última declaração anual de existências apresentada na Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), referente a setembro de 2023, ou a última declaração de alterações (desde que tenha sido submetida antes de 01 de agosto).

Os apiários em causa devem estar situados até 1,5 quilómetros de distância da mancha ardida.

Os pedidos devem ser apresentados, no prazo máximo de 30 dias úteis após a publicação do despacho, junto da respetiva CCDR – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional.

O Governo ressalvou que, caso o montante global das candidaturas ultrapasse a dotação total do financiamento, a ajuda “é objeto de rateio, reduzindo-se proporcionalmente em função do excesso verificado e diminuindo-se, em conformidade, o montante da ajuda a conceder”.

Este apoio abrange as freguesias consideradas para as medidas excecionais de apoios, que estão inseridas nos distritos de Aveiro, Braga, Bragança, Coimbra, Guarda, Leiria, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.

O despacho, que entra em vigor a 19 de novembro, é assinado pelos ministros Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, e da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes.

Fonte: Lusa

Fiscalidade: Risco de caducidade do IMI das barragens

Fiscalidade: Risco de caducidade do IMI das barragens

O Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM) alertou para o “grave risco” de o Governo deixar caducar o IMI das barragens, referente ao ano de 2020, sendo considerado “um grande escândalo nos negócios das barragens”.

O movimento cívico refere que esta caducidade é intolerável, tal como foi terem deixado caducar o IMI de 2019 e considera que o que acontecer será mais um grande escândalo no negócio das barragens feito entre a EDP e a France Engie.

Segundo o MCTM, já passaram quase dois anos desde que o secretário de Estado Nuno Félix deu ordens expressas para que fosse liquidado e cobrado o IMI das barragens.

“Até hoje, esse despacho não está cumprido e ainda nem sequer está concluída a avaliação dos prédios, indispensável ao apuramento do imposto. Falta pouco mais de um mês para se fazerem as avaliações e as respetivas liquidações e para serem notificadas as concessionárias, havendo tanta inoperância que choca e é escandaloso”, lê-se na mesma nota.

O movimento reitera ainda que “o Governo foi devidamente alertado, mas até hoje, que se saiba, nada fez, apesar de estar a isso obrigado por um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) a liquidar o imposto [IMI]”.

“Para todos os portugueses, o Estado faz as avaliações, liquida e cobra o IMI, de imediato, sem necessidade de ordens de ninguém. Mas, para as concessionárias, nem três ordens repetidas em três despachos da tutela são suficientes. E, de caducidade em caducidade, vão a EDP e as concessionárias sendo dispensadas de pagar os impostos devidos”, alega o MCTM.

De acordo com os cerca de 30 representantes do MCTM, que ocupam lugares em várias áreas, que vão desde funcionários e ex-funcionários da Autoridade Tributária (AT), passando por académicos, investigadores ou pessoas ligadas às artes, cultura, e educação, “esta paralisia é insuportável”.

“A lei está a ser violada à vista de todos e nada acontece. O Estado e o Governo voltaram as costas ao povo da Terra de Miranda (Miranda do Douro, Mogadouro e Vimioso) e de Portugal. Temos a Lei e o Direito do nosso lado, mas nem um nem o outro a querem aplicar, apesar de ser essa a sua obrigação”, indica o comunicado.

Para o MCTM, esta é a única conclusão que se pode tirar, “perante tanta inércia e tantos atropelos ao Estado de Direito Democrático em tudo o que respeita ao “negócio” das barragens.

O movimento exige saber por que razão o Estado e o Governo “se deixam curvar perante a EDP e as concessionárias, colocando-se de costas para o Povo que os elegeu e para quem deviam trabalhar. Tudo isto tem que ser resolvido nos Tribunais e é isso que os municípios da Terra de Miranda há muito deviam ter feito”.

O MCTM já havia alertado que o Governo iria deixar caducar no final do ano os cerca 400 milhões de euros de impostos (IRC, IMI, Imposto do Selo e Derrama) devidos pelo negócio da venda das seis barragens transmontanas.

Em 7 de outubro, o MCTM apelou à Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) para não se deixar “infiltrar ou capturar” pela EDP e outras concessionárias no IMI das Barragens.

“Este movimento cívico apela à ANMP para que não se deixe infiltrar e capturar pela EDP e outras concessionárias de barragens. Esta posição surge na sequência do anúncio público de que a ANMP iria pedir ao Governo a alteração do código do IMI relativamente aos empreendimentos energéticos”, disse na altura à Lusa Graciano Paulo, uma dos membros do MCTM.

Para os membros do MCTM, esta tomada de posição da ANMP “poderá levar à eliminação de todo este imposto [IMI] não pago pela EDP e outras concessionárias, bem como legitima a exigência da revisão dos contratos de concessão”,

Na mesma data, o MCTM acreditava que esta alteração é uma pretensão antiga da EDP e das concessionárias e que “quem a pedir e quem concretizar esta alteração ao código do IMI estará objetivamente a fazer o seu jogo”.

Fonte: Lusa

Cultura: Museus encerrados preocupam face ao aumento de turismo

Cultura: Museus encerrados preocupam face ao aumento de turismo

O presidente da Museus e Monumentos de Portugal mostrou-se preocupado, com o facto de vários equipamentos tutelados pela empresa pública, estarem fechados para obras em 2025, coincidindo com uma campanha turística focada no património.

Numa audição da Assembleia Municipal de Lisboa no âmbito da elaboração do relatório “Cidade Menos Visitada”, o presidente da Museus e Monumentos de Portugal (MMP), Alexandre Pais, deu conta de que em 2025, além dos já encerrados Museu Nacional de Arqueologia, Museu Nacional do Traje e Museu Nacional da Música (que deverá abrir em Mafra no próximo ano), vão também estar encerrados, pelo menos em parte do ano, o Museu Nacional do Teatro e da Dança, o Museu Nacional de Arte Antiga e o Museu Nacional do Azulejo, para obras de reabilitação no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Neste contexto, Alexandre Pais realçou que o facto de o Turismo de Portugal pretender focar-se na Cultura, nas suas várias vertentes, para atrair visitantes já a partir de 2025, é fonte de preocupação para a empresa pública, e alertou para a necessidade de haver diálogo entre parceiros.

“Estamos muito preocupados, ainda que a campanha comece para o ano, para o ano vamos ter muitos equipamentos fechados”, afirmou, assinalando, em resposta aos deputados municipais de Lisboa, que não há “nenhuma estratégia, neste momento, concertada com o Turismo de Portugal para fazer face a esta questão”.

O presidente da MMP sublinhou que “o panorama para o ano não é muito animador em relação aos equipamentos [sob alçada da empresa]”, pelo que estão “a tentar traçar aqui estratégias de comunicação que permitam levar pessoas a outros locais para tentar suprir esta questão”.

Face à opção de procurar cativar turistas pelo lado cultural, Alexandre Pais disse: “Quando nós já temos espaços completamente no limite da sua capacidade, como é o caso do [Mosteiro dos] Jerónimos, que é de facto um caso muito preocupante, a Torre de Belém e mesmo o Azulejo, que estão a ultrapassar a sua capacidade, nós temos de ter aqui uma alternativa”.

Alexandre Pais, em funções há cerca de seis meses, saudou o convite para participar nesta discussão, em sede da Assembleia Municipal de Lisboa, e mostrou-se disponível para dialogar com mais parceiros: “Porque a solução não está só connosco, tem de ser muito mais vasta e temos de ter parceiros para conseguir resolver”.

Nesse sentido, o presidente da MMP afirmou que estão a explorar várias ideias, em particular no período de inverno, para poder implementar em pleno no próximo verão, desde a distribuição de visitantes, em espaços como o Mosteiro dos Jerónimos, por ‘slots’ ao longo do dia, à sugestão de ter transportes públicos voltados para a circulação entre equipamentos culturais mais espalhados pela cidade.

O responsável da empresa pública, antigo diretor do Museu Nacional do Azulejo, disse que há vários museus com menos aproveitamento do que poderiam ter, desde o Museu do Chiado, em particular pela localização que tem, ao Museu Nacional de Etnologia, que poderá vir a criar sinergias com o Museu da Terra de Miranda, em Miranda do Douro, até mesmo na lógica de poder levar visitantes àquela região transmontana.

“Estamos numa fase de encontrar estratégias”, frisou Alexandre Pais, que salientou a ideia de que não há turistas a mais, estão é mal distribuídos, sendo necessário encontrar soluções para levar a cabo essa distribuição, quando a perspetiva de um novo aeroporto será a de atrair até Portugal mais do dobro de visitantes da atualidade.

Os museus, monumentos e palácios, desde janeiro sob a gestão da MMP, receberam 5.157.360 visitantes em 2023, segundo dados da empresa pública divulgados em agosto.

As estatísticas de 2023 “mostram que, nos 38 museus, monumentos e palácios nacionais agora geridos pela MMP se verificou um aumento de visitantes na ordem dos 10% comparativamente com o ano anterior, o que representa cerca de mais 444 mil visitas ao longo do ano”.

Entre os equipamentos culturais mais visitados em 2023, o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, lidera com 965.526 entradas, seguido pela Fortaleza de Sagres, com 427.817 visitantes, e pelo Castelo de Guimarães, com 387.570.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Cidade volta a ser “Tierra Natal”

Miranda do Douro: Cidade volta a ser “Tierra Natal”

De 15 de dezembro até 7 de janeiro, o Largo do Castelo, em Miranda do Douro, volta a ser a “Tierra Natal”, um espaço de diversão e animação, onde os mirandeses e os visitantes poderão usufruir da pista de gelo, insufláveis, casa do Pai Natal, música, dança, animação de rua e o comboio turístico.

O município de Miranda do Douro informa que a pista de gelo, que no ano passado proporcionou momentos de muita diversão, está de regresso ao Largo do Castelo, onde vai ser instalada também uma nova tenda com insufláveis e a casa do Pai Natal, para as crianças mais pequenas.

As ruas vão ser iluminadas com a decoração natalícia, sendo que a maior atração é a árvore de Natal, já colocada na Praça Dom João III, no centro histórico da cidade.
A autarquia de Miranda do Douro adianta que o programa da “Tierra Natal”, que será divulgado em breve, inclui atividades de animação, música ao vivo, dança e o já tradicional comboio de Natal, que tem a missão de proporcionar visitas à cidade iluminada.

A presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, justificou o investimento neste programa, com a finalidade de embelezar a cidade e atrair público, proporcionando assim as compras no comércio local, a afluência aos restaurantes e a estadia nos hotéis.

“O Natal é uma época do ano em que recebemos a visita, não só dos nossos vizinhos espanhóis, mas também dos nossos conterrâneos que vivem e trabalham noutras localidades do país e também no estrangeiro, que regressam para celebrar o Natal em família”, disse.

Outra iniciativa do município de Miranda do Douro para dinamizar o comércio local é o concurso “Montras de Natal no Comércio Tradicional”, que em parceria com a Associação Comercial e Industrial do Concelho de Miranda do Douro (ACIMD) visa preservar a tradição natalícia e tornar os espaços comerciais mais apelativos para o público.

HA

Miranda do Douro: DGArtes financia três projetos artísticos e profissionais no concelho

Miranda do Douro: DGArtes financia três projetos artísticos e profissionais no concelho

A cidade de Miranda do Douro foi o palco do 2º Encontro Arte e Coesão Territorial, uma iniciativa organizada pela Direção-Geral das Artes (DGArtes), que teve como propósito apresentar os 34 projetos artísticos, dirigidos aos territórios onde há uma reduzida atividade artística e profissional.

A iniciativa é dirigida a territórios de baixa densidade cultural, no que se refere à criação e programação. Na sessão de acolhimento realizada no salão nobre da Câmara Municipal de Miranda do Douro, a presidente, Helena Barril, agradeceu a escolha da cidade para a apresentação dos projetos artísticos e profissionais e realçou a importância da cultura na atividade social, turística e económica.

“É importantíssimo acolher e desenvolver projetos artísticos e culturais nestas regiões, que estão geograficamente mais distantes dos grandes centros culturais, como são Lisboa e Porto. Estes programas de apoio financiados pelo governo são mais uma alavanca para impulsionar a atividade cultural no concelho, que por conseguinte traz benefícios turísticos e económicos aos setores da hotelaria, restauração e do comércio”, disse.

Referindo-se à realidade cultural do concelho de Miranda do Douro, Helena Barril, indicou que existe uma significativo movimento associativo, onde se destacam os grupos de pauliteiros de Miranda, os grupos de música e dança tradicionais e os rituais de solstício de inverno.

“O município continua a ser a principal fonte de financiamento das várias associações culturais, recreativas, desportivas, de solidariedade social e as comissões fabriqueiras do concelho. Em 2023, por exemplo, foram atribuídos dois milhões e 200 mil euros a estas coletividades. Complementarmente, se os vários grupos culturais, associativos e desportivos conseguirem diversificar as suas fontes de financiamento, muito melhor, pois assim têm mais e melhores condições para darem continuidade à sua atividade e consolidarem os seus projetos”, disse.

Por sua vez, Susana Sousa, da Direção-Geral das Artes (DGArtes), explicou que o Programa de Apoio em Parceria Arte e Coesão Territorial foi lançado em meados de 2023 e tem como finalidade promover a coesão territorial, através da criação artística e profissional.

“Foram identificados territórios, mais concretamente 76 municípios, onde existe uma baixa densidade artística e profissional. Para inverter esta tendência foi feito um programa de apoio, em parceria com o Observatório Português das Atividades Culturais, para reforçar as atividades artísticas e profissionais nestas regiões, em conjunto com as comunidades”, explicou.

Entre os 34 projetos financiados pela Direção-Geral das Artes (DGArtes) há três que estão ou vão ser aplicados em Miranda do Douro, como é o projeto “X8 Nal’ Anfinito”, da associação Lérias, sediada em Palaçoulo.

O presidente da Lérias, Amadeu Soares explicou que o projeto envolve oito associações do concelho: a Associação da Banda Filarmónica Mirandesa, a Universidade Sénior de Miranda do Douro, o Lar da Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Douro, o Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro (AEMD), o Agrupamento Cultural Renascer das Tradições e os os grupos de Pauliteiros de Miranda, do AEMD.

“Cerca de 200 pessoas, das oito associações, vão criar um espetáculo artístico, inovador e contemporâneo, com dança, música e cenografia, que vai ser apresentado a 12 de julho, no Largo do Castelo, em Miranda do Douro”, disse.

Os outros dois projetos que vão ser apresentados no concelho de Miranda do Douro são o “Ecos da Montanha (música erudita) e “Transformatividade” (dança contemporânea).

O programa de apoio “Em Parceria Arte e Coesão Territorial” tem como principais objetivos promover boas práticas, potenciar sinergias entre os participantes e contribuir para a criação de redes colaborativas.

HA

Incêndios: Explorações agrícolas apoiadas com 50 milhões de euros

Incêndios: Explorações agrícolas apoiadas com 50 milhões de euros

O Governo atualizou a lista de freguesias com explorações agrícolas afetadas pelos incêndios, no âmbito do apoio de 50 milhões de euros para a reposição da produção danificada.

Os incêndios ocorridos entre 10 e 12 de agosto e 3 e 20 de setembro foram reconhecidos como uma catástrofe natural, tendo o Governo determinado a atribuição de um apoio à reconstituição ou reposição do potencial produtivo danificado.

Segundo um despacho publicado em Diário da República, a lista abrange agora mais de 460 freguesias. No distrito de Bragança, as freguesias afetadas pelos incêndios localizaram-se nos concelhos de Alfândega da Fé, Bragança, Freixo de Espada à Cinta, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Vimioso e Vinhais.

O apoio concedido destina-se ao restabelecimento do potencial produtivo, que está inserido no Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020.

O montante global do apoio disponível é de 50 milhões de euros.

Os níveis de apoio estão repartidos por três escalões: 100% da despesa elegível até 10 mil euros; 85% da despesa elegível superior a 10 mil euros e até 50 mil euros; 50% da despesa elegível superior a 50 mil euros e até 850 mil euros.

Fonte: Lusa

Ambiente: Projeto “Semear, Tratar e Plantar”

Ambiente: Projeto “Semear, Tratar e Plantar”

Iniciado há um ano, o projeto “Semear, Tratar e Plantar” é uma iniciativa do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), em parceria com cinco escolas da região Norte e foi concluído com a plantação de árvores autóctones, em Mogadouro.

O objetivo desta ação foi sensibilizar a comunidade escolar para a conservação da natureza e da floresta autóctone face às alterações climáticas e a prevenção de incêndios florestais.

Jorge Dias, do Departamento de Conservação da Natureza do Norte do Instituto Conservação da Natureza e Florestas, disse que este projeto inovador teve o seu início há um ano e envolveu cerca de 300 alunos em que cada um cuidou da sua espécie arbórea deste a semente à planta.

“Este projeto possibilita que os alunos observem o crescimento da planta ao longo do seu ciclo inicial de desenvolvimento”, indicou o responsável.

O projeto “Semear, Tratar e Plantar” criou uma rede que engloba as áreas protegidas do Norte e os agrupamentos de escolas destes territórios, onde os alunos semearam plantas autóctones e acompanharam o seu crescimento ao longo de um ano, já que as sementes foram colocadas “em cuvetes “ e ficaram nas escolas durante o período letivo de 2023/24.

Findo este período, a espécies arbóreas regressaram durante o período de férias escolares a um viveiro do ICNF, onde foram cuidadas até ao passado mês de outubro, para agora serem plantadas no Parque Urbano do Juncal, em Mogadouro, num total de mais de 300 árvores.

 Seguem-se agora as escolas das áreas protegidas do Parque Natural do Litoral Norte (PNLN), Parque Natural de Montesinho (PNM), Parque Natural do Alvão (PNA), Parque Nacional da Peneda Gerês (PNPG) e Parque Natural do Douro Internacional (PNDI).

Cada aluno recebeu o certificado de participação neste projeto e terá a missão de cuidar da sua árvore.

Este projeto “inovador” está inserido no Dia Nacional da Floresta Autóctones, que se assinala a 23 de novembro.

O projeto “Semear, Tratar e Plantar” vai estender-se a mais três agrupamentos de escolas dos concelhos de Miranda do Douro, Bragança e Mondim de Basto.

Fonte: Lusa

Sociedade: Nova campanha pelo acolhimento familiar

Sociedade: Nova campanha pelo acolhimento familiar

Portugal tem 356 crianças em famílias de acolhimento, um número “bastante residual”, face ao total de crianças institucionalizadas e por isso o Governo iniciou uma nova campanha nacional para promover o acolhimento familiar.

“O objetivo da campanha é sensibilizar para a necessidade de termos mais famílias de acolhimento e não só sensibilizar, mas também informar”, adiantou a secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão.

Clara Marques Mendes afirmou que tem havido a constatação de que “muitas vezes há falta de informação relativamente àquilo que é ser família de acolhimento”, razão pela qual o Governo optou por juntar numa mesma campanha as várias entidades gestoras da medida, entre o Instituto da Segurança Social (ISS), a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) e a Casa Pia de Lisboa.

Segundo a secretária de Estado, o objetivo é mostrar que todos estão “coordenados para uma medida que deve ser prioritária na questão do acolhimento”.

Revelou que, até ao dia 18 de novembro, havia 388 famílias disponíveis para acolher uma criança e 356 crianças numa família de acolhimento a nível nacional, incluindo as regiões autónomas da Madeira e dos Açores.

Um número que, na opinião de Clara Marques Mendes, “ainda é bastante residual”, apesar de admitir que tem vindo a crescer.

“Ainda não é aquilo que nós entendemos que deve ser face ao acolhimento residencial”, sublinhou.

Os dados do relatório CASA 2023 (Caracterização Anual da Situação de Acolhimento das Crianças e Jovens) mostram que nesse ano havia 263 crianças em família de acolhimento, o que representa 4,1% das 6.446 crianças com medida de acolhimento.

A maioria, que chega aos 96%, estava acolhida em regime institucional, entre 5.738 em cuidados formais residenciais, como casas de acolhimento, e 445 noutras formas de cuidados alternativos, como centros de apoio à vida, lares residenciais ou colégios de educação especial.

Clara Marques Mendes acrescentou, com base nos dados do CASA 2023, que as crianças que estavam em acolhimento familiar tinham “maioritariamente entre zero e nove anos”, havendo casos de famílias com irmãos.

O maior crescimento no número de famílias de acolhimento verifica-se nos distritos de Lisboa e no Porto, com registo de Viseu e Setúbal que “começaram a desenvolver mais a resposta a partir de 2023”.

A secretária de Estado afirmou que com a campanha o Governo espera aumentar o número de crianças acolhidas em famílias e “dar um salto relativamente a estes 4,1% que é atualmente a percentagem das famílias de acolhimento”, mas não se comprometeu com nenhuma meta.

“Atualmente temos mais de 6 mil crianças institucionalizadas, das crianças que têm medidas de colocação, e o nosso objetivo é diminuir consideravelmente estas crianças que estão atualmente em acolhimento residencial e aumentar com isso o acolhimento familiar”, defendeu, salientando “os efeitos para o desenvolvimento integral e saudável da criança”.

Adiantou que a campanha “vai durar ao longo de todo o ano”, com ações concretas ao nível dos vários municípios, estando visível tanto nas redes sociais, como em cartazes.

De acordo com a secretária de Estado, importa explicar o que é uma família de acolhimento, que se trata de uma medida temporária e para a qual as famílias têm vários apoios.

Clara Marques Mendes explicou que durante o tempo de duração da campanha a medida irá sendo monitorizada para perceber os efeitos da ação e avaliar alguma questão que necessite ser modificada.

A secretária de Estado disse ainda que o Governo tem um grupo de trabalho que irá, até ao dia 30 de novembro, avaliar as três estratégias que se prendem com os direitos das crianças e apresentar orientações sobre o possa vir a ser melhorado.

Fonte: Lusa

Espanha: Trás-os-Montes deu-se a conhecer em Valladolid

Espanha: Trás-os-Montes deu-se a conhecer em Valladolid

De 14 a 17 de novembro, os municípios da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM) participaram na INTUR – Feira Internacional de Turismo de Interior, que decorreu na cidade espanhola de Valladolid.




Ao longo de quatro dias, o evento que procura dinamizar o turismo em regiões de baixa densidade populacional, como Trás-os-Montes e a Comunidade Autónoma de Castela e Leão (Espanha) reuniu 1200 expositores.

Na feira participaram agências de viagens, operadores turísticos, alojamentos, associações, destinos de turismo cultural, transportes, turismo de congressos, turismo de natureza e turismo gastronómico e enoturístico.

O certame é considerado uma referência turística e teve como públicos-alvo os profissionais do setor e o público em geral.

Sobre a participação das Terras de Trás-os-Montes, os dirigentes transmontanos veem este evento como importante montra para a promoção do território, junto do vizinho mercado espanhol.

“A nossa centralidade ibérica faz com que as Terras de Trás-os-Montes despertem cada vez mais interesse nos turistas espanhóis, que procuram uma experiência diferenciadora, rica em tradição e em contacto direto com a natureza. Com a participação na INTUR, a região transmontana visa consolidar e expandir a sua notoriedade, promover as suas potencialidades turísticas e consequentemente fortalecer a presença no mercado espanhol”, justifica a CIM-TTM.

A Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM) compreende os concelhos de Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais.

Na 27ª INTUR – Feira Internacional de Turismo do Interior, concelho de Miranda do Douro fez-se representar pelos Pauliteiros de Miranda, pelo Grupo Cultural e Recreativo Renascer das Tradições da Póvoa e pelos mascarados do solstício de inverno como a Festa do Menino de Vila Chã de Braciosa e o Velho e a Galdrapa de São Pedro da Silva.

No âmbito gastronómico, Miranda do Douro presenteou os visitantes com a degustação da Bola Doce Mirandesa, da Bola de Carne, do Fumeiro e dos Vinhos Regionais.

Por sua vez, em Valladolid, o concelho de Vimioso promoveu as Termas, o Parque Ibérico de Natureza e Aventura (PINTA) e a Feira de Artes, Ofícios e Sabores, agendada para os dias 6, 7 e 8 de dezembro.

Finalmente, o município de Mogadouro deu a provar aos visitantes espanhóis, os produtos “Origem Mogadouro” e apresentou alguns ícones da cultura local, como são as Máscaras e Rituais Ancestrais do concelho.

HA | Foto: Município de Mogadouro

Picote: Tradição “Ir a caminhos” aprofunda o espírito comunitário

Picote: Tradição “Ir a caminhos” aprofunda o espírito comunitário

Na aldeia de Picote, no concelho de Miranda do Douro, realizou-se a iniciativa “Ir a Caminhos”, uma tradição comunitária que consiste na limpeza e manutenção dos caminhos rurais, um trabalho que é feito duas vezes por ano e que simultaneamente promove o sentido de pertença entre os habitantes locais.

O presidente da freguesia de Picote, Jorge Lourenço, explicou que esta iniciativa é uma antiga tradição na localidade, que se realiza anualmente, nas épocas do São Martinho e depois no Carnaval.

“Duas vezes por ano, os picoteses reúnem-se para resolver alguns problemas da comunidade, como é a manutenção e abertura de caminhos rurais, outrora muito utilizados nas atividades agrícolas”, explicou.

Apesar da decrescente participação da população por causa do envelhecimento e o despovoamento, no sábado, dia 9 de novembro, a iniciativa “Ir a Caminhos” reuniu uma dúzia de pessoas, que melhoraram quatro caminhos rurais na freguesia.

Segundo Jorge Lourenço, se é verdade que este trabalho é da competência das freguesias, as autarquias não conseguem dar resposta a todos os problemas, pelo que precisam da participação da população local.

«A iniciativa “Ir a caminhos” é um bom exemplo da importância da participação cívica das pessoas no governo da freguesia e é uma forma de desenvolver o espírito de cidadania”, sublinhou.

Em Picote, o trabalho de manutenção dos caminhos rurais, proporciona também o convívio e a confraternização entre todos os participantes e a comunidade em geral.

“Na realização deste trabalho comunitário, destaco também o contributo daquelas pessoas, que pelo avançar da idade e/ou a doença, não podem participar nos trabalhos físicos, mas que ainda assim contribuíram com donativos para ajudar a pagar as despesas das máquinas e tratores”, disse.

Em Picote, o melhoramento dos caminhos rurais beneficia não só os agricultores, mas também os turistas que regularmente visitam a localidade e que tem como principais sítios de interesse turístico, o miradouro da Fraga do Puio, o Museu Terra Mater e a capela de Santo Cristo.

HA | Fotos: Freguesia de Picote